Evento: Entremediuns 2010 (Continuação)
Por: Jacob Melo em 23.10.10
7- qual o por quê do paciente não
conseguir sair dos autos e baixos constantes durante o tratamento?
Jacob- Tem
aí uma série infinita de fatores, e muitos desses fatores dependem do paciente.
Nós temos casos dos mais estranhos do tipo: o paciente não tem interesse em
ficar bom, por incrível que pareça não tem. Porque existe o chamado ganho
secundário que às vezes é maior que o próprio mal, às vezes quem é o
responsável pelo paciente também toma essa via. Tivemos uma paciente com um
caso muito interessante, porque ela teve uma recuperação muito rápida e era um
caso crônico muito difícil, eu particularmente acreditava que era um tratamento
para mais de 2 anos no mínimo. E, com 2 meses ela era outra pessoa, totalmente
outra pessoa, você não a reconhecia nem fisicamente. Em dois meses em que ela
estava nesse nível muito bom, ela desapareceu do tratamento e aí eu procurei
apurar porque que ela saiu do tratamento se ela vinha tão bem.
O marido que a encaminhou
para o tratamento não achou que aquilo estivesse fazendo bem a ela, porque
agora ela queria saber para onde ele ia, o que ele fazia, ela agora não queria
que ele saísse, ele antes podia fazer qualquer coisa. Isso parece ridículo, mas
essa mulher piorou tanto, que ele fez a caridade de devolvê-la para mãe numa
outra cidade e ela foi para num hospício. Isso é o cumulo da falta de respeito
com a dignidade humana, mas ele como marido se achou nesse direito, e acredito
eu que se não fizer nada, ela vai terminar a vida dela num hospício, e não é
outro o problema dela que descompensação geral dos centros de força. Foi um
caso muito forte na nossa mão por conta do progresso, a mudança dela não foi só
fisiológica, não foi só de aparência, foi de cabeça, de tudo, ela mudou, ela
voltou à vida. E ele simplesmente usou do direito de prendê-la; dopou-a, levou-
a até um psiquiatra literalmente e deixou ela lá no fundo do poço. E quando ela
estava lá no fundão mesmo, ele conheceu uma outra moça que estava “numa boa” e
aí ele preferiu ficar com a moça e devolveu a mulher e os filhos para a sogra.
Então, você tem esse tipo de
situação, o paciente não quer ficar bom... Eu tenho um caso desse; um homem
teve uma ascensão muito boa, e de repente ele disse:
- Espera aí!
Ele foi num supermercado
fazer uma compra, coisa que ele não ia mais, e justo naquele dia ele encontrou
um credor dele que disse:
- Ahh! Quer dizer que você já
está bem? Então eu vou voltar lá para acertarmos nosso antigo débito.
E como ele tinha falido a
empresa e tinha ficado devendo a muita gente ele disse:
- Ah não! Vou continuar em
depressão.
Porque ele queria voltar bom,
mas voltar assim, tenho uma empresa limpa, vou começar do zero. O que aconteceu
para trás apaga. Quando ele descobriu que não era assim que funcionava ele não
tinha mais interesse. Se ausentou do tratamento e parou. Essas são questões
mais difíceis que outras... uma que é relativamente simples, mas que as pessoas
não acreditam, é a água fluidificada; se você faz tratamento magnético para
depressão e não tomar a água, se você achar que está enganando, você está se
enganando. Se você começar a omitir informações, ter comportamento ou algumas
situações estranhas, e não revelar, atrapalha pois algumas situações ainda
estão em investigação e portanto não são dignas de divulgação plena, as o saber
delas, na pesquisa, é fundamental.
Podem complicar, por exemplo,
pacientes em depressão que fazem uso constante de paracetamol, isto é um
obstáculo grande, porque o paracetamol sendo tratado no fígado e gerando graves
desarmonias no órgão ele pode gerar uma descompensação no esplênico que os
passes não conseguem superar. Pessoas que tem comportamentos que tudo leve a
uma exaustão do fígado, principalmente do fígado, serão sempre um problema para
quem trabalha com passe, e aqui inclui excesso alimentar, excesso de gordura,
excesso de frituras, álcoois, mesmo medicamentos que são elaborados no fígado,
são inimigos do depressivo. Quem tiver depressão e tiver nessa faixa, vai ter
que sair se quiser ficar bom. O magnetismo vai levar até um ponto, chega um
ponto ele pára, porque você descompensa de tal maneira que inviabiliza o
tratamento. E uma outra informação, e essa é a mais chata de ser dita, é:
imaginemos Fernandópolis trabalhando depressão dentro dessas técnicas, aí a
pessoa vai para Fernandópolis receber um passe TDM e dalí vai noutro Centro Espírita
receber um passe convencional, se no passe convencional houver imposição de
mãos, praticamente o que foi feito lá vai ser desfeito aqui, porque enquanto lá
você está alinhando, harmonizando; aqui você está congestionando. Tem muitos
casos, muitos... não é um nem dois, muitos casos de pessoas que ficam
escondendo essa informação. Eu estou fazendo tratamento aqui e não melhoro.
Está fazendo o tratamento aqui e ali, e se o ali for concentrador, atrapalha.
Isso é ruim de dizer porque parece que a gente quer ter exclusividade na nossa
Casa, e não é! E mais uma vez uma palavra de Allan Kardec:” tratamento magnético é um
tratamento, seguido, regular e metódico”, é um tratamento? É. Então ele tem
que ser seguido, tem que ter seqüência, tem que ser regular, ele tem que entrar
numa faixa de hábitos e tem que ser metódico, tem que ter método, e métodos
inclusive de técnicas. Então isso é complicado para quem está em depressão, se
alguem tem depressão e quer ficar bom com magnetismo tem que escolher uma Casa
e ficar só nela, se não resolver, você pode até procurar outras, mas não faça
os dois ao mesmo tempo.
Em contrapartida se alguém me
pergunta: estou fazendo tratamento de depressão no Centro Espírita, posso fazer
acupuntura? Pode. Se o acupunturista souber o que está fazendo, porque tem
acupunturista que acha que a depressão está na cabeça e se esquece do eixo
esplênico, ou baço-pâncreas, ou como outros chamam, baço- fígado. Esse eixo tem
que ser respeitado, mesmo no caso da acupuntura e outras terapias, tem outras
terapias que não são contraditórias.
De todos os medicamentos,
fora esse que eu já falei, existe um medicamento que não é contra a melhora da
depressão, ele é contra o magnetismo, um grupo medicamentoso, os corticóides.
Os corticóides diminuem a ação do magnetismo, quando você está trabalhando há
muito tempo com um paciente e ele não avança muito, consulte, porque
provavelmente ele esteja tomando corticóides com freqüência. Não sabemos ainda
qual a razão, mais os corticóides diminuem muito o efeito do magnetismo. Ao
contrário, uma pessoa que está com câncer e que está fazendo radioterapia, isso
não contradiz a força do magnetismo, você pode trabalhar paralelamente sem
nenhum problema, mas o corticóide diminui muito, significa dizer ou você vai
ter um tratamento mais longo, ou vai ter que aumentar a duração dos tratamentos
para chegar no mesmo nível.
8- As técnicas do TDM podem ser
utilizadas para tratar alcoolismo, dependência química, e outros como síndrome
do pânico, ansiedade?
Jacob- Por
enquanto estamos nesse limite, por enquanto. Mas, por falta de mais pesquisas.
Sabemos que os dependentes químicos estragam o esplênico, sabemos que os
alcoólicos estragam o esplênico, sabemos que a síndrome do pânico e a
bipolaridade, são ramos da depressão, então para todos os efeitos está todo
mundo no mesmo pacote, mas não quer dizer que a eficiência da técnica seja
igual nos outros casos, mas já existem relatos de pessoas que dependiam muito
do álcool e fazendo TDM perderam o gosto do álcool, foi mais fácil vencer o
vício do que simplesmente se abster. E também tem casos que não está na sua
pergunta, que são crianças, ou mesmo adultos com hiperatividade. A
hiperatividade é uma forma da depressão se expressar, ou é uma forma de
manifestação de descompensação grave do esplênico. Tem crianças que são
tratadas da hiperatividade com técnicas de TDM é a melhora é grande.
Agora, especificamente pânico
e bipolaridade a gente está vendo quais são as variações, tem muitos grupos
querendo descobrir quais são as variações. Porque se você trata alguém com
depressão clássica o TDM I é perfeito, os TDMs são perfeitos, mas se você pega
um paciente com depressão e pânico aí já não é tão eficiente, então tem mais
alguma coisa. O quê? Onde? Como?está sendo investigado agora.
A ansiedade, poderíamos dizer
em algumas situações, são um principio de descompensação do esplênico, tem
muita relação tanto a ansiedade quanto a apatia, elas geram descompensação no
esplênico, e não só isso, por exemplo uma pessoa que seja extremamente rigorosa
consigo mesma, aquelas pessoas que chamamos perfeccionistas, elas jogam dentro
de si mesmas uma descompensação muito forte que terminam no esplênico, e
particularmente eu tenho uma expectativa que espero estar redondamente
enganado, mas é o nosso padrão de vida atual, super valorizando a chamada
adrenalina, é um risco grave, porque a adrenalina é produzida nas únicas
glândulas associadas ao eixo esplênico; no eixo esplênico nós temos o baço, o
pâncreas, o fígado, os rins e as glândulas suprarrenais, que produzem a
adrenalina, e como nós estamos forçando isto, hipertrofiando essas glândulas,
não sabemos aonde isso vai parar. Eu tenho meus receios de que será o esplênico
quem vai pagar a conta e, sendo nele, vai ter ansiedade, vai ter fobias de
melancolias ou de desejos insustentáveis. Aí a gente vai dizer: é porque eu
sempre vivi na adrenalina. E aí você não tem adrenalina por que? Porque o
esplênico descompensou e você cai em ansiedade e depressão. A ansiedade é a
ante-sala da depressão.
Se dizem: Ah! mas vivi
ansioso a vida inteira e já estou com 80 anos.
Graças a Deus! Chegou aí e
conseguiu parar. Porque quem vive com grande ansiedade, se cair na depressão, é
uma queda feia.
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