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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fadiga Fluídica e Depressão em médiuns




                                  Evento: Entremediuns 2010 (Continuação)
                                   Por: Jacob Melo em 23.10.10



3- quando um passista não deve aplicar o passe do TDM?
Jacob- Primeiro, quando ele estiver em depressão, eu sugiro que qualquer Casa que queira trabalhar a depressão tire de suas atividades qualquer trabalhador em depressão, mesmo que seja uma depressão superficial, porque ela é superficial num momento e daqui a pouco ela está lá em cima e aí já vai ser tarde, vai ser muito mais trabalhoso. Tire-o e coloque-o em tratamento, primeira coisa. Então um passista em depressão a primeira coisa que ele tem que deixar é de ser passista até se recuperar, porque você não vai dar o que você não tem. Todo depressivo tem carência de fluidos, como ele vai dar fluido? Se você vai pela lógica, além da depressão ele vai ter fadiga, e vai ser uma coisa implicando na outra e aí de forma grave.
Depois, se você não souber o que está fazendo. Vou contar um caso que foi bem típico, bem recente faz uns três meses que aconteceu na nossa instituição e diz muito. Eu vou dizer aqui uma coisa que o meio espírita não gosta de ouvir: muito cuidado com intuição, principalmente quando se tratar nesses dois tipos de caso: depressão e fadiga fluídica.
O nosso trabalho lá em Natal não se volta só para depressão, mas é lógico que a grande maioria dos nossos pacientes são casos de depressão.
Tem uma senhora que ela vem toda semana, ela sai de casa na terça-feira à noite, viaja 300 km da cidade onde para receber passes lá em Natal. Ela é uma pessoa extremamente dinâmica, uma mulher que não está no comum dos cotidianos que a gente conhece das mulheres, ela é muito ágil, muito habilidosa, é da área de contabilidade, tem uma cabeça muito privilegiada, já conversei muitas vezes com ela. E ela entrou numa depressão tão violenta, que um dia ela contratou uma pessoa para ficar no lugar dela e por sorte essa pessoa que ela contratou é espírita; e aí disse: - Espera aí! Porque você quer largar tudo? Pelo que estou vendo você está largando e não está programando uma viagem... o que você vai fazer da sua vida? Você não quer mais trabalhar por que?
- Eu quero me trancar no quarto e esperar o dia de morrer.
E era o que ela ia fazer, e ele investigou com ela, e ela terminou dizendo que ela já não tinha mais ânimo para nada, não queria mais atender telefone e o caso de depressão ela estava era “lá no fundão mesmo”, ela estava pra lá de péssima. E ele disse:
- Eu tenho como você se curar.
- Se você tem porque já não me disse?
- Você não tinha me falado nada!
Resumo da história: ele disse:
- Você aceita viajar?
- Desde que não seja para fora da Terra, eu vou para qualquer lugar, até para a China. Eu vou. Eu compro a passagem e vou.
Então ela estava decidida.
- Então você vai à China, porque você vai tantas vezes no lugar que você vai que quando terminar seu tratamento você terá ido à China e voltado, pelo menos unas duas ou três vezes.
- Não tem problema, eu vou.
- É lá em Natal, eu conheço uma pessoa e vou falar com ele pra saber se pode lhe atender.
E, ela começou a fazer o tratamento lá, com três semanas ela já tinha praticamente voltado às suas atividades, com quase dois meses de tratamento um dia um companheiro... no começo a gente não deixa todo mundo por a mão, ainda mais ela o caso sendo grave e morando longe, se complicar fica difícil você resolver algum problema, mas ela já estava bem , já estava quase indo para o nível 2, que você passa do 1 para o dois a medida que você vai melhorando (se referindo aos níveis do tratamento de TDM I, TDM II e TDM III). E um companheiro, que nunca tinha aplicado passes nela, aplicou naquele dia, ela saiu foi embora.
Nosso passe lá é na quarta-feira pela manhã, na sexta-feira à noite ela me telefonou:
- Jacob, me desculpe lhe telefonar, mas estou péssima, não agüento mais.
- O que foi que houve?
- Na quarta-feira quando saí daí já comecei sentir unas coisas estranhas no caminho, quando foi chegando perto da cidade onde moro tive vontade de mandar parar o carro e voltar porque não queria nem entrar na cidade. Mas eu não podia estar tão pior daquele jeito. E vim para casa e não consegui mais sair de casa para canto nenhum. Pensei deve ter sido alguma coisa, fiz um Evangelho.
Disse ela que rezou muito, tomou remédio para dormir e na quinta-feira amanheceu pior, e passou a quinta-feira rezando, pedindo ajuda a todos os Espíritos, e não melhorou e esperou na certeza que no outro dia estaria melhor. E na sexta-feira o dia foi pior ainda, e ela disse:
- Jacob, estou num ponto agora que não posso ficar. Do jeito que estou, nunca estive tão pior na minha vida como estou agora, nem quando que fui para aí... eu não agüento esperar quarta-feira. Eu não sei o que você pode fazer por mim, mas você vai ter que fazer alguma coisa, na minha vida piorou tudo nesses três últimos dias, distruiu tudo. Eu vou fazer o que agora?
- Meu Deus, o que eu vou dizer para essa mulher?
Eu ia viajar de manhã para fazer um seminário, não podia ir à sua cidade, e nem tinha naquela hora como encontrar uma pessoa para ir lá. Me lembrei que tinha um companheiro que fez dois seminários comigo que mora naquela cidade.
Disse a ela que iria dar um retorno, procurei, localizei e pedi que ela fosse. Relembrei do TDM I, ele lembrou tudo, mas ele já sabia e disse a ela:
- Olha você vai fazer isso!
E ele foi para lá. Eu pedi que me retornasse a não ser que ele achasse que não precisaria. Ele não retornou, viajei no sábado de manhã. Na segunda de manhã escrevi para ela, que disse:
- Olha, graças a Deus você mandou o rapaz aqui, você não sabe o que ele tirou de mim. Já na sexta-feira já dormi tranqüila e no sábado já estava quase tudo bom, ele veio no sábado fez outro passe, quando saiu tinha acabado tudo. Estou perfeita.
Como ela estava melhor, procurei saber, examinei o que ela fez depois do passe, se comeu alguma coisa ruim, as idéias que ela teve... tentei apurar a culpabilidade dela para saber até que ponto o paciente também pode ter responsabilidade no processo. Lá no LEAN, que é a nossa Instituição, nós trabalhamos com fichas, temos duas fichas para cada paciente, uma para entrevista e para anotar os dados, anota-se o que ele está sentindo e o que ele está querendo, essa ficha fica no que nós chamamos setor de entrevistas. E é feito uma outra ficha só com o nome e a idade para a gente identificar, se for caso de depressão a gente coloca uma tarja amarela, porque pode ser que uma depressão não identificada e aí vi fazer uma terapia diferente. No passe; você recebe o passe, quando sai do passe, o passista pega a sua ficha, a ficha que nós chamamos a ficha do passista, e lá ele escreve tudo que ele fez. E nós batemos muito que não podem ser omitidos dados, nem informações, tem que colocar tudo, para que a gente possa ter segurança nas avaliações. E um dia na semana a gente pega todas as fichas, de todos os pacientes e confronta, existe uma equipe para confrontar, para a gente poder tirar tudo que é possível e necessário dentro do sistema.
Naquele passe que ela recebeu daquele moço, naquele dia ele disse: fiz um TDM I, dispersei bastante o esplênico, mas no final eu tive uma intuição...
Ela pagou a conta da intuição, quem pagou foi ela. Foi falta de merecimento? Porque ela deveria passar por aquilo? O que houve? Impropriedade do passista, porque ele sabe que em TDM I não é permitido fazer qualquer tipo de concentrado fluídico; ele fez! Pena que não foi ele quem pagou a conta, quem pagou foi o paciente. E o ideal era que ele tivesse saído de casa e tivesse ido lá atender para saber que a gente tem que ter ação para corrigir os erros. Então, são coisas complexas, porque às vezes como disse na palestra, a gente pensa que os Espíritos vão fazer tudo e que basta vontade, amor e oração que tudo fica bem e não é assim! Em determinados casos específicos a gente precisa saber o que está fazendo e com segurança.
No caso da depressão esse é um ponto gravíssimo, a mim me espanta muito, porque eu sofri depressão, quem não sofreu depressão não sabe o que é depressão e nem vai saber nunca, nem queira saber. Você pode fazer psiquiatria, pode se especializar em depressão, mas se você não sofrer o mal você não tem como avaliar o que é uma depressão. É algo simplesmente terrível, é monstruoso. Então eu, particularmente, sou rigorosamente exigente. Não trate uma pessoa de depressão se você não sabe o que vai fazer, porque você pode piorar o quadro. E tem muito Centro Espírita que tem pacientes com depressão que eles vão uma, duas vezes e desaparecem, e a gente não vai atrás e não sabe por que ele desapareceu. Desapareceu porque piorou, e ele não agüenta a piora e vai embora. Então o que não se deve fazer: Não estar em depressão, não saber o que fazer, e, sobretudo ter magnetismo para poder circular bem esses fluidos.
Porque muitas vezes as pessoas pensam que é só movimentar as mãos; se fosse só movimentar as mãos a gente pegava pequenos ventiladores e resolveria muito melhor.
O problema não é o movimento só por ele, o problema é que quando você movimenta você circula as energias, e no caso do depressivo é onde melhor se associa a analogia com uma hemodiálise, a doação de fluidos numa depressão é baixa, mas a circulação é alta. Então, ela está totalmente congestionada com depressão, quando eu começo a fazer os dispersivos os fluidos que estão congestionados vem (se referindo ao passista) e voltam (paciente) repetidas vezes. Porque na verdade estamos renovando todo um circuito para que isso num dado momento volte a funcionar bem. E agora bem especifico para vocês de Fernandópolis, tem uma observação mais recente que não está no livro ainda, que em alguns casos de depressão mais grave é preciso além do esplênico ter um olho clínico em cima do fígado. Normalmente as pessoas perguntam: mas o esplênico não administra o fígado? Administra. Portanto, você trabalhando o esplênico teoricamente era para o fígado estar reagindo, mas já tivemos casos que... não foi nem um, dois... mas alguns, em que você trabalha o esplênico exaustivamente e o fígado é como se ele não tivesse qualquer conexão com o esplênico, e, se a gente não verifica o tratamento começa a ficar lento, moroso e a gente não sabe aonde vai parar. Então, apesar que não é devido no início fazer tato magnético em depressivos, a partir de um dado momento, quem já leu essa edição mais recente que fala de como transitar do TDM I para o TDM II, vejam que naquele transito vai ter um momento que a gente começa a fazer tato magnético, começa examinando os fluidos que são colocados no esplênico, se eles circulam até o fígado, se não circularem trabalhem o esplênico e o fígado, porque enquanto o fígado não entrar no sistema o progresso fica estacionado. São experiências, que por isso eu digo são pesquisas, cada dia vai surgindo mais coisas. Um dia uma pessoa reclamou, quando saiu essa nova edição do livro, mas o antigo... e como fica agora? A gente vai ter que comprar outro? Eu digo, é que lamentavelmente são livros de pesquisa e como a pesquisa não pára o assunto cresce. E não é uma pesquisa individual é uma pesquisa de vários grupos no Brasil e fora do Brasil trabalhando isso. E, de repente um grupo descobre que tem uma eficiência, uma ineficiência ou uma necessidade e a gente se comunica e na hora que comunica, um experimenta, um faz, um confirma, um nega, até a gente começar a ter retorno, então, vocês de Fernandópolis, observem casos que estacionam, aquele bendito cifão que eu falei (se referindo à fala da palestra) nos casos dos depressivos, em alguns casos são a quebra de relação entre o fígado e o sistema, que não era para existir, mas existe, que eu particularmente não entendo por que.
É como se toda a energética que vem, quando ela chega aqui em cima no pâncreas, parece que o pâncreas isola e a partir daí o fígado já não interage. Então, nesses casos a mesma coisa que se faz no esplênico, vai ter que se fazer agora no fígado. Aumenta um pouco mais o tempo de trabalho, na sessão, mas se trabalhar bem , a gente está girando aí de três a quatro sessões para que o fígado volte a se estabilizar no sistema. E você observa que a partir daí o paciente começa a ter ganhos de qualidade no tratamento.
4- Como utilizar as técnicas do TDM para tratar os médiuns ostensivos que apresentam depressão e fadiga fluídica? E esses médiuns devem se afastar doa trabalhos mediúnicos durante o tratamento?
Jacob- Nos trabalhos mediúnicos depende da função. Tem trabalhos mediúnicos em que você é apenas doador fluídico, nesse caso você tem que sair. Se você é doador fluídico, sai! Você não está tendo fluido nem para se manter, como vai doar?
E isso eu digo de cátedra, porque numa época que eu trabalhei em reuniões mediúnicas, por muitos anos, eu era o sustentador magnético, e só descobri isso depois, porque na época eu era relativamente jovem. E as vezes em que eu faltava a reunião não acontecia, e tinha reunião que eu não dava uma única palavra, então, que ausência era essa minha? Porque eu não estando não acontecia? Eu era a grande usinagem da manutenção da reunião, era minha; quando eu me afastava não tinha energia para gerir o processo. Eu, se fosse o caso em depressão ou em fadiga, teria que sair, porque como usinar, se você não tem?
Se você está na área da manifestação psicofônica ou incorporação e isso também lhe exaure muito fluidicamente, é melhor sair. Mas, precisa ver caso a caso, porque tem pessoas que faz todo o processo de incorporação, mas não tem perda fluídica, esses não teriam problema, em tese. Mas, quem tem perda fluídica no momento da manifestação, o ideal é que se afaste.
E, os passistas dos mediúnicos não podem ser fadigados nem portadores de depressão.

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