POR QUE MOTIVO ALGUÉM SE TORNA "SUGADOR" DAS ENERGIAS DE OUTRO? COMO FAZER PARA EVITAR SER SUGADO?
Nos diz o trocadilho
popular que um dos mais chatos problemas de uma pessoa é ela se perceber sendo o
que não percebe que é. Nesse universo, muitos sequer chegam a notar que são tidos
como: sempre sorrindo de tudo, tristes, chatos, brincalhões, inconvenientes, desinteressantes,
enfim... Só que nesse tipo de problema, via de regra surge alguém que diz, comenta
ou mesmo orienta como fazer para mudar, despertando a criatura a refletir sobre
o que se passa e como reagir ou mudar positivamente.
No caso de uma
pessoa sugadora de energias (magnetismo ou fluidos), o problema é mais complexo.
Enquanto as pessoas se afastam daquelas primeiras circunstancialmente, com estas
há uma tendência a se evitar estar perto, chegando-se ao ponto de “troca de
calçada” para evitar qualquer aproximação. É que estas, após algum contato ou relação,
deixam seus interlocutores exauridos, abatidos, acabados, desenergizados, seria
a expressão mais correta.
E de onde vem
essa capacidade de sucção? Esta é uma questão sem resposta precisa. Podemos conjecturar
que, de alguma forma, os centros vitais de um sugador tem uma capacidade de centripetação
de fluidos (introjetar em si mesmo) muito alta, favorecendo a que sejam atraídos
ou arrancados fluidos daqueles que se permitam ser sugados. Essa “permissão” para
a sucção independe, de certa forma, da vontade do “doador” – adiante veremos como
conter isso.
Mas também existe
a possibilidade de haver pessoas com baixa capacidade de se auto manterem, energeticamente
falando, por isso se transformando em potenciais sugadoras. Essa possibilidade se
constata com o fato de sugadores estarem sempre precisando estar perto de gente,
conhecida ou não. E quando os sugadores se sentem bem após terem estado próximos
a alguém, pode-se facilmente comprovar que este alguém se sente repentinamente fragilizado.
Uma terceira
possibilidade é que o sugador gosta de se sentir farto, pesado, como quem acabou
de se alimentar demasiadamente e agora quer ficar num estado quase letárgico, como
o que o organismo lhe proporciona. Esse tipo de sugador costuma ter um jeito de
ser meio lerdo e quase sempre apresenta sinais de pouco entendimento das circunstâncias
em geral que o rodeiam .
Pode ocorrer
que outras origens sejam a matriz do fenômeno, mas não conheço nenhuma pesquisa
que esteja em andamento acerca do fato, como igualmente desconheço detalhes ou considerações
outras em obras ou anotações alhures. Caso você, leitor do Vórtice, tenha algo que
contribua para o melhor conhecimento desse fenômeno, por favor escreva para este
jornal e nos informe.
Quanto ao evitar
a perda de fluidos para um sugador, algumas providências podem ser observadas .
O primeiro quesito
é identificar quem e quando está sugando. O início dessa identificação se dá quando
percebemos ou simplesmente nos sentimos sendo sugados. Ato contínuo a essa percepção,
busque-se identificar, o quanto antes, quem a está provocando. Certifique –se se
se trata mesmo de quem foi identificado. Para tanto, aproxime-se por uns instantes
do provável sugador e perceba o que ocorre em você, procurando notar se há alguma
sensação estranha e desconfortável; em seguida afaste-se bastante (cerca de uns
3 a 5 metros) e note se essa sensação desagradável (de sucção) diminui acentuadamente
ou até se já passou. Confirmada esta hipótese, tome atitudes como as que recomendo em seguida .
Todavia, em
não sendo confirmada essa mudança, repita a experiência com outra pessoa que esteja
por perto e que possa vir a ser quem se procura; e siga assim até “descobrir” o sugador.
Observe que
pessoas muito tristes e falando coisas negativas sempre transmitem um certo toque
de sucção mas que nem sempre se trata desse fenômeno e sim de um reflexo psicológico
que traduz estarmos nos envolvendo emocionalmente com situações desagradáveis, as
quais nos desestabilizam, mas que nem por isso está, necessariamente, provocando
perdas fluídicas.
Outro ponto
a ser observado é se quem está “arrancando” seus fluidos está próximo ou distante
. Quando está próximo, o mecanismo que indiquei acima será suficiente para confirmar,
porém quando o sugador está distante, então ele estará agindo de forma quase hipnótica,
para isso usando de foco fixo em você e colocando-se abstrato a tudo o mais que
o rodeia. Geralmente isso ocorre de forma
tão concentrada que esse tipo de sugador sequer sabe dizer o que está se passando,
por mais que ele diga estar prestando atenção ao que ocorre fora do fenômeno.
Um terceiro
ponto a considerar é procurar saber se o sugador é consciente ou inconsciente acerca do que faz . A grande maioria
é absolutamente inconsciente; a única coisa que ele identifica é que certas pessoas
parece deixarem-no mais vivo, mais energizado, mais farto. Essas pessoas são as
que oferecem melhor afinidade magnética. Os sugadores conscientes precisam ser orientados
que esse procedimento é imoral e devem ser convidados a refletirem sobre o que fazem,
da mesma maneira como advertimos pessoas indelicadas, grosseiras ou que ofendem
outras pessoas.
Isto colocado, vamos às defesas.
Identificado
o sugador, a atitude mais comum que a maioria toma é a do afastamento, mas isso
não resolve o problema em si, pois se ele não te suga, sugará a outrem. Assim, tendo
sido identificado e não se pretendendo uma aproximação, tome-se atitudes dispersivas
como: agitar o corpo, evitar posturas muito estáticas ou ficar parado ante seu olhar,
como que hipnotizado, favorecendo ao clima de sucção. E se a percepção da sucção
se der após o sugador ter-se ido, procure tomar um bom banho ou fazer uma boa caminhada
e, em todo e qualquer caso, fazer respiração diafragmática; essas atitudes são tipicamente
dispersivas, que são o reconstituinte básico de reequilíbrio após grandes perdas
fluídicas.
Caso seja possível
a aproximação mais demorada junto ao sugador, procure envolvê-lo com atitudes igualmente
dispersivas, como abraços com movimentos de braços, sorrisos com bons bocados de
ar expelidos de forma mais forte, e, de preferência e se for o caso, fazer-lhe bons
passes dispersivos e só dispersivos. Quanto
mais dispersivos ele receber, mais ele terá possibilidades de se harmonizar, com
isso vindo a diminuir sua capacidade de sucção(*). Provavelmente será sentido que
quanto mais dispersivos se fizer, tanto o sugador como o magnetizador se sentirão
mais energizados, só que o primeiro ficará sem sentir aquela sensação de peso e
o segundo, como se tivesse recarregado as baterias. A falta disso termina deixando
ambos descompensados e leva ao afastamento dos pares, adiando as possíveis soluções
de curto, médio e longo prazo.
Os sugadores
devem ser orientados a mudarem seus modos excessivamente estáticos ou de fixação
sobre pessoas e também a fazerem regulares exercícios de respiração diafragmática,
pois isso diminuirá significativamente essas sucções despropositadas e ainda os
deixarão melhor ante suas próprias naturezas.
Um último ponto,
que se trata de uma repetição: a respiração diafragmática é sempre muito útil nesses
casos e deve ser usada por ambos, sugadores e sugados.
(*) Sugiro a leitura dos valores dos dispersivos
em meus livros “Manual do Passista” ou “Cure e cure-se pelos passes”.
JORNAL
VÓRTICE ANO VI, n.º 09- fevereiro -2014 Pág.18
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