Blog destinado a assuntos ligados ao Espiritismo, Magnetismo, Passe e TDM (Tratamento da Depressão pelo Magnetismo).
Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo
Você que acompanha nosso Blog e gosta das matérias aqui postadas, seja um seguidor cadastro esta ao lado da matéria, no ícone "Participar deste site". Grato! a todos.
sábado, 30 de junho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Jacob Melo Responde (Energias e Fluidos):
Energias e Fluidos :
3- Tenho uma dúvida a respeito dos magnetizadores que usinam através do genésico e do básico; como o passista pode transmutar os fluidoss mais densos desses dois sistemas em sutis para que seja melhor utilizado?
3- Tenho uma dúvida a respeito dos magnetizadores que usinam através do genésico e do básico; como o passista pode transmutar os fluidoss mais densos desses dois sistemas em sutis para que seja melhor utilizado?
Resposta: Na verdade, AINDA não temos
plena consciência de muitas coisas que fazemos, notadamente no campo fluídico.
Ainda impera uma espécie de "automatismo inconsciente" em nossas
usinagens, onde a "natureza magnética" age e interage de uma forma um
tanto quanto autônoma, identificando o tipo de fluido a ser expelido e, com
isso, produzindo-o na frequência com que é "solicitado". Nisso parece
ficar muito claro que quanto melhor desenvolvermos nossa dupla vista ou o
tato-magnético melhor nossas usinas (centros vitais) refinarão os fluidos, já
que estará claramente estabelecida a “identidade” do que é necessário.
Por outro lado, os fluidos
provenientes dos centros de mais baixa frequência (gástrico, esplênico e
genésico) tendem a ser mais densos, daí precisarmos ter maior cuidado em suas
aplicações, mormente quando dirigidos a centros de alta frequência (como
laríngeo, frontal e coronário) e até o mediano (cardíaco).
------------------------------------------------------------------------------------------
2- Na reunião de educação
mediúnica que participo à noite, fazendo vibração, quando soube que também faço
visita fraterna aos lares no mesmo dia na parte da tarde fui orientado para
decidir em qual tarefa iria continuar, alegando que eu precisaria de pelo menos
48 horas de intervalo entre uma tarefa e outra, para reposição das energias.
Ocorre que não sou médium ostensivo, como também nunca passei mal em
decorrência dessas atividades com intervalo de aproximadamente 3 horas; ao
contrário, sinto-me bem pela possibilidade do trabalho em favor do
semelhante. Gostaria de suas considerações a respeito.
Resposta: Veja bem; conheço
pessoas que bebem água de duas em duas horas, ao ponto de em meio ao sono
despertarem para beberem mais água; outras só bebem líquidos se for mediante
muita insistência de alguém que se interesse em ajudá-la. Há quem afirme,
peremptoriamente, que quem bebe menos de “X” litros de água por dia está
sujeito a uma infinidade de problemas com a saúde. Apesar disso ser uma
informação muito repetida nos dias atuais, nessas pessoas que sempre beberam
pouco líquido essa "verdade" nem sempre se confirma uniformemente.
Nas Casas Espíritas costumam
surgir normas e regras que parecem ser sensatas, mas que, provavelmente,
estarão baseadas em históricos do tipo "ouvi dizer" ou em palavras de
"pessoas acima de quaisquer suspeitas". Entretanto, quando se analisa
esses procedimentos com mais cuidado é comum chegarmos à conclusão de que ou há
uma preocupação em não deixar que o trabalhador se extenue, ou que ele não
tenha como observar os próprios limites, ou ainda, com medo de perdê-lo, seja
de um setor para outro, seja de uma Casa para outra. Isto significa que estamos
encobrindo um fato com um interesse e não com dados que expliquem
suficientemente bem o que de fato ocorre.
O Magnetismo nos oferece melhores exemplos a respeito -- pois como este surgiu
ao mundo como ciência e quem o tratou lhe deu esse encaminhamento científico --
do que o mediunismo, já que este, via de regra, não tem apresentado, nos dias
atuais, métodos de pesquisas e estatísticas confiáveis.
O Magnetismo demonstra, na prática, que a perda excessiva de fluidos pode
acarretar fadigas fluídicas, daí ser importantíssimo que cada magnetizador se
conheça e se reconheça, sabendo seus próprios limites de captação e doação
fluídicas. Observemos que há variações quase infinitas entre um e outro
magnetizador. Um pode aplicar 20 longos passes magnéticos num dia e no dia
seguinte estar totalmente refeito para fazer tudo de novo, com igual qualidade;
outros não excedem a 10 e nem sempre se recuperam num único dia. O que fazer
então: estabelecer uma regra fixa para todos? Se assim for, qual o número
ideal: 10, 20, 15... Qual? Bem se percebe que quando se começa a se estabelecer
números ou condições rígidas estamos minimizando ou não-significando o
problema, ainda que isso gere prejuízos. Qual seria a resposta ideal, portanto?
Veja que resposta chata a que tenho: cada caso é um caso! Por que esta resposta
é chata? Porque ela pede que se observe, individualmente, os seres e dê-se ou
solicite-se a formação ideal para cada um.
Se, no início de um novo trabalho ou no ingresso de uma pessoa inexperiente a
este, querendo evitar possíveis erros ou quedas tomarmos um número mínimo ou
uma condição mais rígida, de forma provisória, como solução ou indicação, isso
é perfeitamente compreensível e aceitável; o erro está em se deixar isso como
regra, entronizando-se coisas e práticas desprovidas do bom senso que Kardec
tanto nos ensinou.
Voltando à observação inicial, quanto de água devo consumir por dia? Em certos
casos, por incrível que pareça, até mesmo um médico pode precisar ser ouvido
para dar essa resposta, mas antes de tudo, que cada um procure se conhecer
melhor. E não pensemos que isso seja fácil, pois Sócrates, um dos maiores
filósofos da humanidade, tinha este como um de seus maiores questionamentos:
quem sou!
Tenhamos cuidado sempre, mas
não nos imobilizemos, pois será sempre pior opção.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
TIPOS DE PASSES (SOPRO FRIO)
SOPRO FRIO
COMO USAR
Não são todos os magnetizadores que possuem o chamado
"sopro curador". Enchem-se os
pulmões completa e diafragmaticamente e solta-se o ar em direção ao ponto que
se pretende magnetizar (como se ali estivesse
uma vela acesa e quiséssemos apagá-la com o sopro), até esgotar toda provisão
de ar dos pulmões. Finda a provisão, fecha-se a boca e respira-se com
naturalidade umas duas ou três vezes e depois repete-se o processo. A depender
do que se pretende realizar com a insuflação fria (sopro frio), pode-se
aplicá-la próximo ou distante do paciente, com maior ou menor vigor.
COMO FUNCIONAM
Seu uso mais frequente é no sentido dispersivo calmante.
Para tal, o sopro é feito a uma relativa distância (em média acima de 50 cm do
paciente) e expelido o ar com vigor em direção ao ponto ou centro que se deseja
dispersar. Mas pode-se concentrar calmantes fazendo esse mesmo tipo de
aplicação, só que de forma bastante lenta. Também é possível concentrar ativantes com o sopro frio, mas,
para o caso de uma potente ativação concentrada localizada, a recomendação
básica é que se substitua o sopro frio pelo sopro quente, por ser este mais
feliz e eficiente nesse terreno. De
outra forma, os sopros frios podem funcionar como ativantes, tanto na dispersão
como na concentração, quando realizados de forma longitudinal; significa dizer
que devem ser aplicados "ao longo" de uma região, como se o sopro
estivesse fazendo o papel das mãos.
PARA QUE SERVEM
Sobretudo para acalmar agitações e crises nervosas, debelar
febres, tirar pacientes de transes hipnóticos, sonambúlicos, magnéticos e/ou
mediúnicos e ordenar centros vitais em descompesação em relação a outros centros.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No trato de epilepsias, febres, convulsões e dissipação de
acúmulos fluídicos densos em centros vitais.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
JACOB MELO - Edição 2008
terça-feira, 26 de junho de 2012
TIPOS DE PASSES (SOPRO QUENTE)
COMO USAR
Como ele será aplicado muito próximo do ponto que será
magnetizado, inclusive, em muitos casos, haverá necessidade do toque com os
lábios, de início recomenda-se que se isole o local a ser tratado com um pano,
flanela, fralda ou coisa semelhante, tanto para evitar o contato direto com a
pele do paciente como para reter eventuais bacilos ou germes peculiares aos
mecanismos do sistema respiratório/fonador (aí considerado nariz, boca, a garganta
como um todo e o esôfago). Isso feito, com a boca distante do paciente,
enche-se os pulmões completa e diafragmaticamente e solta-se o ar sobre o ponto
determinado, lentamente (como se quiséssemos embaçar uma superfície metálica,
por exemplo), até esgotar toda provisão de ar dos pulmões. Finda a provisão,
fecha-se a boca, afastando-a do paciente e respira-se com naturalidade umas
cinco ou seis vezes (ou quanto for necessário para que a respiração do passista
fique completamente normalizada), para só então se repetir o processo. Essa
técnica é excessivamente desgastante, em termos fluídicos para o passista, pelo
que ele deve se abster de repetí-la muitas vezes sob pena de rapidamente cair
em fadiga fluídica.
COMO FUNCIONAM
Como concentradores ativantes de grande poder.
PARA QUE SERVEM
Para resolver severos problemas de inflamações e/ou infecções
ou necessidades magnéticas e/ou
mediúnicas de grandes concentrados fluídicos ativantes. Pelo seu grande poder
concentrador de ativantes, não é técnica
recomendada para se usar sobre os centros vitais superiores e intermediário
(coronário, frontal, laríngeo e cardíaco), salvo se o magnetizador tiver
muita experiência e perfeito domínio de sua doação e direcionamento dos fluidos
aí concentrados.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No tratamento de inflamações, furúnculos, infecções localizadas
e tumores em geral e ainda, como resume Michaelus (em Magnetismo Espiritual,
FEB), a partir dos magnetizadores clássicos: "nos ingurgitamentos, nas
obstruções, asfixias, dores de estômago, cólicas hepáticas ou nefríticas,
enxaquecas, afecções glandulares, dores de ouvido, surdez, etc., tendo grande
efeito sobre as articulações, sobre o alto da cabeça, o cerebelo, as têmporas,
os olhos, as orelhas, o epigastro*, o baço, o
fígado, os rins, a coluna vertebral e o coração.
* região entre a cintura até o diafragma, principal órgão
nessa região é o estômago.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
JACOB MELO - Edição 2008
segunda-feira, 25 de junho de 2012
TIPOS DE PASSES (PERPENDICULARES)
PERPENDICULARES
COMO USAR
Técnicas mais voltadas para uso de longo curso (da cabeça
aos pés ou, no mínimo, que envolva os sete centros vitais principais do
paciente), os perpendiculares solicitam que o paciente e o passista estejam de
pé, um formando um ângulo de 90º em relação
ao outro, pois o passista irá passar as mãos, simultânea e concomitantemente,
uma pela frente e outra por trás do paciente. A passagem das mãos normalmente
se dará de forma rápida e a uma distância pequena. Quando as mãos tiverem
percorrido todo o percurso previsto, o passista fechará as mesmas, afastando-as
do corpo do paciente e só reabrindo-as quando tiver retornado ao ponto onde irá
reiniciar nova passagem.
COMO FUNCIONAM
Os perpendiculares serão dispersivos ativantes gerais. Seu
poder de dispersão geral (de grande curso) é muito grande e, por isso mesmo, os
magnetizadores clássicos os usavam com frequência, especialmente quando o
paciente tinha dificuldade para se equilibrar ou retornar ao domínio de si
mesmo após as longas sessões de magnetismo a que era submetido. Entretanto os
perpendiculares poderão ser usados como concentradores ativantes (passando-se
as mãos de forma lenta e próxima) e, nalguns casos, como concentradores ou
dispersivos calmantes, gerais (de grande curso), só que nem sempre esse método
é totalmente feliz com os calmantes por causa da necessidade de distância que
as mãos deverão assumir em relação ao corpo do paciente. Uma nota interessante é
que os perpendiculares indicam haver uma importante referência nas costas do
paciente. Notemos que se passarmos as mãos só pela frente ou só por trás, na forma
de "grande curso", os resultados serão praticamente idênticos, mas
quando passamos uma mão pela frente e outra por trás, como os perpendiculares
indicam, a potencialização dos dispersivos crescem sobremaneira. Quem sabe se a
presença do umeral não seja a responsável por essa mudança.
PARA QUE SERVEM
Para ordenar os centros vitais, todos em relação a todos; para tratar a psi-sensibilidade; para auxiliar
em problemas motores e psíquicos; para aliviar depressões. Psi-sensibilidade é
uma espécie de sensibilidade anímica, psíquica, muito sutil, que está além da
sensibilidade física. Para o paciente, é uma zona sutil de registro sensório
devido às mudanças fluídicas ocorridas em seu cosmo fluídico. Embora essas
mudanças, quando incômodas, sejam
localizadas, costumam ser de difícil definição. Traduzindo informações
peculiares ao padrão fluídico em que o paciente vibra ou como foi induzido a
vibrar, normalmente o paciente acusa-a referindo-se a tonturas, dores de
cabeça, turvamento da visão, enjoos e ânsias, um certo ouriçar da epiderme,
além de outros mal-estares indefinidos.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No alinhamento dos centros vitais e no equilíbrio geral do
sistema nervoso e da corrente sanguínea.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
JACOB MELO - Edição 2008
Veja o vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=9RtPHNGVN0c&feature=plcp
Veja o vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=9RtPHNGVN0c&feature=plcp
domingo, 24 de junho de 2012
MAGNETISMO E ESPIRITISMO, CIÊNCIAS IRMÃS
Alguns anos antes
de iniciar sua pesquisa espírita, o professor H. L. D. Rivail, futuramente
Allan Kardec, tornou-se quase cego. Não conseguia ler, escrever, nem ao menos
reconhecia a fisionomia de quem lhe estendia a mão. Situação terrível para quem
tinha a escrita como profissão. Prontamente procurou os mais notáveis
especialistas em doenças dos olhos em Paris. O doutor L., professor de clínica,
deu sua sentença depois de atento exame: — O senhor deve resignar-se, perderá
progressivamente a visão, até a completa cegueira.
O professor
procurou, então, uma sonâmbula. A senhora está sentada. À sua frente, o
magnetizador fez alguns passes e ela entrou em transe. Nessa condição, podia
examinar com espantosa precisão os olhos adoentados. E afirmou não tratar-se de
cegueira, mas apenas um rompimento de vasos sanguíneos, apoplexia, que sendo
cuidada adequadamente chegaria à cura. Uma melhora em quinze dias e a recuperação
completa em dois ou três meses, Na Revista Espírita¹, de 1862, Kardec atestou que tudo
ocorreu perfeitamente de acordo com a previsão da sonâmbula.
O sonambulismo provocado
é um fenômeno descoberto por Franz Anton Mesmer, criador da ciência do
Magnetismo Animal, considerada irmã do Espiritismo por Kardec. Ele ainda disse
mais, No último ano de sua missão, em 1869, escreveu: "O Magnetismo e o
Espiritismo são duas ciências gêmeas, que se completam e explicam uma pela
outra, a que não quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se
apoiar na sua congênere. Isoladas uma da outra, detêm-se num impasse. São
reciprocamente como a Física e a Química, a Anatomia e a Fisiologia².
Atualmente, no
Brasil, o movimento espírita não mais conhece a ciência do Magnetismo Animal
como bem a compreendiam os espíritas do século 19. É de fundamental importância
sua recuperação, para que o entendimento da doutrina espírita não caia no
impasse anunciado pelo codificador.
A ciência de
Mesmer³
compreende três importantes áreas de estudo. Uma doutrina médica, nos moldes e próxima da elaborada por
Samuel Hahnemann (1755 – 1843); o estudo do sonambulismo provocado; e uma
teoria de física, fundada no conceito do fluido universal, que explica a
transmissão do pensamento à distância, possibilitando a ligação mental entre
paciente e magnetizador, durante o passe magnético.
Engana-se quem
imagina que a teoria de Mesmer se explica pelo fluido vital. Não é verdade. O
fluido vital era considerado uma forma de matéria, uma substância que garantia
vitalidade aos seres. Alguns também o chamavam eletricidade animal. Quem
trabalha dando passes na casa espírita pode estar confuso ao pensar: – Mas não
é essa a explicação do passe pelo Espiritismo? E a resposta é não. Uma leitura
fragmentada de alguns trechos das obras de Allan Kardec poderia levar a essa
conclusão. Todavia, em A gênese, os Espíritos vão explicar que o princípio
vital é um estado do fluido universal, e não uma substância especial como o
fluido vital. Para a época, essa afirmação foi reveladora. Dizer que todas as
formas de energia e matéria são derivadas do fluido universal é afirmar que de
alguma forma tudo deriva das vibrações do éter, mesmo a matéria considerada
sólida. Para a ciência da época, a matéria era feita de bolinhas duras, eternas
e indestrutíveis. Muitos ainda acreditavam que também o magnetismo, a luz, o
calor e a eletricidade eram feitos de bolinhas duras, indestrutíveis,
invisíveis e sem peso, ou imponderáveis. É incrível, mas a explicação cosmológica
de Mesmer e dos Espíritos está próxima dos raciocínios utilizados pela Física
moderna!
Para Mesmer, o passe magnético era um instrumento para
colocar a vontade fortalecida e o pensamento firme do magnetizador em
comunicação com o doente, no sentido de apressar a cura, que se daria pelos
meios naturais de recuperação do organismo físico. O ciclo da cura se daria
mais rapidamente, favorecendo o doente. A cura não era nem mágica, nem milagre,
mas fruto da observação e experimentação científica.
Hahnemann,
criador da homeopatia, ao conhecer esse tratamento mesmérico, ficou admirado
com a proximidade dessa teoria com a sua. Um presente do Criador. Passou a
tratar seus pacientes com remédios homeopáticos e passes. Incluiu esse recurso
terapêutico em seu Organon da arte de curar4. E deixou anotadas inúmeras curas com esse
recurso em suas anotações práticas.
Podemos dizer que
o magnetismo animal é a homeopatia da vitalidade humana, e a homeopatia é o
magnetismo animal dos seres minerais e vegetais.
Quando tratava
seus pacientes, Mesmer percebeu que alguns deles entravam em estado de transe.
Depois da aparência de um sono comum, erguiam a cabeça com uma leve queda para
trás, e depois conversavam, apesar da fala arrastada característica desse estado
alterado de consciência. Alguns sonâmbulos adquiriam uma extraordinária
exaltação da sensibilidade. Com olhos vendados, viam à distância, liam livros
ou cartas fechadas, descreviam o que ocorriam em outros cômodos ou mesmo em
outras localidades. Uma particular capacidade era a de fazer diagnósticos
precisos e estabelecer tratamentos, prevendo o desenvolvimento e o
estabelecimento da cura. Como ocorreu com Kardec décadas depois. Um discípulo
de Mesmer, Puységur, escreveu obras e divulgou com riqueza de detalhes o
sonambulismo.
Mesmer e seus
discípulos foram difamados. Sábios foram convocados para examinar o Magnetismo
Animal. No entanto, o objeto de exame da comissão não foi a teoria de Mesmer, e
nem mesmo sua prática. Isto porque os comissários ouviram apenas o doutor
d'Eslon, um ex-aluno desautorizado por Mesmer.0 magnetismo animal foi considerado
perigoso e fruto da imaginação no relatório final. Lavoisier estava entre os
examinadores. Fez uso de instrumentos primitivos destinados a perceber a ação
do fenômeno do magnetismo no exame do tratamento por passes. Esse estudioso da
química, porém, não conhecia a teoria de Mesmer. Dedicou-se a demonstrar que
nenhuma substância podia ser detectada por seus instrumentos. Mesmer não estava
presente e se negou a tais exames, pois desejava que o processo de cura fosse
estudado e não o processo físico. Caso a cura fosse constatada, as academias e
as universidades poderiam se interessar pelo fenômeno e empreender pesquisas. O
objetivo era garantir à humanidade uma medicina acessível a todos igualmente,
pobres ou ricos, nobres ou camponeses.
Depois da revolução francesa, tanto a cura
quanto o diagnóstico, como também a lucidez sonambúlica foram objetos de experimentações
e milhares de pessoas foram curadas em todo o mundo.
Quando D. Rivail
chegou a Paris, na década de 1820, o Magnetismo estava estabelecido e
respeitado. Seu educador, Pestalozzi, havia recomendado o estudo da Homeopatia
e Magnetismo Animal, ciências progressistas e espiritualistas. Rivail procurou
o curso prático de Magnetismo do Barão Du Potet, o mais conceituado na época,
autor de vários livros e um influente jornal.
Depois de 1850,
os populares fenômenos das mesas girantes foram pesquisados pelos grupos de
magnetizadores e seus sonâmbulos. Quando Rivail foi informado sobre o fenômeno
por Carlotti, um jovem magnetizador italiano de 25 anos, logo conclui tratar-se
de um fenômeno natural, causado pela acumulação de fluido vital sobre o móvel.
Sim, era essa a hipótese científica que o professor conhecia da Ciência da época,
o fluido vital. Deveria ser apenas um fenômeno físico, uma novidade, mas nada
alarmante ou extraordinário, pensou. Porém, quando o entusiasmado italiano voltou
a procurá-lo, anunciando que as mesas estavam sendo "sonambulizadas",
ai era demais! Rivail conhecia o sonambulismo em detalhes, era um fenômeno
psicológico, envolvia a mente e suas capacidades desconhecidas. Agora,
"sonambulizar" urna mesa? Sua resposta ficou famosa, e nem por isso
bem compreendida: "Até provarem que uma mesa tem cérebro, prefiro
considerar essa, uma história para boi dormir!".
"Passado
algum tempo", relatou Kardec em Obras póstumas 5,
"(...) pelo mês de maio de 1855, fui à casa da sonâmbula Sra. Roger, em
companhia do Sr. Fortier, seu magnetizador. Lá encontrei o Sr. Pâtier e a Sra.
Plainemaison, que daqueles fenômenos me falaram no mesmo sentido em que o Sr.
Carlotti se pronunciara, mas em tom muito diverso. O Sr. Pâtier era funcionário
público, já de certa idade, muito instruído, de caráter grave, frio e calmo;
sua linguagem pausada, isenta de todo entusiasmo, produziu em mim viva
impressão e, quando me convidou a assistir às experiências que se realizavam em
casa da Sra. Plainemaison, à rua Grange-Batelière, 18, aceitei imediatamente. A
reunião foi mareada para terça-feira, maio, às oito horas da noite.
Foi ai que, pela primeira vez, presenciei o
fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam em condições tais que não
deixavam lugar para qualquer dúvida. Assisti então a alguns ensaios, muito
imperfeitos, de escrita mediúnica numa ardósia, com o auxílio de uma cesta.
Minhas ideias estavam longe de precisar-se, mas havia ali um fato que
necessariamente decorria de uma causa. Eu entrevia, naquelas aparentes futilidades,
no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que
a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo".
O Livro dos Espíritos foi todo escrito pelas
mãos de jovens sonâmbulas e os pioneiros do Espiritismo eram magnetizadores.
O Magnetismo
animal está presente antes, durante e depois do surgimento de sua ciência irmã,
o Espiritismo. A duas se apoiam e explicam mutuamente. Todavia, atualmente o
passe, instrumento de cura, tem sido banalizado e desconhecido em seus
fundamentos originais. A mística e a superstição têm ocupado o vazio deixado
pelo esquecimento da teoria cientifica elaborada por Mesmer, Hahnemann e os
ensinamentos dos Espíritos relatados por Kardec. O sonambulismo provocado não é
mais experimentado. A teoria do fluido universal está esquecida, e muitos
espíritas acreditam na hipótese superada do fluido vital. Os livros estão ai,
porém. E uma recuperação não só é necessária, como inevitável. Afinal, o
Espiritismo está destinado a secundar a regeneração da humanidade para a Terra
tornar-se um mundo feliz.
Pauto Henrique de
Figueiredo é empresário e escritor espirita.
Referências:
¹ KARDEC, Allan. Revista Espírita:Jornal de Estudos Psicológicos, n. 8. ago. 1862.
São Paulo: IDE, 2001. "Conferências do sr.Trousseau, professor da
Faculdade de medicina", n.5, p.153, ago. 1862.
² idem. Ibidem. "Proporção relativa dos espíritas",
n. 1, p7, jan. 1869
³FIGIJEIREDO. Paulo Henrique
de. Mesmer: a ciência negada e os textos
escondidos. Bragança Paulista, SP: Ed. Lachâtre, 2005.
4HAHNEMANN, Samuel. Organon da arte de curar. Tradução de
Edméa Marturano Viliela e Izao Carneiro Soares. 2, ed.Ribeirão Preto, SP: Museu
de Homeopatia Abrahão Brickmann,2008, p. 188.
5 KARDEC, Allan. Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 22.ed. Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 1987. Segunda Parte, cap. "A Minha Primeira
Iniciação no Espiritismo", p. 225-227.
Revista Cultura Espírita Ano IV – nº 39 - junho /2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
TIPOS DE PASSES (CIRCULARES)
CIRCULARES
COMO USAR
Pequenos circulares ou rotatórios e as aflorações psíquicas.
Os pequenos circulares são realizados com movimentos das
mãos sobre um determinado local, região ou centro vital. Imagine que o ponto a
ser magnetizado seja uma espécie de parafuso que será apertado (no sentido
horário). Gira-se a(s) mão(s) num giro de pelo menos 180º, findo o qual
fecha-se a(s) mão(s), retornando ao ponto inicial, repetindo essa ação tantas
vezes quantas necessárias. O braço não se move.
Os circulares propriamente ditos (grandes circulares ou aflorações psíquicas) são
realizados com as mãos paradas, mas os braços girando em torno do ponto que se
deseja magnetizar. Imagine que irá alisar ou massagear a região que vai ser
tratada, sempre no sentido horário.
Faz-se o giro completo em torno do ponto em magnetização.
Querendo fazer uma parada após cada giro (isso é totalmente opcional) retorne
a(s) mão(s) fazendo-a (s) girar, afastada(s) do ponto de aplicação e com ela(s)
fechada(s).
COMO FUNCIONAM
Os "pequenos circulares", por serem mais
apropriados para atendimento magnético em regiões menores, normalmente são
aplicados muito próximos do local, adquirindo,
por isso mesmo, a característica de concentrador ativante.
As "aflorações psíquicas", abrangendo regiões maiores
(mas na medida do possível, atendendo e relacionando-se a um único centro vital
por vez), também funcionam como concentradoras de fluidos, só que tanto podem
ser aplicadas na estrutura dos ativantes como dos calmantes; todavia os
resultados ativantes são sempre melhor pronunciados.
Essas duas técnicas levam uma vantagem sobre certas imposições,
como concentradoras: a prática tem demonstrado que quando realizamos
concentrações fluídicas através de circulares, a incidência de "retorno fluídico",
que seria absorvido pelos polos emissores (as
mãos) do passista, é muito reduzida, o que resulta e maior
conforto na sua realização e melhor absorção fluídica pelo paciente.
PARA QUE SERVEM
Para tratamentos que requeiram vivas concentrações fluídicas.
Pela forma como os fluidos são "despejados", literalmente dentro do
sistema vorticoso(?) dos centros vitais, a absorção destes é muito efetiva e
seus resultados, por isso mesmo, são muito positivos. Casos que estejam
relacionados com os centros laríngeo, cardíaco, gástrico, esplênico e genésico
são muito bem tratados com essas técnicas, bem como tumorações, cânceres,
inflamações, problemas de pele e ossos.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
Os "pequenos circulares" são muito eficazes em pequenas
feridas ou pequenas infecções, enquanto as "aflorações" são muito
eficientes em questões gástricas de uma forma geral ou regiões maiores sob inflamações
e/ou infecções.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
Técnicas e Tratamentos :
- Li seu livro “Cure-se e Cure
pelos Passes” – excelente por sinal.
No capítulo 20, p 202 (11ª
edição), você afirma que indivíduos que fazem uso de remédios controlados e os
que atuam sobre o sistema nervoso central não deveriam dar passes.
Recentemente sofri minha
primeira crise de epilepsia e talvez tenha que tomar remédio pelo resto de
minha vida.
Minha dúvida é simples, você
acha que sou um caso de restrição para ministrar passes?
Jacob Melo: Vou explicar o assunto em dois
pontos e deixar uma sugestão.
1- A verdade é a seguinte:
muitos componentes químicos dos medicamentos podem ser transitados (do
magnetizador para o paciente) através do magnetismo. Se esses componentes
implicarem incompatibilidade nos pacientes isso poderá gerar reações indevidas
ou inadequadas neles. Infelizmente não sabemos exatamente que componentes são
transitados, em que potenciais isso ocorre e em que situações isso é mais ou
menos verificável. Sendo assim, por medida de prudência, recomenda-se a abstenção
de se aplicar magnetismo quando se está ingerindo determinados remédios. Por
outro lado, para se fazer uma pesquisa real acerca dessa possibilidade não
haverá outro caminho que seja diferente do se permitir pessoas diversas,
ingerindo os mesmos medicamentos, fazerem passes em pacientes mais sensíveis –
já que estes dariam uma resposta mais clara dos efeitos. Lógico que, nesse
caso, o acompanhamento criterioso e bastante objetivo deverá ser uma constante,
pois se trata, literalmente, de uma abordagem técnico-científica.
2- A pessoa (magnetizadora)
que se encontre em alguns estados alterados -- orgânicos, psíquicos ou
emocionais -- está, só por isso, desaconselhada de aplicar passes, pois há uma
regra geral que diz que "só deve passar harmonia quem está harmonizado".
Isto posto, creio que em teu
caso seria possível sim aplicares passes, mas deverás ter toda atenção na
observação junto aos pacientes a fim de detectar qualquer anormalidade em suas
reações. Provavelmente não acontecerá nada de mal, todavia, manda o bom-senso
que cuidemos para não sermos traídos pelo descaso.
Sugestão- Pessoas que sofrem
de epilepsia, quando em tratamento por passes magnéticos, deve receber bastante
perpendiculares, tanto próximo como distanciando aos poucos, lembrando que os
perpendiculares, para serem bem eficientes, precisam igualmente envolver o
centro coronário (no alto da cabeça) como o esplênico (que repousa sobre o
baço, em um ângulo aproximado de 45º em relação aos frontais. Esses
perpendiculares devem ser feitos em velocidade rápida, pois são
dispersivos.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
TIPOS DE PASSES (TRANSVERSAIS)
TRANSVERSAIS
COMO USAR
Voltando-se as mãos, juntas e com os braços distendidos,
para o ponto onde se deseja atuar magneticamente (os passistas digitais
direcionarão seus dedos enquanto os palmares voltarão as palmas das mãos),
perto ou distante do corpo do paciente conforme se pretenda trabalhar ativantes
ou calmantes.
Ideal abrir os braços formando um ângulo de 180º. Quando
retornar as mãos, trazê-las fechadas e
assumir mentalmente postura de NÃO doação, afim de não congestionar o centro que se está trabalhando.
assumir mentalmente postura de NÃO doação, afim de não congestionar o centro que se está trabalhando.
----------------------------------------
Variação: transversal cruzado onde as mãos se cruzam à frente do ponto que será tratado, depois todo o processo se repete. Em experiências práticas fica evidenciado que são muito mais efetivos do que os transversais simples.
COMO FUNCIONAM
São essencialmente dispersivos. Por abrangerem toda a
extensão dos centros vitais e por serem aplicados com rapidez, a característica
de dispersão a ele associada é muito vigorosa.
Lamentavelmente, a redução da extensão das aberturas laterais
feita pelos braços diminui sensivelmente essa que é a sua principal qualidade:
a de vigoroso dispersivo.
Quando realizados próximos do paciente são dispersivos ativantes;
quando distantes passam a ser dispersivos calmantes.
PARA QUE SERVEM
Para atender necessidades de dispersões localizadas mais
vigorosas.
Por eles conseguimos acelerar o processo de assimilação e
somatização dos fluidos pelo organismo do paciente e também reduzimos a níveis
muito baixos os riscos de congestões fluídicas.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No caso de pessoas com enxaquecas, dores localizadas, peso
na cabeça, respiração difícil e irritabilidade em geral, os dispersivos pelos transversais
resultam em formidáveis e quase imediatos alívios.
Veja vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=ymQBJsj9pIo&feature=plcp
Veja vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=ymQBJsj9pIo&feature=plcp
Condições necessárias para ser magnetizado (2/2)
Requisitos
importantes para um paciente receber o magnetismo – Parte 2 (Final)
Cumpre saber:
1) Que o
tempo de uma cura varia ordinariamente de um a seis meses, e algumas vezes
mais;
2) Que não há
motivo para perder-se a esperança quando nada se sente no começo; os efeitos
magnéticos manifestam-se às vezes tardiamente, e a cura muitas vezes sobrevém
mesmo sem nenhum sinal precursor aparente;
3) Que se as
perturbações se agravam e aparecem dores, não há razão para atemorizar-se; todo
tratamento apresenta alternativas inesperadas e os sofrimentos são a maior
parte das vezes a prova de uma reação salutar.
Finalmente, se um
alívio imediato se produz, é preciso não se entregar muito cedo à esperança, a
fim de evitar as decepções.
O doente deve
estudar com o maior cuidado todas as sensações que experimenta, quer durante a magnetização,
quer no intervalo das sessões, a fim de poder informar o magnetizador sobre
todos os sintomas que ele puder notar.
Ele deve evitar
ser influenciado pelo meio em que vive; não contrariar a ação do magnetismo,
tomando ocultamente substâncias cujos efeitos o magnetizador não pudesse
distinguir nem prever.
Debaixo do ponto
de vista do regime, cumpre evitar os excessos de todo o gênero, vigílias,
fadigas corporais e espirituais, emoções vivas ou deprimentes, tudo o que, em
uma palavra, puder perturbar o equilíbrio do corpo ou o repouso da alma.
Não deve abusar,
quer das abluções, quer dos banhos; a ação repetida das duchas quentes ou frias
diminui com o correr do tempo a receptividade magnética, determinando uma
excitação periférica que se transmite, pelos nervos vaso-motores, ao centro do
grande simpático.
Todo o agente
manifestamente sedativo ou revulsivo, isto é, que demora ou excita o movimento
vital, deve ser moderadamente empregado em concorrência com o magnetismo, de
maneira a não embaraçar-lhe o efeito.
É principalmente
importante abster-se de tudo quanto possa tender a destruir ou minorar a
sensibilidade nervosa, como os perfumes, narcóticos e bebidas espirituosas;
debaixo da influência deprimente dos anestésicos ou dos tóxicos, a tensão vital
acaba por embotar-se de tal modo que se torna impossível ao magnetismo
despertar no corpo uma reação qualquer.
As pessoas que
fazem ou que fizeram uso imoderado da morfina, da antipirina, do éter, do ópio,
do cloral, do clorofórmio, e do sulfonal, ou que foram tratadas durante muito
tempo por tóxicos violentos, tais como a acetanilide, estriquinina, o
salicilato de soda e as variedades de brumuretos ou de ioduretos, perdem toda a
receptividade magnética e tornam-se incuráveis pelo magnetismo. O quinino em
altas doses, a atropina, o colchico, o abuso do álcool e do tabaco têm os
mesmos efeitos sobre o organismo.
Retirado
do livro ‘Magnetismo Curador’ - Alphonse Bué
Postado por:
Adriana
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Analisando o Atual Momento Espirita - Parte 7 (ultimo artigo da serie)
Uma panorâmica dolorosa sobre
o que estão e estamos fazendo com a união entre o Espiritismo e o Magnetismo.
Por Jacob Melo (abril 2012)
Sabemos que as estatísticas
contabilizam um sempre crescente número de suicídios, e isso se dá de uma forma
assustadoramente anual e global.
Sabemos igualmente que está
passando a geométrico o crescimento da população submetida à mais inclemente de
todas as doenças: a depressão.
Também é sabido que a relação
entre esses dois assuntos é por demais estreita. Segundo a Mentalhelp (http://www.mentalhelp.com/suicidio.htm), 70% dos suicídios ocorrem
em decorrência de uma fase depressiva.
Considerando-se que a
Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que até o ano de 2020 teremos uma
média anual mundial de 1,5 milhões de suicídios, e considerando-se a relação
acima apresentada teremos, muito proximamente, uma estimativa de mais de um
milhão de depressivos cometendo o auto-extermínio. Convenhamos: um absurdo
digno de preocupar qualquer criatura e, com muito mais razão, qualquer pessoa
que se proponha a ajudar ao próximo, seja sob que princípio for.
Numa outra vertente do
problema, tanto o depressivo como o suicida são pessoas que se sentem sem
esperança, precisando muito mais do que um simples apoio, uma reprimenda, uma
crítica, indicações acima da capacidade de reflexão do doente ou ‘incentivos’
do tipo “se você quiser você sai dessa” – como se o depressivo quisesse estar
naquela situação.
A essas alturas é de se
perguntar: e o que tudo isso tem a ver com o atual momento espírita?
Absolutamente tudo! Pois que a
Doutrina Espírita tem em seu bojo todo um conjunto de excelentes ferramentas
para contribuir, positiva e decisivamente, na superação desses males, não
apenas trazendo esperanças renovadas como afugentando alguns dos entraves desse
mal.
De um lado, a luz que projeta
sobre o futuro, o fomento à fé tal como tão ricamente orientado em O Evangelho
Segundo o Espiritismo, a possibilidade de se interagir com o ‘além’ sem a
necessidade de se precipitar o desenlace carnal, e tantas outras qualidades
incomparáveis; de outro lado, os mecanismos oriundos do Magnetismo e das boas
reuniões mediúnicas, com as devidas evocações, quando necessárias, todas essas
possibilidades são elementos determinantes de trabalho e superação e que estão
reunidas numa só bandeira, num só ‘pacote’, numa só Doutrina.
Concordando-se com isso, surge
a inevitável pergunta: então, onde estão as soluções práticas?
O bojo teórico do Espiritismo
veio da observação prática, tanto da sua filosofia ampla como de seus menores
quadrantes, veio de uma prática científica por excelência. O Magnetismo, desde
os primórdios, foi seu conjunto indispensável e fundamental de ferramentas, o
qual sugeriu tantos caminhos, indicou inúmeras aberturas para novos horizontes,
deixou cadeiras preparadas para sua postulação e, bem vivido, possibilitou
tantas certezas, tantas vitórias.
A Ciência tradicional, quiçá
com receio de perder ‘clientes’ para uma ‘nova feitiçaria’, tratou de
bombardear o Magnetismo em todas as suas bases e comprovações, sem pejo ou
receio de até forjar e mentir em seus relatórios, tal como registra a história
de então. E ela venceu. O Magnetismo caiu. Triunfou a ciência dos interesses,
contra os interesses da verdadeira Ciência.
Apesar de doloroso é justo
concordarmos que eles foram hábeis e tinham seus motivos para essa luta
impiedosa; estes eram indisfarçadamente monetários.
O que não dá para compreender
nem aceitar, todavia, é que esse mesmo Magnetismo seja bombardeado e
aniquilado, desde há mais de 150 anos, por aqueles que deveriam nunca tê-lo
abandonado, nunca tê-lo traído, nunca tê-lo deixado ao léu... Não há razão que
justifique, não há lógica que racionalize, não há critério nem moral que
avalize tamanho disparate, tamanha agressão à obra de Allan Kardec e dos
Espíritos Superiores.
Quando se ouve hoje, de forma
aberta e cheia de empáfia, que o Magnetismo é coisa do passado e que o
Espiritismo não precisa dessa ciência nem de seus ‘defensores’, e quando se
apura os ouvidos para se reconhecer que o timbre desses vozeirões vem de
bramidos altaneiros dos que se limitam a fazer eco – sem saber de onde vem nem
para onde vai o que é dito –, ou provêm de líderes que mais parecem
claudicantes e reprovados alunos de matérias pretensamente superiores, caímos
na realidade que convida os estudiosos e os que querem ter olhos de ver a mais
e mais lutarem, a fortalecerem suas tenacidades e perseveranças, pois que não
será perdoável deixar que tantos se vão sem que se dê ao mundo a oportunidade
feliz de conhecer caminhos reais de superação e vitória do Bem e da Vida.
Foi com o Magnetismo que já
conseguimos, com muita segurança, viabilizar meios para se controlar, ajudar,
vencer e superar a depressão, reduzindo, assim, as possibilidades de suicídios
de tantos que já foram tratados por força dessa ciência aplicada à luz
espírita. E posso dizer com muita alegria: e isso foi conseguido apesar das
forças e resistências em contrário. Imaginemos aonde estaríamos se todos fôssem
a favor das descobertas que levaria a humanidade inteira a conquistas ainda
maiores!!!
Não, não defendo nenhuma
teoria nova, pois o Magnetismo é anterior ao Espiritismo e por tudo o que já
escrevi nesta série, bem como em meu livro Reavaliando Verdades Distorcidas,
bem como em uma outra infinidade de artigos e entrevistas, o “Espiritismo e o
Magnetismo são uma única e só Ciência” (palavras de Allan Kardec, em O Livro
dos Espíritos, 555). Tampouco me defendo como pessoa, pois isto nao viria ao
caso, mas fica incômodo se ouvir que existe Casa Espírita que, não querendo
sequer divulgar um curso sério de magnetismo e passes, se justifica dizendo
“Nossas Casas seguem as diretrizes federativas”. Será que existem mesmo essas
diretrizes? Estarão esses que decidem tais diretrizes tão cientes de suas
responsabilidades perante o que deveriam de fato e de direito fazer? Ou então
ouvir, após todo um conjunto de exposições que apresentam o vínculo
inquebrantável entre essas duas ciências e as razões lógicas e técnicas que
norteiam os modelos de como ‘de fato’ curar a depressão, que “nesta Casa
preferimos seguir Jesus”! Que Jesus, então, se estará buscando seguir? O Jesus
que deixa entregue à própria sorte aquele que vem buscar ajuda, apoio, auxílio,
na tentativa de vencer o mal e evitar o pior? Ou o Jesus que nos recomenda
“fazer ao outro aquilo que gostaríamos que nos fizessem”?
Achar que a Casa espírita não
está obrigada a prestar melhores serviços pelo simples fato de seus dirigentes
não quererem reconhecer os erros em que estão se metendo é o que Jesus chamou
de hipocrisia, por isso mesmo comparando os hipócritas a túmulos caiados,
brancos por fora e cheios de podridões por dentro.
Na verdade, muito teria para
escrever nesta série, mas não vale a pena. O tempo é curto, passa rápido e além
de tudo o que temos e devemos fazer – falo por mim mesmo –, as tarefas e os
compromissos só se ampliam, pois enquanto estamos tentando reconstruir, muitos
ainda seguem nos caminhos que levam à destruição insana, permitindo que os mais
necessitados vivam toda sorte de desespero.
Um amigo me fez refletir:
‘Jacob, melhor do que escrever sobre tudo isso é apresentares casos bem
solucionados ou técnicas que nos levem ao aprimoramento do que já sabemos’. Ele
está coberto de razão; e é o que tentarei fazer doravante, da melhor maneira
que posso.
Aos que dizem defender o
Espiritismo e seguem abalando suas estruturas e desarticulando suas bases, só
posso tentar ao menos imitar Jesus e dizer: “Pai, perdoa-os; eles não sabem o
que fazem!” Porque se souberem... Sei não!!!
Obrigado a todos os que leram
e refletiram comigo sobre o atual momento espírita.
Assinar:
Postagens (Atom)