ÁGUA FLUIDIFICADA
João
Francisco
Recentemente,
me surpreendi com a afirmação de um Espírita, o qual dizia: “Não bebo água
fluidificada porque não está escrito em nenhum lugar que ela é curadora”.
Rápidas
anotações nos indicam o contrário. Senão vejamos. Léon Denis, sábio apóstolo do
Espiritismo e discípulo eminente de Allan Kardec, no seu livro "No
Invisível", editado pela FEB - capítulo XX, página 307 - referindo-se à
ação dos Espíritos sobre a matéria, relata: "... No domínio terrestre,
essa ação já se revela nas práticas do Magnetismo. O homem, dotado do poder de
curar, transmite, pela vontade, aos eflúvios que dele emanam e, por extensão, à
água e a certos objetos materiais, como panos, metais, etc., propriedades
curativas".
Parece
claro e explícito que a transfusão de propriedades curativas transmitidas à
água, pela ação da vontade do homem, através do magnetismo, atende ao que
aquele espírita questionava.
Allan
Kardec, no livro “A Gênese”, capítulo XV, item 25, ao se referir à cura do
cego, nos fala que "... as mais insignificantes substâncias, como a água, podem
adquirir qualidades poderosas e efetivas sob a ação do fluido espiritual ou
magnético ao qual elas servem de veículo, ou se quiserem, de reservatório".
Ainda Allan
Kardec, no Livro dos Médiuns, capítulo VIII, “Do laboratório do Mundo
Invisível”, item 131, tratando da ação magnética dirigida pela vontade, nos diz:
“... Esta teoria nos fornece a solução de um fato bem conhecido em magnetismo,
mas inexplicado até hoje: o da mudança das propriedades da água, por obra da
vontade. O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por
outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do fluido magnético que,
como atrás dissemos, é a substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou
elemento universal.
Ora, desde
que ele pode operar uma modificação nas propriedades da água, pode também
produzir um fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o efeito
curativo da ação magnética, convenientemente dirigida”.
Não é meu
intuito ficar fazendo colagem de citações, mas não posso deixar de apresentar
algumas muito relevantes a fim de que sejam buscadas por eventuais interessados.
Abaixo, portanto, algumas extraídas das obras de Allan Kardec, onde se destacam
referências à ação do fluido magnético na água: Revista Espírita, de agosto de
1859, no artigo “O guia da senhora Mally” na questão 25, feita a São Luiz; Revista
Espírita de junho/agosto de 1868, com o artigo: “A mediunidade no copo d’água”;
O Livro dos Espíritos, questão 33 e a nota no rodapé da página. No Novo
Testamento, Mateus 10:42, está escrito: “E qualquer que tiver dado só que seja
um copo d’água fria por ser meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo
algum, perderá o seu galardão”. Quando Jesus se referiu ao copo de água fria,
em seu nome, não se reportava apenas à compaixão rotineira que sacia a sede
comum. Jesus falava de valores espirituais mais profundos. A água, um dos
corpos mais simples e receptivos da Terra, capaz de sofrer modificações, por
força da vontade magnética direcionada pelo homem e potencializada, através dos
Espíritos que vêm em nosso auxílio, fica impregnada de recursos substanciais de
assistência ao corpo e à alma.
Ao dar um
copo de água a alguém, direcione a ela sua vontade de ajudar a quem vai
bebê-la, impregnando-a de fluidos magnéticos que vão aliviá-lo e até curá-lo de
todos seus males e suas dores. Do mesmo modo, ao fazeres o Culto do Evangelho
no Lar, faça imposição de mãos sobre a água ali colocada e direcione a ela sua vontade
de magnetizá-la, pedindo auxílio ao Plano Divino, para que todos os presentes
que a sorverem recebam os fluidos curadores.
Agindo
assim estaremos consagrando o sublime ensinamento de nosso Mestre Jesus, quando
se referia ao copo de água, doado em nome de sua memória.
Por fim, a
melhor de todas as evidências do poder da magnetização da água não está no que
está escrito, mas nas reações felizes e "quase mágicas" que se
percebe em quem, de forma respeitosa e séria, lhe faz uso.
Jornal Vortice
ANO III, n.º 01, junho/2010
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