HIPNOTISMO,
SONAMBULISMO E OUTROS FENÔMENOS CORRELATOS
Diante da
revelação da Diante da
revelação da doutrina dos espíritos, pouco pode ser acrescido ao natural método
de cura pela magnetização (passe espírita, passe fluídico ou passe magnético).
Coube,
contudo, a ciência do século XX provar a existência e os fenômenos
desencadeados pelo magnetismo animal, praticamente redescobrindo-o e
analisando-o a partir do zero (ver kirliangrafia adiante). Para que possamos
compreender melhor de que se tratam tais fenômenos e a análise que sofreram, é
necessário retornar ao passado, de volta ao Marques de Puysègur, discípulo de
Mesmer e responsável, como já foi revelado, pela descoberta do Sonambulismo Magnético
ou Mesmérico. Esta forma diversa de sonambulismo é, contrário ao que
vulgarmente se conhece acerca deste estado natural que apresentam certos indivíduos
durante o sono, um estado desencadeado pela magnetização e é, em realidade, uma
forma mais profunda de hipnose, este também conseguido através da magnetização.
Contudo, não
são estes dois os únicos, posto que escolas de pensamento diversas entendiam o
hipnotismo a sua maneira. Segundo a Escola de Salpetrière (liderada pelo Dr.
Jean-Martin Charcot (1835-1893)) há o pequeno hipnotismo, que se apresenta em
infinitas formas variadas, e o grande hipnotismo, que se apresenta de três
modos: a letargia, a catalepsia e o sonambulismo induzido.
Outras escolas,
principalmente a de Nancy (assim chamada por haver se originado na cidade de
Nancy, onde os doutores Ambroise August Liébeaut e
Hippolyte Bernheim |
Hippolyte Bernheim trataram
e curaram cerca de 12 mil pacientes utilizando apenas a hipnose) classificam o
sono provocado de modo mais detalhado, e compreende a sonolência simples, o
sono ligeiro, o sono profundo, o sono profundíssimo, o sono sonambúlico leve e
o sono sonambúlico profundo, onde o individuo fica a mercê do operador. Esta
experimentação e classificação dos estados mentais induzidos devem parte de sua
origem ao cirurgião inglês
Dr. James Braid |
Dr. James Braid (encarnado em 1795 e desencarnado em
1860) que, em 1823 retomou as pesquisas dos mesmeristas que o precederam e
conclui, diversamente do que pregavam estes, que a hipnose é produzida pela
fixação de um objeto brilhante e dispensa a influência fluídica do magnetizador.
Este novo método ganhou o nome de “Braidismo” e foi acompanhado da descoberta
das zonas hipnógenas e da sugestão. Esta ultima é basicamente uma “força” que parte
do agente (magnetizador) e domina de modo absoluto a vontade e ânimo do
paciente, e com uma intensidade maior que a própria vontade deste. Uma boa
explicação para a sugestão mental ainda não foi encontrada, embora existam várias
teorias que se debruçam a tal intento.
Experimentando-se
com indivíduos sensíveis, induzindo-os ao sonambulismo, o que se pode observar
em termos fenomênicos é a hiper-excitabilidade dos sentidos destes, a transposição
destes sentidos, a sugestão hipnótica e pós-hipnótica, a recordação de fatos esquecidos,
a repetição exata do que foi captado pela audição - mesmo leituras extensas de textos
em línguas desconhecidas -, a identificação de objetos pelo aroma ou a
identidade de seu possuidor apenas pelo toque, e a visão de olhos vendados ou a
visão de objetos ocultos através de superfícies sólidas - fenômeno conhecido
por “dupla vista” ou “criotoscopia”, cujo caso mais impressionante se registrou
por volta de 1960, numa cidade da região montanhosa dos Urais chamada Nizhniy
Tagil, com a sensitiva Rosa Kuleshova. Rosa era capaz de ler de olhos fechados,
utilizando apenas as pontas dos dedos; através deste método também era capaz de
identificar as cores dos objetos. Seu médico, Dr. Jopsif M. Goldberg a levou a
uma conferencia regional da Sociedade de Psicologia ocorrida naquela mesma localidade,
impressionando os conferencistas e psicólogos presentes, a maioria russos. “O Enigma
de Tagil” como Rosa passou a ser conhecida tornou-se celebre na ex-URSS, Estados
Unidos e Europa. O Instituto de Biofísica da Academia de Ciência de Moscou submeteu-a
a intermináveis e estafantes testes e experimentações, chegando finalmente a comprovar
a autenticidade do fenômeno, sem, contudo, precisar-lhe a origem.
Paralelamente
aos trabalhos desenvolvidos pela Escola de Salpetriére e a Escola de Nancy (Dr.
Ambroise August Liébeaut e Dr. Hippolyte Bernheim),
Cel. De Rochas |
o Cel. Eugène Auguste Albert D’Aiglun De Rochas (encarnado em 1837 e desencarnado
em 1914) afirmava em suas obras que a sensibilidade é capaz de exteriorizar-se,
ou seja, no individuo magnetizado (hipnotizado ou sonambúlico) os sentidos extrapolam
os limites do corpo físico; ao induzir várias pessoas ao sonambulismo,
descobriu que a anestesia cutânea inerente não significa perda completa de
sensibilidade, estando esta presente em torno do corpo em um serie de camadas concêntricas.
Se o individuo encontrar-se num sonambulismo profundo, forma-se ao seu entorno
camadas sensíveis com um intervalo de 6 a 7 centímetros que é o duplo da distância
da primeira camada à pele e que podem alcançar de 2 a 3 metros de comprimento.
Estas camadas possuem um pólo positivo e outro negativo, podendo-se operar
atividades paralelas em ambos os lados do corpo do sensitivo. O Coronel De
Rochas levou a cabo experiências fascinantes com esta raríssima manifestação
sonambúlica. Certa feita entregou um copo d’água a um sonâmbulo e observou que
o tato deste havia se impregnado no liquido que, ao ser tocado desencadeava-lhe
reações físicas violentas.
Noutra oportunidade,
sugeriu ao sonâmbulo que sua sombra reteria seu tato e, oculto as vistas deste,
tocou a parede em torno da sombra, sem conseguir nenhum resultado. Mas ao tanger
a sombra, o sonâmbulo reagiu demonstrando desconforto.
Outro
entusiasta que realizou experiências de exteriorização da sensibilidade foi o Sr. Émile Boirac (encarnado na França
em 1851, desencarnado em 1917) foi investigador metapsiquista, reitor da
Academias de Grenoble e Dijon, publicou manuais de psicologia, filosofia e
pedagogia. Diferentemente do Cel. De Rochas, ele chegou a realizar uma experiência
com um sensitivo em estado de vigília, onde reproduziu a exteriorização da sensibilidade
com o copo d’água, conseguindo com Êxito reações semelhantes aquelas que apresentavam
os sonâmbulos. Relatou tal experiência num detalhado artigo que encerra nos seguintes
termos: “Se eu não tivesse visto esses fenômenos, certamente acusaria de impostura
aquele que nos relatasse. Decididamente, se esta nova ciência persistir em suas
pesquisas, as gerações vindouras verão coisas estranhas!...muito estranhas!”
As
experimentações acerca do magnetismo ganharam um caráter comprobatório diante
da figura de Hippolyte Baraduc (encarnado em 1850, desencarnado em 1909) que, além
de deixar várias obras publicadas acerca do assunto, inventou um aparelho denominado
Biômetro, capaz de mensurar a energia psíquica emitida pelo magnetizador.
Tal
aparelho é composto de uma agulha de cobre suspensa por um fio de seda, acima
de um quadrante numerado, isto tudo disposto no interior de um globo de vidro,
ao abrigo de qualquer influência exterior. As irradiações emanadas das mãos de
um magnetizador são capazes de sensibilizar a agulha que mede entre 40 e 75
graus, em ambos os sentidos, sendo repelida ou atraída de conformidade com o
estado de saúde e ordem de pensamentos deste.
No espaço
de dez anos, o Dr. Baraduc realizou mais de duas mil experiências que foram capazes
de provar, sob rigorosa exatidão a existência, intensidade e graduação desta
força magnético/psíquica. Diante da época em que seus estudos e experiências se
realizaram, as conclusões a que chegou tornaram-se de importância profunda para
a compreensão da bioenergia (magnetismo animal).
Sir Wiliam Crookes |
Sir Wiliam Crookes (encarnado em 1832, desencarnado em 1919), químico
inglês, descobridor do Tálio, inventor do Radiômetro, do Espintariscópio e do
tubo de raios catódicos, além de haver recebido em vida uma dezena de prêmios e
condecorações e ter sido aceito em todas as sociedades científicas de seu país,
é, também o responsável pelas conclusões mais desconcertantes e as provas mais esmagadoras
da sobrevivência do ser após a morte do corpo físico. Mas, outrossim, pode, através
de suas experiências encontrar respaldo para a existência do magnetismo animal.
A partir de 1869, levou a cabo diversos experimentos com os mais iminentes médiuns
de seu tempo, dentre eles o famoso Daniel Dunglas Home. Serviu-se de uma
balança mecânica de maior precisão que encontrara e o médium impondo a mão
acima de um dos pratos influenciou-o, fazendo o ponteiro registrar cerca de
500g. Esta experiência foi realizada diversas vezes para excluir a possibilidade
de fraude.
Em 1872,
alguns pioneiros, entre os quais o Dr. John Beattie, conseguiram registrar em
filme as irradiações do magnetismo animal. A técnica consistia em, sob completa
falta de luz, colocar-se a mão acima de uma placa sensível imersa em banho
revelador e, após alguns minutos de exposição, se verificava que esta se achava
impressionada. A fotografia, por seu incontestável caráter iconográfico,
visual, é dos assuntos mais instigantes das pesquisas psíquicas. Não seria
diferente com a fotografia do pensamento, ou escotografia.
Seu
idealizador foi o Comandante Daget
(encarnado em 1849, desencarnado em 1923), um dos inventores da fotografia,
acreditava que o pensamento é uma força exteriorizável; em 1869 concentrou seu
pensamento sobre uma chapa sensibilizada e conseguiu registrar nesta a figura
de uma garrafa a qual mentalizara. Logrou êxito ainda ao registrar outras
imagens utilizando a mesma técnica até que inexplicavelmente este seu dom
desapareceu. Outros que se aventuraram na escotografia foram os já citados Cel.
De Rochas e Hippolyte Baraduc, em cujas experiências esteve presente a
pesquisadora Sra. Felícia Scatcherd que ao estudo da escotografia dedicou 40
anos de sua vida. Recentemente, um dos casos mais famosos de fotografia do
pensamento se deu com o sensitivo de Chicago Ted Serios que, na década de 1960,
de posse de uma câmera Polaroid fixava o pensamento demonstrando grande esforço
físico enquanto um terceiro acionava o diafragma da máquina. Na década seguinte,
um caso ainda mais impressionante foi o do japonês Masuaki Kiyota que produzia instantâneos
do pensamento com uma câmara cuja lente se encontrava tampada. Não há ainda uma
boa explicação para a formação destas imagens.
Outro fenômeno
correlato ao magnetismo animal é, certamente, o mais conhecido e antigo deles,
a Radiestesia ou Rabdomancia. Tal fenômeno, identificado desde o Antigo Egito,
consiste na prospecção da água encontrada em lençóis freáticos subterrâneos
através da utilização de uma forquilha de madeira, ou mais recentemente, de um
pêndulo. Presente em praticamente toda a tradição cultural do planeta, a
Radiestesia possui uma bibliografia imensa, onde se podem destacar os seguintes
autores: Conde Kasrl Von Klinckowstroem, Georg Agrícola, Jean Nicolas, Lorrain
de Vallemont, Pierre de Touvenel, Sir William Barret e Teodore Bestarman, James
George Frazer, Pierre Le Brun, Conde Agénor Gasparin e Catherine Crowe. Era crença
corrente entre o povo que a forquilha deveria ser de uma certa árvore para
haver o fenômeno, e esta era a aveleira. Mais tarde, todavia, ficou claro que
importava mesmo a sensibilidade do rabdomante, e assim o pêndulo foi também adotado.
Entre os grandes rabdomantes destacam-se os nomes de Jacques Aymar, considerado
o melhor do século XVIII “era perito em
descobrir fontes de água e metais ocultos”, Barthelmy Bléton, o abade
Paramelle que descobriu fontes de água no sudoeste da França, local em que se
acreditava não houvesse lençóis subterrâneos, e os ingleses William Stone e
Leicester Gataker. A Radiestesia é usada para, além de encontrar fontes de água
e metais, diagnosticar doenças. A crendice sempre foi acionada para explicar o fenômeno,
a maioria creditando-a ao demônio, poucos a Deus. Uma explicação razoável aventada
por Cecil Maby e T. Beford, membros de uma comissão de investigação britânica,
diz que há radiações minerais e vitais (onda magnéticas?) que podem ser percebidos
por certas pessoas “sensíveis” e que atuariam sobre os músculos destes,
causando o movimento da forquilha e do pêndulo.
Semyon Kirlian |
Todos os fenômenos
acima descritos e cuja correlação com o magnetismo animal é profunda vem encontrar
uma nova luz diante do trabalho realizado por Semyon Kirlian e sua esposa
Valentina, detentores diretos do legado de Sir William Crookes e Hippolyte Baraduc,
que em seu tempo iniciaram com um instrumental próprio as pesquisas de mensuração
da força psíquica (magnetismo animal). As pesquisas do Casal russo teve começo
em 1939, em sua cidade natal, Crasnodar, onde Semyon, eletricista, fora chamado
ao Instituto de Pesquisas para consertar um equipamento. Por acaso, viu a demonstração
de um aparelho de alta frequência de eletroterapia; repentinamente, observou ele
que dos eletrodos ligados à pele do paciente emanavam lampejos de luz de curtíssima
duração, e imaginou se os conseguiria fotografar. Pensou que se depositasse uma
chapa fotográfica entre o eletrodo acima e a o objeto a ser fotografado - sua mão
no caso - abaixo, poderia conseguir uma imagem. Estava certo. Observou com
entusiasmo a luminescência que emanara de seus dedos impressa na foto. Buscou
repetir o experimento com outras técnicas de fotografia sem luz, raios X,
infravermelhos e radioatividade sem lograr êxito, deixando claro que seu
talento eletrônico seria posto a prova na obtenção de equipamentos novos. Com o
auxilio de sua esposa criou todo um novo método de fotografia que alcança 14
patentes. O casal Kirlian descobriu, após fotografar toda espécie de objeto,
animado e inanimado, as implicações filosóficas de seu invento. Dir-se-ia que
os seres vivos têm dois corpos: o corpo físico que todo mundo pode ver, e o “corpo
energético” que eles viam nas fotos de alta frequência que batiam. E mais, o
corpo físico parecia espelhar o que ocorria no “corpo energético”, posto que
qualquer desequilíbrio apresentado neste ultimo se refletiria no primeiro
dentro em pouco. A kirliangrafia foi comprovada pelo Dr. Walter Kilner, que, em
Londres afirmou ter visto o mesmo fenômeno que os Kirlian, utilizando lentes
especiais coloridas em seu equipamento. De acordo com este, a má saúde, a
fadiga, a depressão, os estados de ânimo, enfim, tudo influi nesta aura.
Dali a
conseguir realizar diagnóstico com a nova técnica foi um passo. Descobriu ainda
que certas pessoas podiam mudar pela mera vontade os padrões de cores e formas
de sua aura. Recentemente o Dr. Florin Dumistrescus, engenheiro e médico romeno
radicado na França, e a maior autoridade mundial em eletronografia, aperfeiçoou
o equipamento de Kirlian de modo a conseguir imagens estáticas ou dinâmicas
mais nítidas, em preto e branco ou coloridas, que podem ainda verificar campos energéticos
no interior dos corpos, facilitando em muito os diagnóstico das doenças. Em
realidade, esta "janela aberta para o desconhecido", como afirmaram
os Kirlian, não pode, ainda, ser mensurada pela ciência ou a filosofia.
Foto Mão (Kirlian) |
O que se
seguiu às fotografias Kirlian foi uma miríade nova e resplandecente de descobertas
incríveis. Em 1968, os Drs. V. Inyushin, N. Vorobev, N. Shouisiki, N. Fedorova
e F. Gibadulin anunciaram a descoberta daquilo que batizaram de Corpo de Plasma
Biológico, que consiste num corpo energético paralelo ao corpo material formado
de átomos e encontrado em toda criatura viva. Afirmaram que a biolumenescência visível
nas fotos Kirlian é causada por este bioplasma e não pela eletricidade do corpo
físico; observaram ainda que os processos no interior deste corpo energético se
dão de maneira diversa daquele do corpo físico, além deste possuir polaridade.
Afirmaram também que o bioplasma do corpo energético é especifico em cada
organismo, tecido e mesmo molécula. Não apenas os russos, mas cientistas de
muitos outros países têm, pressuposto a existência de uma espécie de padrão
matricial organizador invisível, inerente a todos os seres vivos. Acaso seria a
biolumenescência registrada nas fotografias Kirlian esse corpo organizador? Os experimentadores
russos observaram nas fotografias que, embora se extraia parte do corpo físico
de um ser vivo, o corpo bioplasmático subsiste, inteiro e visível num campo de
alta frequência. Muitos se perguntaram o que geraria este corpo energético?
Seria ele capaz de esgotar-se? Como dar-lhe uma recarga? A resposta, segundo
verificaram estes mesmos cientistas russos, é o oxigênio, que converte alguns
de seus elétrons excedentes a um certo "quantum" de energia do corpo energético.
O hinduísmo sempre sustentou que a respiração carrega todo o corpo de "força
vital" ou "prana", e a Ioga possui exercícios específicos de respiração
para manter a saúde. Diante de tais constatações, cientistas da Universidade do
Cazaquistão entenderam porque respirar oxigênio ionizado tem um grande efeito
medicinal em muitas doenças; o simples borrifo de oxigênio ionizado sobre uma
ferida é capaz de acelerar o processo de cicatrização. Estudando os iogues, os
cientistas russos observaram que o corpo energético se desprende do corpo
físico quando estes estão em estado de transe.
Ainda
postularam que isto também pode ocorrer com qualquer um que se encontre sob a influência
de anestésicos, em estado de coma ou em crises psicológicas profundas. Assim como
fez Hippolyte Baraduc quase duzentos anos atrás, os russos conseguiram flagrar
o instante em que este corpo de energia deixa o corpo físico no exato momento
da morte de uma pessoa; eles testemunharam, por uma câmera Kirlian, fagulhas e clarões
oriundos do corpo bioplasmático se arremessando vagarosamente no espaço, “nadando
para longe e desaparecendo". Nenhuma área do pensamento humano haverá de
ser o mesmo diante da constatação unânime da existência de que somos compostos
de não apenas um, mas de dois corpos.
Esta idéia
do duplo corpo desenvolveu-se a partir das pesquisas empreendidas pelo professor
russo Alexander Gurvitch (encarnado em 1879, desencarnado em 1954), descobridor
da radiação mitogênica, uma força que emana dos seres em ondas eletromagnéticas
e lhes dá forma. Muitos outros investigadores e cientistas o seguiram neste
campo de pesquisa, no que se pode concluir que as células do corpo físico são dirigidas
por um campo de biofótons que atua mediante uma coerência espantosa, semelhante
à do raio laser. Dentre aqueles que dedicaram suas vidas e intelectos a essa descoberta,
destacam-se as figuras do Dr. Hans
Driesch (encarnado em 1867, desencarnado em 1941), que foi o primeiro a
demonstrar que os organismos vivos são campos de energia; Drs. Colli e Faccini,
biofísicos italianos que descobriram em 1954 que várias sementes de plantas
irradiam luz, que vai desde o verde ao vermelho do espectro de cores; Fritz
Albert Popp, biofísico alemão que na década de 1970 conclui que "a renovação
das células nos homens e nos animais só poderia ser transmitida se existisse
uma comunicação operando a velocidade da luz entre todas as células",
assim, todas as células são avisadas da morte de uma célula; e Prof.
Kasnatchev, que demonstrou que as células vivas trocam informações biológicas
no campo ultravioleta por meio dos fótons. Em suma: ondas eletromagnéticas!
Dr. Wilhelm Reich |
Dr. Wilhelm Reich (encarnado em Dobrzcynica, Galicia austrÌaca
1897 e desencarnado na penitenciária de Lewisburg, Pensilvânia, EUA em 1957), médico
e psicanalista, descobriu uma energia vital a que deu o nome de Energia Orgânica.
Ele acreditava que o homem se compõe desta energia e que também o alimente; ela
é da cor azul e provêm do sol e do ar que respiramos. Afirmou: "Vivemos em
um mundo impregnado de energia universal, primária e onipresente". Em suas
pesquisas descobriu que a energia Orgânica é mais intensa em certos indivíduos
e, para os que a possuem em menor grau recomendava que se alimentassem de
produtos energéticos e fossem habitar em locais abertos, em contato com a
natureza, absorvendo as puras energias. Aos que não podiam fazê-lo, inventou
seu "Acumulador Orgânico", a qual deveria o paciente realizar sessões
que iam de 15 a 20 minutos, não podendo ultrapassar este tempo. Aqueles que se submeteram
ao aparelho sentiram em principio calor, sonolência e formigamentos. O Acumulador
Orgânico é basicamente um armário com 1,50m. de altura, com largura e profundidade
que permitam uma pessoa sentada. A entrada possui uma pequena porta guarnecida
com uma janela. O exterior é feito de madeira, o interior é de ferro
galvanizado e entre estas camadas há um recheio de palha de aço e fibra de
vidro. Nos últimos anos de sua vida, Reich buscou estabelecer um confronto
entre a energia Orgânica e a Nuclear; acabou por descobrir que ambas são
opostas. Experimentou, então, depositar um miligrama de rádium no Acumulador
Orgânico e todo o laboratório ficou contaminado. Ele e seus assistentes
adoeceram e após se curarem descobriram-se imunes à radioatividade, o que motivou
a criação do projeto ORANUR (Orgon Against Nuclear Radiation), que consistia num
processo de imunização a radioatividade. Devido ao uso constante que fizera do
seu Acumulador Orgânico para curar seus pacientes, Reich foi denunciado a justiça
norte-americana por prática ilegal da medicina. Morreu de ataque cardíaco na
prisão, enquanto aguardava julgamento, e suas pesquisas caíram em descrédito e consequente
esquecimento.
Três anos após
a morte de Wilhelm Reich nasceu a Psicotrópica, que consiste na tentativa de
sintetizar as pesquisas desenvolvidas por investigadores de todo mundo com o objetivo
de estabelecer as conexões entre matéria, energia e consciência. Em 1973,
ocorreu em Praga o primeiro Congresso de Psicotrópica, com a participação de
biólogos, médicos, físicos, químicos e outros profissionais com a pretensão de
a definir como ciência. De base ao que foi exposto ali, o engenheiro
tchecoslovaco Robert Pavilita criou um aparelho ao qual chamou de "Gerador
Psicotrônico", que funciona usando por bateria a energia mental de
qualquer individuo. Jana, secretária deste conseguiu mover a hélice de um
cata-vento usando tal aparato. Experiência semelhante foi levada a cabo por
outro engenheiro tcheco de nome Julius Krimssky que construiu um "Detector
de Energia Psicotrópica", máquina capaz de demonstrar que a mente
influencia a matéria; utilizando-a conseguiu acender uma lâmpada. Há dois tipos
de geradores que acumulam energia psicotrônica: os bioenergéticos, como o
criado por Robert Pavilita, e os cósmicos, cujas aplicações se imaginam
ilimitadas. A Grande Pirâmide de Quéops é apontada como um gerador deste
segundo tipo. A câmara do rei, no interior desta, parece ter sido projetada
para selecionar uma energia especifica denominada "energia concentrada da
vida", ou raio pi, e direcioná-la para o sarcófago real.
O
pesquisador Christopher Hills, baseado nesta assertiva um tanto fantasiosa
criou um aparato denominado "Cofre Acumulador de Energia Orgânica Raio Pi",
que reproduzia a exatidão as condições encontradas dentro da câmara do rei da
Grande Pirâmide.
Parece lógico
pensar que, a exemplo de todos os outros aparelhos citados ate aqui, este
também tenha funcionado como se esperava. Mas, nem mesmo este ou qualquer outro
foi capaz de causar uma pressuposta revolução cientifica decorrida da constatação
do elemento psíquico/espiritual presente na criatura humana encarnada. Acaso
nem Mesmer, Kardec ou Sir William Crookes puderam escapar imunes ao lodaçal
dogmático que os homens das Academias sustentaram em seu inquebrantável
ceticismo, poder-se-ia pensar que os russos diante da Guerra Fria puderam ter
emergido com o coringa de Kirlian a dar as provas que sustentariam as novas
bases da ciência que trataria do homem como ser integral formado de matéria e espírito.
Mas, não. Nem a fotografia Kirlian e todos os outros avanços que se sucederam
atrás da Cortina de Ferro puderam dobrar o academicismo da mente dos detratores,
opositores e cínicos que se acham senhores de toda racionalidade. Todavia, nem mesmo
eles são capazes de apagar os fatos e as provas. Não pode a ciência de nosso
tempo ainda dar o definitivo parecer acerca do espírito humano, certamente o
fará no futuro diante de novos avanços técnicos. Aí, então, descobrirão todos o
que foram os milagres do mestre Jesus e os gênios que ao longo dos séculos
desvelaram os mistérios da existência do ser humano sobre a Terra.
Apostila: O Magnetismo Animal Seus Precursores e Fenômenos Correlatos
Associação Jauense de Estudos Espíritas
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