Evento: Entremediuns 2010 (Continuação)
Por: Jacob Melo em 23.10.10
5- E
como fazer para tratar quem apresenta os dois casos, depressão e fadiga?
Jacob- Como
os dois são tratados só com dispersivos, não tem problema, faz-se TDM I, libera
principalmente o esplênico bastante e aí no final faz dispersões localizadas
nos outros centros que você sentiu. Sugiro que o ponto de partida seja o TDM I,
até você ter condições de fazer tato magnético, na hora que você começar a
fazer tato magnético e percebendo a fadiga você examina qual é o outro centro
de força que está congestionado,
se houver uma coincidência do mesmo centro, então, é só a seqüência do TDM.
6- Como o Sr. chegou a técnica de
aplicação do TDM? Por que dos
movimentos longitudinais, transversais?
Jacob- Quem
já leu o livro “A cura da depressão pelo magnetismo” entende como eu sofri na
época que eu tive, porque eu, sendo orientador de passes, eu sendo passista, eu
tendo uma equipe com a qual eu trabalhava e parte dessa equipe até hoje esta
comigo, como podia?
Quando eu adoeci, eles foram
me aplicar passes, que passes? Os que eu ensinei que eram concentradores de
energias, e cada dia que iam me aplicar passes eu piorava. Isso me intrigou, no dia que eu estava
fora da depressão, disse: tem alguma coisa errada. Porque ou o passe não
resolve e piora ou tem alguma técnica que não é apropriada, que eu não sabia
qual era, eu sabia que fazia muito mal, porque eu tinha me sentido muito mal. E
não eram pessoas que não me amavam, eram pessoas que trabalhavam comigo e me
queriam tanto bem que continuam comigo até hoje. Não eram pessoas que não
soubessem, porque tinham estudado comigo. E, não era porque o passe era em
casa, porque a cada vez que eles iam me dar passe era uma verdadeira reunião
espírita no meu quarto. Então, todas as condições para que desse certo
aconteceram, e deram errado todos os passes.
Quando eu fui aplicar o
primeiro passe de depressão num paciente muito deprimido, muito grave, daqueles
que não falam, não olham, não andam, não fazem nada; o primeiro passe que
apliquei nele disse para mim mesmo: olha! esse cara é um cara de sorte, porque
vai receber um passe de alguém que sabe, que sou eu, que já sofreu o problema,
portanto eu sei o que ele está sofrendo e eu vou tirá-lo dessas situação, e vou
tirar logo na primeira. E aí apliquei o passe mais poderoso que já apliquei em
minha vida; o pobre coitado quase morre porque deu errado. Porque doei energia
nele até onde não tinha lugar, porque pensei: um depressivo precisa de que? De
energia, eu sabia disso, eu tinha experimentado. E, aí “sapequei” energia nele.
E, na semana seguinte ele vem
do mesmo jeito, quando eu olhei de longe disse: não é possível! Esse cara é
para estar bom, olha como está!
E, quando fui pegá-lo para
levá-lo para cabine de passe, ele olhou para mim como quem diz: desgraçado você
vai me matar! O que você fez comigo; hoje você me mata!
Eu o levei para cabine e a
pessoa que o levou ao Centro disse na entrevista que nos últimos dez anos foi a
pior semana que ele havia passado. A semana que eu apliquei o passe...
Então, meu passe
definitivamente fez mal. Nesse intervalo entre pegá-lo e levá-lo para a cabine
eu disse: e agora? Eu não posso errar, porque se fez mal para esse cara, eu sei
o quanto mal que foi, porque eu senti isso na pele e não posso errar. Mas onde
foi que eu errei? E na hora me lembrei exatamente da fadiga fluídica, foi o meu
elo, a fadiga. e olha que coisa interessante, foi o primeiro assunto do livro
“O Passe” do qual eu recebi severas críticas, tanto por escrito quanto pessoalmente.
Teve pessoas que chegou para mim e disse: você está querendo espantar todos os
passistas? Isso é falta de caridade e falta de respeito.
Fui muito criticado por ter
tratado do assunto e justo aquele assunto aparece na minha tela mental. Será
que é parecido com fadiga fluídica, a depressão? Será que os centros vitais não
tem condição de receber fluidos? E foi o que fiz, comecei a aplicar dispersivos
nele, tudo longitudinal porque não tinha certeza - e os longitudinais, por
serem menos intensos, vou precisar fazer mais, só que o impacto vai ser menor.
E fiz muitos longitudinais e no final fiz um tato magnético e descobri, pela
primeira vez, que nele o centro esplênico era quem estava mais bagunçado, e
experimentei os transversais no esplênico e alinhei bastante nos
perpendiculares. Foi um passe bastante demorado para a época, porque naquele
tempo os passes que eu aplicava chegava no máximo a 5 minutos, e naquela vez
acho que passei de 20 minutos aplicando. Mas, fiquei na angústia porque esperei
uma semana para saber se deu certo e uma semana depois ele entra do mesmo
jeito, só que num dado momento ele pára e olha para os lados, e quando ele
parou e olhou para os lados, eu disse: Epa! Já tem algo diferente. Ele andou
mais um pouco, parou e olhou de novo. E eu disse: ele reagiu, porque ele não
interagia, não agia e não reagia. Então aquele homem reagiu, ele estava
querendo saber onde estava e aí na ocasião eu dei um grito, eu estava na porta
da cabine de passe, que como eu tinha saído da depressão três semanas antes as
pessoas achavam que eu estava meio louco ainda, e aí eu tô lá no Centro
Espírita e dou um grito, e o pessoal correu para cima de mim perguntando o que
houve, se estava sentindo alguma coisa. Eu respondi: não é nada. Eu fiquei
feliz quando vi que aquele homem reagiu, para mim eleme proporcionou um nível
de felicidade lá em cima.
E na
entrevista ele disse: nos últimos 10 anos foi a melhor semana que ele já
passou. Então o erro ficou visível ali, era um erro prático, de técnica básica,
ele não podia receber concentrado igual a um paciente de fadiga. E como eu já
tinha pacientes de fadiga que já tinham saído de fadigas gravíssimas, inclusive
com as mãos todas deformadas, já sem conseguir movimentar dedos de tanta
artrose, de tanta coisa, e essas pessoas rapidamente ficaram boas, eu sabia que
o caminho era aquele.
E,
quando ele veio na terceira sessão, quando ele olhou pra mim, ele ainda não
falava, ele olhou como quem diz: olha! É como o último,viu?? Não aplica o
primeiro não! E, daí pra frente foi um progresso vertiginoso.
A
partir de então eu comecei a experimentar, tanto que fomos experimentando que
quando a gente chega no nível 3,
a gente usa uma das técnicas
dispersivas das mais eficientes
que são os perpendiculares. Porque no nível
3 o paciente já está tecnicamente bom, então ele suporta que você faça grandes
movimentações fluídicas nele, e um paciente com depressão profunda se você mexe
muito rápido, ele se sente muito mal, não depois, mas na hora do passe; é algo
angustiante. Porque a medida que você vai dispersando é muito comum a narrativa
do paciente dizer: é como se você estivesse tirando meu ar. Você está tirando
um peso, mas está levando meus pulmões junto. Então, se você começa fazer
muitos transversais isso fica pior, então faz-se longitudinais que está
dispersando de uma forma mais lenta e ao mesmo tempo está colocando todos os
centros num alinhamento e força um pouco mais no esplênico. Já tivemos
pacientes que tivemos que diminuir os dispersivos transversais no esplênico,
tivemos que fazer longitudinais no esplênico, porque o paciente relatava
mal-estar muito violento, talvez uma descompensação muito grave ou
umamovimentação muito forte, em alguns casos não convém fazer os transversais.
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