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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

GENTILEZA E TERAPIA MAGNÉTICA


GENTILEZA E TERAPIA MAGNÉTICA
Adilson Mota
Josinete era uma mulher com algo em torno de 40 anos de idade que já há algum tempo vinha sendo acometida por uns sentimentos de tristeza, às vezes chorava sem motivos, sentia-se fragilizada e sem ânimo para muita coisa.
De outras vezes batia um cansaço de tudo, da vida, da família, de si mesma; uma vontade de sumir e se ver livre de todos os problemas.
Josinete estava quase “entregando os pontos”.
Orientada por uma amiga, a nossa personagem foi parar em um Centro Espírita. As primeiras pessoas que ela encontrou, lhe receberam com um sorriso amável, conduzindo-a a uma salinha onde foi atendida por uma senhora que a ouviu atentamente. Vez ou outra a atendente lhe dizia algo, conduzindo a conversa de maneira produtiva e esclarecedora. Ao final daquele diálogo, Josinete estava se sentindo mais reconfortada.
Tinha desabafado, chorado, falado sobre as suas dificuldades e, ao final, até recebeu um abraço daquela senhora, ficando um pouco constrangida, pois não estava acostumada a ser abraçada, muito menos por estranhos.
Iria começar um tratamento magnético, termo que ela nunca tinha ouvido mas, segundo lhe foi explicado, que funciona à base de fluidos, e que traria harmonia para o seu campo energético.
Precisaria ter disciplina para não faltar ao tratamento, esforçar-se por melhorar o padrão dos seus pensamentos, desenvolver mais resignação com relação às dificuldades. Os passes, com certeza a ajudariam no seu reequilíbrio.
Josinete estava mais calma e sentia-se esperançosa. Aquele lugar parecia ter uma atmosfera diferente. A simplicidade do ambiente, as palavras amenas que ouviu, o acolhimento através de sorrisos, o tratamento fraterno entre as pessoas, tudo isto lhe tocou e ela derramou algumas lágrimas. Só que estas lágrimas não eram amargas pois, refletindo sobre os seus problemas, começava a acreditar que sairia daquela situação.
Foi conduzida ao local onde receberia os passes. Mais sorrisos que a deixavam mais à vontade e confiante. O magnetizador designado para lhe aplicar o passe a conduziu gentilmente até a maca e pediu-lhe que relaxasse, tivesse confiança. Em rápidas palavras e numa voz suave, lhe colocou a par do que iria acontecer no processo daquela magnetização. Terminada a aplicação, tocou-lhe gentilmente no ombro, avisando-a de que o passe já havia terminado e ajudou-a a levantar-se da maca, certificando-se de que a paciente estava bem e sem nenhuma sensação desagradável.
Conduziu-a até a saída transmitindo-lhe, ainda, palavras de bom ânimo e confiança.
Não é difícil imaginar que Josinete se motivou a fazer o tratamento assiduamente e, fazendo o esforço necessário para seguir as recomendações, em pouco tempo já apresentava grandes sinais de melhoras.
Esta história é fictícia mas poderia ser verdadeira, pois em muitas Casas Espíritas encontraremos pessoas amáveis e fraternas, cujos sorrisos e abraços cativam a quem chega.
Estar em contato com o sofrimento humano faz parte da rotina de todo trabalhador espírita ligado às atividades de auxílio ao próximo, mormente o magnetizador. Portanto, dar boa noite, acolher com carinho aquele que se está à sua frente para receber um passe, acalmar o paciente para deixá-lo mais confiante e tranquilo, mais receptivo às energias magnéticas, são atitudes que têm tudo a ver com o bom magnetizador. Estes gestos facilitam o trabalho pois ajudam a gerar, desde o primeiro contato, uma relação fluídica entre ambos, ocasionando resultados mais positivos no tratamento.
O carinho demonstrado nas palavras, no olhar, no sorriso, são ações muito simples e que não custam nada mas que podem fazer uma enorme diferença.
A gentileza compreende um conjunto de atitudes que deve começar entre a própria equipe de trabalho, eliminando os melindres, as fofocas e as competições, num clima de cooperação, de fraternidade e de ajuda mútua.
Um bom termômetro para medir o grau de união do grupo é quando alguém da equipe falta ao trabalho sem avisar previamente. Os participantes perceberam a ausência do companheiro? Alguém procurou saber o motivo da falta, se está tudo bem, se ele está necessitando de alguma ajuda?
Alguém se dispôs a prestar-lhe ajuda, a aplicar um passe, caso necessário?
Se nos predispomos a tratar as outras pessoas, mais ainda devemos estar dispostos a estender a mão àqueles que são mais chegados.
E quando ouvimos, na instituição espírita, alguém dizer: “vocês tratam a gente tão bem!”, sentimos em nosso íntimo uma satisfação maravilhosa ao sabermos que estamos cumprindo bem com a nossa parte. Se ainda não sabemos ser caridosos na ampla acepção da palavra, vale a pena, pelo menos, aprender a exercer a gentileza para com todos os que nos cercam.
Jornal Vórtice ANO II, n.º 09, fevereiro/2010     

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