Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo

Você que acompanha nosso Blog e gosta das matérias aqui postadas, seja um seguidor cadastro esta ao lado da matéria, no ícone "Participar deste site". Grato! a todos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fadiga Fluídica e Depressão em médiuns




                                  Evento: Entremediuns 2010 (Continuação)
                                   Por: Jacob Melo em 23.10.10



3- quando um passista não deve aplicar o passe do TDM?
Jacob- Primeiro, quando ele estiver em depressão, eu sugiro que qualquer Casa que queira trabalhar a depressão tire de suas atividades qualquer trabalhador em depressão, mesmo que seja uma depressão superficial, porque ela é superficial num momento e daqui a pouco ela está lá em cima e aí já vai ser tarde, vai ser muito mais trabalhoso. Tire-o e coloque-o em tratamento, primeira coisa. Então um passista em depressão a primeira coisa que ele tem que deixar é de ser passista até se recuperar, porque você não vai dar o que você não tem. Todo depressivo tem carência de fluidos, como ele vai dar fluido? Se você vai pela lógica, além da depressão ele vai ter fadiga, e vai ser uma coisa implicando na outra e aí de forma grave.
Depois, se você não souber o que está fazendo. Vou contar um caso que foi bem típico, bem recente faz uns três meses que aconteceu na nossa instituição e diz muito. Eu vou dizer aqui uma coisa que o meio espírita não gosta de ouvir: muito cuidado com intuição, principalmente quando se tratar nesses dois tipos de caso: depressão e fadiga fluídica.
O nosso trabalho lá em Natal não se volta só para depressão, mas é lógico que a grande maioria dos nossos pacientes são casos de depressão.
Tem uma senhora que ela vem toda semana, ela sai de casa na terça-feira à noite, viaja 300 km da cidade onde para receber passes lá em Natal. Ela é uma pessoa extremamente dinâmica, uma mulher que não está no comum dos cotidianos que a gente conhece das mulheres, ela é muito ágil, muito habilidosa, é da área de contabilidade, tem uma cabeça muito privilegiada, já conversei muitas vezes com ela. E ela entrou numa depressão tão violenta, que um dia ela contratou uma pessoa para ficar no lugar dela e por sorte essa pessoa que ela contratou é espírita; e aí disse: - Espera aí! Porque você quer largar tudo? Pelo que estou vendo você está largando e não está programando uma viagem... o que você vai fazer da sua vida? Você não quer mais trabalhar por que?
- Eu quero me trancar no quarto e esperar o dia de morrer.
E era o que ela ia fazer, e ele investigou com ela, e ela terminou dizendo que ela já não tinha mais ânimo para nada, não queria mais atender telefone e o caso de depressão ela estava era “lá no fundão mesmo”, ela estava pra lá de péssima. E ele disse:
- Eu tenho como você se curar.
- Se você tem porque já não me disse?
- Você não tinha me falado nada!
Resumo da história: ele disse:
- Você aceita viajar?
- Desde que não seja para fora da Terra, eu vou para qualquer lugar, até para a China. Eu vou. Eu compro a passagem e vou.
Então ela estava decidida.
- Então você vai à China, porque você vai tantas vezes no lugar que você vai que quando terminar seu tratamento você terá ido à China e voltado, pelo menos unas duas ou três vezes.
- Não tem problema, eu vou.
- É lá em Natal, eu conheço uma pessoa e vou falar com ele pra saber se pode lhe atender.
E, ela começou a fazer o tratamento lá, com três semanas ela já tinha praticamente voltado às suas atividades, com quase dois meses de tratamento um dia um companheiro... no começo a gente não deixa todo mundo por a mão, ainda mais ela o caso sendo grave e morando longe, se complicar fica difícil você resolver algum problema, mas ela já estava bem , já estava quase indo para o nível 2, que você passa do 1 para o dois a medida que você vai melhorando (se referindo aos níveis do tratamento de TDM I, TDM II e TDM III). E um companheiro, que nunca tinha aplicado passes nela, aplicou naquele dia, ela saiu foi embora.
Nosso passe lá é na quarta-feira pela manhã, na sexta-feira à noite ela me telefonou:
- Jacob, me desculpe lhe telefonar, mas estou péssima, não agüento mais.
- O que foi que houve?
- Na quarta-feira quando saí daí já comecei sentir unas coisas estranhas no caminho, quando foi chegando perto da cidade onde moro tive vontade de mandar parar o carro e voltar porque não queria nem entrar na cidade. Mas eu não podia estar tão pior daquele jeito. E vim para casa e não consegui mais sair de casa para canto nenhum. Pensei deve ter sido alguma coisa, fiz um Evangelho.
Disse ela que rezou muito, tomou remédio para dormir e na quinta-feira amanheceu pior, e passou a quinta-feira rezando, pedindo ajuda a todos os Espíritos, e não melhorou e esperou na certeza que no outro dia estaria melhor. E na sexta-feira o dia foi pior ainda, e ela disse:
- Jacob, estou num ponto agora que não posso ficar. Do jeito que estou, nunca estive tão pior na minha vida como estou agora, nem quando que fui para aí... eu não agüento esperar quarta-feira. Eu não sei o que você pode fazer por mim, mas você vai ter que fazer alguma coisa, na minha vida piorou tudo nesses três últimos dias, distruiu tudo. Eu vou fazer o que agora?
- Meu Deus, o que eu vou dizer para essa mulher?
Eu ia viajar de manhã para fazer um seminário, não podia ir à sua cidade, e nem tinha naquela hora como encontrar uma pessoa para ir lá. Me lembrei que tinha um companheiro que fez dois seminários comigo que mora naquela cidade.
Disse a ela que iria dar um retorno, procurei, localizei e pedi que ela fosse. Relembrei do TDM I, ele lembrou tudo, mas ele já sabia e disse a ela:
- Olha você vai fazer isso!
E ele foi para lá. Eu pedi que me retornasse a não ser que ele achasse que não precisaria. Ele não retornou, viajei no sábado de manhã. Na segunda de manhã escrevi para ela, que disse:
- Olha, graças a Deus você mandou o rapaz aqui, você não sabe o que ele tirou de mim. Já na sexta-feira já dormi tranqüila e no sábado já estava quase tudo bom, ele veio no sábado fez outro passe, quando saiu tinha acabado tudo. Estou perfeita.
Como ela estava melhor, procurei saber, examinei o que ela fez depois do passe, se comeu alguma coisa ruim, as idéias que ela teve... tentei apurar a culpabilidade dela para saber até que ponto o paciente também pode ter responsabilidade no processo. Lá no LEAN, que é a nossa Instituição, nós trabalhamos com fichas, temos duas fichas para cada paciente, uma para entrevista e para anotar os dados, anota-se o que ele está sentindo e o que ele está querendo, essa ficha fica no que nós chamamos setor de entrevistas. E é feito uma outra ficha só com o nome e a idade para a gente identificar, se for caso de depressão a gente coloca uma tarja amarela, porque pode ser que uma depressão não identificada e aí vi fazer uma terapia diferente. No passe; você recebe o passe, quando sai do passe, o passista pega a sua ficha, a ficha que nós chamamos a ficha do passista, e lá ele escreve tudo que ele fez. E nós batemos muito que não podem ser omitidos dados, nem informações, tem que colocar tudo, para que a gente possa ter segurança nas avaliações. E um dia na semana a gente pega todas as fichas, de todos os pacientes e confronta, existe uma equipe para confrontar, para a gente poder tirar tudo que é possível e necessário dentro do sistema.
Naquele passe que ela recebeu daquele moço, naquele dia ele disse: fiz um TDM I, dispersei bastante o esplênico, mas no final eu tive uma intuição...
Ela pagou a conta da intuição, quem pagou foi ela. Foi falta de merecimento? Porque ela deveria passar por aquilo? O que houve? Impropriedade do passista, porque ele sabe que em TDM I não é permitido fazer qualquer tipo de concentrado fluídico; ele fez! Pena que não foi ele quem pagou a conta, quem pagou foi o paciente. E o ideal era que ele tivesse saído de casa e tivesse ido lá atender para saber que a gente tem que ter ação para corrigir os erros. Então, são coisas complexas, porque às vezes como disse na palestra, a gente pensa que os Espíritos vão fazer tudo e que basta vontade, amor e oração que tudo fica bem e não é assim! Em determinados casos específicos a gente precisa saber o que está fazendo e com segurança.
No caso da depressão esse é um ponto gravíssimo, a mim me espanta muito, porque eu sofri depressão, quem não sofreu depressão não sabe o que é depressão e nem vai saber nunca, nem queira saber. Você pode fazer psiquiatria, pode se especializar em depressão, mas se você não sofrer o mal você não tem como avaliar o que é uma depressão. É algo simplesmente terrível, é monstruoso. Então eu, particularmente, sou rigorosamente exigente. Não trate uma pessoa de depressão se você não sabe o que vai fazer, porque você pode piorar o quadro. E tem muito Centro Espírita que tem pacientes com depressão que eles vão uma, duas vezes e desaparecem, e a gente não vai atrás e não sabe por que ele desapareceu. Desapareceu porque piorou, e ele não agüenta a piora e vai embora. Então o que não se deve fazer: Não estar em depressão, não saber o que fazer, e, sobretudo ter magnetismo para poder circular bem esses fluidos.
Porque muitas vezes as pessoas pensam que é só movimentar as mãos; se fosse só movimentar as mãos a gente pegava pequenos ventiladores e resolveria muito melhor.
O problema não é o movimento só por ele, o problema é que quando você movimenta você circula as energias, e no caso do depressivo é onde melhor se associa a analogia com uma hemodiálise, a doação de fluidos numa depressão é baixa, mas a circulação é alta. Então, ela está totalmente congestionada com depressão, quando eu começo a fazer os dispersivos os fluidos que estão congestionados vem (se referindo ao passista) e voltam (paciente) repetidas vezes. Porque na verdade estamos renovando todo um circuito para que isso num dado momento volte a funcionar bem. E agora bem especifico para vocês de Fernandópolis, tem uma observação mais recente que não está no livro ainda, que em alguns casos de depressão mais grave é preciso além do esplênico ter um olho clínico em cima do fígado. Normalmente as pessoas perguntam: mas o esplênico não administra o fígado? Administra. Portanto, você trabalhando o esplênico teoricamente era para o fígado estar reagindo, mas já tivemos casos que... não foi nem um, dois... mas alguns, em que você trabalha o esplênico exaustivamente e o fígado é como se ele não tivesse qualquer conexão com o esplênico, e, se a gente não verifica o tratamento começa a ficar lento, moroso e a gente não sabe aonde vai parar. Então, apesar que não é devido no início fazer tato magnético em depressivos, a partir de um dado momento, quem já leu essa edição mais recente que fala de como transitar do TDM I para o TDM II, vejam que naquele transito vai ter um momento que a gente começa a fazer tato magnético, começa examinando os fluidos que são colocados no esplênico, se eles circulam até o fígado, se não circularem trabalhem o esplênico e o fígado, porque enquanto o fígado não entrar no sistema o progresso fica estacionado. São experiências, que por isso eu digo são pesquisas, cada dia vai surgindo mais coisas. Um dia uma pessoa reclamou, quando saiu essa nova edição do livro, mas o antigo... e como fica agora? A gente vai ter que comprar outro? Eu digo, é que lamentavelmente são livros de pesquisa e como a pesquisa não pára o assunto cresce. E não é uma pesquisa individual é uma pesquisa de vários grupos no Brasil e fora do Brasil trabalhando isso. E, de repente um grupo descobre que tem uma eficiência, uma ineficiência ou uma necessidade e a gente se comunica e na hora que comunica, um experimenta, um faz, um confirma, um nega, até a gente começar a ter retorno, então, vocês de Fernandópolis, observem casos que estacionam, aquele bendito cifão que eu falei (se referindo à fala da palestra) nos casos dos depressivos, em alguns casos são a quebra de relação entre o fígado e o sistema, que não era para existir, mas existe, que eu particularmente não entendo por que.
É como se toda a energética que vem, quando ela chega aqui em cima no pâncreas, parece que o pâncreas isola e a partir daí o fígado já não interage. Então, nesses casos a mesma coisa que se faz no esplênico, vai ter que se fazer agora no fígado. Aumenta um pouco mais o tempo de trabalho, na sessão, mas se trabalhar bem , a gente está girando aí de três a quatro sessões para que o fígado volte a se estabilizar no sistema. E você observa que a partir daí o paciente começa a ter ganhos de qualidade no tratamento.
4- Como utilizar as técnicas do TDM para tratar os médiuns ostensivos que apresentam depressão e fadiga fluídica? E esses médiuns devem se afastar doa trabalhos mediúnicos durante o tratamento?
Jacob- Nos trabalhos mediúnicos depende da função. Tem trabalhos mediúnicos em que você é apenas doador fluídico, nesse caso você tem que sair. Se você é doador fluídico, sai! Você não está tendo fluido nem para se manter, como vai doar?
E isso eu digo de cátedra, porque numa época que eu trabalhei em reuniões mediúnicas, por muitos anos, eu era o sustentador magnético, e só descobri isso depois, porque na época eu era relativamente jovem. E as vezes em que eu faltava a reunião não acontecia, e tinha reunião que eu não dava uma única palavra, então, que ausência era essa minha? Porque eu não estando não acontecia? Eu era a grande usinagem da manutenção da reunião, era minha; quando eu me afastava não tinha energia para gerir o processo. Eu, se fosse o caso em depressão ou em fadiga, teria que sair, porque como usinar, se você não tem?
Se você está na área da manifestação psicofônica ou incorporação e isso também lhe exaure muito fluidicamente, é melhor sair. Mas, precisa ver caso a caso, porque tem pessoas que faz todo o processo de incorporação, mas não tem perda fluídica, esses não teriam problema, em tese. Mas, quem tem perda fluídica no momento da manifestação, o ideal é que se afaste.
E, os passistas dos mediúnicos não podem ser fadigados nem portadores de depressão.

Conversando sobre Magnetismo II



REVIVENDO OS CLÁSSICOS - Barão du Potet
O Magnetismo parece lento em sua marcha, obscuro em sua ação. Às vezes tudo parece incerto, nada promete o sucesso. A dúvida está em torno de vocês; sua segurança em você, magnetizador, parece temerária. Sua palavra não encontra eco. Aguarda-se, sem esperança, uma cura anunciada e nada a indica.
É um momento bem crítico e se ele se prolonga, o que acontece muito, o magnetizador perde toda a consideração; pede-se a ele que apresse o resultado prometido, como se ele pudesse, simples instrumento da natureza, fazer mais rápido do que ela. É como querer, do grão semeado ontem, a espiga já madura. Não se atormentem, magnetizadores! Sejam mais calmos do que aqueles que desconhecem a potência deste agente invisível aos olhos e que se introduz, sem ruídos, através dos tecidos. Esperem, fechem os ouvidos às palavras desmoralizadoras que ouvem em seu redor, pois talvez a prova esteja prestes a acabar e no momento no qual você, descontente consigo mesmo, acredite não ter mais nada a esperar da natureza e de seu agente, um sinal evidente de sua ação virá sustentar sua fé e sua coragem.
Tenha o cuidado de exercer seus sentidos no que escapa aos desatentos; distinga bem o que vem da doença ou do magnetismo. Veja se a magnetização desenvolveu um pouco mais de calor na pele, se ela produz algum pequeno movimento nervoso nos membros, uma tendência ao sono, uma leve lentidão, pois é preciso verificar que uma leve impulsão imprimida na circulação pode determinar mudanças no estado do doente.
Repouse seguidamente, evite o esgotamento de suas forças. Saiba esperar em silêncio, sem cessar de esperar.
Uma cura, em muitos casos, é um verdadeiro milagre da natureza e para que ela se operasse foi preciso o concurso de algum agente divino. Com efeito, os remédios materiais não tiveram potência, quaisquer que fossem suas virtudes reconhecidas e sua energia. Antes de lhe chamarem, magnetizador, esgotaram toda a série de medicamentos e depois, enfim, reconhecendo a doença como incurável, incurável mesmo do ponto de vista da ciência, o doente lhe foi abandonado e como a natureza igualmente usou seu próprio poder na luta, ela deixou a morte invadir o domínio humano. As forças materiais exteriores pressentem então sobre a vida, recalcam o que resta até o último refúgio que, seguidamente, parece ser o centro epigástrico.
Mas a praça é cercada, a morte terá vencido a vida, a praça será tomada. Paciência! Você lhe trouxe um socorro inesperado por vias misteriosas; as brechas já feitas são reparadas pouco a pouco pelo fluido magnético e os diques rompidos são refeitos; há mesmo a chance de que o inimigo seja repelido dos lugares que tanto o aproximam da cidadela. Enfim, a luta pode ser retomada com o concurso do poderoso auxiliar que você traz e a morte, em certos casos, pode estar em fuga.
Curar pelo magnetismo é uma obra filosófica bem superior às obras da medicina. Nula é a comparação que se possa estabelecer entre os dois modos de cura. Nós repetimos: há algo de divino na arte magnética. Pode-se sentir bem melhor do que se saberia expressar.
Veja em qual ponto aquele que magnetiza deve moralmente ser diferente do médico comum. Este não se inquieta, segue seu caminho, distribuindo suas especificações, prescrevendo seus venenos, infectando os órgãos com seus gases deletérios e materiais corrosivos, destruindo assim as malhas mais delicadas do tecido humano, alterando a sensibilidade e, lançando assim, a cada instante, óleo sobre o fogo que nos anima. E, em seu orgulho e em sua vaidade, o médico comum crê verdadeiramente ser médico. Sim, ele terá visto por vezes, seres sobreviverem a tantos abalos e longe de tremer à vista dos perigos que sua arte expôs os doentes, ele prossegue, até o dia em que ele mesmo provar tais remédios. Somente então sua inteligência se abre às claridades divinas e ele reconhece sua impotência e sua vaidade.
A medicina das escolas se tornou uma mentira, uma ilusão. Não é uma ciência verdadeira, mas um amontoado de idéias sistemáticas que não pode sustentar a razão.
 O magnetizador, bem diferente do médico, deve escutar em si o que se passa, recolher-se em espírito. Ele deve amar não apenas no instante em que trata a quem magnetiza. É preciso que ele desperte docemente as forças entorpecidas, que ele evoque a inteligência, não aquela que é adquirida pelo estudo, mas aquela que sustentou e construiu o edifício humano e que, por uma transfusão de vida, ele dê ao celeste obreiro, os materiais que lhe faltam, ou seja, um extrato de todas as forças da natureza, o agente a quem chamamos de magnetismo.
 Esta é a diferença capital entre as duas artes, entre a medicina das escolas e a medicina magnética: a primeira, toda materialista, a outra, ao contrário, mais moral do que física. Esta exige sensibilidade e devotamento, a calma da prece, a fé em si, tudo o que os falsos sábios desprezam e os médicos rejeitam para longe deles, pois eles se fizeram filhos da matéria, industriais e traficantes; seu coração está morto, suas mãos não tem nenhuma potência, mas a ignorância humana é tão geral e tão profunda que eles são e serão ainda, por muito tempo, os ministros da saúde pública. Mas forçosamente ou voluntariamente é preciso que eles venham a nós; se mais tardarem, mais perderão em consideração e seus interesses estarão comprometidos.
                                                                                    Tradução Lizarbe Gomes

sábado, 28 de abril de 2012

O magnetismo e o Espiritismo Revista Espírita, março de 1858



Quando apareceram os primeiros fenômenos espíritas, algumas pessoas pensaram que essa descoberta (se se pode aplicar-lhe esse nome) iria dar um golpe fatal no Magnetismo, e que ocorreria com ele como com as invenções, das quais as mais aperfeiçoadas fazem esquecer a precedente. Esse erro não tardou em se dissipar, e, prontamente, se reconheceu o parentesco próximo dessas duas ciências. Todas as duas, com efeito, baseadas sobre a existência e a manifestação da alma, longe de se combaterem, podem e devem se prestar um mútuo apoio: elas se completam e se explicam uma pela outra. Seus adeptos respectivos, todavia, diferem em alguns pontos: certos magnetistas ( O magnetizador é aquele que pratica o magnetismo; magnetista se diz de alguém que lhe adote os princípios. Pode-se ser magnetista sem ser magnetizador; mas não se pode ser magnetizador sem ser magnetista.) não admitem, ainda, a existência, ou pelo menos a manifestação dos Espíritos: crêem poder tudo explicar pela única ação do fluido magnético, opinião que nos limitamos a constatar, reservando-nos discuti-la mais tarde. Nós mesmos a partilhamos no princípio; mas, como tantos outros, devemos nos render à evidência dos fatos. Os adeptos do Espiritismo, ao contrário, são todos partidários do magnetismo; todos admitem a sua ação e reconhecem nos fenômenos sonambúlicos uma manifestação da alma. Essa oposição, de resto, se enfraquece dia a dia, e é fácil prever que não está longe o tempo em que toda distinção terá cessado.

Essa diferença de opinião não tem nada que deva surpreender. No início de uma ciência, ainda tão nova, é muito simples que cada um, encarando a coisa sob o seu ponto de vista, dela se tenha formado uma idéia diferente. As ciências, as mais positivas, tiveram, e têm ainda, suas seitas que sustentam com ardor teorias contrárias; os sábios ergueram escolas contra escolas, bandeiras contra bandeiras, e, muito freqüentemente, pela sua dignidade, sua polêmica, torna-se irritante e agressiva pelo amor-próprio melindrado, e desviada dos limites de uma sábia discussão. Esperemos que os sectários do Magnetismo e do Espiritismo, melhor inspirados, não dêem ao mundo o escândalo de discussões muito pouco edificantes, e sempre fatais para a propagação da verdade, de qualquer lado que esteja. Pode-se ter sua opinião, sustentá-la, discuti-la; mas o meio de se esclarecer não é o de se dilacerar, procedimento pouco digno de homens sérios, e que se torna ignóbil se o interesse pessoal está em jogo.
O Magnetismo preparou os caminhos do Espiritismo, e os rápidos progressos dessa última doutrina são, incontestavelmente, devidos à vulgarização das idéias da primeira. Dos fenômenos magnéticos, do sonambulismo e do êxtase, às manifestações espíritas, não há senão um passo; sua conexão é tal que é, por assim dizer, impossível falar de um sem falar do outro. Se devêssemos ficar fora da ciência magnética, nosso quadro estaria incompleto, e se poderia nos comparar a um professor de física que se abstivesse de falar da luz. Todavia, como o Magnetismo já tem entre nós órgãos especiais, justamente autorizados, tornar-se-ia supérfluo cair sobre um assunto tratado com a superioridade do talento e da experiência; dele não falaremos, pois, senão acessoriamente, mas suficientemente para mostrar as relações íntimas das duas ciências que, na realidade, não fazem senão uma.
Devíamos, aos nossos leitores, essa profissão de fé, que terminamos rendendo uma justa homenagem aos homens de convicção que, afrontando o ridículo, os sarcasmos e os dissabores, estão corajosamente devotados à defesa de uma causa toda humanitária. Qualquer que seja a opinião dos contemporâneos sobre a sua conta pessoal, opinião que é sempre, mais ou menos, o reflexo de paixões vivas, a posteridade lhes fará justiça; colocará o nome do barão Du Potet, diretor do Jornal do Magnetismo, do senhor Millet, diretor da União Magnética, ao lado dos seus ilustres predecessores, o marquês de Puységur e o sábio Deleuze. Graças aos seus esforços perseverantes, o Magnetismo, tornado popular, colocou um pé na ciência oficial, onde dele já se fala, em voz baixa. Essa palavra passou para a linguagem usual; ela não espanta mais, e quando alguém se diz magnetizador, não lhe riem mais ao nariz.
Allan Kardec.

Marquês de Puységur (1751-1825)


Armand Jacques Chastenet de Puységur, ou simplesmente Marquês de Puységur (1751 – 1825), foi um dos maiores seguidores de Mésmer e de grande importância no desenvolvimento da ciência magnética.
Era um homem de posses e, tendo abraçado o Magnetismo com abnegação de quem realmente entendeu o seu significado e alcance, passou a atender a pobreza de forma gratuita, com espírito beneficente.
 Assim como o mestre Mésmer, Puységur, tendo­se retirado para as terras de sua propriedade em Buzancy, parto de Soissons, também utilizava uma árvore, antiga e verdejante, com um córrego lateral, de cujos galhos partiam cordas, com as quais a multidão, sentada em bancos, enlaçava a parte doente de seus corpos e se curava.
Muitos referem o titulo de descobridor do sonambulismo a Puységur porém, Mésmer já o conhecia, sabedor que era de todo o desdobramento possível do Magnetismo Animal. Deve-se ao Marquês de Puységur, entretanto, o primeiro uso do sonambulismo como “... instrumento para o diagnóstico das enfermidades, prescrição do tratamento e previsão da cura, por meio dos extraordinários efeitos da lucidez sonambúlica”(Paulo H. de Figueiredo, 2005).
As técnicas utilizadas para O tratamento eram aquelas aprendidas com Mésmer, no entanto, seus pacientes não entravam em convulsões mas, em crises mais suaves eu mesmo dormiam. Nem todos os pacientes detinham a faculdade do sonambulismo, porém aqueles que a possuíam bastava, muitas vezes, tocar um dos doentes para dizer-lhe a enfermidade de que sofria, o  órgão afetado, o tratamento a ser seguido, além da duração deste. Possuíam ainda a dupla vista, a visão à distância e a leitura do pensamento. Conforme explicações de Allan Kardec, algumas dessas informações poderiam ser fornecidas pelos Espíritos aos sonâmbulos, que as retransmitiam.
Vejamos, pelas palavras do próprio Marquês, o modo inesperado como o mesmo chegou a tomar contato como sonambulismo:  “Era um camponês, homem de 23 anos, acamado fazia quatro dias, por efeito de urna pneumonia. Eu ia vê-lo. A febre e acabava de diminuir. Após fazê-lo  levantar, eu o magnetizei. Qual  foi a minha surpresa vê-lo no fim de um quarto de hora adormecer, calmamente, em meus braços, nem convulsões nem dores! Ele falava e se ocupava bem de seus misteres. Quando eu supunha que suas  ideias deviam afetá-lo de forma desagradável, eu as detinha e procurava inspirar-lhe outras mais agradáveis. Para isso ou não precisava de grandes esforços e, então, eu o via contente, imaginando tirar um premio, dançar numa festa, etc.” “... Segundo ele,  não é necessário que eu toque todos os doentes: um olhar, um gesto, uma vontade é o bastante; e é um camponês, o mais limitado do país, que me ensina isso. Quando ele entra em crise, não conheço nada mais profundo, mais prudente e mais clarividente do que ele." (Ernest Bersot)
Chastenet de Puységur viveu mais de 70 anos dedicado, até onde pôde, à cura dos seus doentes, manifestando na pratica o poder do magnetismo aliado à vontade de quem realmente deseja ajudar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Fadiga Fluídica


Evento: Entremediuns 2010 Por: Jacob Melo em 23.10.10
 1- Como utilizar as técnicas do TDM (Tratamento da Depressão Pelo Magnetismo) para tratar os médiuns ostensivos que apresentam fadiga fluídica e quais as possíveis causas da fadiga fluídica?
Jacob- Vou responder primeiro fazendo uma pergunta: todo mundo aqui sabe o que é TDM, que ela falou na questão? Não?!E, todo mundo sabe o que é fadiga fluídica? Ok!
Primeira coisa, o TDM é a sigla de três palavras Tratamento da Depressão pelo Magnetismo. Se todas as vezes que falássemos do tratamento tivéssemos que falar: vamos fazer um Tratamento da Depressão pelo Magnetismo, ficaria um nome muito longo, então reduzimos para TDM, mas tem muita gente que chama de mil formas diferentes. No livro a Cura a Depressão pelo Magnetismo eu estabeleci três níveis de tratamento para quem tem depressão, e esses ter níveis são chamados de TDM I, TDM II e TDM III.
O caso da fadiga fluídica se parece com a depressão em termos de comportamento dos centros de força, mas em termos psicológicos, em termos emocionais e em termos de constrangimentos físicos é diferente. Porque a depressão ela se caracteriza como, via de regra, por uma mudança do humor, enquanto que a fadiga fluídica se representa sobretudo numa falta de energia.A falta de energia da depressão é uma falta de energia absolutamente para tudo, você não tem energia física, fluídica e nem emocional. Na fadiga fluídica, você não tem energia fluídica, você pode estar bem emocionalmente e ter disposição física para fazer qualquer coisa, você simplesmente vai estar sempre em fadiga, sempre em cansaço.
Na fadiga fluídica nós encontramos pessoas de todos os níveis, de todas as crenças e de todas as práticas, porque ela se dá pela perda de fluidos. No caso espírita ela é mais comum em quem aplica passes e faz doação de magnetismo, consciente ou não, e isso é tão grave que você pode entrar em fadiga fluídica dormindo, o que teoricamente seria um contra-senso, porque nós dormimos para nos recompormos fluidicamente, então como que você dormindo pode entrar em fadiga? Quando em sono nós vamos fazer trabalhos físicos no mundo espiritual, ou seja, doação de fluidos no mundo espiritual, essa perda é a mesma, tanto faz você estar acordado ou dormindo, e tem pessoas que às vezes entra em fadiga fluídica durante o sono, porque sai, começa a queimar muita energia durante o sono e quando volta não se recompõe mais. Dentro da teoria de Kardec, ele diz uma frase que a gente tem que fazer a leitura inversa para poder entender o sentido, quando ele se refere a fadiga, ele diz;”depois de uma perda de fluidos, uma noite de sono é suficiente para repor a energia.” Então, essa é a expressão dele, e ele aí colocou um ponto final. O primeiro entendimento nosso é, então se eu tiver uma fadiga fluídica, eu dormir, no outro dia estou bem. Esse é o padrão, mas, e se você dormiu e não ficou bem? Então, é porque você está além do padrão de gasto fluídico, e portanto uma noite de sono foi insuficiente.
O grave fica quando você tem uma fadiga fluídica uma vez, duas, tem três… e aí você começa a ter repetidas perdas fluídicas além do que você consegue se recompor, e isso leva a uma exaustão dos centros de força no que diz respeito a auto compensação, e, à medica que os centros tentam repor energia para sua própria manutenção, eles como que se embaralham, e entram aparentemente em um colapso, ou, o que seria uma expressão mais comum, numa congestão, numa auto congestão, que corresponderia agora a uma má absorção dos fluidos externos, porque nós temos como reposição de fluidos de pelo menos três fontes: nós temos a própria geração, produto do fisiologismo, produto do corpo humano, nós temos uma outra situação em decorrência da própria recuperação no mundo espiritual principalmente associada ao sono e a terceira os próprios elementos da vida, alimento, respiração, líquidos, exercícios, tudo isso compõe a nossa estrutura vital enquanto encarnados. Mas essa composição fluídica quando a gente entra em fadiga, ela não é suficiente para se recompor e quando a gente chega num ponto grave, esses centros como que se bloqueiam.
A vantagem de se saber a teoria é que essa é uma coisa que dá pra se saber à medida que ela vai acontecendo. O primeiro sinal de um começo de fadiga é: você fez uma atividade fluídica que pode ser de passes magnéticos ou alguma coisa relacionada, e até mesmo isso se dá em profissões como massoterapeuta, psicólogos estão muito expostos a fadiga fluídica e pessoas que se emocionam muito com envolvimentos inter- pessoais, que lidam portanto com pessoas, todas essas categorias ficam muito expostas; então o que acontece se você imaginando, eu tive uma atividade hoje em que eu tive uma grande perda de fluidos, quando eu durmo, eu me acordo no outro dia descompensado, não quer dizer que o fato de eu estar sempre descompensado no outro dia vai ser sempre uma perda excessiva, que a gente também tem outros fatores que podem levar a gente a acordar descompensado; mas quando é perda fluídica vem uma descompesação e geralmente ela produz algumas sensações ruins tipo: zumbido, tontura, garganta seca, enjôo, olhos ardidos ou o mais comum ainda, gosto de ressaca, sensação de ressaca, como quem passou a noite em claro ou quem foi para um festa e não dormiu o suficiente, é uma sensação de ressaca incontrolável, isso é muito comum.
Numa única vez, isso depois com três, quatro noites, naturalmente isso se repõe, imaginemos uma pessoa que toda semana tem uma carga de aplicar tantos passes, pra ficar bem dentro do nosso caso, e toda semana, ela no outro dia ela esta arrasada, está de ressaca, se ela não der um jeito nesse processo, depois de um certo tempo além de ressaca ela vai começar a sentir dores nas articulações. Começa normalmente pelas articulações dos dedos, depois em todas as articulações dos membros superiores e inferiores e isso pode chegar a um ponto de se transferir como dores graves no coração, e, algumas pessoas que eu já conheci tinham dores como se fosse angina, eram dores lancinantes no peito. E você não tem disposição para trabalhar, mais para nada; e não é como na depressão, pois na depressão não tem disposição, não quer, não pode e não sabe, na fadiga não, você vai se sentindo tão desenergizado que você não consegue mais produzir. E o ápice que eu conheço de fadiga fluídica é que depois das dores das articulações, essas começam a inflamar e inflamam e doem de tal maneira que até a mobilidade a gente perde, é como avançados processos reumáticos, então você fica praticamente inválido. Eu conheci uma mulher que só se sentava em cadeira alta com espaldar alto, porque ela só conseguia se levantar sozinha por conta dos cotovelos, ela colocava toda força nos cotovelos, porque ela não tinha mais forças nem nas pernas, nem nos braços para se levantar após se sentar, por pura fadiga fluídica…
Então estabelecido que é uma coisa ou outra coisa, registrados os sintomas, resta ver que ainda há outra coisa; o que as duas tem em comum, depressão e fadiga? Os centros de força de ambos não absorvem os fluidos externos e, o que é grave, se você se aproxima de um paciente com fadiga fluídica ou com depressão, se você tiver o mínimo de tato magnético, quando você entrar em relação com ela você sente que ela suga sua energia, porque tanto o depressivo quanto o fadigado são sugadores, porque eles estão precisando de fluidos; acontece que se colocarmos fluidos diretamente ali, o centro obstruído é como você estando com uma peneira cheia de coisas e você colocar mais coisas para ver se penera, então os centros de força de uma pessoa em depressão, e os centros de força de alguém em fadiga fluídica tem esse ponto em comum, o grave que eu digo é que se a gente não sabe a nossa tendência é visível, muitas vezes você vê uma pessoa com fadiga fluídica, você vê que ela não tem energia, você vê uma pessoa com depressão você vê que ela não tem energia e o nosso instinto é então, dar-lhe energia, só que ela não absorve, daí ser super comum os dois casos receberem passes e piorarem, e aí depois que piora uma, duas, três vezes ela abandona o passe porque não suporta. Porque não é uma piora aparente, é uma piora dolorosa.E o mais grave é que esse quadro chamado fadiga fluídica, pouco tempo depois que eu escrevi o livro O Passe, que no Brasil se começou a falar numa doença chamada fadiga crônica, até o nome é parecido, e a fadiga crônica ela tem exatamente as mesmas características da fadiga fluídica, só que a medicina não trabalha com fluidos, então normalmente quem tem fadiga crônica é muito provável que seja portador de fadiga fluídica e muito dificilmente vai se recuperar sozinho, ai se chama essa doença de doença auto-imune, porque você vai ter uns períodos mais intensos e períodos menos intensos, e se a sua doença for vinculada a uma profissão, por exemplo, a de psicólogo, pode ter certeza que mais dias, menos dias ele vai ter que deixar de clinicar porque vai aumentar cada vez mais o processo, porque ele não tem defesa.Vindo agora para a pergunta, como é que se faz o TDM em fadigado fluídico? Não é um TDM, porque o TDM visa atender o primeiro e o mais descompesado centro de um depressivo que é o esplênico, enquanto que num fadigado pode ser o esplênico mais pode ser o gástrico, pode ser o cardíaco, podem ser três, quatro, cinco que precisem de atendimento urgente. Enquanto que no depressivo o nosso foco primeiro começa e vai quase até o fim do tratamento em cima do esplênico, na pessoa em fadiga fluídica você vai trabalhar também o esplênico, mas não só o esplênico. Então eu não sugeriria que ninguém pegasse um paciente em fadiga fluídica e usasse só TDM, porque como o TDM tem um foco, pode ser que o foco principal da fadiga seja outro centro e como a maioria dos magnetizadores tem como grande doador o gástrico é muito comum você pegar mais facilmente um fadigado com descompensação gástrica mais grave do que a do esplênico. Então, o procedimento em si pode ser semelhante, mas é conveniente localizar qual ou quais os centros que precisam ser harmonizados no caso da fadiga fluídica, que aí já não é uniforme como é no caso do TDM.
2- Você falou do psicólogo; não há como a pessoa aprender a se defender da fadiga fluídica para ela continuar clinicando?
Jacob- Há sim. Aí há uma grande vantagem para quem é espírita e está na Casa certa; não é uma questão de merecimento e sim de escolher a Casa certa; vocês viram que eu já falei muito de merecimento, porque não é merecimento, se você chegar numa Casa que sabe o que é fadiga fluídica e sabe como tratar você vai ficar tratado, se você chegar numa Casa que não saiba o que é isso, você está, desculpa a gíria, “tá ferrado”, porque dificilmente vai sair por técnicas, porque o procedimento como eu coloquei ali é invertido; a pessoa está precisando de fluido e você não vai dar, isso soa anticaridoso quando na realidade é o mecanismo, e aí falta só um complemento. Mas chegando no ponto, uma pessoa psicóloga não espírita, como é que ele vai se defender? Ela vai ter que cair numa escola ou de yoga ou de medicinas principalmente orientais que vão lhe ensinar meditação e sobretudo respiração. Porque por métodos de respiração você pode pelo menos aprender a controlar. No caso do passe espírita, eu tenho sugerido para muitas situações a respiração diafragmática. A respiração diafragmática tanto pode ser uma defesa, que é simples: se você está conversando com uma pessoa e você sente que está perdendo energia, qualquer pessoa percebe isso, alguém chegou perto de você e você começou a questionar o que está acontecendo, se você faz uma respiração diafragmática, praticamente suspende essa “roubada de energia”, é um isolante, é um mecanismo de defesa. E, é um mecanismo de defesa fluídico, porque ele pára praticamente todo o processo de usinagem, neste caso; e é um defensivo fisiológico, porque reforça todo o sistema imunológico através da mudança da respiração acionando principalmente a corrente linfática e super ventilando o cérebro.Então a respiração difragmática num momento desse, atende perfeitamente bem dois pontos de fuga graves. E a respiração difragmàtica mais comum que normalmente eu oriento é uma respiração que para quem não faz yoga ou quem já faz exercícios de respiração eu sugiro 2, 8, 4 e para quem já faz exercícios eu sugiro 2, 8, 4, 4. O que isso quer dizer? Cada número desses é um tempo que mentalmente você marca, não é necessariamente um segundo, tem pessoas que marcam mais rápido e outras mais lentas. Para você marcar seu tempo o primeiro número é o tempo de inspiração, que são dois; o segundo numero é o tempo de retenção do ar guardado em você, 8; e, o terceiro número é o tempo de liberação, 4. E para quem já faz exercícios seria, 2 para inspirar, 8 para reter, 4 para liberar e 4 para deixar o pulmão vazio, e aí repete logo em seguida.Algumas pessoas tem dificuldade até de fazer isso porque dá muita tontura em quem nunca fez, então, eu sugiro para esses que reduza. Ao invés de ser 2, 8, 4, reduza para 1, 4, 2, mais curto e faça menos vezes. O ideal é fazer pelo menos 5 vezes seguidas, só que o ar tem que ir para o diafragma, o pulmão pressionando o diafragma lá embaixo, tem que jogar o ar todinho para baixo como se ele fosse descer pela barriga e não colocar ar na parte superior do pulmão, porque a gente tem a mania de quando vai inspirar deixar o ar todo em cima, ele não vai para o diafragma, e, se ele não vai para o diafragma ele não trabalha essa outra parte que a gente quer trabalhar. Então, deixa o ombro quieto, deixa o peito quieto e enche a barriga, não importa que a barriga vai dilatar.E aqui eu vou ampliar mais o beneficio da respiração; se você estiver numa reunião mediúnica e estiver com muita dificuldade de se concentrar, se você fizer uma respiração assim isso lhe ajudará; se você estiver com muita dificuldade de controlar um Espírito porque ainda está esperando uma outra manifestação, a respiração lhe ajuda; se você está aplicando um passe e sente que está doando muito pouco, se você fizer uma respiração difragmática ela aumenta a doação; se você estiver doando muito, muito, muito, se fizer a respiração diafragmática ela pára ou reduz a doação. É quase que um coringa que a gente tem na manga.Lógico que tem outros exercícios de respiração muito melhores, e quem estuda isso sabe que tem respiração para tudo no mundo, mas a respiração diafragmática é excelente para esses usos.E depois, técnicas dispersivas em geral, porque normalmente uma grande perda fluídica momentânea gera descompensações nos centros que usinaram ou nos centros que foram sugados; se você não fizer nada aquele centro vai ter que trabalhar sozinho e ele fica lento. Então muitas vezes uma atitude dispersiva é o que pede, por exemplo: se você está no seu consultório e chega um paciente que começa a roubar sua energia, o que você tem vontade de fazer num dado momento? Pode prestar atenção que a Natureza diz, você tem vontade de inspirar e soltar o ar com força, tem vontade de levantar e correr, tem vontade de gritar, tem vontade de ir para casa tomar banho… tudo isso são atitudes dispersivas, ou seja, a Natureza está dizendo: disperse para que tudo isso seja distribuído e não fique concentrado em pontos. E aí você vai retira um paciente, entra outro e outro que rouba mais energia, depois de um certo tempo você está totalmente descompensado.
A outra sugestão para quem é da área é que além do exercício respiratório, por maior que seja o número de pacientes que tenha para atender, aumente seu intervalo entre um e outro e nesse intervalo se permita fazer alongamentos, respiração, exercícios, descontrair tudo para evitar as tensões porque essas tensões são cumulativas e pode ser que no próximo paciente você se complique. E por fim a última sugestão e agora vale para passista, não passista, profissionais ou o que seja; se você sentiu que apesar dos pesares no outro dia continua acordando de ressaca, reduza o número do que você está fazendo e descubra qual é o seu número ideal. Lógico que não tem um número fixo porque um dia você pega um paciente que vai lhe “roubar” mais que todos os outros juntos, se for o caso você termine identificando quem é que está lhe descompensando. Se for realmente só um padrão, de repente você está aplicando 10 passes magnéticos e seu padrão é 6, pode ter certeza que sempre que você aplicar 10 ou os quatros últimos pacientes não vão receber nada ou você vai se descompensar, o que é mais provável. Então há um ajuste, eu falei 10, mas tem passistas – não muitos- magnéticos que chegam a aplicar até 25 passes em um dia, passes magnéticos; mas isso não é o comum, o comum é chegar ali na media de 15 passes num dia – estou falando passe magnético, não é passe de 1 minuto nem 2 minutos não. É um passe de 15, 20, 25, 30 minutos cada um; então, veja que é um tempo relativamente grande doando fluidos.Da mesma maneira, o profissional, o massoterapeuta… Se sente que está perdendo muito fluido o massoterapeuta tem uma vantagem, está com o paciente na mão dele; se eu fosse massoterapeuta e começasse a sentir que estou em fadiga fluídica, eu vou inventar uma nova técnica e vou começar a passar a mão rápida no paciente no meio da sessão, e se ele perguntar o que é, você diga o que quiser, porque não vai poder chamar aquilo de passe. Mas, aquele passar mãos rápidas são os dispersivos que fazem o reequilibrio das duas energéticas.E o último ponto que tinha escapado é que num atendimento de uma pessoa com fadiga você não doa fluidos, mas ele está precisando de fluidos. O fluido dele está na água. A água fluidificada é fundamental para recuperação tanto do depressivo como do fadigado, porque ele precisa da energia. Aí pergunta: a água não congestiona? Não! Porque a água não passa pelos centros de força, ela vai ser absorvida direto de molécula a molécula.Então não se doa energia diretamente em fadigado, dá-se energia via água magnetizada, e, com o passe a gente apenas harmoniza.

Curso Magnetismo Espírita - Aula III - Soc. Esp. Os Mensageiros da Paz

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Síndrome do Pânico na Visão Espírita




01.O que é Síndrome do Pânico? 
 - É uma vivência geralmente abrupta sem motivos aparentes levando o individuo portador a um estado de pavor, medo de morrer e de enlouquecer, como sentimento de estranheza e varias sintomas orgânicos tais como taquicardia, sudorese, mau estar, boca seca, falta de ar e outros.
02.Quais são as medidas profiláticas dessa síndrome?
- Toda e qualquer atitude salutar diante da vida.
03.Quais são as causas da síndrome do pânico? Orgânicas-genéticas ou espirituais (obsessivas)?
- A ciência oficial ainda não tem uma causa definida e clara para esta síndrome.Somos do parecer pelos estudos que já fizemos que o núcleo central da síndrome do pânico está na reencarnação translata, quando o individuo teve uma morte violenta e prematura, por acidente ou suicídio. Nas regressões de memórias que submetemos a alguns clientes com essa síndrome encontramos em todas uma morte traumática. A dificuldade em desvenciliar-se do corpo físico morto, sentindo as conseqüências de sua decomposição, fixa no perispírito das pessoas aquelas impressões desagradáveis que o corpo físico da seguinte reencarnação, não consegue apagar. De uma maneira geral temos observado que pessoas que têm síndrome do pânico tem medo de cemitério e não gostam de freqüentar velórios, ou seja, evitam inconscientemente aqueles locais aonde sofreram muito. Quanto à parte genética, há a possibilidade de transmissão autossômica dominante com reentrância parcial do gene do cromossomo 16.
04.Como podemos viver em harmonia com alguém que sofre dessa síndrome?
- Primeiro entendendo que se trata de uma pessoa enferma necessitando de compreensão e apoio. Segundo, auxiliando-o em seu tratamento especializado.
05.Na prática do dia-a-dia, como podemos ajudar um companheiro que possui a síndrome do pânico? 
- Procurando entender o seu sofrimento e fazendo a ele o que você gostaria que fosse feito a você, como por exemplo, evitando criticas exigências que ela não dá conta de fazer.
 06.Sensação de medo do futuro, ansiedade, tontura gerando insegurança, sensação de falta de ar, são possíveis sintomas da síndrome do pânico? A síndrome do pânico pode ser confundida com a aproximação de energias estranhas à nossa?  
 - Não, estão mais parecidos com crise de ansiedade. Com energias estranhas sim, principalmente se a pessoa for médium.
 07.Gostaria de saber se a obsessão é sempre a causa desta síndrome, e se devemos tomar remédios controlados para amenizar as crises já que estes viciam e afetam o perispírito, e também sobre a terapia de regressão se é talvez o caminho para a cura?
- Primeiro há um engano na afirmação. Síndrome do pânico não tem ao nosso ver como causa a obsessão.Isso é vicio de interpretação de espíritas mal informados que afirmam que tudo que um individuo sente em nível mental ou é obsessão ou mediunidade. Isso revela desconhecimento das obras de Kardec. Um processo obsessivo agrava um quadro de síndrome do pânico, mais isso não quer dizer que seja a etiologia da mesma. Quem tem síndrome do pânico necessita de tratamento especializado. Quanto ao fato dos medicamentos afetarem o perispírito, isso é uma verdade somente se o individuo usa o medicamento de maneira abusiva e não procura fazer nada que venha a modificar as suas atitudes diante da vida. A regressão de memória pode ser muito útil para o paciente portador dessa síndrome.
 08.Atualmente estou ficando com a língua, os braços e as pernas dormentes, sem contar com a sensação de perda de consciência e sensação de falência. Já realizei vários exames e fui a diversos especialistas, todos me dizem que estou com síndrome do pânico. Tenho discordado, pois além de não estar com medo de sair de casa e das pessoas (o que é um sintoma), essas crises aparecem nos momentos de maior relaxamento. Tenho a impressão que essa sensação tem influencia espiritual. Pergunto: é possível associar esses sintomas com a questão espiritual? 
 - Acreditamos que sim, embora falte ainda uma análise mais detalhada para suspeitarmos de síndrome do pânico.
 09.Como lidar com esta síndrome com um filho adulto e espírita? 
- Por ser espírita seu filho tem mais recursos para lidar com a doença embora tenha necessidades de tratamento medico. Os recursos espíritas ajudam a amenizar as influências espirituais o que pode aliviar muito a sobrecarga sobre o paciente. Porém repetimos que ele necessita de tratamento especializado.Você pode incentivá-lo a procurar tais ajudas.
 10.A síndrome do pânico pode atingir alguém que mora em uma cidade pacata, do interior?
- Perfeitamente.
 11.A síndrome do pânico não deveria ser tratada como obsessão? Por que espíritas se refugiam na medicina quando não querem enfrentar a causa espiritual primaria de muitas doenças?  
 - Não porque não é simplesmente uma obsessão. Trata-se de uma nosologia medica com tratamento medico. Querer tratar problemas psicológicos e orgânicos somente com recursos espirituais é não aceitar a realidade e muitas vezes refugiar-se na doutrina espírita para não aceitar que está doente. O inverso também ocorre como você está dizendo. Tem muitos espíritas que refugiam-se em consultórios médicos quando na realidade deveriam assumir as suas necessidades espirituais.
12.Onde eu poderia ter algum esclarecimento sobre o tema?  
- Dentre muitas revistas medicas e livros que versam sobre o assunto, existe um livro com o titulo "pânico" de Mario Eduardo Costa Pereira muito bom.
 13.Até que ponto a mente influencia no comportamento do individuo e o ajuda a conquistar o que deseja, tanto material quanto espiritual? 
 - A mente está na base de todos fenômenos humanos. Uma vontade firme determinada é capaz de realizar prodígios muitas vezes inimagináveis por nós. Como dizia Einstein é preciso crer para ver.
 14.Quando se acorda, sentindo um medo que não se sabe de que, um vazio, apesar de ter inúmeras atividades, isso é síndrome do pânico? 
 - Não. É bem provável que sejam vivencias obsessivas ou admoestações feitas por mentores nos orientando que estamos fora do caminho programado.
 15.Como diferenciar síndrome do pânico de uma influenciação, uma aproximação de alguma entidade espiritual? 
 - A síndrome do pânico apresenta sintomas característicos embora, alguns possam confundirem com influência espiritual. Uma influência de tamanha proporção já está nas raias da obsessão e esta apresenta outras características. Os pesadelos persecutórios com despertar na madrugada com medo, insônia por medo de dormir,irritabilidades constantes crises de ansiedades sem outros sintomas físicos, mudanças de humor constantemente, idéias esquisitas invadindo a mente do individuo, aversões sem justificativas, pensamentos suicidas e outros quase sempre estão presentes nas obsessões.
 16.Ocupar o nosso tempo com atividades úteis, alegres, participativas auxiliam o tratamento de pessoas que tem síndrome do pânico? 
 - Muito, porque elevam o padrão mental da pessoa, fazendo-a vibrar numa oitava a cima do normal dela,dificultado as incursões inconsciente da mente nos dramas passados que ao nosso ver são as verdadeiras causas da síndrome do pânico.
 17.Não sei se aplica ao pânico, mas como se analisa a questão do medo advindo de experiências nessa existência que minaram a confiança da pessoa ( ex.. sofrer atos de violência física ou mental, acidentes, etc )? Qual o melhor caminho para se desvencilhar desse medo?  
 - Essas experiências traumáticas muitas vezes tornam o individuo mais sensível e costumam despertar dificuldades ocultas que até então estavam sobre controle em seu campo mental.Nesses casos o bom seria procurar um profissional competente que ajudasse a pessoa a se dessensibilizar-se desses traumas. Existem técnicas de tratamento para isso.
 18.O que fazer quando percebo que a "crise" está começando... o coração passa de 220 batimentos por minuto... tenho medo de enfartar ( o cardiologista falou que não tenho nada no coração). Eu começo a orar, peço ajuda, mas parece que não consigo evitar...estou tomando passe e água fluidificada.  
 - Normalmente é isso que acontece. As pessoas dizem: rezo, rezo, rezo e não melhoro vou ao centro tomo passe água fluidificada e nada. Será que Deus esqueceu de mim? A sua questão vem reafirmar o que estamos dizendo: paciente com síndrome do pânico necessita de tratamento especializado, alem da ajuda espiritual.
 19.Senti-me mal e foi diagnosticada síndrome do pânico. Sou espírita e fiquei com uma interrogação : ouvi dizer que tem a ver com falta de fé, mas não me considero sem ela. Isto é correto?  
 - As maiores dificuldades que temos na vida realmente é por falta de fé. Mas no caso da síndrome do pânico isto não é apanágio da falta de fé propriamente dito.
 20.Teria a síndrome do pânico algum papel punitivo ou educativo na encarnação?  
 - Punitivo não porque Deus não pune os seus filhos que erram porque são ignorantes. Essa idéia de punição são resquícios de idéias religiosas da "psicologia do inferno". Educativas sim. Pois todo sofrimento quando bem entendido tende a levar a conscientização da pessoa.
 21.Uma pessoa que tenha um problema tipo ciúme obsessivo, pode ter síndrome do pânico? 
 - Pode sim, mas não vejo ligação direta entre eles.
 22.Tenho uma formação espírita desde criança, leio livros espíritas, participo de reuniões semanais e faço o evangelho no lar. Mesmo assim não consigo me livrar da síndrome de pânico, tomo regularmente Rivotril, duas vezes ao dia e nas tentativas que fiz para parar de tomar me senti péssima. Tudo começou após o nascimento de minha filha, hoje possui dez anos. A sensação que tenho é que alguma catástrofe está para acontecer, a todo instante mas principalmente a noite e em ambientes fechados. Tenho muito medo de que algo me aconteça ,pois, mesmo acreditando na vida em outro plano, não quero que minha filha sofra a minha falta ainda tão nova, não quero vê-la sofrer. Atualmente tenho sofrido muito, pois o meu marido está desempregado e a empresa que eu trabalho já avisou que irá demitir funcionários, pois está sendo adquirida por outra. Não tenho me sentindo bem e, mesmo com os remédios, vivo em pânico, acordo durante a noite e fico pensando como vou sustentar a minha família. Às vezes tenho vontade de morrer, mas ao mesmo tempo não quero que isto aconteça pois quero criar a minha filha, encaminha-la na vida. Estou sofrendo muito. O que o espiritismo pode ajudar quanto ao pânico? 
 - O seu quadro ao nosso ver trata-se de transtorno de ansiedade generalizado, complicado pelas vicissitudes da vida. Não me parece estarmos diante de um quadro de Síndrome do Pânico característico. Você necessita de fazer o tratamento deste transtorno e trabalhar mais a sua fé no criador. Alias, no momento atual pelo qual passamos, todos nós necessitamos buscar na nossa fé, a força necessária para vencermos essas dificuldades que assolam o nosso país.
 23.Quero saber como devo agir no meio de tanto estresse, para evitarmos tê-la, e melhor, como auxiliar alguém que esteja começando a tê-la ou até já esteja em grau um pouco mais adiantado da doença? 
- Fazendo uma analise de como você está administrando a sua vida. O que realmente é necessário e o quê está de supérfluo ocupando o espaço do vital para você. Nós muitas vezes sofremos desnecessariamente por não sabermos o que queremos da vida. Necessitamos priorizar em nossa vida o que realmente é necessário. Leia o livro "mereça ser feliz" vai lhe ajudar muito, espero.
 24.Deve a pessoa que tem síndrome do pânico, tomar medicação? A meu ver trata-se somente de obsessão.
- Já foi respondido em outra parte (questões 4 e 11).
 25.Milha filha apresentou esse problema alguns anos atrás. Os médicos demoraram muito para diagnosticar; tiveram que fazer muitos exames. Enfim, ela ficou sete dias internada. Fez tratamento alopático e só. Gostaria de saber se há possibilidade de voltar o problema e em que situação?
- Geralmente são os psiquiatras ou cardiologista que fazem o diagnostico com mais facilidades, pois é grande a freqüência em suas clinicas de tais pacientes. Junto com o tratamento alopático (sempre necessário), deve-se buscar a psicoterapia e também os tratamentos complementares. A ajuda espiritual é muito benéfica. Leituras salutares, o hábito da oração, esportes, divertimentos sadios são muito importantes para manter a mente da pessoa sempre em um nível superior, pois o pessimismo o vicio de mentalizar o lado negativo da vida podem ser fatores desencadeante das crises.
 26.Sou casada há l2 anos e tenho um filho de seis anos. Tenho sofrido ao longo de sete anos entre período de depressão e outro, e hoje foi diagnosticado que tenho além de fibromialgia, que é um distúrbio neurológico, a síndrome do pânico. Há dias que é ainda mais intenso o meu pavor e aversão ao mundo externo. Gostaria de saber porque esta síndrome se instala e se há cura. 
- A causa como já falamos alhures, é desconhecida pela ciência. Existem varias hipóteses, mas nenhuma por si responde todas as questões. É muito comum depressão, fibromialgia e síndrome do pânico, estarem presente numa mesma pessoa. No final destas questões exporemos o nosso ponto de vista sobre a síndrome do pânico.
 27.Como ajudar uma pessoa com esses sintomas fora de um centro espírita? A terapia de regressão a vidas passadas não incorre em riscos para o paciente (se Deus nos deu a benção da amnésia parcial, será beneficio relembrar certas vivencias)?
- Aconselhando-a procurar um médico em primeiro lugar. Depois a orientando fazer uma revisão de como tem vivido. Procurar vincular-se a um trabalho voluntário em favor de alguém e não esquecer de buscar o habito da oração.Quanto ao fato da regressão de memória a vivência passadas, costuma ser muito útil no tratamento destas pessoas. O esquecimento do passado é realmente uma benção, mas não impede que busquemos recursos para a solução dos nossos problemas hoje. O nosso " EU" superior só permitirá vir á consciência aqueles fatos que o nosso psiquismo de superfície já suportar elaborar. A mente tem os seus mecanismos de defesas, que protegem a integridade psíquica. Quando Emmanuel desaconselha vasculhar o passado, afirma isso nas questões de curiosidade e não para tratamento. Para tratamento somos do parecer que é valido desde que seja feito por profissional competente.
 28.Como o medo e a solidão influenciam no processo da síndrome do pânico?
- O medo quando em grau superlativo, é o pior sentimento que uma pessoa possa sentir. A síndrome do pânico é um medo extremo, que desencadeia vários sintomas numa pessoa. Ele é para nós a porta de entrada da síndrome do pânico.
 29.Minha mãe teve síndrome do pânico logo após o desencarne de meu pai ( ele ficou doente 15 anos e nesse tempo todo ela dedicou somente a sua doença). Com a síndrome do pânico, ela várias vezes foi ao hospital com a pressão alta e após várias crises, foi constatada a doença. Ele hoje está bem melhor, mas continua tomando os medicamentos. Na mesma época que ela começou o tratamento, ela voltou a aplicar passe no centro. Não sabemos se a melhora foi devido aos trabalhos no centro ou a medicação. Se ela parar com a medicação a síndrome pode voltar? Ela não queria mais ficar tomando tantos remédios. 
- Somos do parecer que foram as duas coisas que redundaram na melhora. É bom que ela procure o seus médico e converse com ele na possibilidade de reduzir a medicação e observar como ela irá sentir.
30.Observação do entrevistado. 
A síndrome do pânico à nossa experiência tem como provável causa uma morte traumática na reencarnação próxima passada. Geralmente por suicídio. No livro Memórias de um suicida, Camilo Castelo Branco descreve com rara felicidade os principais sintomas encontrados em tal síndrome. A dificuldade em desvencilhar-se do corpo vital quando de um desencarne abrupto provocado direta ou indiretamente pelo próprio individuo é que ao nosso ver responde por todo cortejo de sensações estranhas que a pessoa sente. De uma maneira geral vários sintomas são confundidos com esta síndrome. Ansiedade, palpitação, mal estar e outros por si só não nos autoriza a dar este diagnostico A sensação de desrealização, despersonalização, medo de enlouquecer ou de morte eminente com a angustia de que ninguém pode ajudar, são para nós os principais sintomas dessa síndrome. Os pacientes em regressão de memória quando acessam estes momentos, nos revelam esses sentimentos. A dificuldade em desencarnar (não de morrer) é que trás esse sofrimento. A morte pode ser de varias maneiras: suicídio, enfarto, guerra, traumas vários, mas é a dificuldade em desvencilhar-se do corpo e ficar preso ao duplo etérico quando o corpo já está morto que é o grande problema. Ao reencarnar, o novo corpo não é capaz de abafar as sensações violentas do passado e por ressonância com vivencias atuais , pode abrir-se uma janela dos passados e essas sensações podem materializarem-se na vida atual. O momento da morte como do nascimento é muito importante para todos nós. 
Entrevista com Dr. Jaider Rodrigues de Paulo

O Magnetismo nas obras de Chico Xavier




Aqueles que conhecem alguma coisa da produção literária mediúnica de Chico Xavier sabem da heterogeneidade de temas que são abordados. Ali encontramos assuntos os mais variados de teor científico, moral, filosófico, histórico. Não é de admirar que o passe e o magnetismo tenham sido também lembrados pelos Espíritos. Vamos encontrar pequenos trechos esparsos aqui e ali nas obras psicografadas por Chico Xavier, mas de forma intensa nas transmitidas pelo Espírito André Luiz. Vamos nos deter, então, na nossa análise a respeito do Magnetismo, nos escritos deste autor espiritual.
São diversas as referências e os exemplos de aplicação magnética citados por André Luiz e que são levadas a efeito pelos Espíritos nas mais diversas circunstâncias. Tanto em benefício como em prejuízo de encarnados e desencarnados, André Luiz relata técnicas diversas utilizadas tanto pelos bons quanto pelos maus Espíritos, pois, como disse Kardec, o fluido é neutro, cabendo ao aplicador dar-lhe o direcionamento necessário de acordo com as suas intenções boas ou más.
As técnicas magnéticas são descritas e postas em ação em ocasiões variadas como no trecho abaixo, do livro Missionários da Luz: Anacleto continuou de pé e aplicou-lhe um passe longitudinal sobre a cabeça, partindo do contato simples e descendo a mão, vagarosamente, até à região do fígado, que o auxiliador tocava com a extremidade dos dedos irradiantes, repetindo-se a operação por alguns minutos. Surpreendido, observei que a nuvem, de escura, se fizera opaca, desfazendo-se, pouco a pouco, sob o influxo vigoroso do magnetizador em missão de auxílio. O fígado voltou à normalidade plena.
Esta e outras tantas citações semelhantes mostram os Espíritos utilizando técnicas de passe diferenciadas para cada situação, dependendo da circunstância, da doença e do doente.
Fiel aos ensinamentos de Allan Kardec que afirmou serem o Magnetismo e o Espiritismo uma só ciência (O Livro dos Espíritos, questão 555), não faltam exemplos na obra de André Luiz mostrando o quanto o Magnetismo é útil e imensamente utilizado pelos Espíritos a fim de suavizar as dificuldades dos semelhantes. Vejamos mais um trecho, ainda do Espírito  André Luiz:
O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. Vocês sabem que na própria ciência humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força, aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desses princípios, surge a vida mental determinante...  Tudo é espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe,  como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam. -  Nos Domínios da Mediunidade, cap. 17.
 Aqui o Espírito analisa a influência da energia magnética doada através dos mecanismos do passe. A sua ação nas células depende em grande parte da atitude mental do recebedor para que a energia vital suplementar consiga, sob o controle da sua mente, atuar de forma restauradora no organismo doente.
Técnicas de passe, benefícios do passe, condições necessárias ao magnetizador, esforço a ser despendido pelo paciente, formas de atuação do magnetismo no organismo são alguns dos tópicos que foram tratados através da mediunidade de Chico Xavier. Reconhecendo a importância do Magnetismo dentro do Espiritismo, e reconhecendo o potencial mediúnico fidedigno de Chico, a Espiritualidade Maior não poupou esforços em trazer a todos, os esclarecimentos complementares à obra da Codificação, dentre eles, o uso do Magnetismo.
No livro Mecanismos da Mediunidade são analisados mais alguns aspectos relativos ao passe e ao Magnetismo. No primeiro momento o autor fala, mesmo que indiretamente, a respeito da relação fluídica que deve se estabelecer entre magnetizador e paciente, apoiados por elos de confiança, a fim de que os resultados não se façam esperar.
Estabelecido o clima de confiança, qual acontece entre o doente e o médico preferido, cria-se a ligação sutil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante elo de forças, ainda imponderáveis no mundo, verte o auxílio da Esfera Superior, na medida dos créditos de um e outro.
Vê-se, no prosseguimento, que o auxílio espiritual  não comparece apenas baseado no mérito de quem recebe o passe, mas também através do esforço e demais requisitos apresentados pelo passista, no seu desejo de curar. O magnetizador vai emitir as suas energias, mas a sua assimilação vai ser facilitada pelo clima mental oferecido pelo doente, como podemos analisar no próximo trecho.
Ao toque da energia emanante do passe, com a supervisão dos benfeitores desencarnados, o próprio enfermo, na pauta da confiança e do merecimento de que dá testemunho, emite ondas mentais características, assimilando os recursos vitais que recebe, retendo-os na própria constituição fisiopsicossomática, através das várias funções do sangue.
Explicando o mecanismo do passe, informa o autor que as energias magnéticas se distribuem no organismo, seja físico ou perispiritual, através da corrente sanguínea que, percorrendo todos os recantos necessários, através das veias e artérias, carrega no sangue os componentes fluídicos suficientes à recomposição celular. Chegando estas energias às células e estas absorvendo o recurso energético, têm as suas funções reequilibradas, restaurando a harmonia do organismo, como podemos ler em seguida.
O socorro, quase sempre hesitante a princípio, corporifica-se à medida que o doente lhe confere atenção, porque, centralizando as próprias radiações sobre as províncias celulares de que se serve, lhes regula os movimentos e lhes corrige a atividade, mantendo-lhes as manifestações dentro de normas desejáveis, e, estabelecida a recomposição, volve a harmonia orgânica possível, assegurando à mente o necessário governo do veículo em que se amolda.
 Em seguida, o autor espiritual explica a importância do envolvimento do doente no processo da cura. A confiança, a vontade de melhorar e o esforço para atingir um maior equilíbrio da mente, dá a si mesmo uma maior capacidade assimilativa dos recursos curativos que se direcionarão às células atingindo a cura da doença.
 VONTADE DO PACIENTE — O processo de socorro pelo passe é tanto mais eficiente quanto mais intensa se faça a adesão daquele que lhe recolhe os benefícios, de vez que a vontade do paciente, erguida ao limite máximo de aceitação, determina sobre si mesmo mais elevados potenciais de cura.
Nesse estado de ambientação, ao influxo dos passes recebidos, as oscilações mentais do enfermo se condensam, mecanicamente, na direção do trabalho restaurativo, passando a sugeri-lo às entidades celulares do veículo em que se expressam, e os milhões de corpúsculos do organismo fisiopsicossomático tendem a obedecer, instintivamente, às ordens recebidas, sintonizando-se com os propósitos do comando espiritual que os agrega.
Muito poderemos aprender a respeito do Magnetismo através dos escritos deste Espírito que compreendeu a importância deste tema dentro do Espiritismo. Porém, não teria tomado ao seu encargo tamanha tarefa, se não encontrasse no aparelho mediúnico, Chico Xavier, o instrumento dócil e fiel na transmissão do conteúdo espiritual que transitava pelo seu cérebro. Cônscio da sua responsabilidade de intermediário das mensagens provenientes das mentes incorpóreas, soube, durante toda a sua missão, apagar-se e “limpar” os canais mediúnicos através de uma moral ainda rara sobre a Terra, a fim de que a sua mediunidade a retransmitisse límpida e pura.
                                                                                                                 Adilson Mota