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terça-feira, 30 de abril de 2013

Os corpos sutis na obra de Kardec


Os corpos sutis na obra de Kardec

Ao definir o perispírito em O Livro dos Espíritos, Kardec o descreveu como sendo um laço que liga o espírito ao corpo físico.
Afirmou ser este constituído de eletricidade, de fluido magnético animalizado, de fluido nervoso, de matéria inerte, semimaterial, “matéria elétrica ou de outra tão sutil quanto esta”. É evidente que tais palavras não são sinônimas e que Kardec procurava abarcar mais amplamente a natureza do perispírito, dando a entender a existência de uma constituição plúrima (= múltipla), como se pode deduzir da assertiva de se tratar de um fluido nervoso.
Se o perispírito também se constitui de fluido nervoso, o espírito o conduziria, quando desencarnado, para o mundo espiritual? É evidente que não, pois o espírito terá que se desvencilhar dele ao abandonar o corpo. Se o perispírito é formado também por matéria inerte, é justo pensar que esta não acompanharia o corpo físico.
Segundo o espírito Erasto, o fluido vital é um apanágio (=atributo) exclusivo do encarnado. O espírito impele e dirige o fluido vital fornecido pelo médium no fenômeno mediúnico. Se Kardec considerou essa terminologia, então, deve se entender que, de alguma forma, ele reconhecia um compósito (=composto) na natureza do perispírito enquanto encarnado ao afirmar, no item 77 de O Livro dos Médiuns, que ele é formado por fluido vital, o elemento que é apanágio do homem.
Sendo este elemento que animaliza a matéria, desfazendo-se após a morte do corpo, constituinte do perispírito e transmissível em parte entre os indivíduos, devemos identificá-lo como a substância que, exteriorizada, chamamos de ectoplasma.
O Fluido Vital

Portanto, Erasto não estava se referindo ao fluido vital no sentido empregado algumas vezes por André Luiz, ou seja, como fluido de espíritos desencarnados, pertencente ao corpo astral, de acordo com a terminologia que adota para se referir aos colaboradores mediúnicos do mundo invisível.
Atentando-se para esse elemento que nasce com o homem e desaparece logo após a morte, podemos deduzir que ele constitui o duplo etérico, ao qual os grandes magnetizadores, os teosofistas e as doutrinas orientais também se referem. Na época, não se empregava o termo duplo etérico, mas quando Kardec escreveu que o perispírito é constituído de matéria sutil, nervosa e inerte, é evidente que ele estava se referindo ao perispírito como um corpo complexo, não de natureza única.
Outro indício dessa complexidade surge quando Kardec se refere à evolução do perispírito. No capítulo IV de O Evangelho Segundo o Espiritismo, o espírito São Luiz afirma que “o próprio perispírito sofre transformações sucessivas, eterizando-se cada vez mais até a depuração completa, que constitui os espíritos puros”. Segundo o codificador, “sabemos que, quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea, de onde se segue que a influência material diminui à medida que o espírito progride, isto é, conforme o perispírito mesmo se torna menos grosseiro”.
Em O Livro dos Médiuns, disse ainda que “sua natureza se eteriza à medida que ele se depura e eleva na hierarquia”. É claro que, para a compreensão dos textos, existem duas hipóteses: o perispírito tornar-se-ia mais leve, os fluidos ficariam menos grosseiros, porém, a natureza seria idêntica, não sendo necessária a referência a um corpo complexo; a eterização do perispírito é de tal ordem que ele abandona determinadas camadas, próprias de certas zonas invisíveis, quando é elevado na hierarquia espiritual, passando a viver em esferas mais altas. Neste caso, teríamos indicações de uma natureza complexa para o perispírito nas referências. As duas hipóteses de compreensão não se excluem, pois as mensagens espirituais que têm sido recolhidas e a própria vidência deixam claro que o perispírito se mostra mais diáfano e luminoso à medida que o espírito se eleva.
O que se coloca como questão é se o espírito conserva um corpo espiritual da mesma natureza ao se elevar para zonas mais próximas da Terra ou se realmente há uma mudança em sua estrutura, necessária para a nova ambientação, levando à admissão de uma complexidade em sua organização.
Em outras palavras, a evolução do perispírito não seria mais do que a própria modificação dos corpos espirituais.
Kardec apenas ensaiava o estudo do perispírito e, portanto, não poderia conhecer tudo o que lhe dizia respeito. Os próprios espíritos não foram muito expressivos, seja porque preferiam dosar o ensino (como, aliás, sempre advertiram), porque a linguagem humana lhes assinalava óbvias restrições ou porque faltava conhecimento mais preciso do assunto para muitos dos comunicadores, decorrente da relatividade dos próprios espíritos, conforme Kardec assinalou tantas vezes.
No entanto, devemos recordar que, no Ensaio Teórico da Sensação nos Espíritos, presente no item 257 de O Livro dos Espíritos, o codificador deu mostras de sua larga visão. Partindo da eterização do perispírito (“quanto mais eles se depuram, mais a essência do perispírito se torna etérea”), ele concluiu que as sensações do ambiente terreno seriam inacessíveis para espíritos muito elevados, o que só poderia ocorrer se sua natureza fosse completamente diferente.

Ver a continuação dessa matéria aqui.: Dos corpos espirituais (A visão de André Luiz)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Saúde Integral Os chacras e a bioenergia


Saúde Integral Os chacras e a bioenergia
Introdução

Existe uma força imensurável, que está além do inconsciente coletivo da humanidade, uma força universal, que coordena e impulsiona tudo o que é manifesto – espírito e energia, em seus diversos planos – para a harmonia.
É uma lei transcendental que existe e sempre existiu e todo aquele que “foge” do seu campo sofre o “choque” de forças contrárias, que têm como objetivo redirecioná-lo ao equilíbrio necessário para a manutenção da Harmonia doTodo. Na verdade, o caos é apenas aparente (maya=ilusão).
Tudo no universo é interdependente – novamente, espírito e energia, em seus diversos planos – nada está só.
Nesta interdependência, forças influenciam-se mutuamente, desde planetas e galáxias inteiras até as menores partículas subatômicas. Nesta constante transformação, o caos (trevas) é constantemente transformado pela ordem (luz).
Matéria é energia em estado condensado; energia é matéria em estado radiante. Percebemos, então, que tudo no universo tem a mesma origem, o mesmo princípio, chamado na Doutrina Espírita de Fluido Universal.
Os espíritos também. Todas as consciências, apesar de únicas, individualizadas, têm a mesma origem; apesar de vivenciarem aspectos diferentes da realidade, estão imersas numa única e absoluta Realidade.
A fonte destes dois princípios – o material e o espiritual – é chamada, nas diferentes religiões, por vários nomes. Chamemos, aqui, de Deus.
Desta forma, entendemos que a harmonia é nosso estado verdadeiro e quando nos distanciamos dele surgem os efeitos (doenças).
A busca pela saúde é uma manifestação do instinto de conservação. Até os animais o manifestam.
Este livro é uma pequena introdução ao conceito de chacras, bioenergia, fluido vital (prana), a lei do karma etc.
O assunto é muito vasto e deve ser aprofundado por todo aquele que busca ampliar seus conhecimentos sobre a vida.
As doutrinas espiritualistas orientais como o hinduísmo, o budismo, o taoísmo, o tantra, a yoga etc, são ricas em informação sobre estas questões. Quem desejar se aprofundar deve estudar também as medicinas tradicionais chinesa e indiana.
Neste livro, procuramos fazer uma abordagem do ponto de vista do espiritismo, a fim de manter a linha editorial da coleção.
A partir dele, o leitor estará apto a entender como as terapias alternativas, como a acupuntura, por exemplo, atuam.
Os métodos para alcançar a saúde integral (corpo e espírito) são vários, mas as causas e efeitos dela são o mesmo: Paz, Amor e Harmonia!
Victor Rebelo
Editor

Os corpos espirituais

Por Elzio Ferreira de Souza
Comecemos com uma análise sobre o pensamento de Allan Kardec. Ele estabeleceu uma concepção tríplice acerca do homem, que seria formado pelo espírito, pelo perispírito e pelo corpo físico. Erroneamente, muitos proclamaram esta concepção como genuinamente espírita, enquanto que o codificador, reconhecendo sua anterioridade, fazia questão de lembrar a existência de antecedentes históricos que a confirmavam como um elemento presente nas mais variadas culturas. Ao seu ver, este fato constituía uma prova da universalidade do espiritismo.
Kardec não se limitou aos antecedentes oriundos das culturas orientais, mas trouxe a doutrina de Paulo de Tarso, que registrava a concepção tríplice e foi explorada por Watchman Nee, pensador protestante.
Para Paulo, o conceito de alma não é de espírito encarnado, como consta em O Livro dos Espíritos, ou de princípio inteligente, como propôs Kardec, mas corresponde ao de perispírito, intermediário entre o espírito e o corpo físico. É interessante destacar que o codificador não reinvindicava prioridades para o Espiritismo. Ao estudar comparativamente as filosofias religiosas, procurava demonstrar que a verdade nele contida estava no fundo dos tempos.
Durante a revelação espírita, foram recebidas várias mensagens e realizados experimentos que indicavam uma pluralidade de corpos espirituais, correspondendo aos vários “sharitras” ou “koshas” (corpos) das doutrinas hinduístas. O dr. Antônio J. Freire registra uma comunicação mediúnica obtida pelo coronel Albert de Rochas e ditada pelo espírito Vincent. Apresentando-se como um espírito extraterrestre, dizia que “o perispírito é constituído por uma série de invólucros mais ou menos eterizados, dos quais os habitantes do mundo astral vão se desfazendo sucessivamente, à medida que se elevam na escala de evolução, não sendo embutidos uns sobre os outros, como os tubos de um telescópio, mas se interpenetrando em todas as suas partes”.
As investigações dos grandes magnetizadores levaram à admissão dessa pluralidade de corpos espirituais.

Ver a continuação dessa matéria aqui.: Os corpos sutis na obra de Kardec

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Médiuns Curadores.


Médiuns Curadores.

Entre o magnetizador e o médium curador há, pois, esta diferença capital: o primeiro magnetiza com o seu próprio fluido, e o segundo com o fluido depurado dos Espíritos; donde se segue que estes últimos dão o seu concurso a quem querem e quando querem; que podem recusá-lo e, por conseguinte, tirar a faculdade daquele que dela abusasse ou a desviasse de seu fim humanitário e caritativo, para dela fazer comércio. Quando Jesus disse aos apóstolos: “Ide! expulsai os demônios, curai os enfermos”, acrescentou: “Dai de graça o que de graça recebestes”.
Os médiuns curadores tendem a multiplicar-se, como anunciaram os Espíritos, e isto em vista de propagar o Espiritismo, pela impressão que esta nova ordem de fenômenos não deixará de produzir nas massas, porquanto não há quem não ligue para a sua saúde, mesmo os maiores incrédulos. Desse modo, quando virem obter com o concurso dos Espíritos o que a Ciência não pode dar, forçoso será convir que há uma força fora do nosso mundo. Assim a Ciência será levada a sair da via exclusivamente material em que ficou até hoje. Quando os magnetizadores antiespiritualistas ou antiespíritas virem que existe um magnetismo mais poderoso que o seu, serão forçados a remontar à verdadeira causa.
Importa, todavia, precaver-se contra o charlatanismo, que não deixará de tentar explorar em proveito próprio esta nova faculdade. Para isto, há um meio muito simples: lembrar-se de que não há charlatanismo desinteressado, e que o desinteresse absoluto, material e moral, é a melhor garantia de sinceridade. Se há uma faculdade dada por Deus com um objetivo santo, sem sombra de dúvida é esta, pois que exige imperiosamente o concurso dos Espíritos superiores, e este não pode ser adquirido pelo charlatanismo. É para que se fique bem edificado quanto à natureza toda especial desta faculdade que nós o descrevemos com alguns detalhes. Embora tenhamos podido constatar-lhe a existência por fatos autênticos, muitos dos quais passados sob os nossos olhos, pode dizer-se que ainda é rara, e só existe parcialmente nos médiuns que a possuem, seja por não terem todas as qualidades requeridas para possuí-la em sua plenitude, seja por estar ainda em começo. Eis por que, até hoje, os fatos não tiveram muita repercussão; mas não tardarão a tomar desenvolvimentos capazes de chamar a atenção geral. Dentro de poucos anos ela se revelará nalgumas pessoas predestinadas para isto, com uma força que triunfará de muitas obstinações. Mas não são os únicos fatos que o futuro nos reserva, e pelos quais Deus confundirá os orgulhosos e os convencerá de sua impotência. Os médiuns curadores são um dos mil meios providenciais para atingir este objetivo e acelerar o triunfo do Espiritismo. Compreende-se facilmente que esta qualificação não pode ser conferida aos médiuns escreventes, que obtêm receitas médicas de certos Espíritos.
Não encaramos a mediunidade curadora senão do ponto de vista fenomênico e como meio de propagação, e não como recurso habitual.
REVISTA ESPÍRITA Janeiro de 1864