QUAL A
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA PARA OS TRATAMENTOS
MAGNÉTICOS?
JACOB MELO
Algumas
coisas parecem, por vezes, de pouca significação... Um pedreiro experiente
costuma se perguntar por que uma pessoa contrata um engenheiro para construir
uma casa se ele, o pedreiro, pode fazer tudo sozinho, sem nunca ter estudado?
Pessoas
que, em casa ou em ambientes amigos, são desinibidas e se sentem artistas
natas, dificilmente se conformam em não serem “descobertas” por algum
caçatalentos, pois que trazem dentro de si toda a arte que o mundo procura,
sem, para isso, terem estudado artes cênicas...
E se
prosseguirmos nesse raciocínio perceberemos que há um universo de pessoas que
acreditam nunca precisarem de estudos para serem as melhores no que fazem.
No caso
específico do Magnetismo, quando se fala na recomendação de Kardec (O Livro dos
Médiuns, Cap. 17, item 211) acerca da necessidade do estudo prévio da teoria
para que sejam evitados os percalços da prática é mais do que recorrente a
frase: “Mas os rezadores e curandeiros nunca estudaram e operam verdadeiros
milagres”.
Allan
Kardec, na amplitude da sugestão acima, indica que o magnetismo prático pede estudo
prévio sim e a teoria envolve pelo menos três abordagens bem distintas: o próprio
Magnetismo, o Espiritismo e o Corpo Humano – aqui especificado nas áreas da anatomia
(ramo da medicina que estuda a forma e a estrutura dos diferentes elementos constituintes
do corpo humano), da fisiologia (estudo das funções e do funcionamento normal
dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células,
tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios) e da patologia (qualquer
desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma
doença ou caracterize determinada doença).
Pergunta-se:
pode um magnetizador ou um curador curar sem jamais ter estudado nada disso? A
resposta é obvia: ‘claro que sim!’.
Jamais poderemos
duvidar das capacidades e habilidades naturais dos seres, tanto como nunca será
prudente não se ver que as conquistas da Humanidade são devidas a estudos e
pesquisas, experimentações e ensinamentos, que são passados de pessoas a
pessoas, gerações a gerações. Do contrário seríamos apenas repetidores não
criativos, tudo fazendo dentro dos limites de um mesmo padrão, como faz o
pássaro João de barro, por exemplo...
Não
conhecer pelo menos o básico da anatomia, da fisiologia e, até, da patologia é uma
dificuldade a ser vencida, pois o avanço de técnicas e a transmissão de
detalhes acerca do que é feito ou do que pode vir a sê-lo pede identificação de
órgãos, sintomas e cuidados, para os quais o conjunto desses três ramos da
Medicina é fundamental.
Se o
Magnetismo não se desenvolve somente porque se aprendeu o relativo a esses
ramos da Medicina, seu desconhecimento impede e até atrasa a marcha de
progresso que todos buscamos.
Por fim,
sendo o desenvolvimento da duplavista uma real necessidade do magnetizador responsável
e o tato-magnético seu grande ramo na prática dessa ciência, será sempre embaraçoso
não se saber que órgãos, sistemas ou partes do corpo estão sendo atendidos ou
examinados, o que ocorre neles e que possíveis doenças ali estão ou estarão instaladas.
Desenvolver o tato-magnético, segura e poderosa lupa psíquica em favor do sucesso
das ações magnéticas, é de reconhecida necessidade; e, para isso, o estudo do
corpo humano é fundamental.
Jornal Vórtice
ANO III, n.º 03, agosto/2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário