Por sua natureza fluídica, essencialmente móvel e elástica, se
assim nos podemos exprimir, como agente direto do Espírito, o perispírito é
posto em ação e projeta raios pela vontade do Espírito. Por esses raios ele
serve à transmissão do pensamento, porque, de certa forma, está animado pelo pensamento
do Espírito. Sendo o perispírito o laço que une o Espírito ao corpo, é por seu
intermédio que o Espírito transmite aos órgãos, não a vida vegetativa, mas os movimentos
que exprimem a sua vontade; é, também, por seu intermédio que as sensações do
corpo são transmitidas ao Espírito. Destruído o corpo sólido pela morte, o
Espírito não age mais e não percebe senão pelo seu corpo fluídico, ou perispírito,
razão por que age mais facilmente e percebe melhor, já que o corpo é um
entrave. Tudo isto é ainda resultado da observação.
Suponhamos agora duas pessoas próximas, cada qual envolvida -
que nos permitam o neologismo - por sua atmosfera perispiritual. Esses dois
fluidos põem-se em contato e se interpenetram; se forem de natureza antipática,
repelem-se e os dois indivíduos sentirão uma espécie de mal-estar ao se
aproximarem um do outro, sem disso se darem conta; se, ao contrário, forem
movidos por sentimentos de benevolência, terão um pensamento benevolente, que
atrai. Tal a causa pela qual duas pessoas se compreendem e se adivinham sem se
falarem. Um certo não sei quê por vezes nos diz que a pessoa com a qual nos
defrontamos deve ser animada por tal ou qual sentimento. Ora, esse não sei quê é
a expansão do fluido perispiritual da pessoa em contato com o nosso, espécie de
fio elétrico condutor do pensamento. Desde logo se compreende que os Espíritos,
cujo envoltório fluídico é muito mais livre do que no estado de encarnação, já
não necessitam de sons articulados para se entenderem.
O fluido perispiritual do encarnado é, pois, acionado pelo
Espírito. Se, por sua vontade, o Espírito, por assim dizer, dardeja raios sobre
outro indivíduo, os raios o penetram. Daí a ação magnética mais ou menos poderosa,
conforme a vontade; mais ou menos benfazeja, conforme sejam os raios de
natureza melhor ou pior, mais ou menos vivificante. Porque podem, por sua ação,
penetrar os órgãos e, em certos casos, restabelecer o estado normal. Sabe-se da
importância das qualidades morais do magnetizador.
Aquilo que pode fazer o Espírito encarnado, dardejando seu
próprio fluido sobre uma pessoa, um Espírito desencarnado também o pode, visto
ter o mesmo fluido, ou seja, pode magnetizar. Conforme seja bom ou mau o fluido,
sua ação será benéfica ou prejudicial.
Assim, facilmente nos damos conta da natureza das impressões
que recebemos, de acordo com o meio onde nos encontramos. Se uma assembleia for
composta de pessoas animadas de maus sentimentos, o ar ambiente será saturado
com o fluido impregnado de seus sentimentos. Daí, para as almas boas, um mal-estar
moral análogo ao mal-estar físico causado pelas emanações mefíticas: a alma
fica asfixiada. Se, ao contrário, as pessoas tiverem intenções puras,
encontramo-nos em sua atmosfera como se estivéssemos num ar vivificante e
salubre. Naturalmente o efeito será o mesmo num ambiente repleto de Espíritos,
conforme sejam bons ou maus.
REVISTA ESPÍRITA DEZEMBRO DE 1862
TEXTO EXTRAÍDO DO ARTIGO Estudos sobre os Possessos de Morzine CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATÊ-LA
A ciência comprovando
Neutrino
O neutrino é uma partícula subatômica sem carga elétrica e
que interage com outras partículas apenas por meio da interação gravitacional e da fraca (duas
das quatro interações fundamentais da Natureza, ao
lado da eletromagnética e da forte). É conhecido por suas características extremas: é
extremamente leve (algumas centenas de vezes mais leve que o elétron), existe com enorme abundância (é a segunda partícula
mais abundante do Universo conhecido, depois do fóton) e interage com a matéria de forma extremamente débil
(cerca de 65 bilhões de neutrinos atravessam cada centímetro quadrado da
superfície da Terra voltada para o Sol a cada segundo.)
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