Evento: Entremediuns 2010 (Continuação)
Por: Jacob Melo em 23.10.10
9- Alguém pode melhorar a depressão e não
melhorar a ansiedade?
Jacob- Se
você trabalhar por esse mecanismo do magnetismo, não acontece, as duas coisa
vão melhorar juntas. Agora se você melhora a depressão só com química aí alguma
coisa vai despencar em algum lugar, porque a depressão tratada quimicamente,
com todo respeito que a Medicina merece, está, na realidade, mascarando um
fenômeno. Porque como o fenômeno é na região esplênica, provoca uma queima de
serotonina muito alta, você força a reprodução de serotonina - é lógico que não
é só serotonina, mas é o que se fala - então você preenche a serotonina
quimicamente, só que quem está exaurindo continua exaurindo, aí daqui a pouco
você tem que dar mais serotonina, e daqui a pouco só serotonina já não resolve,
e aí é o quadro clínico que a gente vê, você termina, sai de uma situação,
entra num estado bipolar, as vezes deságua também no pânico ou então, entra
numa ansiedade violenta. Mesmo que não chegue na ansiedade você fica com pavor,
você diz assim: Nossa! Peraí! Estou vendo essa água e já estou com medo!
Está com medo por quê? Porque
sabe o quanto é ruim estar lá. Você fica com uma ansiedade, que abre as portas
o tempo todo para que ela entre de vez.
Se você trata por magnetismo,
não só magnetismo, por favor entendam que não é só o magnetismo sozinho que
resolve depressão. Nos casos graves é indispensável que a química esteja ali,
até para lhe dar um nível para a partir dali você sair. Com o magnetismo você
repõem o único elemento que a química não está tratando que é a parte fluídica,
energética. Na hora que você recompõem isso, aí você começa a perceber a
diferença na medicação e começa a sair, vai saindo do medicamento, faz o
desmame e você já não tem as quedas e vai adquirindo a confiança. Agora, quando
você sai por um medicamento você tem o pico de alegria e depois vem o desespero
da queda e você passa a viver ansioso, e em sua próxima situação a ânsia vai lá
em cima, e depois vai mais ainda até que a ânsia e a depressão se encontrem e
aí não tem mais jeito. Essa é uma das grandes vantagens do tratamento pelo
magnetismo, porque ele tira essa possibilidade, porque equaliza tudo num bom
nível.
Tem casos tão profundos, como
no primeiro que atendi, que estava há 10 anos, já se encontrando sem falar, sem
fazer nada, para ir ao banheiro tinha que alguém levá-lo, pra tudo dependia de
alguém. Aí 6 meses depois já voltou a trabalhar, já voltou a assistir um
filme... dá vontade do que? Parar o tratamento. Quer recuperar aquele tempo e é
nisso que a gente se perde.
10- Uma pessoa com depressão que melhora
da depressão com tratamento químico e aumenta muito a ansiedade, sendo que,
estava fazendo tratamento magnético (TDM) e interrompeu devido a necessidade de
um repouso pós cirúrgico?
Jacob- Primeira
coisa é que você não deveria ter parado o tratamento enquanto você tem esses
sintomas, não deve parar. Partindo do pressuposto que se está fazendo um bom
TDM, se você estava com toda essa dificuldade você fez pouquinho tempo de
tratamento e parou, você foi precipitada. Quando digo precipitada não estou
condenando sua posição, estou me referindo ao tempo curto do tratamento, a
gente às vezes tem mil motivos para parar, nem por isso deixou de ser
precipitado porque interrompeu.
Não dá para uma depressão já
estabelecida em 2 meses você ter saído e estar totalmente planada, a não ser
que fosse uma terapia aplicada todos os dias, o que não é o comum das Casas
Espíritas. Na nossa Casa aplicamos um passe magnético por semana; no livro eu
digo que isso é pouco. Na depressão, o ideal do tratamento magnético é pelo
menos dia sim, dia não. Mas as Casas não tem como fazer, e não adianta atender
1 pessoa bem e 99 mal, então a gente cria o melhor padrão dentro da Casa e faz
o melhor. Aracajú, que é uma outra cidade onde se conta com tratamentos
modelos, já estão em duas aplicações semanais e estão para implantar o 3º dia;
os resultados deles serão muito melhores do que os do meu grupo, porque nós
tratamos apenas uma vez por semana.
E o caso de um amigo meu, que
recebia passe todos os dias e passes de 30 minutos. Quando já queria morrer, de
repente em 30 dias voltou tudo plenamente, é fantástico.
O caso mais fantástico que
tivemos na nossa Instituição é de um ateu que tinha depressão há mais de 50
anos, tratava com dois psiquiatras, ele já não tem mais depressão, há um bom
tempo, ele recebeu alta. Ele é ateu e continua freqüentando a casa, e continua
se dizendo ateu; o tratamento dele tinha tudo para dar errado, porque ele não
foi porque quis, era um caso crônico demais, um homem totalmente descrente de
tudo e todas as vezes na entrevista a resposta dele eram três frases: “Não
senti nada. Não mudou nada. Está tudo do mesmo jeito.”
Disse isso em todas as
entrevistas, só um dia que ele acrescentou assim: “é, mas pelo menos eu já não
fico só no meu quarto.” Mais um mês e meio, dois meses depois ele disse: “eu já
saio e vou na calçada.” Depois de mais dois, três meses ele disse: “engraçado,
voltei a gostar de ouvir música. Mas está tudo do mesmo jeito, não sinto nada ,
não mudou nada.”
Com seis meses de tratamento
ele disse que tinha ido ao supermercado com a mulher, mas não sentiu nada, não
mudou nada, está tudo do mesmo jeito.
Hoje, ele diz: “não sinto
nada, não mudou nada, tá tudo do mesmo jeito.” E sorri...
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