Requisitos
importantes para um paciente receber o magnetismo – Parte 2 (Final)
Cumpre saber:
1) Que o
tempo de uma cura varia ordinariamente de um a seis meses, e algumas vezes
mais;
2) Que não há
motivo para perder-se a esperança quando nada se sente no começo; os efeitos
magnéticos manifestam-se às vezes tardiamente, e a cura muitas vezes sobrevém
mesmo sem nenhum sinal precursor aparente;
3) Que se as
perturbações se agravam e aparecem dores, não há razão para atemorizar-se; todo
tratamento apresenta alternativas inesperadas e os sofrimentos são a maior
parte das vezes a prova de uma reação salutar.
Finalmente, se um
alívio imediato se produz, é preciso não se entregar muito cedo à esperança, a
fim de evitar as decepções.
O doente deve
estudar com o maior cuidado todas as sensações que experimenta, quer durante a magnetização,
quer no intervalo das sessões, a fim de poder informar o magnetizador sobre
todos os sintomas que ele puder notar.
Ele deve evitar
ser influenciado pelo meio em que vive; não contrariar a ação do magnetismo,
tomando ocultamente substâncias cujos efeitos o magnetizador não pudesse
distinguir nem prever.
Debaixo do ponto
de vista do regime, cumpre evitar os excessos de todo o gênero, vigílias,
fadigas corporais e espirituais, emoções vivas ou deprimentes, tudo o que, em
uma palavra, puder perturbar o equilíbrio do corpo ou o repouso da alma.
Não deve abusar,
quer das abluções, quer dos banhos; a ação repetida das duchas quentes ou frias
diminui com o correr do tempo a receptividade magnética, determinando uma
excitação periférica que se transmite, pelos nervos vaso-motores, ao centro do
grande simpático.
Todo o agente
manifestamente sedativo ou revulsivo, isto é, que demora ou excita o movimento
vital, deve ser moderadamente empregado em concorrência com o magnetismo, de
maneira a não embaraçar-lhe o efeito.
É principalmente
importante abster-se de tudo quanto possa tender a destruir ou minorar a
sensibilidade nervosa, como os perfumes, narcóticos e bebidas espirituosas;
debaixo da influência deprimente dos anestésicos ou dos tóxicos, a tensão vital
acaba por embotar-se de tal modo que se torna impossível ao magnetismo
despertar no corpo uma reação qualquer.
As pessoas que
fazem ou que fizeram uso imoderado da morfina, da antipirina, do éter, do ópio,
do cloral, do clorofórmio, e do sulfonal, ou que foram tratadas durante muito
tempo por tóxicos violentos, tais como a acetanilide, estriquinina, o
salicilato de soda e as variedades de brumuretos ou de ioduretos, perdem toda a
receptividade magnética e tornam-se incuráveis pelo magnetismo. O quinino em
altas doses, a atropina, o colchico, o abuso do álcool e do tabaco têm os
mesmos efeitos sobre o organismo.
Retirado
do livro ‘Magnetismo Curador’ - Alphonse Bué
Postado por:
Adriana
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