MAGNETISMO
VS PASSE ESPIRITUAL
jacobmelo@gmail.com
Uma opinião
foi escrita em minha página do Facebook, pelo abaixo nominado, e aqui a
transcrevo integralmente. Procurarei respondê-la de forma objetiva e bem
apoiada em minha maneira de ler e observar o que leio. Como o emitente postou
sua opinião numa página pública, e considerando a relevância do assunto,
disponibilizarei ambas, opinião e resposta, em outros meios, para que mais
gente conheça os dois lados de uma mesma questão, pois é sempre bom quando aplicamos
o “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Utilizarei o método de
inserir, ao longo do próprio texto do autor, minhas ponderações, a fim de
facilitar o entendimento exato do e sobre o que me refiro. As inserções serão
colocadas entre parênteses e em negrito. Vamos à opinião em questão. - Jacob
Melo
O
Magnetismo sendo um fluído presente em todos os seres humanos, nuns mais do que
noutros é uma potencialidade humana, que difere em intensidade em cada ser. (Devo ressaltar que o termo correto é
fluido e não fluído, conforme já anotei desde meu livro O Passe.) Todavia
não pode ser usado como outras por não podermos aferir da sua qualidade e
quantidade, assim como dos efeitos que exerce sobre outros corpos ou sistema, (Uma verdade juntada a uma ideia falsa, não
valida a falsa; é verdade que TODAS as potências humanas diferem de pessoa a
pessoa e que muitas delas não são mensuráveis, como os sentimentos, a
paciência, o saber, o nível de progresso, etc. Isto, contudo, não leva à
conclusão de por serem diferentes e não mensuráveis, carreguem em si qualquer
conotação de proibitivo.) tal qual acontece com a fluidoterapia ou passe
que é administrado nos centros espíritas. No entanto, no passe temos a
intervenção do “administrador espiritual” que por princípio se admite como
conhecedor do desenrolar do processo, quando o facultamos a alguém, com as
condicionantes respectivas, que decorrem pelo fato de sermos espíritos em
evolução. (Difícil saber por onde
começar... De início o autor põe em cheque a prática espírita na própria Casa
espírita, embora logo tente reabilitar a fluidoterapia ou o passe – como
resumiu – por contar com “administrador espiritual”, que, convenhamos, está num
nível de imponderabilidade muito maior do que a potencialidade humana. Para
reforçar sua opinião, ele saca do “por princípio”, sem dizer de onde este vem
enunciado, o mesmo se dando com o indefinível “condicionantes respectivas”, o
que seria de se imaginar se tratar de conhecimento amplo, geral e irrestrito. Por
fim nos posiciona como Espíritos em evolução quando, por sermos espíritas,
devemos estar mesmo é “em progresso”, conforme tão bem exaramos dos elevados
conceitos que todo espírita pode e deve absorver do estudo das obras de Allan
Kardec. Tudo isso sem contar que, conforme o Codificador, os Espíritos
desencarnados não são sempre gênios, posto que “Há Espíritos de todos os graus
de bondade e de malícia, de saber e de ignorância” - Livro dos Médiuns,
capítulo 4, item 49, questão 5ª -, portanto falece também o pretenso argumento
de que eles são sempre conhecedores do desenrolar do processo; para isso
precisaria que tivéssemos a garantia da qualidade elevada dos Espíritos, o que
não sei como ele, o autor da opinião, obtém com confirmada e segura certeza.)
O magnetismo
pode até ser uma proposta a ser validada como método de cura, mas não
dentro do Centro Espírita, uma vez que este já tem o magnetismo, energia
ou fluido espiritual e que é manipulado pelos espíritos de acordo com a necessidade
de cada um que o recebe, escapando-nos a mecânica que utilizam para o doar. (Sem querer ser irônico: Allan Kardec pensava
o oposto disso. Por mais respeitável que
seja o direito do senhor Manuel Santos de ter e emitir sua opinião, se ele se propõe
a falar como espírita, ele deveria, pelo menos, respeitar a obra que lhe é básica.
Não vou me repetir, por desnecessário, daí indicar a ele, bem como a todos que tiverem
real interesse no assunto, a leitura do meu livro Reavaliando Verdades Distorcidas - O que diz Allan Kardec sobre o Magnetismo.) Podemos
acabar com o passe espiritual no Centro Espírita e introduzir o magnetismo. É uma
questão de opção. Mas com que finalidade vamos nós fazer a troca? Pela novidade?
Pelos resultados? O magnetismo ajuda mais,
cura mais? Equilibra mais? Se sim, retiremos o passe espiritual e os espíritos responsáveis por ele e coloquemos lá o magnetismo, sem implicações,
sem consequências e sem espíritos! Porque
não? É uma ideia! (Se é uma ideia comecemos
assim : essa, (a) ideia, é dele, do senhor Manuel Santos, e não minha. Sigo o Espiritismo
qual nos indicou Allan Kardec e não como pensam muitos que se dizem e pensam ter
postura espírita. O Magnetismo não é moeda de troca, não é novidade, apresenta resultados
sim, comprováveis e notáveis, ajuda muito,
muito mais do que se pode imaginar, é o equilibrante ímpar que Deus colocou a serviço da Humanidade,
além do que ele, o Magnetismo, ao contrário do que julga o senhor Manuel Santos,
não dispensa a intervenção dos Espíritos, os quais, em relação os magnetizadores, “aumentam sua força, sua vontade, dirigem seus fluidos e lhes dá as qualidades necessárias”
tal como consta em O Livro dos Médiuns, capítulo 14, item 176, questão 2ª. Portanto, os Espíritos fazem parte integrante
do Magnetismo, como também se depreende das duas questões que Allan Kardec fez no prossegui mento
da referência e aqui transcrevo : ”3ª Há, entretanto, bons magnetizadores que não creem nos Espíritos? “Pensas
então que os Espíritos só atuam nos que creem neles? Os que magnetizam para o bem
são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama,
sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo
desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus”. 4 ª Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força
magnética, acreditasse na intervenção dos Espíritos? ‘Faria coisas que consideraríeis milagre." Ou seja: ratifique-se que a ideia esquisita colocada
pelo autor do artigo é dele mesmo e não do Espiritismo e muito menos minha).
Dizem os magnetizadores:
tem que ter espíritos. Então para que servem as técnicas, os enquadramentos, os
procedimentos? Para introduzir uma ritualística? (Ter –se uma doutrina que se posiciona como científica e não querer que
se adotem técnicas, enquadramentos –científicos- e procedimentos, não pode passar pelo
crivo de qualquer pessoa de bom juízo. Comparar ações bem fundamentadas com atitudes
ritualísticas é assinar o livro da ignorância sobre o que se fala, desculpe-me.
Essa postura é antiespírita e anti – Kardec .) Acredito ser um absurdo . (Eu também acredito que essa opinião dele é absurda.) E um absurdo que
nos faz perder tempo precioso, sob um assunto para o qual não temos equipamentos,
nem ferramentas para o avaliar ou validar e, pelos vistos, também não temos resultados
conclusivos que possam ser apresentados. (Nossa!
Ele não deve ter percebido que sua opinião põe as razões de Allan Kardec no lixo. Ademais, julgar ser perda de tempo precioso
estudar, porque, segundo ele, não se tem equipamentos nem ferramentas para avaliação
e validação, isso nos lança num vácuo absurdo, pois muitos avanços das Ciências
e da Humanidade começaram exatamente a partir do não se ter com o que progredir;
isto levou o homem a se superar, a descobrir e inventar, atendendo ao atributo Divino
dado ao ser humano : inteligência, que, conforme questão 532 de O Livro dos Espíritos,
“Deus vo-la outorgou para que dela vos sirvais e é principalmente por meio da vossa
inteligência que os Espíritos vos auxiliam, sugerindo-vos ideias propícias ao vosso
bem . Mas, não assistem senão os que sabem assistir-se a si mesmos” . Complementando este parágrafo, o signatário do
artigo desconhece resultados conclusivos atribuídos ao Magnetismo; das duas uma:
ou ele não quer ver, saber, conhecer ou buscar o que está à disposição da Humanidade,
ou simplesmente quer fazer de seu mundo baldo de informações, o mundo dos outros.
Uma lástima! Devo ainda acrescentar que se realiza, anualmente, um Encontro Mundial
de Magnetizadores Espíritas - em maio próximo vindouro ocorrerá o 7º Encontro, na cidade de Curitiba/PR, Brasil -,evento
esse que já produziu e comprovou avanços enormes tanto no magnetismo prático, como
na melhoria de vidas e da própria retomada
dos caminhos do Espiritismo de Allan Kardec.)
Por conseguinte,
qual a necessidade que temos de estar a trocar o nome às coisas? (Concordo; na maioria das vezes a troca de nomes
é improdutiva e gera desvios; a propósito sou dos que afirmam que não deveríamos
ter trocado os nomes consagrados por Allan Kardec, como magnetismo e magnetizador pelos de passes
e passistas, haja vista o enorme prejuízo
que isso causa! Por já estarmos cansados de esperar pelas curas milagrosas que os espíritos não podem fazer. Ele colocou um ponto quando imaginei que ele aporia
uma interrogação; considerando a pontuação dele, será mesmo que ele já cansou de
esperar as curas milagrosas dos espíritos? Se sim, que providência tomará?) Por
já não suportarmos o ritmo dos espíritos e queremos andar mais rápido? Será que
queremos ludibriar a Lei Divina ou derrogá-la? Alguém me pode responder? (Imaginemos o seguinte: alguém tem um câncer - ou cancro, como deve ser mais familiar ao escrevente
- e vai à busca de um médico;
por uma dessas circunstâncias da Medicina, ele fica curado. Será que ele ludibriou
ou derrogou a Lei Divina? Ou apenas estará
fazendo uso da própria Lei para vencer suas lições, seus desafios? Saberia o autor
responder?) Acredito
que a proposta que Jacob de Melo nos oferece sobre o magnetismo, como terapia de
alivio, de ajuda, de eventual cura é uma proposta de cunho pessoal, que vale o que
vale. É uma opinião pessoal que mesmo admitida, com todas as definições e procedimentos
apresentados, podemos aceitar como uma teoria razoável, mas que carece de ser comprovada,
porque se isso não acontecer, não encontra suporte prático. (Quisera eu ter tido a sabedoria de poder, numa
encarnação, elaborar e apresentar uma proposta dessas à Humanidade como sendo minha!
O que a mim me cabe foi ter estudado - e seguir estudando - a indicação segura de Allan
Kardec e dos Espíritos da Codificação Espírita, os quais nos recomendam ter conhecimento
lúcido do Espiritismo e do Magnetismo - questão 555 de O Livro dos Espíritos - e, depois de experimentar e seguir observando todos
seus feitos, efeitos, aplicações, resultados, comparações e comprovações, poder
dizer que Eles estavam certos e que uma parcela, que pensa da forma como o faz o
autor desse arrazoado em análise, segue completamente equivocada e sem conseguir manter –se equilibrada na segura
base espírita .) Se
assim não for, será uma hipótese que, a ser
utilizada, teremos de aceitar de boa - fé, ou mesmo como dogma, para usar dentro das Casas Espíritas, sem as consequências
morais cristãs subjacentes que o Espiritismo contém, não contribui para o próprio
Magnetismo e não lhe dá uma base de suporte sustentável, que o mantenha autônomo e capaz de se impor. (Saberia o autor que o passe espiritual, da forma como é usualmente tratado
no meio espírita, está muito mais para dogma do que qualquer prática baseada em
estudo, conhecimento e experiência? Atentemos para isto que o autor projeta como
possibilidade negativa para o futuro já é realidade positiva no presente: o Magnetismo
vem contribuindo enormemente não só para curar corpos ou enfermos, mas para dar
suporte ético e moral para a Humanidade,
dando o sentido objetivo que muitas vezes buscamos, a Doutrina Espírita tem, mas
as respostas simplistas e vazias que são apresentadas pecam pelo sofismo e desrespeito
ao ser humano, que quer e merece viver melhor, em todos os sentidos do termo.) Porque
para sujeitarmos o magnetismo às regras espirituais, temos que o despir de tudo
o que não esteja comprovado cientificamente, deixando-o livre para se encaixar na
Disciplina Espiritual e nesse caso é uma fluidoterapia convencional utilizada em
qualquer Casa Espírita. (Ora, que coisa!
Ele reclama da falta de instrumentos para comprovação do Magnetismo, mas segue insistindo
na prática que comprova sua ineficiência, quando colocada como “convencional” e, por que não dizer, ineficazmente
padronizada! Allan Kardec já despojou o Magnetismo, inserindo nele a parte espiritual
que lhe faltava; só mesmo quem não quer ver não percebe.) A não ser assim, temos um trabalho extraordinário, exaustivo até, mas pode
não passar de um arrebatamento nascido do desejo de criar algo inovador, pela criação
em si, que um modo geral só nos alimenta o ego. E o Espiritismo tem orientações
precisas para podermos avaliar esses momentos de menor clareza. (Fiquei confuso: ele diz que o trabalho é extraordinário,
exaustivo até, e é inovador . De fato, o Magnetismo é extraordinário e árduo, porém
não é inovador ; simplesmente espíritas, com o espírito que habita a mente e o coração
do autor, fizeram com que tudo ficasse perdido no tempo, comprometendo seriamente
a base espírita. Estamos agora tão somente tentando resgatar o que nem os espíritas
nem a Humanidade jamais deveria ter perdido; a ciência do Magnetismo, perfeitamente
casada com o Espiritismo, conforme se extrai da questão 555 de O Livro dos Espíritos,
do artigo “O Magnetismo e o Espiritismo”, por Allan Kardec em Revista Espírita de
março de 1858 e também do artigo “Estatística dos Espíritas”, por Allan Kardec na
mesma revista, edição de janeiro de 1869. Nisso não há alimentação de ego nem desejo
de notabilidade, mas, ao contrário do que quereria ensejar o autor, quero mesmo
que fique demonstrado de vez que o Espiritismo tem orientações precisas sobre este
tema e que estas orientações “espíritas de
verdade” demonstram que os momentos de menor clareza estão tomando a visão do articulista.)
O entusiasmo generalizado parece ter sido grande, como geralmente acontece nestas
situações, mas ainda aqui devemos recorrer ao ensino dos Espíritos Superiores, que
nos alertam sempre para as regras do bom-senso,
seriedade, equilíbrio e racionalidade na abordagem de todos os temas que se regem
pela Lei Divina, contra a qual não podemos atentar, em condição alguma . (Concordo. E lembro que o Magnetismo é regido
pela Lei Divina e não pela pretensa visão do articulista, o qual parece não ter
base para seu entusiasmo, ao contrário da alegria que nutro por poder ajudar mais
e melhor aos semelhantes. Permita-me, o leitor, um adendo: como não sei se conheço
pessoalmente o autor, não afirmo de todo que ele seja de terras lusitanas, mas pelo
modo um tanto quanto pontual que anotou em sua opinião, ele deve ter participado
do 5ºEncontro Nacional de Passistas,
ocorrido no dia 22 de março deste ano de 2014, na cidade de Coimbra, Portugal; se assim for, certamente ele estava tão fechado
em si mesmo que não percebeu quase nada do que falei e agora quer tudo distorcer,
revestido de sua visão amplamente distorcida da Ciência Espírita.) Não deixa de ser triste ver, no meio
de todo este entusiasmo, espíritas com anos de militância, deixarem-se arrebatar
pelo magnetismo deste modo. Disse Jesus:(...) bem profetizou Isaías a vosso respeito
(...) Este povo adora-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (...).
(E evocar o Evangelho para querer insinuar
que os espíritas que agora abrem os olhos e com vivo entusiasmo entendem melhor
a essência espírita, soa, com gravidade, como destoante grosseria dele. Isto comprova
o quanto ele está fechado, de mente e de coração.) Ou somos espíritas e assumimos
o Espiritismo por inteiro com os espíritos em todas as realizações na Casa Espírita
ou fundamos uma nova doutrina para integrar o magnetismo. Não podemos querer os
espíritos para alguns trabalhos e descartá-los noutras para sermos nós os administradores
do poder de Deus na Terra de acordo com a nossa disposição, interesses ou imagem
ou eventual proximidade com as pessoas que vamos tratar. (Mas o que é que eu venho tentando que não seja o sermos espíritas de verdade?
Será mesmo que o autor já leu Allan Kardec para se sentir tão mais espírita do que
outrem? Afinal, quem está querendo afastar quem, o quê e do quê? Será mesmo que
Espiritismo não prescinde do Magnetismo? Será então que ele, o autor, sugerirá que
rasguemos partes da obra de Kardec? Preocupa-me
esse modo de se querer ser espírita!) O facilitismo (sic) costuma ser mau conselheiro,
conforme nos indicam os espíritos esclarecidos, que de vez em quando aparecem em
todos os Centros Espíritas, mas queremos transformarmo nos em benzedeiras ou rezadeiras,
com poderes especiais e artes mágicas pelo meio, é um risco gravíssimo, que só nos
pode reservar dissabores no nosso futuro e no futuro do Movimento Espírita e na
força do Espiritismo. (Outra incongruência
grave: o fácil é mau conselheiro, opina ele. Todavia ele luta para que o fácil seja
implantado no lugar do estudo,da pesquisa,
do labor, da segurança . Não sei quem foi
que disse que deveríamos colocar benzedeiras, rezadeiras ou outras variantes na
Casa Espírita, mas ao par de não caber a ninguém negar as portas de uma Casa Espírita
a ninguém que a busque, o Magnetismo não é caixa de mágicas ou de surpresas, ansiando
por decepcionar e temperar o futuro com dissabores. Grande dissabor temos hoje,
quando já poderíamos ter acreditado nos Espíritos - questão 482 de O Livro dos Espíritos
- e estarmos avançados nas terapias das escleroses, do Alzheimer, do parkinsonianismo,
das lutas contra insidiosas e dolorosas enfermidades sobre as quais a Medicina ainda
não chegou a bom termo. Dissabor imenso temos quando encontramos pessoas com o inexplicável
propósito de seguir desviando a atenção dos Espíritas para o que nos orientou, sugeriu
e advertiu Allan Kardec e os Espíritos Superiores.)
Também acredito
que, daqui a algum tempo, depois do entusiasmo e do inebriamento dos sentidos passar,
perante as prometidas curas que não acontecem, por não poderem se materializar,
os ânimos voltam ao seu estado de equilíbrio e sensatez, mas até lá o Espiritismo
faz um hiato de espera e muitos necessitados acabarão por receber menos ajuda do
que poderiam, devido ao desvio do conceito, pretensão das técnicas e pela atitude
de autossuficiência, que nós seres humanos pensamos deter. (Inebriada está uma enorme multidão de espíritas, ainda ingênuos e facilmente
manipulados pela falsa lição de que devemos simplesmente sofrer, ao contrário do
que nos indica Jesus, o Bem, a Vida. Estonteados estão os que creem que não aprimorar
os meios de superar e vencer é da Lei .
Que problemão tem a Divindade para fazer ver os
que leem e que deveriam, por isso mesmo, gerar luzes e esclarecimentos aos menos
esclarecidos! Quando passar essa mais de secular onda de distanciamento do Espiritismo,
as almas, felizes e saudáveis, agradecerão ao Senhor por terem revelado a Verdade
aos simples e pequenos e não aos doutos que teimam em se desviar ou,o que é pior,
tirar o norte dos que buscam direção.)
Diante da realidade
que se nos apresenta comecemos por considerar
o Magnetismo um método, que pode ser utilizado, até remunerado, em qualquer lado
e a qualquer hora, sem implicações outras
que não seja a vontade do magnetizador, como uma terapia humana e nada se lhe pode
ou deve opor. (Claro, o Magnetismo também
pode seguir essa trilha; não pelo fato do autor ter escrito isso, mas pelo que encontramos
em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 26, item 10: ”A Mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada
santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição
de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus
estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o
seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador
transmite o fluido salutar dos bons Espíritos;
não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada
cobravam pelas curas que operavam”. Nunca sugeri, estimulei ou aconselhei que se
cobrasse pelo Magnetismo, da mesma maneira como não consigo vê-lo fora das práticas
espíritas . Afinal, uma outra enorme nuvem
de escuras projeções existe que tira o foco do entendimento de uma enormidade de
efeitos mediúnicos, notadamente os físicos; Tudo isso porque deixamos ao largo o
estudo continuado, sério e responsável do Magnetismo.)
Um abraço fraterno.
(Também lhe envio meu abraço, com votos de serenidade,
bom ânimo e mente e coração abertos, pois, como asseverou Jesus, É preciso termos
olhos de ver e ouvidos de ouvir!)
Jacob Melo em resposta a Manuel Santos
Jornal Vórtice Ano VI
Nº11 Abril 2014 Pag. 14