Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo

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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Ele é novidade, embora não seja. (Magnetismo)

Ele é novidade, embora não seja. (Magnetismo)


Do que estou falando? Do Magnetismo. E onde ele é novidade, embora não seja? No meio
espírita.

Isso é deveras impressionante. Não por ser ou deixar de ser novidade, mas por não termos
tido olhos de ver o que Allan Kardec nos deixou.

O que hoje chamamos de passes ele chamava de ação magnética; a hoje denominada água
fluida ou fluidificada era por ele indicada como água magnetizada; passistas eram
magnetizadores enquanto a mediunidade curadora foi reduzida à ação de frágeis médiuns
passistas… E assim seguimos desnaturando e desconfigurando o que a base espírita tão
bem estabeleceu.

Alguns acham que tudo não passa de uma questão semântica, etimológica ou de
terminologia, o que, convenhamos, é tentar minimizar danos. Senão vejamos o que temos
hoje, em comparação ao que se verificava no tempo de Kardec, tomando por base apenas
um fator: o tempo (e vou utilizar apenas este como ponderação, embora existam outros e
alguns até com mais relevância ainda, mas que a eles me referirei noutros artigos):

Passe: um passe, ensina a maioria das Casas Espíritas, não precisa ser demorado, via de
regra chegando ao tempo máximo de 2 minutos; uma ação magnética real muito raramente
era inferior a 30 minutos;

Água fluidificada: a quase totalidade dos Centros Espíritas acredita que os Espíritos a
fluidifiquem, mas quando usam um passista nessa ocupação, no prazo de um ou dois
minutos eles são(?) capazes de fluidificar uma centena ou mais de vasilhames, não
importando a capacidade dos mesmos; para Kardec assim como para os Espíritos da
Codificação, quem magnetiza a água é o magnetizador (LM- Cap. 8, item,131: “O Espírito
atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por outro Espírito. Ele opera uma
transmutação por meio do fluido magnético”) e este costumava demorar em torno de 15
minutos num único vasilhame;

Passistas: acreditando que são apenas “canais” da Espiritualidade, eles não precisam
demandar tempo em suas ações, posto que os Espíritos fazem tudo (até porque é alegado
que não somos nós quem fazemos e sim eles); já os magnetizadores, conscientes de sua
participação ativa e concentrada nas atividades magnéticas, precisam de longa preparação
teórica e prática, além de ‘manipularem’ os fluidos por bastante tempo em cada sessão
magnética.

Médiuns passistas: além de Allan Kardec não ter criado esse neologismo, estes não
precisam de tempo para iniciarem os passes, enquanto os magnetizadores costumavam
demandar um tempo médio de 5 a 10 minutos só para estabelecer relação magnética com o
paciente para, só então, iniciarem a ação magnética propriamente dita.


 Além dessas ponderações, as dificuldades de se buscar base e dados na obra do mestre
lionês, tomando-se por referência os termos hoje em voga, torna o esforço quase
infrutífero, pois as informações não batem. E quando nos lembramos que ele tinha trinta
e cinco anos de experiência como magnetizador quando codificou o Espiritismo e,
portanto, sabia do que falava e sugeria, fica muito esquisito pensar que ele tivesse
esquecido de deixar lastro nesse caminho abençoado que é o do Magnetismo.

Mas mantenhamos a esperança; ainda há tempo de abrirmos os olhos e percebermos
mais claramente o que nossa curta visão tem-nos impedido de observar com mais
proveito.

Como anotou Michaelus, no primeiro capítulo de sua notável obra ‘Magnetismo
Espiritual’, publicada pela FEB: “Os homens opõem obstáculos ao descobrimento das
próprias verdades indispensáveis ao seu progresso e à sua felicidade”. Que tal andarmos
para frente?
Artigo escrito por Jacob Melo, publicado na edição de Abril/2013 do jornal Correio Espírita

do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Ectoplasma – Parte II


Dando continuidade e finalizando o tema Ectoplasma,citarei alguns tipos e sua aplicação. Com essas informações espero ter contribuído para despertar o interesse de  mais pessoas pela matéria.Que sejamos cônscio da importância do estudo e da pesquisa a fim de promover a complementação da Doutrina como um todo.
Termino esse tópico com as palavras de André Luiz através de Chico Xavier:
A nós, os Espíritos desencarnados, interessa, no plano-extrafísico, mais ampla sublimação, para que façamos ajustamento de determinados princípios mentais, com respeito à execução de tarefas específicas. E aos encarnados interessa a existência em plano moral mais alto para que definam, com exatidão e propriedade, a substância ectoplasmática, analisando-lhe os componentes e protegendo-lhe as manifestações, de modo a oferecerem às Inteligências Superiores mais seguros cabedais de trabalho, equacionando-se, com os homens e para os homens, a prova inconteste da imortalidade.”
Ectoplasmia
É a produção de ectoplasma e dos efeitos psicofísicos decorrentes de seu uso.
Os espíritos desencarnados utilizam o ectoplasma, coletado através de diversas fontes, com diferentes objetivos, como por exemplo o auxílio aos encarnados em diversas situações (acidentes, em hospitais, situações de risco, calamidades).
Ideoplastia
 O vocábulo ideoplastia quer dizer a moldagem da matéria viva, feita pela ideia.
Não há espíritos desencarnados envolvidos. A força das ideias dos encarnados junto com o ectoplasma provoca o fenômeno.
Materialização
A materialização se produz devido a características do corpo do médium, que fornece os elementos necessários. O estudo dos fatos mediúnicos leva-nos a admitir três espécies de materialização:
§  A materialização invisível, que pode ser comprovada através dos movimentos de objetos e fotografias;
§  A materialização parcial e incompleta como partes do corpo e objetos;
§  A materialização completa, que não difere em nada de um corpo humano vivo,
apresentando, indubitavelmente, os traços do médium.
Observações:
Conhecem-se casos em que o espírito materializado não apresenta a menor semelhança com o médium. Também há ocasiões em que o ectoplasma é retirado de dois médiuns, sem que a forma se pareça com qualquer um deles.
Fotografias de materializações
Há dois tipos de materialização:
1.       materialização visível – que é acompanhada dos efeitos físicos próprios ao corpo humano.
2.      materialização invisível ao olho humano – consiste na emissão de raios luminosos, que não produzem ação alguma sobre a nossa retina, porém agem sobre a placa sensível de um aparelho fotográfico; (fotografia transcendente).
As materializações não são simples aparições luminosas”, elas são produções de uma matéria, invisível ao nosso olho e que é luminosa por si mesma ou reflete sobre a placa fotográfica os raios de luz a cuja ação a nossa retina é insensível.
É matéria, mas às vezes ela é tão pouco compacta que se vêem as formas das pessoas sentadas e a mesa, e outras vezes ela é tão densa que encobre a imagem dos assistentes. Essa matéria é dotada de tal energia foto-química que as suas impressões aparecem antes de todas as outras imagens, antes mesmo das figuras normais, cuja revelação é preciso esperar durante um tempo mais ou menos longo.
Os espíritos não podem produzir sua própria imagem na chapa sensível; mas podem dar a forma desejada aos elementos mais sutis da matéria, e essa matéria, posto que invisível ao olho nu, pode refletir os raios químicos da luz e assim agir sobre a placa.
Em muitas ocasiões, em condições de testes, esses retratos têm sido conseguidos em caixas fechadas de placas fotográficas, mantidas nas mãos de um ou mais assistentes.
Também quando tentada a experiência com mais de uma máquina,a materialização pode aparecer em uma máquina, não aparecer em outra.
Transfiguração
O perispírito dos espíritos encarnados goza das mesmas propriedades que o dos espíritos desencarnados. Ele também não se acha confinado no corpo, ele irradia e forma em torno deste uma espécie de atmosfera fluídica e em certos casos ele pode sofrer uma transformação, a forma real e material do corpo se desvanece sob a camada fluídica e toma por momentos uma aparência inteiramente diversa.
A transfiguração pode operar-se com intensidades muito diferentes, conforme o grau de depuração do perispírito e a forma material pode desparecer sob o fluído perispirítico – ele apenas oculta o corpo, tornando-o invisível para uma ou para muitas pessoas, como faria uma camada de vapor.
Desdobramento (Bicorporeidade)
O duplo de um encarnado se manifesta longe do corpo físico e podem ser simples aparições visuais ou ocorrer materialização. Este fenômeno é possível devido a capacidade do perispírito de afastar-se do corpo físico.
Fonte bibliográfica:
§  A Gênese de Allan Kardec
§  O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
§  O Livro dos Médiuns de Allan Kardec
§  Palestras de Ectoplasma Paulo Roberto Brero de Campos- SBEE


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Ectoplasma – Parte I


Observamos na atualidade que a doutrina codificada por Allan Kardec, tanto no Brasil quanto no Exterior, voltou-se muito mais ao que se poderia chamar de espiritismo evangélico que aos seus aspectos científicos e filosóficos. Isso causou uma redução significativa das pesquisas sobre outros temas de extrema importância para o avanço do entendimento do homem. Como consequência os materiais para pesquisas estão ficando a cada dia que passa mais raros.
Desejamos que no futuro possamos nos valer de mais pesquisadores e pessoas interessadas em demonstrar através da ciência temas de vital importância para o Espiritismo como um todo.
Uma das questões  sobre o qual necessitaríamos aportar um maior estudo científico seria o Ectoplasma ( termo dado por Charles Richet). Trata-se de uma substância fluídica sensível ao pensamento originada no citoplasma celular. É entendido muitas vezes de uma forma equivocada ou incompleta, vendo-o apenas como causante de fenômenos de materialização. Em realidade é uma composto existente nas células que quando se exterioriza permite nos comunicar com os espíritos de varias formas, pois os espíritos só podem agir na matéria através da matéria.
Aqui vamos expor uma pequena síntese do que encontramos sobre o ectoplasma, sem a pretensão de encerrar o tema, pois temos muito que estudar e pesquisar.
Derivado do Grego:  ektós= indica movimento para fora;  plasma= obra modelável, substância plástica.
Substância fundamental amorfa, secretadas por organelas celulares, principalmente pelas mitocôndrias e pelo complexo retículo plasmático, possui características químicas ímpares, sem comportamento de matéria nem de fluído, aproximando-se de um e de outro conforme a capacidade do grupo mediúnico.
Segundo o Espírito André Luiz, no livro “Nos Domínios da Mediunidade”, de Chico Xavier, “o ectoplasma está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é o recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da natureza. Em certas organizações fisiológicas especiais da raça humana, comparece em maiores proporções e em relativa madureza para a manifestação necessária aos efeitos físicos. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade. Pode ser comparado a uma genuína massa protoplasmática, sendo extremamente sensível,  animado de princípios criativos que funcionam como condutores de eletricidade e magnetismo, mas que se subordinam, invariavelmente, ao pensamento e à vontade do médium que o exterioriza ou dos Espíritos desencarnados ou não que sintonizam com a mente mediúnica, senhoreando-lhe o modo de ser. Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis aos olhos dos companheiros terrestres ou diante da objetiva fotográfica, dá consistência aos fios, bastonetes e outros tipos de formações, visíveis ou invisíveis nos fenômenos de levitação, e substancializa as imagens criadas pela imaginação do médium ou dos companheiros que o assistem mentalmente afinados com ele”.
O ectoplasma é uma substância caracterizada como uma espécie de plasma, flexível, viscoso, incolor e inodoro, sensível ao pensamento. É uma substância que todos possuem. É eliminado por via sistêmica, não se elimina por uma só via, mas sim por todo o organismo do médium. Cada pessoa tem um tipo de ectoplasma: alfa, beta, gama, alfa1, alfa2, beta1, beta2, etc.
Existem os chamados médiuns doadores universais, que são possuidores dos 16 tipos de ectoplasma. Eles devem sistematicamente doar o ectoplasma. Quando o ectoplasma não é eliminado por esses médiuns, ele rompe as mucosas, pode levar a necrose tecidual em vias de eliminação (mucosas), desestabilização de membranas, ruptura celular e degradação por enzimas lisossomiais.
Composição do ectoplasma
Como corpo fundamental existe o fósforo. Possui também , entre outros, os elementos hidrogênio, carbono, nitrogênio, e oxigênio.
Características do Ectoplasma
Ele pode ter desde uma forma tão rarefeita, que é invisível aos olhos humanos (mas registrável por outros métodos), até o estado sólido e organizado em estruturas complexas, tais como os utilizados pelos espíritos para os fenômenos de materialização.
Entre estes dois extremos ele pode passar por estados diversos: gasoso, plasmático, flosculoso, amorfo, leitoso, filamentoso, líquido, etc. O ectoplasma é sensível à ação da luz comum, porém pode suportar bem as radiações pouco energéticas do espectro da luz visível.
Ele é dócil ao comando mental do médium e, e se esse permitir também pode ser moldado pelos espíritos, e talvez também de pessoas estranhas àquele que o produz.
Mostra-se altamente suscetível à ação dos campos organizadores biológicos, tomando as formas e características de um ser vivo completo ou peças anatômicas parciais, mas com o aspecto de objetos com vida. Com a mesma facilidade com que é emitido, o ectoplasma pode reverter ao organismo do médium, sendo por este reabsorvido.
A luz lhes é destrutiva,e, a menos que ele seja gradativamente alimentado e especialmente preparado com antecedência pelos guias, o efeito de um súbito jato de luz faz com que a substância recue para o médium, com a força de um elástico, e esta se retraindo sobre uma superfície mucosa, pode determinar uma forte hemorragia.
A qualidade do ectoplasma produzido, depende dos alimentos que ingerimos, alimentos que atuam de forma negativa seriam por ex:
- Carnes vermelhas,  de difícil metabolização, rica em lipídios saturados e adição de hormônios.
-Leites e queijos. Presença de lipídios em quantidade moderada, mas de proteínas de alto peso molecular, presença de antibióticos e pesticidas
- Chocolates e demais produtos ricos em conservantes, baixo valor nutricional, digestão lenta e efeito tóxico acumulativo
-Bebidas alcoólicas.
Fonte bibliográfica:
§  A Gênese de Allan Kardec
§  A Física da Alma (Amit Goswami )
§  Cadernos de psicofonias de Antonio Grim de 94 e 97- SBEE
§  O Livro dos Espíritos de Allan Kardec
§  O Livro dos Médiuns de Allan Kardec
§   Palestras de Ectoplasma Paulo Roberto Brero de Campos- SBEE

§   Palestra de Ectoplasma e Ectoplasmia Luis Antonio Bauer- SBEE

segunda-feira, 7 de julho de 2014

ATÉ QUE PONTO A CONFIANÇA DO MAGNETIZADO INFLUENCIA NOS RESULTADOS DO TRATAMENTO MAGNÉTICO?

ATÉ QUE PONTO A CONFIANÇA DO MAGNETIZADO INFLUENCIA NOS RESULTADOS DO TRATAMENTO MAGNÉTICO?
Jacob Melo responde                                                                                       jacobmelo@gmail.com

Costumo citar em algumas palestras que o grande médico norte-americano, Dr. Carl Simonton, um dos mais renomados médicos oncologistas do planeta, usava iniciar suas anamneses junto aos seus pacientes com uma pergunta bastante simples: “O que você quer vindo me procurar?”. Quando o candidato a paciente respondia que desejava ser curado por ele, invariavelmente o Dr. Simonton dizia que não poderia proceder o atendimento, e de nada adiantava o paciente insistir, pois ele não o atenderia. Todavia, se o candidato respondesse que ali estava porque queria se curar, logo ele o admitia como possível de ser tratado. O que isto queria dizer? Simples: quem quer se curar precisa querer fazer parte da luta e não simplesmente se entregar para que outrem o cure. E veja-se que, no caso, estamos nos referindo à medicina tradicional.
Não podemos negar que o Magnetismo, recebido com maior confiança tem, nesse fator, um elemento bastante considerável no tocante aos seus resultados.
O que não podemos, de forma alguma, é concluir que esse fator seja o mais relevante de todos ou que sem ele a ação magnética ficasse de mãos atadas. Não é isso, pois tem pessoas que se curam, magneticamente falando, sem colaborarem com o tratamento ou, em outras circunstâncias, quando ele está em coma ou em estado de alta perturbação mental, ainda assim tudo parece funcionar como se “o vento estivesse a favor”.
Mas quem magnetiza já sentiu na própria pele – ou usinagem, como seria melhor expressar – o quão mais penosos e tensos ficam os procedimentos em pacientes refratários, ao contrário da maior facilidade que oferece o enfermo que se ajuda e colabora com a terapia.
O Magnetismo, como a querer por em cheque quase todas as afirmativas que se faz sem que se medite, reflita e se observe a realidade dos fenômenos com a lente da perspicácia e da íntegra honestidade, costuma deixar muitos vieses para que melhor avaliemos e valorizemos essa prática que é, em verdade, muito mais uma ciência grave, séria e profunda, do que o simplismo de uma larga maioria vive ensejando ao mundo.
Simplesmente acreditar no magnetismo tem valor bastante ponderável, mas ele, por si só, não é suficiente para promover as curas e mudanças que se busca alcançar. Daí ser relevante que tanto o magnetizado como o magnetizador se esforcem para obter o melhor, fazendo cada um sua parte no processo e rogando a Deus e aos Amigos Espirituais que concluam os trabalhos sempre em nome da Vida e do Amor.
JORNAL VÓRTICE  ANO VII, n.º 01 - junho – 2014    Pág. 20 

terça-feira, 6 de maio de 2014

MAGNETISMO VS PASSE ESPIRITUAL

MAGNETISMO VS PASSE ESPIRITUAL

jacobmelo@gmail.com
Uma opinião foi escrita em minha página do Facebook, pelo abaixo nominado, e aqui a transcrevo integralmente. Procurarei respondê-la de forma objetiva e bem apoiada em minha maneira de ler e observar o que leio. Como o emitente postou sua opinião numa página pública, e considerando a relevância do assunto, disponibilizarei ambas, opinião e resposta, em outros meios, para que mais gente conheça os dois lados de uma mesma questão, pois é sempre bom quando aplicamos o “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Utilizarei o método de inserir, ao longo do próprio texto do autor, minhas ponderações, a fim de facilitar o entendimento exato do e sobre o que me refiro. As inserções serão colocadas entre parênteses e em negrito. Vamos à opinião em questão. - Jacob Melo

O Magnetismo sendo um fluído presente em todos os seres humanos, nuns mais do que noutros é uma potencialidade humana, que difere em intensidade em cada ser. (Devo ressaltar que o termo correto é fluido e não fluído, conforme já anotei desde meu livro O Passe.) Todavia não pode ser usado como outras por não podermos aferir da sua qualidade e quantidade, assim como dos efeitos que exerce sobre outros corpos ou sistema, (Uma verdade juntada a uma ideia falsa, não valida a falsa; é verdade que TODAS as potências humanas diferem de pessoa a pessoa e que muitas delas não são mensuráveis, como os sentimentos, a paciência, o saber, o nível de progresso, etc. Isto, contudo, não leva à conclusão de por serem diferentes e não mensuráveis, carreguem em si qualquer conotação de proibitivo.) tal qual acontece com a fluidoterapia ou passe que é administrado nos centros espíritas. No entanto, no passe temos a intervenção do “administrador espiritual” que por princípio se admite como conhecedor do desenrolar do processo, quando o facultamos a alguém, com as condicionantes respectivas, que decorrem pelo fato de sermos espíritos em evolução. (Difícil saber por onde começar... De início o autor põe em cheque a prática espírita na própria Casa espírita, embora logo tente reabilitar a fluidoterapia ou o passe – como resumiu – por contar com “administrador espiritual”, que, convenhamos, está num nível de imponderabilidade muito maior do que a potencialidade humana. Para reforçar sua opinião, ele saca do “por princípio”, sem dizer de onde este vem enunciado, o mesmo se dando com o indefinível “condicionantes respectivas”, o que seria de se imaginar se tratar de conhecimento amplo, geral e irrestrito. Por fim nos posiciona como Espíritos em evolução quando, por sermos espíritas, devemos estar mesmo é “em progresso”, conforme tão bem exaramos dos elevados conceitos que todo espírita pode e deve absorver do estudo das obras de Allan Kardec. Tudo isso sem contar que, conforme o Codificador, os Espíritos desencarnados não são sempre gênios, posto que “Há Espíritos de todos os graus de bondade e de malícia, de saber e de ignorância” - Livro dos Médiuns, capítulo 4, item 49, questão 5ª -, portanto falece também o pretenso argumento de que eles são sempre conhecedores do desenrolar do processo; para isso precisaria que tivéssemos a garantia da qualidade elevada dos Espíritos, o que não sei como ele, o autor da opinião, obtém com confirmada e segura certeza.)
O magnetismo pode até ser uma proposta a ser validada como método de cura,  mas não  dentro do Centro Espírita, uma vez que este já tem o magnetismo, energia ou fluido espiritual e que é manipulado pelos espíritos de acordo com a necessidade de cada um que o recebe, escapando-nos a mecânica que utilizam para o doar. (Sem querer ser irônico: Allan Kardec pensava o oposto disso.  Por mais respeitável que seja o direito do senhor Manuel Santos de ter e emitir sua opinião, se ele se propõe a falar como espírita, ele deveria, pelo menos, respeitar a obra que lhe é básica. Não vou me repetir, por desnecessário, daí indicar a ele, bem como a todos que tiverem real interesse no assunto, a leitura do meu livro Reavaliando Verdades  Distorcidas  - O que diz Allan Kardec sobre o Magnetismo.) Podemos acabar com o passe espiritual no Centro Espírita e introduzir o magnetismo. É uma questão de opção. Mas com que finalidade vamos nós fazer a troca? Pela novidade? Pelos resultados? O magnetismo ajuda  mais, cura mais? Equilibra mais? Se sim, retiremos o passe espiritual e os espíritos responsáveis  por ele e coloquemos lá o magnetismo, sem implicações, sem consequências e sem  espíritos! Porque não? É uma ideia! (Se é uma ideia comecemos assim : essa, (a) ideia, é dele, do senhor Manuel Santos, e não minha. Sigo o Espiritismo qual nos indicou Allan Kardec e não como pensam muitos que se dizem e pensam ter postura espírita. O Magnetismo não é moeda de troca, não é novidade, apresenta resultados sim, comprováveis e  notáveis, ajuda muito, muito mais do que se pode imaginar, é o equilibrante  ímpar que Deus colocou a serviço da Humanidade, além do que ele, o Magnetismo, ao contrário do que julga o senhor Manuel Santos, não dispensa a intervenção dos Espíritos, os quais, em relação os  magnetizadores,  “aumentam sua força, sua vontade, dirigem seus fluidos e lhes dá as qualidades necessárias” tal como consta em O Livro dos Médiuns, capítulo 14, item 176, questão 2ª. Portanto, os Espíritos fazem parte integrante do Magnetismo, como também se depreende das duas  questões que Allan Kardec fez no prossegui mento da referência e aqui transcrevo : ”3ª Há, entretanto, bons magnetizadores que não creem nos Espíritos? “Pensas então que os Espíritos só atuam nos que creem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso,  do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus”. 4 ª Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos Espíritos? ‘Faria coisas que consideraríeis milagre."  Ou seja: ratifique-se que a ideia esquisita colocada pelo autor do artigo é dele mesmo e não do Espiritismo e muito menos minha).
Dizem os magnetizadores: tem que ter espíritos. Então para que servem as técnicas, os enquadramentos, os procedimentos? Para introduzir uma ritualística? (Ter –se uma doutrina que se posiciona como científica e não querer que se adotem técnicas, enquadramentoscientíficos- e procedimentos, não pode passar pelo crivo de qualquer pessoa de bom juízo. Comparar ações bem fundamentadas com atitudes ritualísticas é assinar o livro da ignorância sobre o que se fala, desculpe-me. Essa postura é antiespírita e anti – Kardec .) Acredito ser um absurdo . (Eu também acredito que essa opinião dele é absurda.) E um absurdo que nos faz perder tempo precioso, sob um assunto para o qual não temos equipamentos, nem ferramentas para o avaliar ou validar e, pelos vistos, também não temos resultados conclusivos que possam ser apresentados. (Nossa! Ele não deve ter percebido que sua opinião põe as razões de Allan Kardec no  lixo. Ademais, julgar ser perda de tempo precioso estudar, porque, segundo ele, não se tem equipamentos nem ferramentas para avaliação e validação, isso nos lança num vácuo absurdo, pois muitos avanços das Ciências e da Humanidade começaram exatamente a partir do não se ter com o que progredir; isto levou o homem a se superar, a descobrir e inventar, atendendo ao atributo Divino dado ao ser humano : inteligência, que, conforme questão 532 de O Livro dos Espíritos, “Deus vo-la outorgou para que dela vos sirvais e é principalmente por meio da vossa inteligência que os Espíritos vos auxiliam, sugerindo-vos ideias propícias ao vosso bem . Mas, não assistem senão os que sabem assistir-se a si mesmos” . Complementando este parágrafo, o signatário do artigo desconhece resultados conclusivos atribuídos ao Magnetismo; das duas uma: ou ele não quer ver, saber, conhecer ou buscar o que está à disposição da Humanidade, ou simplesmente quer fazer de seu mundo baldo de informações, o mundo dos outros. Uma lástima! Devo ainda acrescentar que se realiza, anualmente, um Encontro Mundial de Magnetizadores Espíritas  - em maio próximo vindouro ocorrerá o 7º Encontro, na cidade de Curitiba/PR, Brasil -,evento esse que já produziu e comprovou avanços enormes tanto no magnetismo prático, como na melhoria de vidas e  da própria retomada dos caminhos do Espiritismo de Allan Kardec.)
Por conseguinte, qual a necessidade que temos de estar a trocar o nome às coisas? (Concordo; na maioria das vezes a troca de nomes é improdutiva e gera desvios; a propósito sou dos que afirmam que não deveríamos ter trocado os nomes consagrados por Allan Kardec,  como magnetismo e magnetizador pelos de passes e passistas, haja  vista o enorme prejuízo que isso causa! Por já estarmos cansados de esperar pelas curas milagrosas que os  espíritos não podem fazer.  Ele colocou um ponto quando imaginei que ele aporia uma interrogação; considerando a pontuação dele, será mesmo que ele já cansou de esperar as curas milagrosas dos espíritos? Se sim, que providência tomará?) Por já não suportarmos o ritmo dos espíritos e queremos andar mais rápido? Será que queremos ludibriar a Lei Divina ou derrogá-la? Alguém me pode responder? (Imaginemos o seguinte:  alguém tem um câncer - ou cancro, como deve ser mais familiar ao escrevente -  e vai à busca de um médico; por uma dessas circunstâncias da Medicina, ele fica curado. Será que ele ludibriou ou derrogou a Lei Divina?  Ou apenas estará fazendo uso da própria Lei para vencer suas lições, seus desafios? Saberia o autor responder?) Acredito que a proposta que Jacob de Melo nos oferece sobre o magnetismo, como terapia de alivio, de ajuda, de eventual cura é uma proposta de cunho pessoal, que vale o que vale. É uma opinião pessoal que mesmo admitida, com todas as definições e procedimentos apresentados, podemos aceitar como uma teoria razoável, mas que carece de ser comprovada, porque se isso não acontecer, não encontra suporte prático. (Quisera eu ter tido a sabedoria de poder, numa encarnação, elaborar e apresentar uma proposta dessas à Humanidade como sendo minha! O que a mim me cabe foi ter estudado - e seguir estudando - a indicação segura de Allan Kardec e dos Espíritos da Codificação Espírita, os quais nos recomendam ter conhecimento lúcido do Espiritismo e do Magnetismo - questão 555 de O Livro dos Espíritos - e, depois de experimentar e seguir observando todos seus feitos, efeitos, aplicações, resultados, comparações e comprovações, poder dizer que Eles estavam certos e que uma parcela, que pensa da forma como o faz o autor desse arrazoado em análise, segue completamente equivocada  e sem conseguir manter –se equilibrada na segura base espírita .) Se assim não for, será  uma hipótese que, a ser utilizada, teremos de aceitar de boa - fé, ou mesmo como dogma,  para usar dentro das Casas Espíritas, sem as consequências morais cristãs subjacentes que o Espiritismo contém, não contribui para o próprio Magnetismo e não lhe dá uma base de suporte sustentável, que o mantenha autônomo  e capaz de se impor. (Saberia o autor que o passe espiritual, da forma como é usualmente tratado no meio espírita, está muito mais para dogma do que qualquer prática baseada em estudo, conhecimento e experiência? Atentemos para isto que o autor projeta como possibilidade negativa para o futuro já é realidade positiva no presente: o Magnetismo vem contribuindo enormemente não só para curar corpos ou enfermos, mas para dar suporte ético e moral  para a Humanidade, dando o sentido objetivo que muitas vezes buscamos, a Doutrina Espírita tem, mas as respostas simplistas e vazias que são apresentadas pecam pelo sofismo e desrespeito ao ser humano, que quer e merece viver melhor, em todos os sentidos do termo.) Porque para sujeitarmos o magnetismo às regras espirituais, temos que o despir de tudo o que não esteja comprovado cientificamente, deixando-o livre para se encaixar na Disciplina Espiritual e nesse caso é uma fluidoterapia convencional utilizada em qualquer Casa Espírita. (Ora, que coisa! Ele reclama da falta de instrumentos para comprovação do Magnetismo, mas segue insistindo na prática que comprova sua ineficiência, quando colocada como “convencional”  e, por que não dizer, ineficazmente padronizada! Allan Kardec já despojou o Magnetismo, inserindo nele a parte espiritual que lhe faltava; só mesmo quem não quer ver não percebe.)  A não ser assim, temos um trabalho extraordinário, exaustivo até, mas pode não passar de um arrebatamento nascido do desejo de criar algo inovador, pela criação em si, que um modo geral só nos alimenta o ego. E o Espiritismo tem orientações precisas para podermos avaliar esses momentos de menor clareza. (Fiquei confuso: ele diz que o trabalho é extraordinário, exaustivo até, e é inovador . De fato, o Magnetismo é extraordinário e árduo, porém não é inovador ; simplesmente espíritas, com o espírito que habita a mente e o coração do autor, fizeram com que tudo ficasse perdido no tempo, comprometendo seriamente a base espírita. Estamos agora tão somente tentando resgatar o que nem os espíritas nem a Humanidade jamais deveria ter perdido; a ciência do Magnetismo, perfeitamente casada com o Espiritismo, conforme se extrai da questão 555 de O Livro dos Espíritos, do artigo “O Magnetismo e o Espiritismo”, por Allan Kardec em Revista Espírita de março de 1858 e também do artigo “Estatística dos Espíritas”, por Allan Kardec na mesma revista, edição de janeiro de 1869. Nisso não há alimentação de ego nem desejo de notabilidade, mas, ao contrário do que quereria ensejar o autor, quero mesmo que fique demonstrado de vez que o Espiritismo tem orientações precisas sobre este tema e que estas orientações  “espíritas de verdade” demonstram que os momentos de menor clareza estão tomando a visão do articulista.) O entusiasmo generalizado parece ter sido grande, como geralmente acontece nestas situações, mas ainda aqui devemos recorrer ao ensino dos Espíritos Superiores, que nos alertam sempre para as regras  do bom-senso, seriedade, equilíbrio e racionalidade na abordagem de todos os temas que se regem pela Lei Divina, contra a qual não podemos atentar, em condição alguma . (Concordo. E lembro que o Magnetismo é regido pela Lei Divina e não pela pretensa visão do articulista, o qual parece não ter base para seu entusiasmo, ao contrário da alegria que nutro por poder ajudar mais e melhor aos semelhantes. Permita-me, o leitor, um adendo: como não sei se conheço pessoalmente o autor, não afirmo de todo que ele seja de terras lusitanas, mas pelo modo um tanto quanto pontual que anotou em sua opinião, ele deve ter participado do 5ºEncontro Nacional de Passistas, ocorrido no dia 22 de março deste ano de 2014, na cidade de Coimbra, Portugal;  se assim for, certamente ele estava tão fechado em si mesmo que não percebeu quase nada do que falei e agora quer tudo distorcer, revestido de sua visão amplamente distorcida da Ciência Espírita.) Não deixa de ser triste ver, no meio de todo este entusiasmo, espíritas com anos de militância, deixarem-se arrebatar pelo magnetismo deste modo. Disse Jesus:(...) bem profetizou Isaías a vosso respeito (...) Este povo adora-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (...). (E evocar o Evangelho para querer insinuar que os espíritas que agora abrem os olhos e com vivo entusiasmo entendem melhor a essência espírita, soa, com gravidade, como destoante grosseria dele. Isto comprova o quanto ele está fechado, de mente e de coração.) Ou somos espíritas e assumimos o Espiritismo por inteiro com os espíritos em todas as realizações na Casa Espírita ou fundamos uma nova doutrina para integrar o magnetismo. Não podemos querer os espíritos para alguns trabalhos e descartá-los noutras para sermos nós os administradores do poder de Deus na Terra de acordo com a nossa disposição, interesses ou imagem ou eventual proximidade com as pessoas que vamos tratar. (Mas o que é que eu venho tentando que não seja o sermos espíritas de verdade? Será mesmo que o autor já leu Allan Kardec para se sentir tão mais espírita do que outrem? Afinal, quem está querendo afastar quem, o quê e do quê? Será mesmo que Espiritismo não prescinde do Magnetismo? Será então que ele, o autor, sugerirá que rasguemos  partes da obra de Kardec? Preocupa-me esse modo de se querer ser espírita!) O facilitismo (sic) costuma ser mau conselheiro, conforme nos indicam os espíritos esclarecidos, que de vez em quando aparecem em todos os Centros Espíritas, mas queremos transformarmo nos em benzedeiras ou rezadeiras, com poderes especiais e artes mágicas pelo meio, é um risco gravíssimo, que só nos pode reservar dissabores no nosso futuro e no futuro do Movimento Espírita e na força do Espiritismo. (Outra incongruência grave: o fácil é mau conselheiro, opina ele. Todavia ele luta para que o fácil seja implantado no lugar do estudo,da  pesquisa, do labor,  da segurança . Não sei quem foi que disse que deveríamos colocar benzedeiras, rezadeiras ou outras variantes na Casa Espírita, mas ao par de não caber a ninguém negar as portas de uma Casa Espírita a ninguém que a busque, o Magnetismo não é caixa de mágicas ou de surpresas, ansiando por decepcionar e temperar o futuro com dissabores. Grande dissabor temos hoje, quando já poderíamos ter acreditado nos Espíritos - questão 482 de O Livro dos Espíritos - e estarmos avançados nas terapias das escleroses, do Alzheimer, do parkinsonianismo, das lutas contra insidiosas e dolorosas enfermidades sobre as quais a Medicina ainda não chegou a bom termo. Dissabor imenso temos quando encontramos pessoas com o inexplicável propósito de seguir desviando a atenção dos Espíritas para o que nos orientou, sugeriu e advertiu Allan Kardec e os Espíritos Superiores.)
Também acredito que, daqui a algum tempo, depois do entusiasmo e do inebriamento dos sentidos passar, perante as prometidas curas que não acontecem, por não poderem se materializar, os ânimos voltam ao seu estado de equilíbrio e sensatez, mas até lá o Espiritismo faz um hiato de espera e muitos necessitados acabarão por receber menos ajuda do que poderiam, devido ao desvio do conceito, pretensão das técnicas e pela atitude de autossuficiência, que nós seres humanos pensamos deter. (Inebriada está uma enorme multidão de espíritas, ainda ingênuos e facilmente manipulados pela falsa lição de que devemos simplesmente sofrer, ao contrário do que nos indica Jesus, o Bem, a Vida. Estonteados estão os que creem que não aprimorar os meios de superar e vencer é da Lei .
Que problemão tem a Divindade para fazer ver os que leem e que deveriam, por isso mesmo, gerar luzes e esclarecimentos aos menos esclarecidos! Quando passar essa mais de secular onda de distanciamento do Espiritismo, as almas, felizes e saudáveis, agradecerão ao Senhor por terem revelado a Verdade aos simples e pequenos e não aos doutos que teimam em se desviar ou,o que é pior, tirar o norte dos que buscam direção.)
Diante da realidade que se nos apresenta  comecemos por considerar o Magnetismo um método, que pode ser utilizado, até remunerado, em qualquer lado e a qualquer hora,  sem implicações outras que não seja a vontade do magnetizador, como uma terapia humana e nada se lhe pode ou deve opor. (Claro, o Magnetismo também pode seguir essa trilha; não pelo fato do autor ter escrito isso, mas pelo que encontramos em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 26, item 10: ”A Mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos;  não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam”. Nunca sugeri, estimulei ou aconselhei que se cobrasse pelo Magnetismo, da mesma maneira como não consigo vê-lo fora das práticas espíritas . Afinal, uma  outra enorme nuvem de escuras projeções existe que tira o foco do entendimento de uma enormidade de efeitos mediúnicos, notadamente os físicos; Tudo isso porque deixamos ao largo o estudo continuado, sério e responsável do Magnetismo.)
Um abraço fraterno.
(Também lhe envio meu abraço, com votos de serenidade, bom ânimo e mente e coração abertos, pois, como asseverou Jesus, É preciso termos olhos de ver e ouvidos de ouvir!)
Jacob Melo  em resposta a  Manuel Santos

Jornal Vórtice Ano VI Nº11 Abril 2014   Pag. 14

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Vontade

Vontade

 Comparemos a mente humana — espelho vivo da consciência lúcida — a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.
 Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estímulo ao trabalho;  o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura;  o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade;  o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência,  e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.
 Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.  A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
 A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.
 Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.
 A eletricidade é energia dinâmica.
 O magnetismo é energia estática.
 O pensamento é força eletromagnética.
 Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do Espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.
 A Vontade, contudo, é o impacto determinante.
Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina.
 O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria;  no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.
 Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade,  a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra,  e a Memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.
 Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.
 Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes,  porque a sintonia constitui lei inderrogável,  mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.


Pensamento e vida — Emmanuel