MESMER
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Publicado por Jefferson P.
B. Tenorio em 24 outubro 2012 às 0:16 em Grandes Vultos
do Espiritismo
Mesmer foi
o médico criador da teoria do magnetismo animal conhecido pelo nome de mesmerismo.
Nasceu a 23 de maio de 1734 em Iznang, uma pequena vila perto do Lago Constance
na Alemanha e desencarnou em 5 de março de 1815 em Meesburg, Suábia. Seus pais foram Franciscus
Antonius Mesmer e Maria Ursula Michel, pertencente a uma importante família
católica da região.
Estudou teologia em Ingolstadt e formou-se em medicina na Universidade de
Viena. Provido de recursos, dedicou-se a longos estudos científicos, chegando a
dominar os conhecimentos de seu tempo, época de acentuado orgulho intelectual e
ceticismo. Era um trabalhador incansável, calmo, paciente e ainda um exímio
músico.
Mesmer casou-se com Maria Anna von Bosch, numa concorrida cerimônia, em 10 de
janeiro de 1768, celebrada na Catedral de Santo Estevão pelo arcebispo de
Viena.
Em 1775, após muitas experiências, Mesmer reconhece que pode curar mediante a
aplicação de suas mãos. Acredita que dela desprende um fluido que alcança o
doente; declara: "De todos os corpos da Natureza, é o próprio homem que
com maior eficácia atua sobre o homem". A doença seria apenas uma
desarmonia no equilíbrio da criatura, opina ele.
Mesmer, que nada cobrava pelos tratamentos, preferia cuidar de distúrbios
ligados ao sistema nervoso. Além da imposição das mãos sobre os doentes, para
estender o benefício a maior número de pessoas, magnetizava água, pratos, cama,
etc., cujo contato submetia os enfermos.
Mesmer praticou durante anos o seu método de tratamento em Viena e em Paris,
com evidente êxito, mas acabou expulso de ambas as cidades pela inveja e incompreensão
de muitos.
Depois de cinco tentativas para conseguir exame judicioso do seu método de
curar, pelas academias, é que publica, em 1779, a "Dissertação sobre a
descoberta do magnetismo animal", na qual afirma que esta é uma ciência
com princípios e regras, embora ainda pouco conhecida.
A sua popularidade prosseguiu por muitos anos, mas outros médicos o taxavam de
impostor e charlatão.
Em 1784, o governo francês nomeou uma comissão de médicos e cientistas para
investigar suas atividades. Benjamin Franklin foi um dos membros dessa
comissão, que acabou por constatar a veracidade das curas, porém as atribuíram
não ao magnetismo animal, mas a outras causas fisiológicas desconhecidas.
Concentrado no alívio à dor, Mesmer não chegou a perceber a existência do
sonambulismo artificial, que seu ilustre e generoso discípulo, conde Maxime
Puységur, descobre (inclusive a clarividência a ele associada), o qual se
desenvolve durante o transe magnético em certas pessoas.
Em 1792, Mesmer vê-se forçado a retirar-se de Paris, vilipendiado, e instala-se
em pequena cidade suíça, onde viveu durante 20 anos sempre servindo aos
necessitados e sem nunca desanimar nem se queixar. Em 1812, já aos 78 anos, a
Academia de Ciências de Berlim convida-o para prestar esclarecimentos, pois
pretendia investigar a fundo o magnetismo. Era tarde; ele recusa o convite. A
Academia encarrega o Prof. Wolfart de entrevistá-lo. O depoimento desse
professor é um dos mais belos a respeito do caridoso médico:
"Encontrei-o dedicando-se ao hospital por ele mesmo escolhido.
Acrescente-se a isso um tesouro de conhecimentos reais em todos os ramos da
Ciência, tais como dificilmente acumula um sábio, uma bondade imensa de coração
que se revela em todo o seu ser, em suas palavras e ações, e uma força
maravilhosa de sugestão sobre os enfermos."
No início de 1814, ele regressou para Iznang, sua terra natal, onde
permaneceria os seus últimos dias até falecer em 05/03/1815.
Assim foi Mesmer. Durante anos semeou a cura de enfermos doando de seu próprio
fluido vital em atitude digna daqueles que sacrificam-se por amor ao seu
trabalho e a seus irmãos.
Suas teorias atravessaram décadas e seu exemplo figura luminoso entre os
missionários que sob o açoite das críticas descabidas e as agressões da calúnia,
passam incólume escudado pelo dever retamente desempenhado.
Seu nome jamais se desligou do vocábulo "fluido" e sua vida valiosa
pelos frutos que gerou, jamais foi esquecida por aqueles cuja honestidade de
propósitos for o ornamento de seus espíritos.
A sua obra foi decisiva para demonstrar a realidade da imposição das mãos
como meio de alívio aos sofrimentos, tal como a utilizavam os primeiros
cristãos antigamente e os espíritas atualmente.
Fonte do texto e imagem: Internet Google.
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