Deleuze foi discípulo direto de Mésmer e, juntamente com o Marquês
de Puységur e seus sucessores deu grande contribuição a que fosse o Magnetismo
reputado como ciência e visto com o respeito que se deve às grandes coisas. Nascido
em março de 1753 em Sisterom, Baixa Alpes, Joseph Philippe François Deleuze, bibliotecário
do Museu de História Natural, teve seu interesse voltado para o Magnetismo em
1785. Até então não cria nas histórias maravilhosas que narravam a respeito do
magnetismo, achando mesmo que eram loucos aqueles que partilhavam do seu interesse.
Tomando conhecimento das experiências realizadas por Mésmer,
resolveu procurá-lo. Admitido à corrente, viu o doente adormecer após alguns
minutos tendo ele mesmo adormecido ao cabo de 15 minutos, um sono agitado ao
ponto de perturbar a corrente. No dia seguinte, tendo-se mantido em vigília,
pôde acompanhar todo o trabalho de Mésmer e solicitar instruções a respeito do
magnetismo (Magnetismo Espiritual, Michaelus) .
Escreveu diversas obras importantes no esclarecimento e difusão
da ciência magnética. Entre eles, publicou em 1813, “Histoire Critique du
Magnétisme Animal”. Diz Ernest Bersot: “Era ótimo, para uma doutrina tão mal
afamada, encontrar um defensor honorável, sábio, judicioso, moderado em suas
opiniões e na expressão dessas opiniões, um desses patronos que dão aos tímidos
a coragem de confessar sua crença”.
Sua segunda obra, “Instruction Pratique sur Le Magnétisme
Animal” era um manual prático para os magnetizadores, baseado nas suas intensas
pesquisas e experiências.
O Dr. Deleuze conhecia a ligação dos sonâmbulos com os
Espíritos, apesar de, no início, mostrar-se relutante. Sobre isso manteve
célebre contato com o Dr. G. P. Billot durante os anos de 1829 a 1833. As correspondências
entre os dois originaram o livro “Correspondence Upon Vital Magnetism”, publicado
em 1839 pelo Dr. Billot.
Assim se expressou Deleuze: “Não vejo razão para negar a
possibilidade da aparição de pessoas que, tendo deixado esta vida, ocupam-se daqueles
que aqui amaram e aconselhas. Acabo de ter disto um exemplo”.
“Deleuze tornou-se um grande magnetizador e, pela sua
prudência, critério e operosidade, muito fez pela causa do magnetismo, em cujo
fenômeno reconheceu não só um efeito físico, mas também espiritual”.
(Michaelus)
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