Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo

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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O que é Viagem Astral


Wagner, o que é Viagem Astral?
É a capacidade parapsíquica que todas as pessoas têm de projetar temporariamente a sua consciência espiritual para fora do corpo físico. Essa capacidade vem sendo chamada, ao logo dos milênios, de acordo com as diversas doutrinas que trabalham a espiritualidade por nomes diferentes. Então, temos viagem astral, que é o mais popular, enquanto que experiência fora do corpo ou projeção da consciência são nomes mais técnicos. No espiritismo é comumente chamada de desdobramento espiritual, emancipação da alma ou despreendimento espiritual.
Independente do nome que usarmos, é uma capacidade humana, latente em nós, pois somos espíritos, e ocupamos um corpo físico aqui na Terra por um certo tempo. Portanto, à noite, quando dormimos, o corpo relaxa, nosso metabolismo fica mais tranqüilo, e os laços energéticos que prendem os perispíto ao corpo se afrouxam e o corpo espiritual (perispírito) é temporariamente projetado para fora do corpo físico. É essa projeção que leva o nome de viagem astral.
Isso ocorre com todos, independente da religião do indivíduo?
Sim. Independe de raça, credo, cultura ou religião. Ela ocorre devido ao potencial humano. Até mesmo alguns mamíferos mais avançados, como gato, cachorro, cavalo ou vaca, têm despreendimento para fora do corpo enquanto dormem. Eu já vi alguns animais fora do corpo. Minha curiosidade é ver um dia um golfinho ou uma baleia fora do corpo.
Como diferenciarmos um sonho de uma projeção?
Quando estamos sonhando, qual é o espaço onde as imagens do sonho se apresentam? Em nossa tela mental interna. Então as características das imagens do sonho, também chamadas de imagens oníricas, é que elas são de extrema plasticidade. Por exemplo, quando você está sonhando, as imagens não param. São extremamente "plásticas", mudam em segundos, são vivazes. Nossa noção de tempo também desaparece. Às vezes você está tendo um sonho onde se passou uma tarde inteira, mas quando você acorda, percebe que cochilou por quinze minutos. Portanto, como o sonho é um estado alterado de consciência, nossa noção de tempo e espaço se altera também. Quando a pessoa está projetada fora do corpo, de forma consciente, tem o mesmo grau de lucidez de quando está em seu estado de vigília, acordada. Portanto, para diferenciarmos um sonho de uma projeção, basta usarmos os parâmetros que usamos no momento de vigília. Por exemplo, eu penso, raciocino, tenho noção de tempo e espaço etc. O corpo espiritual não é afetado pela gravidade, pois é um corpo energético mais sutil, que atravessa objetos sólidos. Então, a pessoa, normalmente, se vê flutuando no ar sobre o corpo físico sem ter noção do que está acontecendo. Neste momento, ela se questiona se está sonhando, mas sua luzidez, o grau de questionamento é igual ao da vigília. Existe uma coerência.
É possível realizarmos uma projeção para fora do corpo de forma não-consciente e nos confundirmos, acharmos que foi apenas um sonho?
Sim, isso é muito comum. Muitas vezes, quando se está fora do corpo de forma consciente, você não tem dúvidas, mas quando voltamos para o corpo físico, nosso cérebro é um instrumento "carnal" apropriado para uma leitura de experiências que acontecem neste plano físico. O cérebro não tem a capacidade de percepção direta de níveis astrais, mais sutis. Portanto, quando o seu perispírito se encaixa de volta ao corpo físico, o cérebro trava sua memória astral que você trouxe, porque parece estranha para o padrão cerebral normal deste plano. Então, as imagens que você traz na memória de momentos que esteve fora do corpo, são misturadas com imagens de sonhos, fazendo com que ao voltar ao corpo, tudo pareça um sonho. Podemos até mesmo realizar uma viagem fora do corpo e não conseguirmos nos lembrar de nada, mas a sensação permanece, assim como todo aprendizado ou conselho valioso que possamos receber, ficarão gravados no subconsciente, e durante o dia-a-dia, ela vão emergindo como novas idéias e intuições.
Existem reuniões de estudo no plano extrafísico?
Sim, e é um dos grandes benefícios da saída do corpo, porque os mentores espirituais freqüentemente organizam grupos de estudos no plano espiritual e levam as pessoas para que elas estudem. Existem até cursos extrafísicos. O mentor espiritual de determinada pessoa auxilia a saída do corpo e a leva para assistir a uma aula. Ela pode até não lembrar dos estudos, mas com certeza, o conteúdo fica de certa forma gravado dentro dela e vai desabrochando durante o dia-a-dia. Muitos espiritualistas, que freqüentam determinados grupos de estudo, continuam seus estudos no plano espiritual. Isso pode ser confirmado nos livros de André Luiz. Portanto, nas noites em que participar de alguma reunião espírita, por exemplo, é muito importante não distrair a mente ao voltar da reunião. Procure não assistir àTV, e nem comer alimentos pesados, para não dificultar a saída do corpo.
Existem casos em que a pessoa sai do corpo para freqüentar ambientes pesados, como prostíbulos ou até mesmo usar tóxicos?
O que fazemos durante o dia, normalmente procuraremos fazer fora do corpo. O fato da pessoa sair fora do corpo, não altera sua personalidade, não a torna melhor e nem pior. O importante é o que fazemos fora dele. Então, se uma pessoa vai dormir pensando em usar alguma droga pesada, por exemplo, quando ela adormece, seu perispírito poderá se projetar para fora do corpo temporariamente e buscar aquilo que ela está desejando.
Existem locais no plano espiritual mais denso, como as regiões umbralinas, onde grupos de espíritos se reúnem em busca da energia do tóxico, em um verdadeiro vampirismo coletivo.Os obsessores vão até lá e drenam a energia destes usuários durante o sono.
É a mesma coisa com relação à sexualidade desequilibrada. Ao sair do corpo, a pessoa poderá ser atraída para determinados locais, como prostíbulos. Durante o dia, os obsessores já participam do intercurso sexual com aquele encarnado. À noite, quando a pessoa dorme e volta ao local, desta vez fora do corpo, estes obsessores também drenam a energia do campo energético do encarnado. Não chegam a provocar o desencarne, pois o cordão energético o puxará de volta ao corpo, mas ele passará alguns dias deprimido, sem energia. É uma espécie de "pedágio espiritual" que ele paga, pois parte de sua energia vital estará sendo sugada por espíritos obsessores.
O que fazer para realizarmos uma viagem de forma equilibrada e rica em aprendizado espiritual?
É muito importante que todos nós, antes de deitarmos, fizéssemos uma prece, independente da religião que seguimos. Que possamos elevar nossos pensamentos e agradecermos o dia que tivemos. Podemos também pedir para que tenhamos proteção durante o sono e que possamos visitar locais saudáveis para aprendermos, a fim de voltarmos para o corpo com mais criatividade, vontade de viver e fazer o bem aqui na Terra. Se, de repente, nos depararmos com algum espírito que quer nos prejudicar, a melhor forma de resolvermos a situação é orarmos e irradiarmos nossas energias em direção a ele, numa espécie de passe energético. Mas não precisamos temer situações como essa. Basta termos humildade e o desejo de paz.
Não seria mais importante nos dedicarmos à nossa reforma interior em vez de aprofundarmos nosso conhecimento sobre viagem astral?
Podemos unir uma coisa à outra. Muitos querem separar um estudo que faz parte de um conjunto. O que é reforma íntima? Transformação. Um trabalho de alquimia interior em que trabalhamos nossos defeitos procurando nos transformar para melhor. Este processo, sabemos que é longo e dura muitas existências. Ou seja, temos qualidades e defeitos. O que é reforma íntima? Tentar melhorar as qualidades e diminuir os defeitos. Não precisamos nos tornar santos, mestres, que é algo ainda impossível para nós no dia-a-dia. A proposta é que a gente possa se tornar um ser humano íntegro.
Ao invés de reforma íntima, prefiro usar o termo transformação, crescimento. E neste sentido, o que melhora o ser humano? O discernimento, a capacidade de expressar amor, paciência. Precisamos aprender a dominar nossas energias, pois tudo no universo é energia. Então, tudo o que a gente aprende de reforma íntima, no dia-a-dia, quando dormimos e nos projetamos para fora do corpo, os mentores espirituais vão tentar trabalhar na gente aquilo que já estamos buscando durante a vigília. E se buscamos crescer na vigília, também teremos oportunidade de crescer em outros planos. Não podemos nos esquecer de que somos espíritos, que viemos do plano espiritual aqui para a Terra. Então, o que impede de irmos para "casa" durante o sono, que é algo natural? A reforma íntima pode ser treinada na vigília e ampliada durante o sono se buscarmos nos melhorar e crescer.
Se estudarmos com atenção O Livro dos Espíritos, veremos que no capítulo sobre emancipação da alma, os espíritos explicam que isto é natural, uma condição anímica e até incentivam. Em nenhum momento eles dizem que devemos procurar evitar ou que é algo perigoso. Sem contar os livros de Leon Denis, André Luiz entre outros.
Como os estrangeiros vêem a questão da projeção, da vida após a morte?
Para a maioria deles é tudo novidade, principalmente na Europa. O assunto da saída do corpo já vem sendo veiculado há muitos anos, mas é aqui no Brasil onde se concentra um bom número de pesquisadores da área. Nos EUA e na Inglaterra, existem muitos livros sobre saída do corpo, mas eles não dão muita importância. Na Europa, em geral, principalmente na Suíça, onde ministrei um curso recentemente, na Alemanha, na Itália e no leste europeu, a falta de informação é muito grande. Não só a questão da projeção, mas a própria mediunidade é novidade para eles. Quando você fala um pouco sobre o plano espiritual, sobre a presença dos mentores, sobre os chacras, assuntos que já fazem parte do conhecimento oriental há milhares de anos, lá na Europa o pessoal fica encantado. Por isso é muito importante podemos compartilhar nossos conhecimentos. Somos uma só família e precisamos todos crescer juntos.
Para encerrar, conte-nos uma experiência que você teve fora do corpo e foi muito marcante.
Em 1987, me vi fora do corpo, durante o sono, em pleno espaço sideral. Comigo estava um chinês, desencarnado, que me orienta já há muitos anos. Na nossa frente, a uma certa distância, podíamos enxergar vários focos luminosos multicoloridos imensos. Eu sabia, por intuição, que cada um daqueles focos luminoso eram um espírito avançado vindo de outros planetas em outro estágio de evolução, muito mais avançado que o nosso. Eles nem sequer apresentavam uma forma humanóide. Apresentavam-se como um "campo de luz". Um deles se destacou do grupo e veio em nossa direção. Reduziu seu tamanho até mais ou menos uns três metros, e se comunicou comigo mentalmente. Ao fazer isso, a impressão que tive é a de que ele tinha entrado em minha mente. Por questões de segundos, senti que ele percebia tudo sobre mim, sobre todas as minhas existências, em todas as épocas. Senti que ele conhecia todos os meus defeitos, e não me condenava em nada. Me compreendia profundamente.
Então, ele se comunicou comigo e me passou várias informações. Mas ocorreu um problema.Quando as informações entravam na minha mente, devido ao meu grau de evolução, eu não conseguia compreender. Não conseguia segurá-las. É como um aluno do primário, que está aprendendo a tabuada, e é levado pelo pai para assistir a uma aula de álgebra avançada.
Aquele espírito tentou passar as informações por mais duas vezes, mas eu não consegui compreender novamente. Então, ele disse ao guia chinês: " -Traga-o em uma outra oportunidade. Ele não está entendendo". E foi embora. Neste momento, me senti um inútil. Estava com várias informações em mente, mas não entendia nada. Fui puxado de volta ao corpo e acordei. Comecei, então, a chorar de raiva de mim mesmo, pela minha impotência, por não ter entendido nada. O mentor que me acompanhava apareceu e pediu-me calma. Respondi: "- Calma! Como posso ficar calmo se perdi a maior chance da minha vida!". Ele me respondeu que já sabia que eu não entenderia nada. "- Então, por que você me levou lá?", perguntei. Ele respondeu: "- Para você aprender que não sabe nada. Todas as vezes na sua vida em que se sentir arrogante com o que você sabe, lembre-se desta experiência. Por mais que você saiba alguma coisa, aquilo que você não sabe é muito mais!". Esta experiência me fez amadurecer muito, pois vi o quanto ainda tenho que evoluir.


Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 07

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os passes energéticos e o Espiritismo


O estudo dos passes, do magnetismo, das curas espirituais despertam sempre muita atenção daqueles que trabalham, estudam, que vivem, enfim, a atmosfera de esforços no bem existentes no meio espírita. Kardec nos trouxe fundamentos básicos para a correta utilização de todo esse conhecimento.
Qual a diferença entre passes e imposição de mãos?
Ambos são processos de magnetização, ou seja, formas de se manipular os fluidos, a primeira, os passes, implicam essencialmente na movimentação das mãos. A outra, na imposição fica-se com as mãos paradas e espalmadas sobre um determinado local do corpo ou órgão da pessoa que está recebendo os passes.
Em linhas gerais, como funciona o processo de cura espiritual?
Basicamente, seguiremos a descrição feita por Kardec em "A Gênese". Lá ele nos explica que as moléculas doentes do corpo de quem recebe o passe são substituídas por moléculas saudáveis a partir da ação fluidica que o magnetizador promove em favor desse doente. Num aspecto mais amplo, a verdadeira cura espiritual compreende a renovação moral do indivíduo. Por isso, em geral, na Casa Espírita organizada a partir da Codificação, sempre se aplicam os passes juntamente com o ensino do Evangelho.
Existe diferença entre magnetismo e fluido?
Sim. O magnetismo é uma força física, que nos permite agir sobre o fluido (matéria). Gosto sempre de exemplificar para que fique mais claro esse entendimento: pode se ter muito magnetismo e pouco fluido, por exemplo, Chico Xavier, já nos seus últimos anos de vida não possuía quase nenhuma energia vital, mas continuava reunindo multidões ao seu redor. Essa capacidade de atrair as pessoas é uma manifestação da força magnética que ele possuía. Em contrapartida, existem pessoas com muito fluido e quase nenhum magnetismo. Por exemplo, geralmente os jovens possuem uma boa cota de energia, mas podem ser dispersivos, não conseguindo concentrar o pensamento e a vontade, não conseguem concentrar a sua força magnética para bem conduzir os fluidos.
Como o espiritismo vê os chacras ou centros de força e as suas relações com o passe e curas espirituais?
O conhecimento dos centros de força é um requisito básico para o médium ou magnetizador bem aplicar os passes. Sendo os centros de força pontos de concentração de energias (no perispírito) intimamente ligados ao sistema nervoso (no corpo físico) eles nos ajudam na correta distribuição das energias que estamos manipulando durante os passes mesmo que não saibamos exatamente qual o órgão ou região do corpo adoentado, ou seja, eles conduzem por simples processos magnéticos os fluidos até os pontos onde são necessários.
O nível moral da pessoa que irá aplicar o passe exerce algum tipo de influência no processo?
Exerce. Os fluidos sempre adquirem alguma característica daquele que os manipula. O fluido dos espíritos de melhor qualidade acaba sendo adulterado pela condição moral do médium. Quanto mais puro for o resultado final dessa mistura, mais rápida é a cura.
O aprendizado do médium favorece a cura? O que dizer de significativos processos de curas que acontecem em locais em que nem se acredita na influência dos espíritos?
O aprendizado do médium é apenas um dos fatores que favorecem a cura. Há outros envolvidos. Como o merecimento do enfermo, as condições do ambiente, a ação dos espíritos que se dá em qualquer lugar, onde eles queiram agir, independente de religião e muitos outros fatores vão participar do processo curador.
Há muita discussão no movimento espírita sobre a necessidade ou não dos ditos "passes padronizados", ensinados pelo emérito Edgard Armond e explicados por André Luiz. Existem muitas casas, atualmente, adotando a simples imposição de mãos, gesto usado corriqueiramente por Jesus. Qual a sua opinião sobre o assunto?
Depende da condição de trabalho dos médiuns e dos espíritos e da direção de cada Casa Espírita. Como falamos anteriormente, tanto o passe como as imposições são processos de magnetização e, portanto, podem ser livremente aplicados.
É necessário o médium ter conhecimentos de anatomia para aplicar passes com mais eficácia?
No Centro Espírita Léon Denis o candidato ao trabalho da cura passa pelo menos quatro meses estudando noções de anatomia humana, fisiologia e patologia. É meramente informativo, somente noções básicas que ajudarão o médium a compreender um pouco mais sobre os doentes, tratá-lo melhor. Como você vê, isso depende da forma como cada Casa Espírita é dirigida e até das pessoas que trabalham nela. Mas não podemos esquecer que, por exemplo, os apóstolos eram pessoas muito simples, com pouco ou nenhum conhecimento nesse campo, e nem por isso deixavam de conseguir curas.
Na sua opinião, o que importa mais: estudar ou praticar a mediunidade?
Estudar. Como tratar de algo ou trabalhar em algo que você não conhece? Mas há casos, também, que se põe esses médiuns "com mediunidade aflorada" em alguma tarefa onde eles possam doar a energia que ainda não utilizam corretamente.
A preocupação com o estudo, no meu modo de ver, não implica na diminuição das tarefas de cura, ao contrário, entendo que quanto mais se conhecer do assunto, mais e melhor se poderá exercer essa atividade. Talvez se faça confusão com trabalhos onde se façam as chamadas "cirurgias espirituais", com médiuns de incorporação que fazem cortes ou outras técnicas invasivas. Esse tipo de fenômeno me parece realmente que está desaparecendo, mas não a cura através de passes magnéticos.
Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 38.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

V Í D E O S


Jacob Melo - Magnetismo e passes - Teoria e prática

Abertura do 5º Encontro Mundial de Magnetizadores Espíritas

http://www.youtube.com/watch?v=LZaP_5xXhjk&feature=plcp

Jacob Melo - espiritismo, magnetismo, passe e outras estórias

http://www.youtube.com/watch?v=8p4Xj2oSgP0


Daniel Giroto -  Depressão e da Obsessão

http://www.youtube.com/watch?v=DnfzF5DtLpc&feature=plcp


II SIMESPE - Jacob Melo - Passe - O magnetismo espirita


http://www.youtube.com/watch?v=N54hnGmK8lc



Jacob Mello - "Magnetismo & Relações Interpessoais"

http://www.youtube.com/watch?v=qOwdYckucB0&feature=g-vrec



A MATRIZ VIVA – A NOVA CIÊNCIA DA CURA

Passes e Magnetismo



O termo magnetismo já era usado no século XVII por Van Helmont. Era conhecido como "magnetismo animal", mas ganhou foro de doutrina somente com o austríaco Franz Anton Mesmer, que, através de suas memórias impressas, estabeleceu 27 proposições acerca do fenômeno. Ele dizia que os astros agiam sobre nós, outros astros e corpos animados, sendo que esta influência tinha um agente, que era o fluido cósmico universal. Os corpos gozavam de propriedades análogas às do ímã, podendo ser transmitidas para outros corpos animados ou inanimados. Afirmava ainda que a doença era um desequilíbrio deste magnetismo corporal.
Já o termo hipnotismo foi criado pelo médico inglês Braid, depois de ver algumas sessões com o magnetizador La Fontaine. Ele dizia ter descoberto a causa da magnetização de um corpo sobre outro, que era a sugestão do magnetizador ao agir sobre os centros nervosos. Com isso, ele quis dar ares de ciência à questão, batizando o fenômeno com um novo nome.
Devemos olhar o magnetismo sempre tendo em mente um fim importante para sua utilidade e, por sermos espíritas, utilizarmos esta força juntamente com os espíritos. Por certo, agindo como médium, teremos nossas disposições fluídicas melhoradas pelos espíritos trabalhadores do bem. Portanto, façamos uma "auto-hipnose" todos os dias, com idéias otimistas fortalecidas por tudo aquilo que já aprendemos com a doutrina espírita. Desse modo, estaremos sempre com as mãos no serviço do bem, não tendo tempo para acomodar as "sugestões do mal" em nós.
Franz Anton Mesmer, conhecido como o "pai do mesmerismo", ainda é considerado como cientista e inovador por uns e como charlatão por outros. Qual a sua opinião?
Mário Coelho – Vejo Mesmer da mesma forma que qualquer homem implantador de idéias. Ele trouxe as bases para que entendêssemos o magnetismo, muito embora tenha sido taxado de charlatão em algumas de suas demonstrações. Muitos dos erros de Mesmer não foram equívocos da doutrina que trazia, mas da própria ânsia de querer provar a realidade de seus estudos para aqueles que o pressionavam tenazmente. Acho que tudo foi fruto da própria época, do desejo de crer por parte de alguns e de combater por parte de outros.
Segundo Mesmer, a doença é o magnetismo desequilibrado. Sendo assim, a hipnose pode ajudar a reequilibrar o corpo? De que maneira?
Mário Coelho – O hipnotismo com finalidade médica ajuda o equilíbrio da mente no sentido de sugestionar o doente a tirar de dentro dele algumas idéias fixas que são substratos da doença. Porém, fazemos isso mesmo sem conhecermos hipnotismo. Quando temos uma dor e começamos a criar idéias otimistas sobre ela ou procuramos entender sua causa, isto é uma auto-sugestão para redimensionarmos nossa dor. Por exemplo: é mais fácil para um espírita aceitar a dor da morte de um ente querido do que um não-espírita, mas a perda não é a mesma para ambos? No entanto, com conhecimento, o espírita redimensiona sua dor, tornando-a menor. Ele aceita porque entendeu e se preparou para tal. No fundo, é um trabalho junto à própria mente e, porque não dizer, ao próprio espírito.
O magnetismo pode ser confundido com transe mediúnico? A pessoa hipnotizada está sempre acompanhada por alguma entidade?
Mário Coelho – Há pessoas que se auto-hipnotizam inconscientemente e entenda-se essa hipnose no sentido de fortificar em si uma idéia fixa. Desse modo, vemos pessoas com crise emocional simulando inconscientemente uma incorporação mediúnica. Primeiro, ela tem a crise com uma pseudo perda da consciência, ao ponto das pessoas que não conhecem profundamente o tema acharem que ela estava caída no chão por ação de espíritos. Depois, muitas vezes, a pessoa sai desse transe como se tivesse mesmo desincorporando. São sutilezas que aqueles que têm contato com pessoas sofridas no centro espírita encontram vez por outra.
O magnetismo tem poder de cura?
Mário Coelho – Sim, o próprio Allan Kardec nos fala isso na Revista Espírita e nas obras da codificação. Antes de ver fenômenos espíritas, ele estudou magnetismo durante 30 anos. Em A Gênese, Kardec afirma que nem sempre é possivel se dizer quando a pessoa foi magnetizadora pura e simples. Ou seja, imbuído pelo desejo de ajudar, o magnetizador sempre será auxiliado por um bom espírito, daí ele passa a atuar como médium.
O passe magnético deve ser aplicado aos doentes em hospitais?
Mário Coelho – Em muitos países, os magnetizadores e até mesmo os médiuns são cadastrados como agentes de saúde. Muitos centros espíritas fazem o serviço de visita aos enfermos que queiram, que tenham idéias espíritas ou aceitam as mesmas. Mas isso é um serviço previamente preparado, no qual o médium não vai para magnetizar, mas para fazer um auxílio apoiado nos espíritos. Se já temos consciência espírita, não há motivos para sairmos dando passes como magnetizadores sem um planejamento.
Uma pessoa que vai magnetizar outra pode, de alguma maneira, vir a prejudicá-la?
Mário Coelho – Caso não tenha conhecimento das técnicas de magnetismo ou mesmo dos próprios mecanismos das doenças, pode prejudicar sim. Certa vez, um médium passista amigo meu, ao ver a filha com um leve ataque de asma brônquica, decidiu agir como magnetizador e passou a jogar fluido no tórax da criança, só que ela começou a piorar instantaneamente. Por que isso aconteceu? A asma, por si só, já é uma doença hiper reativa e, ao irradiar fluidos, meu amigo só aumentou ainda mais a reatividade dos brônquios. Na verdade, ele deveria ter dado os passes para dispersar os fluidos do corpo da filha.
O magnetismo é algo inerente ao ser humano?
Mário Coelho – Sim, todo ser humano é portador de magnetismo, já que este nada mais é do que uma transformação de nosso fluido vital. Sendo assim, teoricamente, todos podemos magnetizar. Sem querer, agimos da mesma maneira que os magnetizadores do passado, que também utilizavam o passe de sopro para aliviar dores.

Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 17 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Juiz Maxwel - Extraído da Revista Espírita de Allan Kardec de março de 1867

Juiz Maxwel - Extraído da Revista Espírita de Allan Kardec de março de 1867
 Desempenha-se neste momento, no teatro do Ambigu, um drama dos mais emocionantes, intitulado Maxwel, pelo Sr. Jules Barbier, e eis aqui em duas palavras o nó da intriga.
Um pobre tecelão, de nome Butler, é acusado do assassínio de um gentil homem, e todas as aparências são de tal modo contra ele que é condenado pelo juiz Maxwel a ser enforcado. Só um homem poderia justificá-lo, mas não se sabe o que lhe aconteceu. No entanto, a mulher do tecelão, num acesso de sono sonambúlico, viu esse homem e o descreveu; poder-se-ia, pois, reencontrá-lo. Um bom e sábio doutor que crê no sonambulismo, amigo do juiz Maxwel, veio informá-lo desse incidente, a fim de obter um adiamento da execução; mas Maxwel, cético com relação às faculdades que considera sobrenaturais, mantém a sua sentença, e a execução tem lugar.
Há algumas semanas daí, esse homem reaparece e conta o que se passou. A inocência do condenado é demonstrada, e a visão da sonâmbula justificada.
No entanto, o verdadeiro assassino permaneceu desconhecido. Quinze anos se passam, durante os quais se verifica uma multidão de incidentes. O juiz, acabrunhado de remorso, devota sua vida à procura do culpado. A viúva de Butler, que é expatriada levando sua filha, morre na miséria.
Mais tarde essa filha se torna cortesã na moda, sob um outro nome. Uma circunstância fortuita coloca-lhe nas mãos a faca que tinha servido ao assassino; como sua mãe, ela entra em sonambulismo, e este objeto, como um fio condutor, retornando-a ao passado, ela conta todas as peripécias do crime e revela o verdadeiro culpado que não é outro senão o próprio irmão do juiz Maxwel.
Não é a primeira vez que o sonambulismo é posto em cena; mas o que distingue o drama novo é que ali é representado sob uma luz eminentemente séria e prática, sem nenhuma mistura de maravilhoso, e em suas conseqüências mais graves, uma vez que ele serve de meio de protesto contra a pena de morte. Em provando que o que os homens não podem ver pelos olhos do corpo, não está escondido aos da alma, é demonstrar a existência da alma, e a sua ação independente da matéria. Do sonambulismo ao Espiritismo a distância não é grande, uma vez que se explicam um pelo outro; tudo o que tende a propagar um, tende igualmente a propagar o outro. Os Espíritos não se enganaram quando anunciaram que a ideia espírita brilharia por todas as espécies de caminhos. A dupla vista e a pluralidade das existências, confirmadas pelos fatos, e acreditadas por uma multidão de publicações, entram cada dia mais diante das crenças, e não se admira mais; são duas portas completamente abertas ao Espiritismo.






Extraído da Revista Espírita de Allan Kardec de março de 1867

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Águas que curam

Com relação à fluidificação da água, em O Livro dos Médiuns, capítulo VIII, encontramos o seguinte: "Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em magnetismo, mas inexplicado até hoje: o da mudança das propriedades da água, por obra da vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito.
Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético que, como atrás dissemos, é a substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou elemento universal.
Ora, desde que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também produzir um fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito curativo da ação magnética, convenientemente dirigida.
Sabe-se que papel capital desempenha a vontade em todos os fenômenos do magnetismo. Porém, como se há de explicar a ação material de tão sutil agente? A vontade não é um ser, uma substância qualquer; não é, sequer, uma propriedade da matéria mais etérea que exista.
A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas."
Durante oito anos, o pesquisador japonês Masaru Emoto (veja matéria nesse blog) e sua equipe cristalizaram e fotografaram moléculas de água das mais variadas partes do mundo.
As amostras foram retiradas de rios, lagos, chuva, neve e submetidas às vibrações de pensamentos, sentimentos, palavras, idéias e músicas. Foi possível registrar em imagens a reação das moléculas de água a esses estímulos – tanto os positivos quanto os negativos.
Pôde-se observar desde desenhos maravilhosos, esculpidos como se fossem jóias na estrutura molecular da água, até a não formação dos desenhos geométricos quando os estímulos eram negativos. A imagem revelou-se disforme.
A cura por meio da escolha dos pensamentos e da forma como colocamos esses pensamentos em ação está agora bem mais próxima.
A possibilidade de alterar o arranjo molecular da água através da vontade, idéia que Kardec não conseguiu explicar porque a Ciência não estava avançada o suficiente, hoje já está provada.
Por meio do pensamento, da vontade e da intervenção dos espíritos é possível alterar o comportamento da água, bem como o comportamento das células do corpo. A água é uma molécula polar composta e é absorvida no nosso organismo pelo intestino. Por isso, e aproveitando-se de algumas de suas propriedades (tensão superficial, condutividade elétrica e susceptibilidade magnética), é usada como agente do tratamento de fluidoterapia.
No momento da oração feita para magnetizar a água, sabemos que há a união do magnetismo "animalizado" do encarnado mais o magnetismo espiritual produzido e aplicado pelos bons espíritos para que o resultado seja obtido. Uma vez magnetizada e ingerida, a água pode provocar os seguintes efeitos:
1 - Inibição da formação de radicais livres, ou seja, diminuição dos processos oxidativos celulares, diminuição da taxa de produção de gás carbônico, aceleração dos processos de fagocitose, incremento na produção de linfócitos (células de defesa).
2 - Observa-se, na membrana celular, uma maior mobilidade de íons de Sódio e Potássio, melhorando o processo de osmose celular, tendo um efeito rejuvenescedor no organismo. Há uma distribuição no mecanismo de transporte de vários tipos de cátions, como é o caso do cálcio.
3 - Efeitos sobre os hormônios receptores, ativação dos linfócitos por antígenos e várias lecitinas. O processo de polarização magnética induzida (imantação) da água no organismo produz a captura e precipitação do cálcio em excesso no meio celular.
4 - Reposição da energia espiritual, renovando a estrutura perispiritual.
Como vimos, a terapêutica com o passe e a água magnetizada traz muitos benefícios ao organismo, apesar de não poder parar ou regredir as doenças geradas por resgates, doenças crônicas e degenerativas, porém, tem se mostrado eficiente para doenças psicossomáticas.
A Ciência vem contribuindo cada vez mais para que entendamos o porquê da funcionalidade da água magnetizada em nosso organismo, como vimos acima, o estudo do pesquisador japonês sobre a influência de nossos pensamentos na água e os estudos bioquímicos da água magnetizada para diversos fins.
É preciso ter lido o evangelho antes de beber a água para que ela tenha efeito?
Fernanda Lima – Se a água tiver sido magnetizada no centro espírita, a oração e a leitura do evangelho contribuirão com o resultado final; potencializarão o efeito da água magnetizada (ou fluidificada,tanto faz). Agora, se a água ainda estiver por magnetizar, será necessário, sim, a leitura do evangelho, e na oração, deve-se pedir para que os bons espíritos possam intervir nessa água, fluificando-a, para que aí sim, ela possa ser ingerida
A água magnetizada, indistintamente, atenderá a necessidades diferentes, já que variadas serão as energias a serem repostas?
Sim, a água magnetizada é um recurso de que dispomos e que nos serve para diversos fins. Afinal, quando o nosso corpo não está bem ou nós não estamos bem, são vários os sintomas e tormentos, mas o estado espiritual e psicológico é semelhante.
Tanto o passe, quanto a água magnetizada atuam em nosso organismo e também no nosso perispírito, e automaticamente as energias são repostas. Mobilizando nossa vontade, podemos, também, canalizar essas energias que estão chegando, ajudando no processo de cura. A oração potencializa os efeitos da água magnetizada.
Mas, os amigos espirituais não podem magnetizar a água independente da leitura do evangelho (ou de outro livro espiritualista elevado)?
Quando bons espíritos estão conosco, eles sabem das nossas necessidades e no intuito de ajudar, podem sim. Mas como saber que bons espíritos estão conosco?
Então, a leitura do evangelho prepara o ambiente para que esses irmãos possam estar mais perto de nós. Mas pode ser qualquer leitura edificante que eleve as vibrações humanas, ou pode ser uma música, também. Em geral, qualquer elemento que possibilite a harmonização, concentração e canalização do nosso magnetismo, que se unirá ao magnetismo espiritual trazido pelos bons espíritos para que a água seja magnetizada.
Assim como o passe pode influenciar na água, estímulos sonoros também influenciam?
A experiência do pesquisador japonês dr. Emoto mostra que a música também modifica a forma com que as moléculas de água se arranjam. Isto por causa da vibração (física) que a música provoca mais o valor moral agregado a essa música causam esse efeito.
Por que alguns centros espíritas usam somente garrafas de vidro, outros utilizam de plástico... existe algum propósito nisso? É preciso tirar a tampa da garrafa para que ela seja magnetizada?
Na verdade quem escolhe o material da garrafa é a pessoa que leva a garrafa. Pelo menos assim eu vejo.
Não e interessante o dirigente da casa espírita estipular somente um tipo de material de garrafa. Isso não está escrito em nenhum lugar da codificação. O participante deve levar a garrafa que ele ache mais adequado para guardar a água que será magnetizada.
Quanto a tirar a tampa ou não, vemos que é indiferente. Ora, se nosso pensamento se propaga ao infinito e os bloqueios materiais não são entraves aos espíritos, pode-se magnetizar a água com ou sem tampa, sem nenhum constrangimento.
Há pessoas botam um copo de água na casa para captar todas as energias negativas. Esse método também funciona?
A água que está no copo terá seu arranjo molecular modificado pelas vibrações do ambiente, sem que isso signifique que a água irá absorver ou filtrar as vibrações. Elas permanecerão lá, somente impressionarão a água. Para se mudar a vibração de um ambiente, precisamos mudar o nosso hálito mental, o que nos exige bastante esforço, devido nossa indisciplina mental.
Para encerrar, deixe-nos uma mensagem.
Gostaria de deixar essa mensagem: nossos pensamentos influenciam na psicosfera regional, e por isso, nossa evolução moral refletirá na evolução de toda a sociedade.
Precisamos cuidar melhor de nossos mananciais de água, pela necessidade de seu uso, como também, por essas propriedades maravilhosas que estamos pouco a pouco descobrindo. Que possamos sempre usar a água magnetizada em nossos tratamentos espirituais, psicoterapêuticos e físicos, entendendo que nem sempre teremos o resultado esperado, devido ao nosso merecimento, mas é claro que a melhora sempre vem, aliviando nossas dores.
E que possamos passar esse conhecimento adiante para que mais pessoas sejam beneficiadas.

Este artigo foi publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 37

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Os fenômenos anímicos e o Espiritismo


Há mais de 10 anos conheço uma jovem que, vez ou outra, passa por certas dificuldades, as quais acontecem com ela desde criança. São crises de ausência, transe prolongado, força física exacerbada, saídas conscientes do corpo, percepções extrasensoriais, etc., sendo tudo isto reputado a um prolongado e difícil problema obsessivo. Tratamentos desobsessivos foram tentados ao longo do tempo com poucos resultados positivos.
Não faz muito tempo, ao ler Magnetismo Espiritual de Michaellus, a “ficha foi caindo” a cada capítulo. Descobri que esta irmã é sonâmbula.
Ficou claro para mim, naquele momento, o porquê do desdobramento consciente, da insensibilidade física, da dupla vista. Aquilo que sempre foi tido à conta de obsessão, nada mais é do que sonambulismo natural que, mal orientado, tem provocado distúrbios diversos na vida dela e dos que lhe rodeiam. Como foi possível ninguém ter percebido esta ligação?
Inclusive eu, nunca tinha pensado nesta possibilidade até a leitura do livro, o que me causa uma certa vergonha.
Afinal de contas, Kardec deixou um capítulo inteiro (e extenso) escrito em O Livro dos Espíritos sobre os fenômenos anímicos intitulado “Emancipação da Alma”.
Nas demais obras da Codificação existem muitas referências ao assunto, tanto quanto na Revista Espírita nos seus diversos volumes.
E eu que já li e reli O Livro dos Espíritos inúmeras vezes!
Será que estamos sabendo estudar Kardec? De outra forma: será que estamos dando o devido valor às obras do codificador? Quantos espíritas será que existem que fazem confusão entre os fenômenos anímicos e os fenômenos mediúnicos e que todo tipo de dificuldade enfrentada, remete à influência dos Espíritos? Conhecer então a importância do sonambulismo para o Espiritismo... nem pensar. Para ilustrar, transcrevo abaixo o e-mail que uma amiga espírita me enviou.
Trabalho em um Centro Espírita onde estudamos a polaridade como uma técnica de passe (se é que assim posso dizer). Estudamos um livro de Richard Gordon "A cura pelas mãos". Daí comecei a sentir dores pelo corpo no momento de aplicação.
Curiosamente eu senti uma dor na perna esquerda em um paciente e, quando ele voltou, oito dias depois, mancava e sentia dor na mesma perna (lá nós não comentamos nada com os pacientes, às vezes sutilmente percebemos ou o mesmo fala); depois comecei a ver manchas escuras que passeiam pelo corpo; certa feita vi minha mão entrar no corpo e voltar com algo redondo e escuro e tinha a sensação que segurava algo. Quando toco nos pacientes, às vezes é como se suas células conversassem comigo e me dissessem de “algo” fisico ou psíquico. Recentemente, vejo por dentro do corpo humano como um ultrassom de última geração em 3D e colorido. Não são em todos os pacientes, varia muito. Vejo médicos, cirurgias e, por vezes, com auxílio de irmãos espirituais alivio dores. Em outros momentos aumento estas dores. Até agora fiquei quieta, achei que o telefone só toca de lá prá cá. Mas, como vem aumentando os detalhes, acho que devo aprender e auxiliar os “amigos”. Só não sei como, às vezes fico na dúvida do que sinto e vejo e nada falo aos amigos médiuns que me cercam. Antes que você pense, não tenho formação na área de saúde. Depois disso tudo, leio e, quando vejo os orgãos, recorro aos mapas de anatomia e fico pasma, são iguais. O que devo fazer? Você pode me ajudar? As pessoas que converso aqui me dizem que estou em desenvolvimento mediúnico, faz oito anos, que tudo isso acontece. Já esperei demais sem me aprofundar, sei que os amigos espirituais precisam de instrumentos afinados. Agradeço mais uma vez.
Muita paz.
Dá para imaginar o drama desta irmã, possuindo inúmeras faculdades valiosas que podem e devem ser utilizadas para beneficiar o próximo, porém, sem conhecimentos adequados por parte dela e das pessoas com as quais convive nas atividades do Centro Espírita.
Aquilo que se tem entendido como mediunidade, pode-se ver que é fenômeno anímico, ou seja, faculdades da própria alma encarnada, como por exemplo, percepções e sensações com relação às desarmonias do paciente, visão interna dos órgãos físicos, dupla vista. Ao que parece, existe uma capacidade mediúnica, porém complementada por uma bela faculdade anímica. São, portanto, recursos medianímicos que necessitam de estudo por parte da sua portadora e de todos os envolvidos, a fim de se encontrar formas adequadas de aproveitá-los para o benefício do próximo.
Muitas Casas Espíritas não contemplam estes assuntos em seus estudos doutrinários. Além do mais, as pessoas não podem comentar o que sentem e, quando comentam, recebem respostas ou explicações evasivas e superficiais. Os pacientes também não podem relatar o que sentem a fim de se fazer um acompanhamento eficiente das suas problemáticas. E quanto se aprenderia com estes relatos! Sendo assim, é preciso adequar as estruturas de trabalho pois, do contrário, pode-se simplesmente desperdiçar estas oportunidades por não se saber lidar com elas ou por força de uma estrutura que não condiz com os instrumentos humanos e psíquicos disponíveis.
Inúmeras “Casas” não oferecem condições nos seus trabalhos de cura para que se possa acompanhar a situação do paciente ao longo do tratamento, nem estabelecem trocas de experiência entre os trabalhadores, onde facilmente se detectaria as ansiedades e angústias de pessoas como a autora do e-mail acima.
Não é à toa que o magnetismo e o sonambulismo são tão desconhecidos por nós espíritas, o que realça a nossa ignorância. Logicamente, não estou generalizando pois há inúmeros companheiros que se dedicam ao aprendizado teórico e prático destes fenômenos que formam a base do Espiritismo. É do conhecimento de todos, acredito, que toda mediunidade tem seu pilar de sustentação nos fenômenos de emancipação da alma.
Evolutivamente, a faculdade mediúnica surgiu a partir do momento em que o espírito encarnado desenvolveu a capacidade de dissociar-se do corpo físico iniciando, cada vez de forma mais direta, os contatos com os seres de outras dimensões que, aos poucos, procederam ao processo de transmissão mental através do indivíduo em transe, vindo, com o tempo, a surgirem as mais variadas nuances mediúnicas tão bem estudadas por Allan Kardec e que compõem as suas obras.
Os fenômenos anímicos se revestem da maior importância para a ciência magnética no ponto em que esta engloba desde a telepatia e a visão à distância, passando pela dupla vista, catalepsia e letargia até chegar ao êxtase, dentre outros. Todas estas variações da emancipação da alma já eram conhecidas dos magnetizadores antigos, inclusive de Kardec, mesmo antes do surgimento da Doutrina Espírita.
Através do sonambulismo, por exemplo, os magnetizadores detectaram a existência do Espírito como princípio imortal no ser humano.
O sonâmbulo, que a maioria das pessoas só conhece como sendo alguém que acorda no meio da noite e caminha pela casa (sonambulismo natural), era utilizado largamente pelos magnetizadores durante os tratamentos, quando a faculdade se manifestava espontaneamente no paciente, como meio de diagnóstico e orientação quanto ao método de cura. Estes indivíduos que conseguiam realizar as maiores proezas psíquicas como enxergar o interior do seu corpo físico e detectar as doenças, ver através das paredes ou de qualquer corpo opaco, ler com os olhos vendados, captar pensamentos, ver à distância, tornar-se insensíveis à dor, etc., provavam, através destas faculdades, que existe algo no ser humano que não pode ser físico pois que transcende a todas as possibilidades de realização dos sentidos físicos.
E saber que Kardec estudou tudo isto e colocou na Codificação Espírita. Pena que nos grupos de estudo, nas palestras, seminários, congressos, etc. este tema é tão pouco abordado. Não é que dou menor valor à mediunidade, em hipótese alguma, mas é que nós encarnados somos também Espíritos. E todas as faculdades que aqui relatamos, e ainda outras, fazem parte da herança espiritual que carregamos. Somos dotados destas capacidades em menor ou maior grau por que somos Espíritos. E muita gente as possui sem se dar conta, muitas vezes confundindo com mediunidade ou mesmo com obsessão.
A única saída é repensarmos a nossa maneira de estudar e aprender Kardec. Deixar de lado o “fulano disse que é assim” ou “o Espírito tal disse que é assim” e voltarmos a usar a lógica que Kardec sempre utilizou. E em matéria de lógica Kardec é exemplar.
Alguns fenômenos anímicos definidos por Kardec:
SONO: momento de repouso do corpo quando o Espírito, aproveitando que os laços que o ligam ao corpo afrouxam-se e não precisando este último da sua presença, se lança no espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos.
SONHO: é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono. Nem sempre sonhamos por que nem sempre nos lembramos do que vimos ou de tudo que vimos. Devido a não termos a alma em pleno desenvolvimento das faculdades, não nos resta mais do que a lembrança da perturbação que acompanha a partida ou o regresso ao corpo, à qual se junta a lembrança do que fizemos ou do que nos preocupa no estado de vigília.
TELEPATIA: comunicação de pensamento com outros Espíritos, encarnados ou desencarnados, mesmo em vigília, embora o faça mais dificilmente.
LETARGIA: perda momentânea da sensibilidade e do movimento. A suspensão das forças vitais se dá de forma geral dando ao corpo todas as aparências da morte.
CATALEPSIA: semelhante à letargia, só que de forma localizada, podendo afetar uma parte mais ou menos extensa do corpo e deixando a inteligência livre para se manifestar.
SONAMBULISMO: estado de independência da alma em que esta se encontra na posse plena de si mesma. Pode ser natural ou magnético (provocado) e ocorre principalmente durante o sono. O sonâmbulo pode adquirir a clarividência com a qual pode ver à distância, através de corpos opacos, ou ainda demonstrar conhecimentos que não expressa no estado de vigília. Pode também conversar com Espíritos e deles receber orientações.
ÊXTASE: estado em que a alma se encontra mais independente ainda do que no sonambulismo. A alma do extático penetra nos Mundos Superiores, vê os Espíritos que lá habitam e compreende a sua felicidade.
DUPLA VISTA: é a vista da alma, embora o corpo não esteja adormecido. Dá a quem a possui a faculdade de ver, ouvir e sentir além dos limites do nossos sentidos. Percebem as coisas ausentes por toda parte onde a alma possa estender a sua ação; veem, por assim dizer, através da vista ordinária e como por uma espécie de miragem.

Extraído de O Livro dos Espíritos, cap. Emancipação da Alma.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Considerações do Barão du Potet

Barão du Potet


"O homem que admite apenas o que seus olhos vêem tem uma visão bem curta. Aquele que não reconhece a visão do espírito se parece a um homem que, vendo um livro fechado, não o abre, não faz nenhum esforço em saber o que ele diz, nem em adivinhar seu conteúdo, mas afirma com segurança: não há nada escrito.”
“Tudo é pesado, regulado na marcha dos astros e em tudo na natureza. Onde nós acreditamos ver a confusão, existe a ordem; onde percebemos o acaso, há algo regulado e que deve aparecer.
Nossa razão é tão frágil, tão limitada que ela apreende apenas as aparências e acredita, entretanto, apreender a verdade. Nós julgamos a partir de nossos sentidos, sentidos mais ou menos obtusos os quais, mesmo quando são desenvolvidos e perfeitos, nos enganam ainda.”
“Os novos fenômenos nos mostram que nossa alma pode perceber sem os órgãos dos sentidos e que, mergulhados no mais profundo sono, podemos tomar conhecimento de lugares distantes de nós, ver o que aí se passa e indicá-lo claramente. A alma humana verá em seu corpo, seu domicílio, os movimentos próprios a uma máquina, descreverá suas engrenagens e, melhor que um Esculápio, verá o que é preciso fazer para reparar as desordens!”
“Fatos aquém da compreensão humana são anunciados; eles vêm confundir nossa razão e os filósofos se calam. Os videntes podem ver os mortos há dezenas de anos, quando aqueles lhes eram desconhecidos, descrever seus modos, seus hábitos, as doenças que lhes causaram a morte.
Estes fenômenos, perfeitamente constatados, não encontram entre os eruditos um homem que procure explicá-los, um homem que deseje vê-los e produzí-los! Eles escondem de nosso olhos a ação da Providência.”
“A ciência verdadeira logo estará em todas as famílias, não iremos mais às escolas de medicina procurar as idéias sistemáticas de nossos ilustres professores sobre a doença e a saúde, sobre a arte de curá-las, enfim. Não, daremos, ao contrário, lições práticas da nova arte aos professores antigos e lhes mostraremos como curar as doenças sem remédios.”
“A verdade tem este privilégio: destruir o erro. Ela é como o sol que vence as sombras e faz cessar a noite. O vapor, a eletricidade, o magnetismo humano, eis os campeões revolucionários do nosso tempo, a base física e moral na nova sociedade, a força material, a força moral, o agente da vida como o princípio de medicina, o que revela a alma como a lei religiosa.
Alguém poderá rir destas afirmações, da fé que temos. Não importa. Os homens que predisseram os maiores acontecimentos não foram acreditados por ninguém, mas foram justificados pelos fatos.
Quem não teria tratado por louco o homem que tivesse anunciado, há um século, as transformações surgidas nas artes industriais e nas ciências físicas pela aplicação das forças mortas descobertas.
O Magnetismo, força viva, não só é real, mas superior em virtude a todos estes agentes; ele logo será conhecido por todos, mas restará converter os sábios. Eles serão os últimos a entrar na via do progresso.”
“Eu não posso ver se aproximar de mim um ser humano sem considerá-lo atentamente. Experimento o que ele deve experimentar em si mesmo, um tremor misterioso, pois não é nem calor nem frio que eu sinto, é um efeito diferente.
Procuro curiosamente o que se esconde na carne e o que causa esta sensação nova. Quando eu magnetizo alguém em minhas experiências públicas, meu entendimento, meu olhar intelectual procuram penetrar profundamente através da couraça do magnetizado para ir buscar sem dúvida um dos habitantes deste lugar e provocá-lo para um tipo de combate. É preciso, feliz ou infelizmente, que ele venha, que ele apareça na brecha feita, que eu o veja, ou antes, que eu lhe sinta, que o examine mentalmente. Se ele é frágil, meu interrogatório é doce e tranquilo; se ele é forte, sou imperioso e veemente e é sem linguagem falada que estes fatos acontecem ou antes, é a língua dos espíritos, linguagem que existia quando da criação dos seres e que a substituímos depois pelos sons ruidosos produzidos por um grande número de órgãos, sons a cada um dos quais nós demos um valor de convenção.
Mais de uma vez esta linguagem muda me tornou adivinho, feiticeiro, mágico, tudo que você quiser. Os magnetizadores tentaram dar uma explicação dizendo: comunicação de pensamentos.”

*Comentários extraídos do Jornal do Magnetismo, 1857

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PRECURSORES DO MAGNETISMO ANIMAL (Parte Final)


HIPNOTISMO, SONAMBULISMO E OUTROS FENÔMENOS CORRELATOS

Diante da revelação da Diante da revelação da doutrina dos espíritos, pouco pode ser acrescido ao natural método de cura pela magnetização (passe espírita, passe fluídico ou passe magnético).
Coube, contudo, a ciência do século XX provar a existência e os fenômenos desencadeados pelo magnetismo animal, praticamente redescobrindo-o e analisando-o a partir do zero (ver kirliangrafia adiante). Para que possamos compreender melhor de que se tratam tais fenômenos e a análise que sofreram, é necessário retornar ao passado, de volta ao Marques de Puysègur, discípulo de Mesmer e responsável, como já foi revelado, pela descoberta do Sonambulismo Magnético ou Mesmérico. Esta forma diversa de sonambulismo é, contrário ao que vulgarmente se conhece acerca deste estado natural que apresentam certos indivíduos durante o sono, um estado desencadeado pela magnetização e é, em realidade, uma forma mais profunda de hipnose, este também conseguido através da magnetização.
Contudo, não são estes dois os únicos, posto que escolas de pensamento diversas entendiam o hipnotismo a sua maneira. Segundo a Escola de Salpetrière (liderada pelo Dr. Jean-Martin Charcot (1835-1893)) há o pequeno hipnotismo, que se apresenta em infinitas formas variadas, e o grande hipnotismo, que se apresenta de três modos: a letargia, a catalepsia e o sonambulismo induzido.
Outras escolas, principalmente a de Nancy (assim chamada por haver se originado na cidade de Nancy, onde os doutores Ambroise August Liébeaut e 
Hippolyte Bernheim
Hippolyte Bernheim trataram e curaram cerca de 12 mil pacientes utilizando apenas a hipnose) classificam o sono provocado de modo mais detalhado, e compreende a sonolência simples, o sono ligeiro, o sono profundo, o sono profundíssimo, o sono sonambúlico leve e o sono sonambúlico profundo, onde o individuo fica a mercê do operador. Esta experimentação e classificação dos estados mentais induzidos devem parte de sua origem ao cirurgião inglês 

Dr. James Braid
Dr. James Braid (encarnado em 1795 e desencarnado em 1860) que, em 1823 retomou as pesquisas dos mesmeristas que o precederam e conclui, diversamente do que pregavam estes, que a hipnose é produzida pela fixação de um objeto brilhante e dispensa a influência fluídica do magnetizador. Este novo método ganhou o nome de “Braidismo” e foi acompanhado da descoberta das zonas hipnógenas e da sugestão. Esta ultima é basicamente uma “força” que parte do agente (magnetizador) e domina de modo absoluto a vontade e ânimo do paciente, e com uma intensidade maior que a própria vontade deste. Uma boa explicação para a sugestão mental ainda não foi encontrada, embora existam várias teorias que se debruçam a tal intento.
Experimentando-se com indivíduos sensíveis, induzindo-os ao sonambulismo, o que se pode observar em termos fenomênicos é a hiper-excitabilidade dos sentidos destes, a transposição destes sentidos, a sugestão hipnótica e pós-hipnótica, a recordação de fatos esquecidos, a repetição exata do que foi captado pela audição - mesmo leituras extensas de textos em línguas desconhecidas -, a identificação de objetos pelo aroma ou a identidade de seu possuidor apenas pelo toque, e a visão de olhos vendados ou a visão de objetos ocultos através de superfícies sólidas - fenômeno conhecido por “dupla vista” ou “criotoscopia”, cujo caso mais impressionante se registrou por volta de 1960, numa cidade da região montanhosa dos Urais chamada Nizhniy Tagil, com a sensitiva Rosa Kuleshova. Rosa era capaz de ler de olhos fechados, utilizando apenas as pontas dos dedos; através deste método também era capaz de identificar as cores dos objetos. Seu médico, Dr. Jopsif M. Goldberg a levou a uma conferencia regional da Sociedade de Psicologia ocorrida naquela mesma localidade, impressionando os conferencistas e psicólogos presentes, a maioria russos. “O Enigma de Tagil” como Rosa passou a ser conhecida tornou-se celebre na ex-URSS, Estados Unidos e Europa. O Instituto de Biofísica da Academia de Ciência de Moscou submeteu-a a intermináveis e estafantes testes e experimentações, chegando finalmente a comprovar a autenticidade do fenômeno, sem, contudo, precisar-lhe a origem.
Paralelamente aos trabalhos desenvolvidos pela Escola de Salpetriére e a Escola de Nancy (Dr. Ambroise August Liébeaut e Dr. Hippolyte Bernheim), 
Cel. De Rochas  
o Cel. Eugène Auguste Albert D’Aiglun De Rochas (encarnado em 1837 e desencarnado em 1914) afirmava em suas obras que a sensibilidade é capaz de exteriorizar-se, ou seja, no individuo magnetizado (hipnotizado ou sonambúlico) os sentidos extrapolam os limites do corpo físico; ao induzir várias pessoas ao sonambulismo, descobriu que a anestesia cutânea inerente não significa perda completa de sensibilidade, estando esta presente em torno do corpo em um serie de camadas concêntricas. Se o individuo encontrar-se num sonambulismo profundo, forma-se ao seu entorno camadas sensíveis com um intervalo de 6 a 7 centímetros que é o duplo da distância da primeira camada à pele e que podem alcançar de 2 a 3 metros de comprimento. Estas camadas possuem um pólo positivo e outro negativo, podendo-se operar atividades paralelas em ambos os lados do corpo do sensitivo. O Coronel De Rochas levou a cabo experiências fascinantes com esta raríssima manifestação sonambúlica. Certa feita entregou um copo d’água a um sonâmbulo e observou que o tato deste havia se impregnado no liquido que, ao ser tocado desencadeava-lhe reações físicas violentas.
Noutra oportunidade, sugeriu ao sonâmbulo que sua sombra reteria seu tato e, oculto as vistas deste, tocou a parede em torno da sombra, sem conseguir nenhum resultado. Mas ao tanger a sombra, o sonâmbulo reagiu demonstrando desconforto.
Outro entusiasta que realizou experiências de exteriorização da sensibilidade foi o Sr. Émile Boirac (encarnado na França em 1851, desencarnado em 1917) foi investigador metapsiquista, reitor da Academias de Grenoble e Dijon, publicou manuais de psicologia, filosofia e pedagogia. Diferentemente do Cel. De Rochas, ele chegou a realizar uma experiência com um sensitivo em estado de vigília, onde reproduziu a exteriorização da sensibilidade com o copo d’água, conseguindo com Êxito reações semelhantes aquelas que apresentavam os sonâmbulos. Relatou tal experiência num detalhado artigo que encerra nos seguintes termos: “Se eu não tivesse visto esses fenômenos, certamente acusaria de impostura aquele que nos relatasse. Decididamente, se esta nova ciência persistir em suas pesquisas, as gerações vindouras verão coisas estranhas!...muito estranhas!”
As experimentações acerca do magnetismo ganharam um caráter comprobatório diante da figura de Hippolyte Baraduc (encarnado em 1850, desencarnado em 1909) que, além de deixar várias obras publicadas acerca do assunto, inventou um aparelho denominado Biômetro, capaz de mensurar a energia psíquica emitida pelo magnetizador.
Tal aparelho é composto de uma agulha de cobre suspensa por um fio de seda, acima de um quadrante numerado, isto tudo disposto no interior de um globo de vidro, ao abrigo de qualquer influência exterior. As irradiações emanadas das mãos de um magnetizador são capazes de sensibilizar a agulha que mede entre 40 e 75 graus, em ambos os sentidos, sendo repelida ou atraída de conformidade com o estado de saúde e ordem de pensamentos deste.
No espaço de dez anos, o Dr. Baraduc realizou mais de duas mil experiências que foram capazes de provar, sob rigorosa exatidão a existência, intensidade e graduação desta força magnético/psíquica. Diante da época em que seus estudos e experiências se realizaram, as conclusões a que chegou tornaram-se de importância profunda para a compreensão da bioenergia (magnetismo animal).
Sir Wiliam Crookes 
Sir Wiliam Crookes (encarnado em 1832, desencarnado em 1919), químico inglês, descobridor do Tálio, inventor do Radiômetro, do Espintariscópio e do tubo de raios catódicos, além de haver recebido em vida uma dezena de prêmios e condecorações e ter sido aceito em todas as sociedades científicas de seu país, é, também o responsável pelas conclusões mais desconcertantes e as provas mais esmagadoras da sobrevivência do ser após a morte do corpo físico. Mas, outrossim, pode, através de suas experiências encontrar respaldo para a existência do magnetismo animal. A partir de 1869, levou a cabo diversos experimentos com os mais iminentes médiuns de seu tempo, dentre eles o famoso Daniel Dunglas Home. Serviu-se de uma balança mecânica de maior precisão que encontrara e o médium impondo a mão acima de um dos pratos influenciou-o, fazendo o ponteiro registrar cerca de 500g. Esta experiência foi realizada diversas vezes para excluir a possibilidade de fraude.
Em 1872, alguns pioneiros, entre os quais o Dr. John Beattie, conseguiram registrar em filme as irradiações do magnetismo animal. A técnica consistia em, sob completa falta de luz, colocar-se a mão acima de uma placa sensível imersa em banho revelador e, após alguns minutos de exposição, se verificava que esta se achava impressionada. A fotografia, por seu incontestável caráter iconográfico, visual, é dos assuntos mais instigantes das pesquisas psíquicas. Não seria diferente com a fotografia do pensamento, ou escotografia.
Seu idealizador foi o Comandante Daget (encarnado em 1849, desencarnado em 1923), um dos inventores da fotografia, acreditava que o pensamento é uma força exteriorizável; em 1869 concentrou seu pensamento sobre uma chapa sensibilizada e conseguiu registrar nesta a figura de uma garrafa a qual mentalizara. Logrou êxito ainda ao registrar outras imagens utilizando a mesma técnica até que inexplicavelmente este seu dom desapareceu. Outros que se aventuraram na escotografia foram os já citados Cel. De Rochas e Hippolyte Baraduc, em cujas experiências esteve presente a pesquisadora Sra. Felícia Scatcherd que ao estudo da escotografia dedicou 40 anos de sua vida. Recentemente, um dos casos mais famosos de fotografia do pensamento se deu com o sensitivo de Chicago Ted Serios que, na década de 1960, de posse de uma câmera Polaroid fixava o pensamento demonstrando grande esforço físico enquanto um terceiro acionava o diafragma da máquina. Na década seguinte, um caso ainda mais impressionante foi o do japonês Masuaki Kiyota que produzia instantâneos do pensamento com uma câmara cuja lente se encontrava tampada. Não há ainda uma boa explicação para a formação destas imagens.
Outro fenômeno correlato ao magnetismo animal é, certamente, o mais conhecido e antigo deles, a Radiestesia ou Rabdomancia. Tal fenômeno, identificado desde o Antigo Egito, consiste na prospecção da água encontrada em lençóis freáticos subterrâneos através da utilização de uma forquilha de madeira, ou mais recentemente, de um pêndulo. Presente em praticamente toda a tradição cultural do planeta, a Radiestesia possui uma bibliografia imensa, onde se podem destacar os seguintes autores: Conde Kasrl Von Klinckowstroem, Georg Agrícola, Jean Nicolas, Lorrain de Vallemont, Pierre de Touvenel, Sir William Barret e Teodore Bestarman, James George Frazer, Pierre Le Brun, Conde Agénor Gasparin e Catherine Crowe. Era crença corrente entre o povo que a forquilha deveria ser de uma certa árvore para haver o fenômeno, e esta era a aveleira. Mais tarde, todavia, ficou claro que importava mesmo a sensibilidade do rabdomante, e assim o pêndulo foi também adotado. Entre os grandes rabdomantes destacam-se os nomes de Jacques Aymar, considerado o melhor do século XVIII “era perito em descobrir fontes de água e metais ocultos”, Barthelmy Bléton, o abade Paramelle que descobriu fontes de água no sudoeste da França, local em que se acreditava não houvesse lençóis subterrâneos, e os ingleses William Stone e Leicester Gataker. A Radiestesia é usada para, além de encontrar fontes de água e metais, diagnosticar doenças. A crendice sempre foi acionada para explicar o fenômeno, a maioria creditando-a ao demônio, poucos a Deus. Uma explicação razoável aventada por Cecil Maby e T. Beford, membros de uma comissão de investigação britânica, diz que há radiações minerais e vitais (onda magnéticas?) que podem ser percebidos por certas pessoas “sensíveis” e que atuariam sobre os músculos destes, causando o movimento da forquilha e do pêndulo.
Semyon Kirlian
Todos os fenômenos acima descritos e cuja correlação com o magnetismo animal é profunda vem encontrar uma nova luz diante do trabalho realizado por Semyon Kirlian e sua esposa Valentina, detentores diretos do legado de Sir William Crookes e Hippolyte Baraduc, que em seu tempo iniciaram com um instrumental próprio as pesquisas de mensuração da força psíquica (magnetismo animal). As pesquisas do Casal russo teve começo em 1939, em sua cidade natal, Crasnodar, onde Semyon, eletricista, fora chamado ao Instituto de Pesquisas para consertar um equipamento. Por acaso, viu a demonstração de um aparelho de alta frequência de eletroterapia; repentinamente, observou ele que dos eletrodos ligados à pele do paciente emanavam lampejos de luz de curtíssima duração, e imaginou se os conseguiria fotografar. Pensou que se depositasse uma chapa fotográfica entre o eletrodo acima e a o objeto a ser fotografado - sua mão no caso - abaixo, poderia conseguir uma imagem. Estava certo. Observou com entusiasmo a luminescência que emanara de seus dedos impressa na foto. Buscou repetir o experimento com outras técnicas de fotografia sem luz, raios X, infravermelhos e radioatividade sem lograr êxito, deixando claro que seu talento eletrônico seria posto a prova na obtenção de equipamentos novos. Com o auxilio de sua esposa criou todo um novo método de fotografia que alcança 14 patentes. O casal Kirlian descobriu, após fotografar toda espécie de objeto, animado e inanimado, as implicações filosóficas de seu invento. Dir-se-ia que os seres vivos têm dois corpos: o corpo físico que todo mundo pode ver, e o “corpo energético” que eles viam nas fotos de alta frequência que batiam. E mais, o corpo físico parecia espelhar o que ocorria no “corpo energético”, posto que qualquer desequilíbrio apresentado neste ultimo se refletiria no primeiro dentro em pouco. A kirliangrafia foi comprovada pelo Dr. Walter Kilner, que, em Londres afirmou ter visto o mesmo fenômeno que os Kirlian, utilizando lentes especiais coloridas em seu equipamento. De acordo com este, a má saúde, a fadiga, a depressão, os estados de ânimo, enfim, tudo influi nesta aura.
Dali a conseguir realizar diagnóstico com a nova técnica foi um passo. Descobriu ainda que certas pessoas podiam mudar pela mera vontade os padrões de cores e formas de sua aura. Recentemente o Dr. Florin Dumistrescus, engenheiro e médico romeno radicado na França, e a maior autoridade mundial em eletronografia, aperfeiçoou o equipamento de Kirlian de modo a conseguir imagens estáticas ou dinâmicas mais nítidas, em preto e branco ou coloridas, que podem ainda verificar campos energéticos no interior dos corpos, facilitando em muito os diagnóstico das doenças. Em realidade, esta "janela aberta para o desconhecido", como afirmaram os Kirlian, não pode, ainda, ser mensurada pela ciência ou a filosofia.
Foto Mão (Kirlian)
O que se seguiu às fotografias Kirlian foi uma miríade nova e resplandecente de descobertas incríveis. Em 1968, os Drs. V. Inyushin, N. Vorobev, N. Shouisiki, N. Fedorova e F. Gibadulin anunciaram a descoberta daquilo que batizaram de Corpo de Plasma Biológico, que consiste num corpo energético paralelo ao corpo material formado de átomos e encontrado em toda criatura viva. Afirmaram que a biolumenescência visível nas fotos Kirlian é causada por este bioplasma e não pela eletricidade do corpo físico; observaram ainda que os processos no interior deste corpo energético se dão de maneira diversa daquele do corpo físico, além deste possuir polaridade. Afirmaram também que o bioplasma do corpo energético é especifico em cada organismo, tecido e mesmo molécula. Não apenas os russos, mas cientistas de muitos outros países têm, pressuposto a existência de uma espécie de padrão matricial organizador invisível, inerente a todos os seres vivos. Acaso seria a biolumenescência registrada nas fotografias Kirlian esse corpo organizador? Os experimentadores russos observaram nas fotografias que, embora se extraia parte do corpo físico de um ser vivo, o corpo bioplasmático subsiste, inteiro e visível num campo de alta frequência. Muitos se perguntaram o que geraria este corpo energético? Seria ele capaz de esgotar-se? Como dar-lhe uma recarga? A resposta, segundo verificaram estes mesmos cientistas russos, é o oxigênio, que converte alguns de seus elétrons excedentes a um certo "quantum" de energia do corpo energético. O hinduísmo sempre sustentou que a respiração carrega todo o corpo de "força vital" ou "prana", e a Ioga possui exercícios específicos de respiração para manter a saúde. Diante de tais constatações, cientistas da Universidade do Cazaquistão entenderam porque respirar oxigênio ionizado tem um grande efeito medicinal em muitas doenças; o simples borrifo de oxigênio ionizado sobre uma ferida é capaz de acelerar o processo de cicatrização. Estudando os iogues, os cientistas russos observaram que o corpo energético se desprende do corpo físico quando estes estão em estado de transe.
Ainda postularam que isto também pode ocorrer com qualquer um que se encontre sob a influência de anestésicos, em estado de coma ou em crises psicológicas profundas. Assim como fez Hippolyte Baraduc quase duzentos anos atrás, os russos conseguiram flagrar o instante em que este corpo de energia deixa o corpo físico no exato momento da morte de uma pessoa; eles testemunharam, por uma câmera Kirlian, fagulhas e clarões oriundos do corpo bioplasmático se arremessando vagarosamente no espaço, “nadando para longe e desaparecendo". Nenhuma área do pensamento humano haverá de ser o mesmo diante da constatação unânime da existência de que somos compostos de não apenas um, mas de dois corpos.
Esta idéia do duplo corpo desenvolveu-se a partir das pesquisas empreendidas pelo professor russo Alexander Gurvitch (encarnado em 1879, desencarnado em 1954), descobridor da radiação mitogênica, uma força que emana dos seres em ondas eletromagnéticas e lhes dá forma. Muitos outros investigadores e cientistas o seguiram neste campo de pesquisa, no que se pode concluir que as células do corpo físico são dirigidas por um campo de biofótons que atua mediante uma coerência espantosa, semelhante à do raio laser. Dentre aqueles que dedicaram suas vidas e intelectos a essa descoberta, destacam-se as figuras do Dr. Hans Driesch (encarnado em 1867, desencarnado em 1941), que foi o primeiro a demonstrar que os organismos vivos são campos de energia; Drs. Colli e Faccini, biofísicos italianos que descobriram em 1954 que várias sementes de plantas irradiam luz, que vai desde o verde ao vermelho do espectro de cores; Fritz Albert Popp, biofísico alemão que na década de 1970 conclui que "a renovação das células nos homens e nos animais só poderia ser transmitida se existisse uma comunicação operando a velocidade da luz entre todas as células", assim, todas as células são avisadas da morte de uma célula; e Prof. Kasnatchev, que demonstrou que as células vivas trocam informações biológicas no campo ultravioleta por meio dos fótons. Em suma: ondas eletromagnéticas!
Dr. Wilhelm Reich
Dr. Wilhelm Reich (encarnado em Dobrzcynica, Galicia austrÌaca 1897 e desencarnado na penitenciária de Lewisburg, Pensilvânia, EUA em 1957), médico e psicanalista, descobriu uma energia vital a que deu o nome de Energia Orgânica. Ele acreditava que o homem se compõe desta energia e que também o alimente; ela é da cor azul e provêm do sol e do ar que respiramos. Afirmou: "Vivemos em um mundo impregnado de energia universal, primária e onipresente". Em suas pesquisas descobriu que a energia Orgânica é mais intensa em certos indivíduos e, para os que a possuem em menor grau recomendava que se alimentassem de produtos energéticos e fossem habitar em locais abertos, em contato com a natureza, absorvendo as puras energias. Aos que não podiam fazê-lo, inventou seu "Acumulador Orgânico", a qual deveria o paciente realizar sessões que iam de 15 a 20 minutos, não podendo ultrapassar este tempo. Aqueles que se submeteram ao aparelho sentiram em principio calor, sonolência e formigamentos. O Acumulador Orgânico é basicamente um armário com 1,50m. de altura, com largura e profundidade que permitam uma pessoa sentada. A entrada possui uma pequena porta guarnecida com uma janela. O exterior é feito de madeira, o interior é de ferro galvanizado e entre estas camadas há um recheio de palha de aço e fibra de vidro. Nos últimos anos de sua vida, Reich buscou estabelecer um confronto entre a energia Orgânica e a Nuclear; acabou por descobrir que ambas são opostas. Experimentou, então, depositar um miligrama de rádium no Acumulador Orgânico e todo o laboratório ficou contaminado. Ele e seus assistentes adoeceram e após se curarem descobriram-se imunes à radioatividade, o que motivou a criação do projeto ORANUR (Orgon Against Nuclear Radiation), que consistia num processo de imunização a radioatividade. Devido ao uso constante que fizera do seu Acumulador Orgânico para curar seus pacientes, Reich foi denunciado a justiça norte-americana por prática ilegal da medicina. Morreu de ataque cardíaco na prisão, enquanto aguardava julgamento, e suas pesquisas caíram em descrédito e consequente esquecimento.
Três anos após a morte de Wilhelm Reich nasceu a Psicotrópica, que consiste na tentativa de sintetizar as pesquisas desenvolvidas por investigadores de todo mundo com o objetivo de estabelecer as conexões entre matéria, energia e consciência. Em 1973, ocorreu em Praga o primeiro Congresso de Psicotrópica, com a participação de biólogos, médicos, físicos, químicos e outros profissionais com a pretensão de a definir como ciência. De base ao que foi exposto ali, o engenheiro tchecoslovaco Robert Pavilita criou um aparelho ao qual chamou de "Gerador Psicotrônico", que funciona usando por bateria a energia mental de qualquer individuo. Jana, secretária deste conseguiu mover a hélice de um cata-vento usando tal aparato. Experiência semelhante foi levada a cabo por outro engenheiro tcheco de nome Julius Krimssky que construiu um "Detector de Energia Psicotrópica", máquina capaz de demonstrar que a mente influencia a matéria; utilizando-a conseguiu acender uma lâmpada. Há dois tipos de geradores que acumulam energia psicotrônica: os bioenergéticos, como o criado por Robert Pavilita, e os cósmicos, cujas aplicações se imaginam ilimitadas. A Grande Pirâmide de Quéops é apontada como um gerador deste segundo tipo. A câmara do rei, no interior desta, parece ter sido projetada para selecionar uma energia especifica denominada "energia concentrada da vida", ou raio pi, e direcioná-la para o sarcófago real.
O pesquisador Christopher Hills, baseado nesta assertiva um tanto fantasiosa criou um aparato denominado "Cofre Acumulador de Energia Orgânica Raio Pi", que reproduzia a exatidão as condições encontradas dentro da câmara do rei da Grande Pirâmide.
Parece lógico pensar que, a exemplo de todos os outros aparelhos citados ate aqui, este também tenha funcionado como se esperava. Mas, nem mesmo este ou qualquer outro foi capaz de causar uma pressuposta revolução cientifica decorrida da constatação do elemento psíquico/espiritual presente na criatura humana encarnada. Acaso nem Mesmer, Kardec ou Sir William Crookes puderam escapar imunes ao lodaçal dogmático que os homens das Academias sustentaram em seu inquebrantável ceticismo, poder-se-ia pensar que os russos diante da Guerra Fria puderam ter emergido com o coringa de Kirlian a dar as provas que sustentariam as novas bases da ciência que trataria do homem como ser integral formado de matéria e espírito. Mas, não. Nem a fotografia Kirlian e todos os outros avanços que se sucederam atrás da Cortina de Ferro puderam dobrar o academicismo da mente dos detratores, opositores e cínicos que se acham senhores de toda racionalidade. Todavia, nem mesmo eles são capazes de apagar os fatos e as provas. Não pode a ciência de nosso tempo ainda dar o definitivo parecer acerca do espírito humano, certamente o fará no futuro diante de novos avanços técnicos. Aí, então, descobrirão todos o que foram os milagres do mestre Jesus e os gênios que ao longo dos séculos desvelaram os mistérios da existência do ser humano sobre a Terra.

Apostila: O Magnetismo Animal Seus Precursores e Fenômenos Correlatos
Associação Jauense de Estudos Espíritas