O fluido espiritual é tanto mais depurado e benfazejo quanto
o Espírito que o fornece é, ele mesmo, mais puro e mais desligado da matéria.
Concebe-se que o dos Espíritos inferiores deve se aproximar do homem e pode ter
propriedades malfazejas, se o Espírito for impuro e animado de más intenções.
Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresenta
nuanças infinitas segundo as qualidades físicas e morais do indivíduo; é
evidente que o fluido saindo de um corpo malsão pode inocular princípios
mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, quer dizer, a
pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de
aliviar seu semelhante, unido à saúde do corpo, dão ao fluido um poder
reparador que pode, em certos indivíduos se aproximar das qualidades do fluido
espiritual.
Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como uma
simples máquina na transmissão fluídica. Nisto como em todas as coisas, o
produto está em razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos,
haveria imprudência em se submeter à ação magnética do primeiro desconhecido;
abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do
magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre.
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