Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os
fenômenos do magnetismo. (...) A vontade é atributo essencial do Espírito, isto
é, do ser pensante – Allan Kardec
Quando Jesus caminhou sobre as águas seguindo em direção ao
barco onde se encontravam alguns dos seus discípulos, ele exercitava naquele
momento o poder da sua fé. Essa fé se baseou em dois aspectos: querer e
confiar. Um querer com firmeza não representando um desejo superficial, mas sim
um movimento dinâmico que vem de dentro com força e convicção. Já a confiança
seria a certeza da realização de algo, sem brechas para dúvidas. Isso pode ser
resumido em uma palavra: vontade.
A vontade é um dos principais mecanismos utilizados pelo magnetizador.
Sendo atributo da alma, a vontade se desenvolve através da reflexão e do
exercício diário. Percebe-se facilmente uma pessoa sem vontade. Nos atos do
dia-a-dia geralmente é alguém que não consegue levar adiante aquilo a que se
propõe. Se planeja realizar algo, os menores empecilhos que surjem no seu
caminho são suficientes para detê-lo, devido à falta de confiança na capacidade
de atingi-lo. Muda constantemente de foco, por não conseguir fixar sua atenção em
uma só coisa por muito tempo, graças à falta de perseverança e coragem,
acabando por se cansar facilmente e deixando sempre os projetos inacabados. Não
sustenta os seus planos por não ter um querer treinado para identificar os seus
reais objetivos.
O magnetizador poderá desenvolver a sua vontade através do
esforço, na realização das diversas atividades cotidianas, mesmo daquelas de
pequeno porte, sendo de especial valor as de caráter repetitivo e maçante, as quais
exigem uma maior cota de perseverança e de concentração.
Este exercício será de enorme valia no trabalho de
magnetização ou de passes onde é exigido do aplicador uma certa dose de concentração,
além do desenvolvimento da vontade no sentido de querer atingir a cura e acreditar
na possibilidade da mesma.
O poder do magnetizador está na razão direta da sua força de
vontade, disse Allan Kardec (O Livro dos Médiuns). A vontade deve ser a impulsionadora
das energia s curativas. Muitos passistas ainda acham que para emitir os
fluidos, basta estender as mãos e que assim se determina a fluidificação,
quando na verdade é a nossa mente que dá o comando.
Às vezes as energias fluem de forma automática, entretanto,
é preciso cuidado com esse automatismo, pois uma energia não controlada conscientemente
pode gerar certas dificuldades tanto para o paciente quanto para o passista. O magnetizador
deve assumir uma postura ativa fazendo uso da sua vontade para que a
transmissão energética se dê de forma harmoniosa com relação ao momento adequado,
ao direcionamento e à quantidade de fluidos.
Além disso, a vontade sincera de auxiliar o paciente, o
querer profundo e a confiança na cura, apesar de não poder garanti-la, fazem
parte da mente do bom magnetizador.
“Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico
normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o
bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios,
mas que não passam de efeito de uma lei natural.” – Allan Kardec, O Evangelho
Segundo o Espiritismo.
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