MAGNETO - Muito antiga, na humanidade, a
observação de que havia corpos com a propriedade de atrair outros. Na velha
Ásia, muito antes de Cristo, foi encontrado na região de Magnésia um mineral
que atraía o ferro.
E por isso
foi ele denominado “magneto”, donde deriva a palavra “magnetismo”. Analisado
recentemente foi classificado como “tetróxido de triferro (Fe304), ao qual hoje
se denomina “magnetita”, chamando-se ímãs ao magneto.
Todos
conhecemos essa capacidade do ímã de atrair
limalha de ferro, e os são muito empregados em numerosos campos de
atividade.
Magnetismo
humano - Interessante recordar que essa
capacidade de “atração” é também observada no corpo humano, e por associação, a
ela se chamou “magnetismo animal”.
O magnetismo
mineral tem sido bastante explorado pela física; muito menos estudado e
observado, o magnetismo animal, apesar dos trabalhos iniciais e clássicos de
Mesmer, Chardel, Puységur, Du Potet, Bué, L. A. Cahagnet e tantos outros, que
citam fatos e aventam hipóteses, mas cientificamente não chegam a uma conclusão
exata e irretorquível.
Em vista disso, passaremos em revista rapidamente alguns
“fatos” do magnetismo mineral, comparando-os com o magnetismo humano (animal),
a que muitos atribuem os nomes de, faculdade ou capacidade mediúnica. Serão
simples sugestões que poderão despertar interesse em alguns leitores.
A propriedade do tetróxido de triferro é “atrair” o ferro.
Assim, no corpo humano há partes definidas que também parecem “atrair” certas
ondas vibratórias, que a criatura fica apta a sentir e descrever.
Grifamos o termo “atrair”, porque não acreditamos existir aí
realmente uma “atração”; cremos que uma irradiação é “recebida” e “registrada”,
da mesma forma que os olhos não atraem as vibrações luminosas, nem os ouvidos
atraem as ondas sonoras: simplesmente recebem-nas e as registram. Mas ocorre
que, quando o objeto que irradia tem o seu “pêso-massa” menor que o
“pêso-fôrça” da sua radiação, não são apenas os fluidos da radiação que
caminham, mas consigo eles arrastam em direção do receptor o próprio corpo
radiante.
Dá-nos isso a impressão de que existe uma “atração”.
Deixamos aos entendidos a solução desse novo ponto de vista.
Admitimos, então, que há corpos capazes de receber as
vibrações de outros corpos, tal como o tetróxido de triferro recebe as
vibrações do ferro, trazendo-os mesmo a si quando o pêso-fôrça da radiação é
maior que o pêso-massa do corpo. Assim verifica- mos com a ebonite, que recebe
vibrações de cabelos, papel, etc., trazendo-os a si, quando leves.
Ora, o mesmo ocorre com o corpo humano, sobretudo com certos
órgãos. Por exemplo, as glândulas pineal e pituitária (epífise e hipófise), que
têm a capacidade de receber as ondas-pensamento da própria mente e de outras
mentes, encarnadas ou desencarnadas. Aceitamos a teoria de que a glândula
pineal serve “sempre” de intermediária entre o espírito da criatura e o
cérebro. Toda e qualquer idéia ou pensamento do espírito é transmitido vibracionalmente
e
recebido pela pineal, e através dela é comunicado aos neurônios
cerebrais que então a transmitem ao resto do corpo, agindo sobre os centros da
fala, dos braços, pernas, etc. Inversamente, tudo o que fere os nervos ópticos,
auditivos, olfativos, gustativos, tácteis, etc., é levado aos neurônios, que o
fazem chegar à pineal e daí então é transmitido por meio de ondas-pensamento ao
espírito. Outro ponto para ser pesquisado pelos entendidos.
Assim como recebe os pensamentos do próprio espírito, pode
também receber os de outros espíritos quer na matéria (telepatia), quer
desencarnados (mediunismo). Entretanto, alem desse tipo de mediunismo, que
chamaríamos “magnético”, temos outro tipo de mediunismo, realizado por fio
fluídico, ligado diretamente aos chakras, e destes passando aos plexos nervosos
que são feixes e entrosamentos de nervos. Ou seja, os chakras representam em
relação aos plexos, o mesmo papel que a pineal em relação ao cérebro.
Lembremo-nos de que o plexo mais importante do tronco, plexo “solar”, é também
denominado “cérebro abdominal”.
Do mesmo modo que os nervos constituem os condutores
fluídicos das vibrações sensoriais no corpo físico, assim há cordões fluídicos
de matéria astral, de que nossa ciência terrena “oficial”, ainda nem sequer
apurou a existência, embora citados em literaturas antiquíssimas e bem
conhecidas no ocidente (Eclesiastes 12:6). Nada existe, porém, a esse respeito
nos tratados científicos.
PROCESSOS DE IMANTAÇÃO
Uma barra de ferro pode ser imantada por três processos
principais:
a) por indução magnética, que é realizado mantendo-se a
barra de ferro próxima a um ímã;
b) por atrito, quando uma barra de ferro neutra é atritada
com um ímã, sendo indispensável que sejam atritados sempre no mesmo sentido, porque
o atrito num sentido desfaz a imantação obtida no outro;
c) por corrente elétrica, quando se enrola em torno da barra
de ferro um fio percorrido por corrente elétrica. Esse processo faz o que
chamamos “eletro ímã”.
Vimos que a mediunidade pode ser inata, tal qual o
magnetismo do ímã natural.
Tipos de Mediunidade
- Agora passemos a
estudar ligeiramente o despertamento, chamemo-lo “artificial” da mediunidade.
Também aqui podemos encontrar as mesmas três modalidades principais que para o
ímã mineral (as Leis Cósmicas são as mesmas para todos e em todos os planos).
a) Assim como uma barra de ferro se imanta quando na
proximidade de um ímã, assim também pode uma criatura conseguir comunicações
mediúnicas quando ao lado de um médium, embora seja insensível quando a sós.
Esse fenômeno é obtido, porque a radiação do médium sensibiliza a aura do
sujet, tornando-o apto a captar mensagens. Por isso observamos que certas
pessoas só recebem quando ao lado de um médium. Mais comum é a necessidade da
presença de um médium para INICIAR o trabalho mediúnico de uma pessoa; feito o
desenvolvimento, poderá passar a receber sozinha. Não é falha pessoal: é que as
radiações do médium lhe servem de agente catalítico para “abrir” a mediunidade.
b) Da mesma forma que a barra de ferro neutra se imanta ao
ser atritada, assim a criatura pode ser predisposta a receber comunicações, ou
a “abrir” a mediunidade, se lhe forem aplicados passes magnéticos por um
médium. Pensam alguns que o passe no aparelho novo serve para fazer receber
espíritos, e movimentam as mãos como se empurrassem alguém. Mas os passes não
têm essa finalidade. Devem ser dados de cima para baixo (“sempre no mesmo
sentido”) para que o efeito não seja anulado. Algumas entidades preferem que
não sejam aplicados passes, antes da incorporação, alegando que isso pode
influir no animismo. Assim fazendo, porém, o desenvolvimento é muito mais
demorado e talvez não se realize. Ao aplicar os passes, o passista magnetiza ou
imanta o aparelho, fazendo sensibilizar-se a glândula pineal (passes na cabeça)
para comunicações telepáticas, ou os chakras (passes ao longo da espinha dorsal)
para as ligações fluídicas.
c) a terceira maneira de favorecer a imantação é enrolar-se
a barra de ferro com um fio percorrido por corrente elétrica. São os “eletro
ímãs”. Há pessoas, também, que só se tornam médiuns, ou seja, só ficam
capacitados para receber, quando envolvidos pela corrente da mesa mediúnica,
nada conseguindo quando estão a sós. A corrente da mesa mediúnica aumenta a
sensibilidade da pineal e dos chakras (já vimos que a bateria tem mais força
que os acumuladores isolados). Nesses casos, o aparelho aumenta sua
sensibilidade e se imanta, tornando-se apto a receber as comunicações.
IMÃS PERMAENTES E TEMPORÁRIOS
De acordo com a construção do ímã artificial, pode ele
manter a propriedade magnética por muito tempo, até por anos, ou perdê-la logo
depois que cesse a causa da imantação. No primeiro caso o ímã é chamado
“permanente”, no segundo, temporário ou transitório. Os eletro imãs são sempre
transitórios, mas os imãs naturais são sempre permanentes.
Duração da mediunidade
- Podemos dividir os
médiuns em três categorias:
a) naturais, que já nascem com essa característica de
sensibilidade, e, em vista disso qualquer que seja sua religião - não podem
evitar os fenômenos psíquicos; é até frequente que, não se educando a
faculdade, nesses casos, o aparelho se desequilibre mentalmente;
b) aqueles que são permanentes, ou seja, os que, mesmo não
no sendo de nascença, desenvolveram as faculdades psíquicas, quer por
proximidade, quer por atrito (frequência às reuniões ou passes); e, uma vez
desenvolvidos, não nas perdem mais, ficando obrigados a continuar “trabalhando”
daí por diante, dando vasão natural ao mecanismo psicológico;
c) aqueles que são temporários, isto é, os que, “cessada a
causa, cessa o efeito”. De modo geral, os que só recebem na corrente mediúnica,
nada sentindo fora dela. Ou mesmo os que só recebem quando na proximidade de
outro médium, ou quando sob a ação de passes magnéticos (indução magnética ou
“atrito”).
POLOS
As propriedades magnéticas não se manifestam em toda a
extensão do ímã, mas apenas nas extremidades, chamadas “pólos”. Quando se trata
de uma barra, por exemplo, aparece o magnetismo nas pontas; entre os dois pólos
há uma região que não apresenta propriedades magnéticas, sendo por isso
denominada neutra.
As mãos dos médium
- Assim também no
corpo humano, as partes que revelam maior magnetismo são as extremidades,
sobretudo as dos membros superiores tendo-se estabelecido
experimentalmente que o lado direito tem magnetismo positivo
(doação) e o lado esquerdo magnetismo negativo (absorção), porque atrai, coisas
negativas, e por isso os romanos o chamavam “sinistro”.
Daí o aperto de mão ser feito sempre com a direita, pois a
esquerda absorveria os fluidos pesados da outra pessoa. Também o “sinal da
cruz” na própria criatura e a “bênção” dada pelos sacerdotes (passes em forma
de cruz) são realizados com a mão direita. Os “passes magnéticos” de doação
realizam-se com a mesma mão. Assim também, quando queremos homenagear uma
pessoa, “dando-lhe” amor ou carinho, nós a colocamos a nosso lado direito, para
que o lado esquerdo dela “absorva” nossas boas vibrações. No entanto, quando
desejamos “captar” o amor de alguém, nós a colocamos à nossa esquerda (nas
conversas amorosas, no leito, etc.), para que possamos absorver melhor suas
vibrações de carinho. Nos canhotos, porém, o magnetismo é inverso: positivo à
esquerda, negativo à direita.
Quando desejamos lançar fluidos, é através das mãos que a
fazemos, saindo eles pelas pontas dos dedos.
ATRAÇÃO E REPULSÃO
Se suspendermos dois ímãs por seus centros de gravidade, e
aproximarmos um do outro, verificaremos que os pólos do mesmo nome se repelem, e
os de nomes contrários se atraem. Daí concluímos que o pólo norte geográfico da
Terra é um sul-magnético (já que atrai o
pólo norte do ímã), e vice-versa.
Corrente mediúnica
- Compreendemos,
então, por que, nas correntes mediúnicas, os componentes se dão as mãos
segurando com a direita a esquerda do que lhe está ao lado.
Também por isso observamos que, por magnetismo natural, as
pessoas se atraem quando possuem temperamentos opostos: violentos atraem
dóceis, orgulhosos atraem humildes, etc. (donde o ditado popular: “duro com
duro não faz bom muro”).
Na mediunidade pode aparecer uma objeção: o médium dócil
recebe “espíritos” dóceis, havendo de modo geral consonância de temperamento
entre os médiuns e seus “guias”.
Entretanto, aí não se trata de magnetismo, mas de sintonia
vibratória.
Observamos, todavia, um fenômeno interessante: em certos
casos, existe uma impossibilidade absoluta de certos “espíritos” incorporarem
em certos médiuns. E isso ocorre sem que haja nenhuma dissintonia, pois muitas
vezes o “espírito” gosta imensa- mente da criatura e vice-versa, mas não pode
incorporar-se. Supormos que o impedimento consista numa repulsão magnética
entre ambos. Aguardamos, porém, melhores esclarecimentos de quem seja mais capaz.
Podemos, então, estabelecer um princípio: as comunicações
telepáticas, através de pineal-pituitária, se fazem por “sintonia vibratória”;
e as fluídicas (ligações por fio) se realizam através dos chakras-plexos, por
magnetismo positivo-negativo. Em nossa hipótese, pois, o magnetismo poderá
influir na “incorporação”, na ligação fluídica, mas não na inspiração ou
intuição, que esta se realiza por simples recepção de ondas vibratórias.
MASSA MAGNÊTICA
Para facilitar o estudo, criaram os físicos uma convenção a
que denominaram “massa magnética”, que corresponde a “um ponto ideal, onde se
reuniria toda a região magnética puntiforme”. Convencionou-se ainda que duas
massas magnéticas: ou a) são iguais, ou
b) uma é o múltiplo da outra.
Há duas leis (análogas às que regem as cargas elétricas
puntiformes) a que obedecem a atração e a repulsão:
Entre duas massas magnéticas puntiformes, isto é, entre as
forças positiva e negativa (separadas pela região neutra):
1ª lei: A intensidade da força de atração ou repulsão é
proporcional ao produto de cada uma das massas magnéticas.
2ª lei: A intensidade da força de atração ou repulsão é
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.
Passes e ligações mediúnicas
- Essas duas leis
valem também para os planos etérico e astral (como para todos os outros, porque
as grandes leis da natureza vigem em qualquer plano).
Encontramos de imediato três aplicações práticas: nos
passes, nas obsessões e nas “incorporações”.
A) Nos passes magnéticos a maior intensidade de uma corrente
fluídica vai depender da diferença das massas magnéticas do doador e de
paciente. Assim um indivíduo fraco (FM= 2) ao receber passes de outro forte (FM
= 10), terá carga de intensidade 8. Observe-se que um é sempre múltiplo do
outro. Daí um mais fraco não dever dar passes magnéticos em outro mais forte
que ele: esgotar-se-ia com pouco proveito. Além disso, acresça-se o valor das
emoções entre doador e paciente (principalmente neste último), no sentido da
boa recepção magnética. Outra observação: os passes magnéticos devem ser dados
na proximidade (por vezes até tocando-se o ponto enfermo), em vista da 2ª lei.
Note-se, porém, que tudo isso vale para passes magnéticos, pois os passes
espirituais caem sob outras leis.
B) O obsessor, ciente ou inconscientemente, se liga ao
obsidiado através do “ponto magnético” que lhe ofereça campo de atração. Esse
ponto é do pólo negativo (passivo) na vítima, para que ele utilize seu próprio
pólo positivo (ativo). Ora, os pontos magnéticos negativos no encarnado são
exatamente os órgãos enfermos, deficientes, ou, pelo menos, fracos.
Nesse ponto dá-se a atração, ligando magneticamente os dois.
Assim, por exemplo, uma criatura que sofra de deficiência ovariana é facilmente
influenciável nesse ponto, sendo levada à esquizofrenia. Se a debilidade é
hepática, por esse órgão se estabelece a ligação, sendo o indivíduo arrastado à
irritabilidade.
E tanto maior intensidade na obsessão haverá, quanto nuns
diferença houver entre as forças dos dois e quanto maior for a proximidade
entre ambos.
Deduzimos, então, que a obsessão não é obra, em geral, de
sintonia vibratória, podendo até não haver sintonia nenhuma entre os dois, o
que serve de consolo a muitos... Muito ajudam, ainda, as emoções do obsessor e
do obsidiado.
C) Nas comunicações, vimos que as telepáticas obedecem às
leis da sintonia vibratória; mas as
realizadas por ligações fluídicas podem efetuar-se por simples atração
magnética. Aí temos dois casos:
a) o desencarnado é mais forte e positivo e se liga ao
encarnado por um ponto negativo deste (é o caso anterior da obsessão);
b) o desencarnado é mais fraco (enfermo, sofredor, etc.) e a
ligação é feita do encarnado (positivo) para o desencarnado, ligando-se
exatamente no ponto magnético mais fraco do desencarnado: o órgão enfermo.
Essa a razão por que os médiuns, quando “incorporam”, sentem
nos próprios órgãos as mesmas sensações desagradáveis ou dores lancinantes que
o desencarnado está sentindo: a ligação foi feita entre o órgão sadio do
aparelho (pólo positivo) e o órgão enfermo do comunicante (pólo negativo).
A 2ª lei também é perceptível: se o desencarnado está
próximo do aparelho as sensações são integrais (caso do “encosto”) porque a
intensidade magnética é máxima. Se a ligação é feita à distância, as sensações
são mais enfraquecidas.
Em muitos casos é tão violento o acesso de dor do desencarnado
e tal seu desespero, que uma aproximação desequilibraria o aparelho. Neste
caso, os trabalhadores do astral providenciam a ligação a distância, deixando o
espírito onde está (zona trevosa, subterrânea, subaquática, etc.). Por não
saírem do “inferno” onde se encontram, os espíritos não vêem o ambiente, e
continuam queixando-se de que estão em trevas.
O choque vibratório continua existindo, mas muito mais fraco
e suportável. O médium, pela ligação, envia fluidos magnéticos positivos ao
sofredor, aliviando-o aos poucos, até que ele tenha capacidade para
aproximar-se, “incorporando”, a fim de alcançar melhor medicação.
CAMPO MAGNÉTICO
Assim denominamos a região que envolva a massa magnética, e
dentro da qual esta consegue exercer ações magnéticas. Consideremos, todavia,
que é lei fundamental que todo e qualquer ímã possui sempre dois pólos (+ e -)
e somente dois pólos, e um sempre exerce influência sobre o outro. Mas,
teoricamente considerados em separado, poderíamos traçar um campo magnético
próprio a cada pólo, para observar as propriedades de cada campo separadamente.
Afinidade dos médiuns
- Também cada
criatura humana possui dois pólos, cada um dos quais cria um “campo magnético”
que atrai ou repele formas-pensamento, elementais e
“espíritos”, encarnados ou, desencarnados, desde que
penetrem no campo.
PROPRIEDADES DO CAMPO
1) Imantação sucessiva
- Desde que Tales de
Mileto (640 - 546 A. C.) falou das propriedades do magneto natural, é sabido (e
Platão, no “Ion”, faz Sócrates descrever
essa propriedade) que, se a um ímã encostarmos uma argola
(ou prego) esta fica pendurada, mas por sua vez passa a segurar uma segunda, a
segunda uma terceira e assim por diante, imantando-se sucessivamente enquanto
permanecem no campo magnético do ímã.
Influências recíprocas
- Isso ocorre com frequência
em todos os setores humanos, sejam comerciais, industriais, artísticos, e
também nos círculos espiritualistas. Assim um “líder” espiritual atrai a seu
campo magnético um grupo de discípulos e, enquanto estes lhe estão ao lado, vão
estendendo a influência do líder a outras criaturas; mas só o conseguirão
enquanto estiverem nesse campo, pois perdem o magnetismo ao se afastarem.
Note-se que esse magnetismo pode ser usado para o bem como para o mal.
Vemos também que “espíritos” ditos “guias” do líder, passam
a interessar-se pelos componentes do grupo, acompanhando-os, porque estão no
mesmo campo magnético.
Mas também aí vemos o perigo de alguém aproximar-se de uma
pessoa com tendência para o mal: entrando-lhe no campo magnético, seus
acompanhantes passam a influenciá-lo.
Perigo outrossim dos contactos “íntimos” com pessoas
desconhecidas: recebemos-lhes todas as influências maléficas que as
envolvem.
2) A “força magnética”
- Quanto maior a
intensidade da “massa magnética”, tanto maiores a força e a extensão do “campo
magnético”.
Assim verificamos que, quanto maior a capacidade mediúnica,
tanto maiores serão a força (de atração ou repulsão) e a extensão (ou raio de
ação) dessa força.
Por isso muitos médiuns (que o vulgo apelida de
“mata-borrão) atraem tudo o que existe no ambiente em que se encontram ou por
que passam, e de lá saem “carregados”. Por onde andam, vão atraindo a “limalha
de ferro” que há no caminho.
Daí, quanto maior a força magnética, maior facilidade em
atrair “espíritos” (encarnados ou desencarnados) que caiam sob seu campo
magnético.
Nas sessões é comum assistirmos à entrada brusca de um
obsessor, protestando que não queria vir, mas que “foi trazido à força e com
violência e rapidez”. Simples fenômeno de atração magnética exercida pelo
aparelho mediúnico, por meio da força-pensamento (ou dos “mentores” em seu
lugar).
Daí, ainda, quando o “espírito” está “incorporado” e quer
sair: se a força magnética do médium é maior que a dele, ele não no consegue,
por mais que se esforce para isso.
3) O quociente da força pela massa é uma grandeza vetorial
constante em módulo, direção e sentido, para determinado ponto.
Isso explica por que aqueles que fixam esse “determinado
ponto” em situações elevadas espiritualmente tendem continuamente, numa
“grandeza vetorial constante em modulo, direção e sentido, para o bem, para a
ligação com as Forças Positivas (prece), para o amor.
Ao passo que os que o fixam em zonas baixas, apresentam
constantes tendências para a irritação, para a raiva, para o ódio, para o
mal.
A fixação elevada reside na individualidade, no Cristo
Interno, e por isso disse Paulo “tudo coopera para o bem daqueles que amam a
Deus” (Romanos 8:28); pois já antes explicara: “os que são segundo a carne,
põem sua mente nas coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, põem sua
mente nas coisas do Espírito: a mente da carne é morte, mas a mente do Espírito
é Vida e Paz” (8:5-6).
E não é necessária grande evolução para obter-se isso. Seja
a massa magnética grande ou pequena, a força magnética a acompanha sempre
proporcionalmente, e portanto “o quociente de um pelo outro é uma constante
vetorial”, que aparecerá em qualquer ponto evolutivo em que se encontre a
criatura.
LINHAS DE FORÇA
São as que partem de um pólo, atingindo o seu contrário. Um
grupo de linhas de força, forma um tubo de força. A reunião total das linhas de
força, forma o:
ESPECTRO MAGNÉTICO
Conhecemos, na prática, o espectro das linhas de força do
campo magnético de um ímã, colocando-o debaixo de uma folha de papel, sobre a
qual espalhamos limalha de ferro. Os pequenos pedaços se imantam, e cada um
deles se torna um imã. O pólo norte de cada um desses pequenos ímãs é atraído,
pelo pólo sul vizinho, de modo que se formam verdadeiras cadeias de ímãs.
Essas cadeias se
dispõem no papel exatamente ao longo das linhas de força. A essa figura
chamamos “espectro magnético” (veja figura).
Bondade efetiva
- Esse é o motivo por
que um sofredor, atraído a uma sessão, traz automaticamente consigo muitos
outros do mesmo timbre magnético (que sofrem dos mesmos
males). E por isso basta atender a um que esteja
incorporado, para que todos os outros, que se acham dispostos na mesma linha de
força, sejam beneficiados, porque recebem os mesmos influxos magnéticos que o
incorporado.
Pelo espectro magnético compreendemos por que Jesus afirmou
que ninguém é bom, a não ser o UM, que é Deus” (Lucas 18:19). Com efeito,
enquanto mergulhados na personalidade, no plano da forma, do espaço e do tempo,
todos temos os dois pólos em nós, o positivo
(espiritual-Deus) e o negativo (material-satânico). E por
isso, até o próprio Mestre protestou:
“por que me chamais bom”? (id. ib.).
Só quando tivermos abandonado totalmente esta dimensão da
matéria, é que poderemos viver integralmente no pólo positivo, onde não haja
mistura nem influência do pólo negativo.
Por isso também percebemos por que muitas pessoas, embora se
julguem boas (e isso já é prova evidentíssima de que o não são, por causa da
imensa vaidade, pois nem Jesus se julgou tal) sofrem conseqüências tristes e
até desastrosas.
Explicam alguns que o mal só atinge a quem com ele
sintoniza, e que nenhum trabalho de magia alcança os bons; e se por acaso algum
“pegou”, é que a vítima “deu uma brecha”.
Esquecem que todos temos o pólo negativo, pelo qual
facilmente podem penetrar vibrações baixas. Daí o aviso explícito e reiterado
de Jesus (Mateus 26:41): “vigiai e orai, para não serdes experimentados, porque
o Espírito (o positivo) está pronto, mas a carne é fraca (o pólo negativo, ou
seja, satanás)”.
Ainda pelo espectro magnético compreendemos o que significa
a luta interna que ruge dentro de cada homem, entre o bem (positivo) e o mal
(negativo), um sempre influenciando o outro: o bem influindo para que o mal
melhore, e o mal influindo para que o bem não seja total. Essa luta foi,
personificada simbolicamente no anjo e no diabo que todos temos em nós
mesmos.
Esse espectro demarca o campo magnético total do imã, e
forma uma indução ou fluxo magnético que impregna o ambiente. Isso explica a
razão por que, numa casa em que todos se dedicam ao bem e vivem no pólo
positivo, o ambiente é tranqüilo, agradável, leve, limpo. Mas se os elementos
são queixosos, irascivos, doentios, o ambiente se torna pesado, irrespirável,
irritando a todos os que nele penetram. Daí a necessidade de
não se alimentarem pensamentos negativos, para que o ambiente se não carregue
de fluidos magnéticos pesados.
Também aí encontramos a razão de certas pessoas, ao se
chegarem a nós irradiarem paz e outras nos trazerem desassossego, à simples
presença: é o magnetismo de que estão carregados, positivo ou negativo.
E mais ainda: aí reside a razão de as pessoas gostarem de
sentar-se sempre nos mesmos lugares. Cada um deixa impregnado com o próprio
magnetismo o “seu canto”, pela constância e insistência de sua presença, e
portanto aí se sente melhor que em qualquer outro lugar. Se acaso é obrigado a
mudar de lugar à mesa, fica irrequieto, como “peixe fora d'água”.
Muitas coisas podem ser explicadas na vida prática, quando
se conhecem as leis de magnetismo, sabendo-as aplicar às criaturas.
FENÔMENOS ELETROMAGNÉTICOS
No setor eletromagnético, há três fenômenos a estudar:
1º Fenômeno
Uma corrente elétrica, passando por um condutor, produz um
campo magnético em redor desse condutor, como se ele fora um imã. No caso de o
condutor ser em formato, de circulo, observamos a corrente que forma um campo
magnético que acompanha todo o círculo.
Corrente mediúnica e
concentração
- Esse fenômeno
explica por que em torno de todo o círculo de pessoas sentadas à mesa mediúnica
se forma um campo magnético capaz de:
a) atrair desencarnados de qualquer tipo (sofredores,
obsessores, etc.); e quanto mais forte a corrente, tanto maior a força de
atração; e
b) repelir aqueles que não devam ou não convém que penetrem
no campo magnético, em vista do magnetismo da corrente.
2º Fenômeno
Um condutor, percorrido por corrente elétrica, fica sujeito
a uma força se é colocado num campo magnético.
Em outras palavras: a corrente elétrica produz um campo
magnético; dai provêm dois resultados:
a) um ímã, colocado próximo dá corrente, fica sujeito às
forças magnéticas da mesma (1º fenômeno); mas,
b) o ímã também produz um campo magnético próprio, e este
vai influir sobre a corrente elétrica que lhe está próxima. Então, duas
correntes próximas se influenciam mutuamente.
O 2º fenômeno explica-nos por que a constituição da mesa
mediúnica em círculo fechado (ou quadrado, ou retângulo, mas sempre circuito
fechado) influi sobre os médiuns, da mesma forma que os médiuns influem sobre a
corrente. Assim como a corrente exerce poder sobre o médium, fortalecendo-lhe a
mediunidade assim uma criatura de forte magnetismo exercerá forças que ampliam
a capacidade da corrente da mesa mediúnica.
Por aí verificamos que uma criatura de magnetismo fraca (que
se distraia facilmente), “quebra” a corrente.
Outra dedução é que não deve sentar-se próxima à corrente
uma pessoa de forte magnetismo, pois desviaria o curso da corrente. Mas, de
outro lado, ficamos sabendo que, quando não há outra solução, a criatura que
fica de fora, mas próxima da corrente, permanece protegida e envolvida pela
corrente (repare na figura).
O ideal, quando há muita gente, é que se formem duas
correntes concêntricas, uma incluída na outra, porque assim se fortalecem
reciprocamente.
3º Fenômeno
Chamado “auto-indução” ou “self-indução”: o condutor, que é
percorrido por uma corrente, cria um campo magnético que exerce influência no
próprio condutor, e produz nele um fluxo. Se o campo for variável, o fluxo
também o será.
Assim na mediunidade. Na concentração, o médium cria um
campo magnético em torno de si; esse campo exercerá influência sobre o próprio
médium, produzindo nele um fluxo (de comunicação).
Ora, ocorre que a concentração sofre variações pela condição
humana de encarnados.
Nessas condições, cada vez que a concentração diminui,
também decresce o fluxo da corrente, podendo chegar até a quebra total. E
quando volta a aumentar a concentração, torna a crescer o fluxo, reatando a
comunicação.
Isso explica os altos e baixos que verificamos em muitas
comunicações. E também por que a concentração, mormente em trabalhos de maior
responsabilidade, não deva e não possa ser fraca, nem entrecortada de
distrações.
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