REVIVENDO OS CLÁSSICOS
Conversando sobre Magnetismo
I
Preliminares de um tratamento magnético
Nos casos em que se tratar de uma doença aguda, não há tempo
a perder, há urgência, é preciso começar em seguida o tratamento magnético.
Nas doenças ordinárias, ditas crônicas, você deve ver seu
paciente uma ou duas vezes antes de começar seu tratamento. Você deve conversar
com ele, fazer nascer no espírito dele a esperança de cura de seu mal e que talvez
você encontre a maneira de curá-lo. É preciso lhe perguntar os detalhes sobre
suas dores, como elas começaram, quais foram os tratamentos seguidos e os diversos
acidentes ocorridos durante sua aplicação.
Você deve se assegurar de qual órgão está doente e a intensidade
dos distúrbios que irá combater. É preciso indicar ao doente, tanto quanto seus
conhecimentos lhe permitirem, as diversas mudanças que o magnetismo deve trazer
sucessivamente. Acalme a alma do doente, pois nele, frequentemente, tudo parece
como um mar agitado e o magnetismo age tão mais no espírito do doente quanto
menos ele se ocupe de sua doença.
Apesar de ser absolutamente desnecessário que aquele a quem
você quer curar creia no magnetismo, é preciso se esforçar, docemente,
habilmente, para trazê-lo a este sentimento. O magnetismo parece exigir isto.
Os antigos estavam convencidos. Eles diziam que para ter êxito nestas operações
se fazia necessário um consentimento mútuo dos espíritos e dos corações.
Quando tiver fixado os horários do tratamento, é preciso
haver uma escrupulosa exatidão: o vazio vital que se produziu espera seu
retorno para ser preenchido e se você se atrasa, o sofrimento começa. Existe
aqui um laço bem misterioso: os magnetizadores experientes sentem em si mesmos
algo que os incita e os chama a completar o que, é preciso dizer, é um dever.
Os animais, afastados de seus filhotes, são levados por um irresistível
instinto a se reaproximar quando chega a hora do aleitamento. Tudo parece ser atração
ou repulsão na natureza: as antipatias e as simpatias, enigmas para a ciência,
são o produto de uma lei oculta a qual obedecem todos os seres. Existem as
correntes que reparam e aquelas que destroem.
O médico honesto e convicto de sua arte age moralmente sobre
seus doentes, mas o magnetizador, tendo a fé, exerce duplo domínio: sua ação é
física e psíquica. Esta dupla ação é necessária e quando ela ocorre, ele é bem
sucedido. O magnetizador não oferece drogas; ele move os recursos escondidos na
alma e no corpo. Sua presença mesmo quando lhe inspiraria maior confiança,
determinaria apenas movimentos incertos em seu efeito sobre a doença.
Mas ele tem mais do que o médico, ele tem este agente precioso,
o magnetismo que triunfa sobre a moléstia quando penetra com profundidade nos
órgãos.
Assim é preciso que o magnetizador ganhe, de início, a
confiança daquele a quem quer curar.
Nada nesta prática deve ser simulado; os doentes tem um
senso perfeito e descobrem na linguagem o que é banal e o que é sentido, o que
parece partir de ideias ultrapassadas e de bocas convencidas. Logo idéias,
palavras, repercutem um no outro: o magnetizador sente nele o que se passa
fisicamente e moralmente com seu enfermo e este, por sua vez, experimenta o
efeito poderoso deste jogo duplo: mas porque é assim, é preciso que a
magnetização seja séria. Não se trata somente de mover o rosto, fazer rápidos movimentos
de mãos. Tudo no corpo do magnetizador deve prestar concurso neste grande ato.
Sem estas condições, toda a magnetização é imperfeita. Não
que não se possa jamais curar sem atendê-las, os exemplos estão aí para nos
provar o contrário, mas as coisas difíceis não se fazem sem elas. Nem todas as
doenças cedem aos primeiros esforços. O Magnetismo já é uma grande arte; quem o
conhece pode mostrar sua superioridade à igual potência, pois ele fará bem mais
do que aquele que ignora seus segredos.
Não é comendo demais e bebendo vinhos generosamente que se
adquire a força magnética.
O contrário é mais verdadeiro. Vida sempre sóbria, espírito
sempre livre. As forças são desviadas de seu curso regular e empregadas em
outro lugar. O que permanece carece de direção. Elas são viciadas em vez de
serem puras. Instintivamente os magnetizadores sentem que é assim. Eles procuram
endireitar em si os traços de intemperança e lembram o objetivo ao qual se propõem
atingir.
Um magnetizador deve ser alerta e vigilante. Ele deve
procurar constantemente fazer predominar em si os fluidos sobre os sólidos;
eles se derramam sobre sua organização nervosa, que deve estar sempre pronta.
Quem nada tem nada pode dar e o pobre está mal quando se dirige a um homem de
bolsos vazios.
Este é mais um artigo extraído do Journal du Magnétisme do
Barão duPotet, traduzido do francês por Lizarbe Gomes - Pelotas/RS.
- A partir desse dia, tudo começou a mudar, a vida me trouxe
a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje.
Tive apenas que entender o Poder das Palavras.
- O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos
ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como
realidade.
Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é
horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas
fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida
todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou: - O senhor está
querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a
sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor: - Claro que não,
minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!
Fonte: criar@paulolacava.com.br
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