BIOGRAFIA VALENTINE
GREATRAKES
Durante muitos
séculos foi atribuído aos reis o chamado “toque real”. Acreditava-se que os
reis tinham o poder de curar com um simples toque, principalmente a escrófula
(ulcerações ou fístulas, com tumores ganglionares, tanto na manifestação da tuberculose
ou da sífilis, como provocada por outros micróbios e fungos patogênicos).
Algumas
outras pessoas, plebéias, arriscavam-se a realizar curas através das mãos.
Dentre estas ficou famoso Valentin Greatrakes (1628-1693), da Irlanda, ex-juiz
de paz de Cork, conhecido como Conde de Waterford.
Muitos o
consideravam como um pretendente ao trono, pelo fato de exercer curas –
inclusive as que se considerava incuráveis - utilizando o “toque real”, chegando
mesmo a sofrer perseguições por traição, já que este poder pertencia apenas ao
rei.
Ele
descobriu este seu “dom” por volta de 1662 quando “sentiu” que poderia curar
através das suas mãos. Acreditava que o seu poder provinha de Deus.
“Relutantemente,
Greatrakes testou o seu dom num homem horrivelmente marcado pela escrófula.
Pousando as
mãos sobre o doente, Valentine rezou, e, passado um mês, o homem estava
totalmente curado.”1
Depois,
seguiram-se várias outras doenças, inclusive casos complicados como câncer, muitas
vezes exercendo um movimento suave (técnica magnética), sem tocar o corpo do
doente.
Rapidamente
espalhou-se a sua fama e, em 1665, recebeu ordem do tribunal episcopal para
parar com as curas, o que Greatrakes ignorou. Tinha a seu favor a classe a que
pertencia (era aristocrata), a sua modéstia e o fato de que não cobrava pelas
curas que exercia.
Quando a
peste devastou Londres, ele seguiu para a Inglaterra, ficando lá durante cinco
meses e se destacando no combate à epidemia o que impressionou vários membros
da Royal Society.
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