Seja Bem Vindo ao Estudo do Magnetismo

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Como Aplicar o TDM I (Tratamento da Depressão pelo Magnetismo Nível I)

Jacob Melo Responde (Energias e Fluidos):

Energias e Fluidos :
3- Tenho uma dúvida a respeito dos magnetizadores que usinam através do genésico e do básico; como o passista pode transmutar os fluidoss mais densos desses dois sistemas em sutis para que seja melhor utilizado?
Resposta: Na verdade, AINDA não temos plena consciência de muitas coisas que fazemos, notadamente no campo fluídico. Ainda impera uma espécie de "automatismo inconsciente" em nossas usinagens, onde a "natureza magnética" age e interage de uma forma um tanto quanto autônoma, identificando o tipo de fluido a ser expelido e, com isso, produzindo-o na frequência com que é "solicitado". Nisso parece ficar muito claro que quanto melhor desenvolvermos nossa dupla vista ou o tato-magnético melhor nossas usinas (centros vitais) refinarão os fluidos, já que estará claramente estabelecida a “identidade” do que é necessário.
Por outro lado, os fluidos provenientes dos centros de mais baixa frequência (gástrico, esplênico e genésico) tendem a ser mais densos, daí precisarmos ter maior cuidado em suas aplicações, mormente quando dirigidos a centros de alta frequência (como laríngeo, frontal e coronário) e até o mediano (cardíaco). 
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2- Na reunião de educação mediúnica que participo à noite, fazendo vibração, quando soube que também faço visita fraterna aos lares no mesmo dia na parte da tarde fui orientado para decidir em qual tarefa iria continuar, alegando que eu precisaria de pelo menos 48 horas de intervalo entre uma tarefa e outra, para reposição das energias. Ocorre que não sou médium ostensivo, como também nunca passei mal em decorrência dessas atividades com intervalo de aproximadamente 3 horas; ao contrário, sinto-me bem pela possibilidade do trabalho em favor do semelhante.  Gostaria de suas considerações a respeito.
Resposta:  Veja bem; conheço pessoas que bebem água de duas em duas horas, ao ponto de em meio ao sono despertarem para beberem mais água; outras só bebem líquidos se for mediante muita insistência de alguém que se interesse em ajudá-la. Há quem afirme, peremptoriamente, que quem bebe menos de “X” litros de água por dia está sujeito a uma infinidade de problemas com a saúde. Apesar disso ser uma informação muito repetida nos dias atuais, nessas pessoas que sempre beberam pouco líquido essa "verdade" nem sempre se confirma uniformemente.
Nas Casas Espíritas costumam surgir normas e regras que parecem ser sensatas, mas que, provavelmente, estarão baseadas em históricos do tipo "ouvi dizer" ou em palavras de "pessoas acima de quaisquer suspeitas". Entretanto, quando se analisa esses procedimentos com mais cuidado é comum chegarmos à conclusão de que ou há uma preocupação em não deixar que o trabalhador se extenue, ou que ele não tenha como observar os próprios limites, ou ainda, com medo de perdê-lo, seja de um setor para outro, seja de uma Casa para outra. Isto significa que estamos encobrindo um fato com um interesse e não com dados que expliquem suficientemente bem o que de fato ocorre.
O Magnetismo nos oferece melhores exemplos a respeito -- pois como este surgiu ao mundo como ciência e quem o tratou lhe deu esse encaminhamento científico -- do que o mediunismo, já que este, via de regra, não tem apresentado, nos dias atuais, métodos de pesquisas e estatísticas confiáveis.

O Magnetismo demonstra, na prática, que a perda excessiva de fluidos pode acarretar fadigas fluídicas, daí ser importantíssimo que cada magnetizador se conheça e se reconheça, sabendo seus próprios limites de captação e doação fluídicas. Observemos que há variações quase infinitas entre um e outro magnetizador. Um pode aplicar 20 longos passes magnéticos num dia e no dia seguinte estar totalmente refeito para fazer tudo de novo, com igual qualidade; outros não excedem a 10 e nem sempre se recuperam num único dia. O que fazer então: estabelecer uma regra fixa para todos? Se assim for, qual o número ideal: 10, 20, 15... Qual? Bem se percebe que quando se começa a se estabelecer números ou condições rígidas estamos minimizando ou não-significando o problema, ainda que isso gere prejuízos. Qual seria a resposta ideal, portanto? Veja que resposta chata a que tenho: cada caso é um caso! Por que esta resposta é chata? Porque ela pede que se observe, individualmente, os seres e dê-se ou solicite-se a formação ideal para cada um.

Se, no início de um novo trabalho ou no ingresso de uma pessoa inexperiente a este, querendo evitar possíveis erros ou quedas tomarmos um número mínimo ou uma condição mais rígida, de forma provisória, como solução ou indicação, isso é perfeitamente compreensível e aceitável; o erro está em se deixar isso como regra, entronizando-se coisas e práticas desprovidas do bom senso que Kardec tanto nos ensinou.

Voltando à observação inicial, quanto de água devo consumir por dia? Em certos casos, por incrível que pareça, até mesmo um médico pode precisar ser ouvido para dar essa resposta, mas antes de tudo, que cada um procure se conhecer melhor. E não pensemos que isso seja fácil, pois Sócrates, um dos maiores filósofos da humanidade, tinha este como um de seus maiores questionamentos: quem sou!

Tenhamos cuidado sempre, mas não nos imobilizemos, pois será sempre pior opção. 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

MAGNETISMO ESPÍRITA -Aula X- Soc. Esp. Os Mensageiros da Paz

TIPOS DE PASSES (SOPRO FRIO)


SOPRO FRIO
COMO USAR
Não são todos os magnetizadores que possuem o chamado "sopro curador".  Enchem-se os pulmões completa e diafragmaticamente e solta-se o ar em direção ao ponto que se pretende magnetizar (como se ali estivesse  uma vela acesa e quiséssemos apagá-la com o sopro), até esgotar toda provisão de ar dos pulmões. Finda a provisão, fecha-se a boca e respira-se com naturalidade umas duas ou três vezes e depois repete-se o processo. A depender do que se pretende realizar com a insuflação fria (sopro frio), pode-se aplicá-la próximo ou distante do paciente, com maior ou menor vigor.
COMO FUNCIONAM
Seu uso mais frequente é no sentido dispersivo calmante. Para tal, o sopro é feito a uma relativa distância (em média acima de 50 cm do paciente) e expelido o ar com vigor em direção ao ponto ou centro que se deseja dispersar. Mas pode-se concentrar calmantes fazendo esse mesmo tipo de aplicação, só que de forma bastante lenta. Também é possível  concentrar ativantes com o sopro frio, mas, para o caso de uma potente ativação concentrada localizada, a recomendação básica é que se substitua o sopro frio pelo sopro quente, por ser este mais feliz e eficiente nesse  terreno. De outra forma, os sopros frios podem funcionar como ativantes, tanto na dispersão como na concentração, quando realizados de forma longitudinal; significa dizer que devem ser aplicados "ao longo" de uma região, como se o sopro estivesse fazendo o papel das mãos.
PARA QUE SERVEM
Sobretudo para acalmar agitações e crises nervosas, debelar febres, tirar pacientes de transes hipnóticos, sonambúlicos, magnéticos e/ou mediúnicos e ordenar centros vitais em descompesação em relação a outros centros.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No trato de epilepsias, febres, convulsões e dissipação de acúmulos fluídicos densos em centros vitais.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
 JACOB MELO - Edição 2008

terça-feira, 26 de junho de 2012

TIPOS DE PASSES (SOPRO QUENTE)


SOPRO QUENTE
COMO USAR
Como ele será aplicado muito próximo do ponto que será magnetizado, inclusive, em muitos casos, haverá necessidade do toque com os lábios, de início recomenda-se que se isole o local a ser tratado com um pano, flanela, fralda ou coisa semelhante, tanto para evitar o contato direto com a pele do paciente como para reter eventuais bacilos ou germes peculiares aos mecanismos do sistema respiratório/fonador (aí considerado nariz, boca, a garganta como um todo e o esôfago). Isso feito, com a boca distante do paciente, enche-se os pulmões completa e diafragmaticamente e solta-se o ar sobre o ponto determinado, lentamente (como se quiséssemos embaçar uma superfície metálica, por exemplo), até esgotar toda provisão de ar dos pulmões. Finda a provisão, fecha-se a boca, afastando-a do paciente e respira-se com naturalidade umas cinco ou seis vezes (ou quanto for necessário para que a respiração do passista fique completamente normalizada), para só então se repetir o processo. Essa técnica é excessivamente desgastante, em termos fluídicos para o passista, pelo que ele deve se abster de repetí-la muitas vezes sob pena de rapidamente cair em fadiga fluídica.
COMO FUNCIONAM
Como concentradores ativantes de grande poder.
PARA QUE SERVEM
Para resolver severos problemas de inflamações e/ou infecções ou necessidades  magnéticas e/ou mediúnicas de grandes concentrados fluídicos ativantes. Pelo seu grande poder concentrador de ativantes, não é técnica recomendada para se usar sobre os centros vitais superiores e intermediário (coronário, frontal, laríngeo e cardíaco), salvo se o magnetizador tiver muita experiência e perfeito domínio de sua doação e direcionamento dos fluidos aí concentrados.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No tratamento de inflamações, furúnculos, infecções localizadas e tumores em geral e ainda, como resume Michaelus (em Magnetismo Espiritual, FEB), a partir dos magnetizadores clássicos: "nos ingurgitamentos, nas obstruções, asfixias, dores de estômago, cólicas hepáticas ou nefríticas, enxaquecas, afecções glandulares, dores de ouvido, surdez, etc., tendo grande efeito sobre as articulações, sobre o alto da cabeça, o cerebelo, as têmporas, os olhos, as orelhas, o epigastro*, o baço, o fígado, os rins, a coluna vertebral e o coração.
* região entre a cintura até o diafragma, principal órgão nessa região é o estômago.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
 JACOB MELO - Edição 2008

segunda-feira, 25 de junho de 2012

TIPOS DE PASSES (PERPENDICULARES)


PERPENDICULARES
COMO USAR
Técnicas mais voltadas para uso de longo curso (da cabeça aos pés ou, no mínimo, que envolva os sete centros vitais principais do paciente), os perpendiculares solicitam que o paciente e o passista estejam de pé, um formando um ângulo de 90º em  relação ao outro, pois o passista irá passar as mãos, simultânea e concomitantemente, uma pela frente e outra por trás do paciente. A passagem das mãos normalmente se dará de forma rápida e a uma distância pequena. Quando as mãos tiverem percorrido todo o percurso previsto, o passista fechará as mesmas, afastando-as do corpo do paciente e só reabrindo-as quando tiver retornado ao ponto onde irá reiniciar nova passagem.
COMO FUNCIONAM
Os perpendiculares serão dispersivos ativantes gerais. Seu poder de dispersão geral (de grande curso) é muito grande e, por isso mesmo, os magnetizadores clássicos os usavam com frequência, especialmente quando o paciente tinha dificuldade para se equilibrar ou retornar ao domínio de si mesmo após as longas sessões de magnetismo a que era submetido. Entretanto os perpendiculares poderão ser usados como concentradores ativantes (passando-se as mãos de forma lenta e próxima) e, nalguns casos, como concentradores ou dispersivos calmantes, gerais (de grande curso), só que nem sempre esse método é totalmente feliz com os calmantes por causa da necessidade de distância que as mãos deverão assumir em relação ao corpo do paciente. Uma nota interessante é que os perpendiculares indicam haver uma importante referência nas costas do paciente. Notemos que se passarmos as mãos só pela frente ou só por trás, na forma de "grande curso", os resultados serão praticamente idênticos, mas quando passamos uma mão pela frente e outra por trás, como os perpendiculares indicam, a potencialização dos dispersivos crescem sobremaneira. Quem sabe se a presença do umeral não seja a responsável por essa mudança.
PARA QUE SERVEM
Para ordenar os centros vitais, todos em relação a todos;  para tratar a psi-sensibilidade; para auxiliar em problemas motores e psíquicos; para aliviar depressões. Psi-sensibilidade é uma espécie de sensibilidade anímica, psíquica, muito sutil, que está além da sensibilidade física. Para o paciente, é uma zona sutil de registro sensório devido às mudanças fluídicas ocorridas em seu cosmo fluídico. Embora essas mudanças,  quando incômodas, sejam localizadas, costumam ser de difícil definição. Traduzindo informações peculiares ao padrão fluídico em que o paciente vibra ou como foi induzido a vibrar, normalmente o paciente acusa-a referindo-se a tonturas, dores de cabeça, turvamento da visão, enjoos e ânsias, um certo ouriçar da epiderme, além de outros mal-estares indefinidos.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No alinhamento dos centros vitais e no equilíbrio geral do sistema nervoso e da corrente sanguínea.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
 JACOB MELO - Edição 2008

Veja o vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=9RtPHNGVN0c&feature=plcp


domingo, 24 de junho de 2012

MAGNETISMO E ESPIRITISMO, CIÊNCIAS IRMÃS


     Alguns anos antes de iniciar sua pesquisa espírita, o professor H. L. D. Rivail, futuramente Allan Kardec, tornou-se quase cego. Não conseguia ler, escrever, nem ao menos reconhecia a fisionomia de quem lhe estendia a mão. Situação terrível para quem tinha a escrita como profissão. Prontamente procurou os mais notáveis especialistas em doenças dos olhos em Paris. O doutor L., professor de clínica, deu sua sentença depois de atento exame: — O senhor deve resignar-se, perderá progressivamente a visão, até a completa cegueira.
     O professor procurou, então, uma sonâmbula. A senhora está sentada. À sua frente, o magnetizador fez alguns passes e ela entrou em transe. Nessa condição, podia examinar com espantosa precisão os olhos adoentados. E afirmou não tratar-se de cegueira, mas apenas um rompimento de vasos sanguíneos, apoplexia, que sendo cuidada adequadamente chegaria à cura. Uma melhora em quinze dias e a recuperação completa em dois ou três meses, Na Revista Espírita¹, de 1862, Kardec atestou que tudo ocorreu perfeitamente de acordo com a previsão da sonâmbula.
     O sonambulismo provocado é um fenômeno descoberto por Franz Anton Mesmer, criador da ciência do Magnetismo Animal, considerada irmã do Espiritismo por Kardec. Ele ainda disse mais, No último ano de sua missão, em 1869, escreveu: "O Magnetismo e o Espiritismo são duas ciências gêmeas, que se completam e explicam uma pela outra, a que não quer imobilizar-se não pode chegar ao seu complemento sem se apoiar na sua congênere. Isoladas uma da outra, detêm-se num impasse. São reciprocamente como a Física e a Química, a Anatomia e a Fisiologia².
     Atualmente, no Brasil, o movimento espírita não mais conhece a ciência do Magnetismo Animal como bem a compreendiam os espíritas do século 19. É de fundamental importância sua recuperação, para que o entendimento da doutrina espírita não caia no impasse anunciado pelo codificador.
     A ciência de Mesmer³ compreende três importantes áreas de estudo. Uma doutrina  médica, nos moldes e próxima da elaborada por Samuel Hahnemann (1755 – 1843); o estudo do sonambulismo provocado; e uma teoria de física, fundada no conceito do fluido universal, que explica a transmissão do pensamento à distância, possibilitando a ligação mental entre paciente e magnetizador, durante o passe magnético.
     Engana-se quem imagina que a teoria de Mesmer se explica pelo fluido vital. Não é verdade. O fluido vital era considerado uma forma de matéria, uma substância que garantia vitalidade aos seres. Alguns também o chamavam eletricidade animal. Quem trabalha dando passes na casa espírita pode estar confuso ao pensar: – Mas não é essa a explicação do passe pelo Espiritismo? E a resposta é não. Uma leitura fragmentada de alguns trechos das obras de Allan Kardec poderia levar a essa conclusão. Todavia, em A gênese, os Espíritos vão explicar que o princípio vital é um estado do fluido universal, e não uma substância especial como o fluido vital. Para a época, essa afirmação foi reveladora. Dizer que todas as formas de energia e matéria são derivadas do fluido universal é afirmar que de alguma forma tudo deriva das vibrações do éter, mesmo a matéria considerada sólida. Para a ciência da época, a matéria era feita de bolinhas duras, eternas e indestrutíveis. Muitos ainda acreditavam que também o magnetismo, a luz, o calor e a eletricidade eram feitos de bolinhas duras, indestrutíveis, invisíveis e sem peso, ou imponderáveis. É incrível, mas a explicação cosmológica de Mesmer e dos Espíritos está próxima dos raciocínios utilizados pela Física moderna!
     Para Mesmer,  o passe magnético era um instrumento para colocar a vontade fortalecida e o pensamento firme do magnetizador em comunicação com o doente, no sentido de apressar a cura, que se daria pelos meios naturais de recuperação do organismo físico. O ciclo da cura se daria mais rapidamente, favorecendo o doente. A cura não era nem mágica, nem milagre, mas fruto da observação e experimentação científica.
     Hahnemann, criador da homeopatia, ao conhecer esse tratamento mesmérico, ficou admirado com a proximidade dessa teoria com a sua. Um presente do Criador. Passou a tratar seus pacientes com remédios homeopáticos e passes. Incluiu esse recurso terapêutico em seu Organon da arte de curar4. E deixou anotadas inúmeras curas com esse recurso em suas anotações práticas.
     Podemos dizer que o magnetismo animal é a homeopatia da vitalidade humana, e a homeopatia é o magnetismo animal dos seres minerais e vegetais.
     Quando tratava seus pacientes, Mesmer percebeu que alguns deles entravam em estado de transe. Depois da aparência de um sono comum, erguiam a cabeça com uma leve queda para trás, e depois conversavam, apesar da fala arrastada característica desse estado alterado de consciência. Alguns sonâmbulos adquiriam uma extraordinária exaltação da sensibilidade. Com olhos vendados, viam à distância, liam livros ou cartas fechadas, descreviam o que ocorriam em outros cômodos ou mesmo em outras localidades. Uma particular capacidade era a de fazer diagnósticos precisos e estabelecer tratamentos, prevendo o desenvolvimento e o estabelecimento da cura. Como ocorreu com Kardec décadas depois. Um discípulo de Mesmer, Puységur, escreveu obras e divulgou com riqueza de detalhes o sonambulismo.
     Mesmer e seus discípulos foram difamados. Sábios foram convocados para examinar o Magnetismo Animal. No entanto, o objeto de exame da comissão não foi a teoria de Mesmer, e nem mesmo sua prática. Isto porque os comissários ouviram apenas o doutor d'Eslon, um ex-aluno desautorizado por Mesmer.0 magnetismo animal foi considerado perigoso e fruto da imaginação no relatório final. Lavoisier estava entre os examinadores. Fez uso de instrumentos primitivos destinados a perceber a ação do fenômeno do magnetismo no exame do tratamento por passes. Esse estudioso da química, porém, não conhecia a teoria de Mesmer. Dedicou-se a demonstrar que nenhuma substância podia ser detectada por seus instrumentos. Mesmer não estava presente e se negou a tais exames, pois desejava que o processo de cura fosse estudado e não o processo físico. Caso a cura fosse constatada, as academias e as universidades poderiam se interessar pelo fenômeno e empreender pesquisas. O objetivo era garantir à humanidade uma medicina acessível a todos igualmente, pobres ou ricos, nobres ou camponeses.
      Depois da revolução francesa, tanto a cura quanto o diagnóstico, como também a lucidez sonambúlica foram objetos de experimentações e milhares de pessoas foram curadas em todo o mundo.
     Quando D. Rivail chegou a Paris, na década de 1820, o Magnetismo estava estabelecido e respeitado. Seu educador, Pestalozzi, havia recomendado o estudo da Homeopatia e Magnetismo Animal, ciências progressistas e espiritualistas. Rivail procurou o curso prático de Magnetismo do Barão Du Potet, o mais conceituado na época, autor de vários livros e um influente jornal.
     Depois de 1850, os populares fenômenos das mesas girantes foram pesquisados pelos grupos de magnetizadores e seus sonâmbulos. Quando Rivail foi informado sobre o fenômeno por Carlotti, um jovem magnetizador italiano de 25 anos, logo conclui tratar-se de um fenômeno natural, causado pela acumulação de fluido vital sobre o móvel. Sim, era essa a hipótese científica que o professor conhecia da Ciência da época, o fluido vital. Deveria ser apenas um fenômeno físico, uma novidade, mas nada alarmante ou extraordinário, pensou. Porém, quando o entusiasmado italiano voltou a procurá-lo, anunciando que as mesas estavam sendo "sonambulizadas", ai era demais! Rivail conhecia o sonambulismo em detalhes, era um fenômeno psicológico, envolvia a mente e suas capacidades desconhecidas. Agora, "sonambulizar" urna mesa? Sua resposta ficou famosa, e nem por isso bem compreendida: "Até provarem que uma mesa tem cérebro, prefiro considerar essa, uma história para boi dormir!".
     "Passado algum tempo", relatou Kardec em Obras póstumas 5, "(...) pelo mês de maio de 1855, fui à casa da sonâmbula Sra. Roger, em companhia do Sr. Fortier, seu magnetizador. Lá encontrei o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison, que daqueles fenômenos me falaram no mesmo sentido em que o Sr. Carlotti se pronunciara, mas em tom muito diverso. O Sr. Pâtier era funcionário público, já de certa idade, muito instruído, de caráter grave, frio e calmo; sua linguagem pausada, isenta de todo entusiasmo, produziu em mim viva impressão e, quando me convidou a assistir às experiências que se realizavam em casa da Sra. Plainemaison, à rua Grange-Batelière, 18, aceitei imediatamente. A reunião foi mareada para terça-feira, maio, às oito horas da noite.
     Foi ai que, pela primeira vez, presenciei o fenômeno das mesas que giravam, saltavam e corriam em condições tais que não deixavam lugar para qualquer dúvida. Assisti então a alguns ensaios, muito imperfeitos, de escrita mediúnica numa ardósia, com o auxílio de uma cesta. Minhas ideias estavam longe de precisar-se, mas havia ali um fato que necessariamente decorria de uma causa. Eu entrevia, naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo".
      O Livro dos Espíritos foi todo escrito pelas mãos de jovens sonâmbulas e os pioneiros do Espiritismo eram magnetizadores.
     O Magnetismo animal está presente antes, durante e depois do surgimento de sua ciência irmã, o Espiritismo. A duas se apoiam e explicam mutuamente. Todavia, atualmente o passe, instrumento de cura, tem sido banalizado e desconhecido em seus fundamentos originais. A mística e a superstição têm ocupado o vazio deixado pelo esquecimento da teoria cientifica elaborada por Mesmer, Hahnemann e os ensinamentos dos Espíritos relatados por Kardec. O sonambulismo provocado não é mais experimentado. A teoria do fluido universal está esquecida, e muitos espíritas acreditam na hipótese superada do fluido vital. Os livros estão ai, porém. E uma recuperação não só é necessária, como inevitável. Afinal, o Espiritismo está destinado a secundar a regeneração da humanidade para a Terra tornar-se um mundo feliz.
 Pauto Henrique de Figueiredo é empresário e escritor espirita.
Referências:
¹ KARDEC, Allan. Revista Espírita:Jornal de Estudos Psicológicos, n. 8. ago. 1862. São Paulo: IDE, 2001. "Conferências do sr.Trousseau, professor da Faculdade de medicina", n.5, p.153, ago. 1862.
² idem. Ibidem. "Proporção relativa dos espíritas", n. 1, p7, jan. 1869
³FIGIJEIREDO. Paulo Henrique de. Mesmer: a ciência negada e os textos escondidos. Bragança Paulista, SP: Ed. Lachâtre, 2005.
4HAHNEMANN, Samuel. Organon da arte de curar. Tradução de Edméa Marturano Viliela e Izao Carneiro Soares. 2, ed.Ribeirão Preto, SP: Museu de Homeopatia Abrahão Brickmann,2008, p. 188. 
5 KARDEC, Allan. Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 22.ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1987. Segunda Parte, cap. "A Minha Primeira Iniciação no Espiritismo", p. 225-227.
Revista Cultura Espírita Ano IV – nº 39 -  junho /2012

sexta-feira, 22 de junho de 2012

TIPOS DE PASSES (CIRCULARES)



CIRCULARES
COMO USAR
Pequenos circulares ou rotatórios e as aflorações psíquicas.
Os pequenos circulares são realizados com movimentos das mãos sobre um determinado local, região ou centro vital. Imagine que o ponto a ser magnetizado seja uma espécie de parafuso que será apertado (no sentido horário). Gira-se a(s) mão(s) num giro de pelo menos 180º, findo o qual fecha-se a(s) mão(s), retornando ao ponto inicial, repetindo essa ação tantas vezes quantas necessárias. O braço não se move.
Os circulares propriamente ditos (grandes circulares ou aflorações psíquicas) são realizados com as mãos paradas, mas os braços girando em torno do ponto que se deseja magnetizar. Imagine que irá alisar ou massagear a região que vai ser tratada, sempre no sentido horário.
Faz-se o giro completo em torno do ponto em magnetização. Querendo fazer uma parada após cada giro (isso é totalmente opcional) retorne a(s) mão(s) fazendo-a (s) girar, afastada(s) do ponto de aplicação e com ela(s) fechada(s).
COMO FUNCIONAM
Os "pequenos circulares", por serem mais apropriados para atendimento magnético em regiões menores, normalmente são aplicados  muito próximos do local, adquirindo, por isso mesmo, a característica de concentrador ativante.
As "aflorações psíquicas", abrangendo regiões maiores (mas na medida do possível, atendendo e relacionando-se a um único centro vital por vez), também funcionam como concentradoras de fluidos, só que tanto podem ser aplicadas na estrutura dos ativantes como dos calmantes; todavia os resultados ativantes são sempre melhor pronunciados.
Essas duas técnicas levam uma vantagem sobre certas imposições, como concentradoras: a prática tem demonstrado que quando realizamos concentrações fluídicas através de circulares, a incidência de "retorno fluídico", que seria absorvido pelos polos emissores (as
mãos) do passista, é muito reduzida, o que resulta e maior conforto na sua realização e melhor absorção fluídica pelo paciente.
PARA QUE SERVEM
Para tratamentos que requeiram vivas concentrações fluídicas. Pela forma como os fluidos são "despejados", literalmente dentro do sistema vorticoso(?) dos centros vitais, a absorção destes é muito efetiva e seus resultados, por isso mesmo, são muito positivos. Casos que estejam relacionados com os centros laríngeo, cardíaco, gástrico, esplênico e genésico são muito bem tratados com essas técnicas, bem como tumorações, cânceres, inflamações, problemas de pele e ossos.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
Os "pequenos circulares" são muito eficazes em pequenas feridas ou pequenas infecções, enquanto as "aflorações" são muito eficientes em questões gástricas de uma forma geral ou regiões maiores sob inflamações e/ou infecções.
FONTE: CURE-SE E CURE PELOS PASSES
 JACOB MELO - Edição 2008

Veja vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=Xmy8G-6aOm0&feature=plcp

Técnicas e Tratamentos :

- Li seu livro “Cure-se e Cure pelos Passes” – excelente por sinal.
No capítulo 20, p 202 (11ª edição), você afirma que indivíduos que fazem uso de remédios controlados e os que atuam sobre o sistema nervoso central não deveriam dar passes.
Recentemente sofri minha primeira crise de epilepsia e talvez tenha que tomar remédio pelo resto de minha vida.
Minha dúvida é simples, você acha que sou um caso de restrição para ministrar passes?

Jacob Melo: Vou explicar o assunto em dois pontos e deixar uma sugestão.
1- A verdade é a seguinte: muitos componentes químicos dos medicamentos podem ser transitados (do magnetizador para o paciente) através do magnetismo. Se esses componentes implicarem incompatibilidade nos pacientes isso poderá gerar reações indevidas ou inadequadas neles. Infelizmente não sabemos exatamente que componentes são transitados, em que potenciais isso ocorre e em que situações isso é mais ou menos verificável. Sendo assim, por medida de prudência, recomenda-se a abstenção de se aplicar magnetismo quando se está ingerindo determinados remédios. Por outro lado, para se fazer uma pesquisa real acerca dessa possibilidade não haverá outro caminho que seja diferente do se permitir pessoas diversas, ingerindo os mesmos medicamentos, fazerem passes em pacientes mais sensíveis – já que estes dariam uma resposta mais clara dos efeitos. Lógico que, nesse caso, o acompanhamento criterioso e bastante objetivo deverá ser uma constante, pois se trata, literalmente, de uma abordagem técnico-científica.
2- A pessoa (magnetizadora) que se encontre em alguns estados alterados -- orgânicos, psíquicos ou emocionais -- está, só por isso, desaconselhada de aplicar passes, pois há uma regra geral que diz que "só deve passar harmonia quem está harmonizado".
Isto posto, creio que em teu caso seria possível sim aplicares passes, mas deverás ter toda atenção na observação junto aos pacientes a fim de detectar qualquer anormalidade em suas reações. Provavelmente não acontecerá nada de mal, todavia, manda o bom-senso que cuidemos para não sermos traídos pelo descaso.
Sugestão- Pessoas que sofrem de epilepsia, quando em tratamento por passes magnéticos, deve receber bastante perpendiculares, tanto próximo como distanciando aos poucos, lembrando que os perpendiculares, para serem bem eficientes, precisam igualmente envolver o centro coronário (no alto da cabeça) como o esplênico (que repousa sobre o baço, em um ângulo aproximado de 45º em relação aos frontais. Esses perpendiculares devem ser feitos em velocidade rápida, pois são dispersivos. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

TIPOS DE PASSES (TRANSVERSAIS)











TRANSVERSAIS
COMO USAR

Voltando-se as mãos, juntas e com os braços distendidos, para o ponto onde se deseja atuar magneticamente (os passistas digitais direcionarão seus dedos enquanto os palmares voltarão as palmas das mãos), perto ou distante do corpo do paciente conforme se pretenda trabalhar ativantes ou calmantes.
Ideal abrir os braços formando um ângulo de 180º. Quando retornar as mãos, trazê-las fechadas e
assumir mentalmente postura de NÃO doação, afim de não congestionar o centro que se está trabalhando.






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Variação: transversal cruzado onde as mãos se cruzam à frente do ponto que será tratado, depois todo o processo se repete. Em experiências práticas fica evidenciado que são  muito mais efetivos do que os transversais simples.












 


COMO FUNCIONAM
São essencialmente dispersivos. Por abrangerem toda a extensão dos centros vitais e por serem aplicados com rapidez, a característica de dispersão a ele associada é muito vigorosa.
Lamentavelmente, a redução da extensão das aberturas laterais feita pelos braços diminui sensivelmente essa que é a sua principal qualidade: a de vigoroso dispersivo.
Quando realizados próximos do paciente são dispersivos ativantes; quando distantes passam a ser dispersivos calmantes.
PARA QUE SERVEM
Para atender necessidades de dispersões localizadas mais vigorosas.
Por eles conseguimos acelerar o processo de assimilação e somatização dos fluidos pelo organismo do paciente e também reduzimos a níveis muito baixos os riscos de congestões fluídicas.
EM QUE SÃO MAIS EFICAZ
No caso de pessoas com enxaquecas, dores localizadas, peso na cabeça, respiração difícil e irritabilidade em geral, os dispersivos pelos transversais resultam em formidáveis e quase imediatos alívios.

Veja vídeo abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=ymQBJsj9pIo&feature=plcp

Condições necessárias para ser magnetizado (2/2)


Requisitos importantes para um paciente receber o magnetismo – Parte 2 (Final)


Cumpre saber:

1) Que o tempo de uma cura varia ordinariamente de um a seis meses, e algumas vezes mais;

2) Que não há motivo para perder-se a esperança quando nada se sente no começo; os efeitos magnéticos manifestam-se às vezes tardiamente, e a cura muitas vezes sobrevém mesmo sem nenhum sinal precursor aparente;

3) Que se as perturbações se agravam e aparecem dores, não há razão para atemorizar-se; todo tratamento apresenta alternativas inesperadas e os sofrimentos são a maior parte das vezes a prova de uma reação salutar.

Finalmente, se um alívio imediato se produz, é preciso não se entregar muito cedo à esperança, a fim de evitar as decepções.

O doente deve estudar com o maior cuidado todas as sensações que experimenta, quer durante a magnetização, quer no intervalo das sessões, a fim de poder informar o magnetizador sobre todos os sintomas que ele puder notar.

Ele deve evitar ser influenciado pelo meio em que vive; não contrariar a ação do magnetismo, tomando ocultamente substâncias cujos efeitos o magnetizador não pudesse distinguir nem prever.

Debaixo do ponto de vista do regime, cumpre evitar os excessos de todo o gênero, vigílias, fadigas corporais e espirituais, emoções vivas ou deprimentes, tudo o que, em uma palavra, puder perturbar o equilíbrio do corpo ou o repouso da alma.

Não deve abusar, quer das abluções, quer dos banhos; a ação repetida das duchas quentes ou frias diminui com o correr do tempo a receptividade magnética, determinando uma excitação periférica que se transmite, pelos nervos vaso-motores, ao centro do grande simpático.

Todo o agente manifestamente sedativo ou revulsivo, isto é, que demora ou excita o movimento vital, deve ser moderadamente empregado em concorrência com o magnetismo, de maneira a não embaraçar-lhe o efeito.

É principalmente importante abster-se de tudo quanto possa tender a destruir ou minorar a sensibilidade nervosa, como os perfumes, narcóticos e bebidas espirituosas; debaixo da influência deprimente dos anestésicos ou dos tóxicos, a tensão vital acaba por embotar-se de tal modo que se torna impossível ao magnetismo despertar no corpo uma reação qualquer.

As pessoas que fazem ou que fizeram uso imoderado da morfina, da antipirina, do éter, do ópio, do cloral, do clorofórmio, e do sulfonal, ou que foram tratadas durante muito tempo por tóxicos violentos, tais como a acetanilide, estriquinina, o salicilato de soda e as variedades de brumuretos ou de ioduretos, perdem toda a receptividade magnética e tornam-se incuráveis pelo magnetismo. O quinino em altas doses, a atropina, o colchico, o abuso do álcool e do tabaco têm os mesmos efeitos sobre o organismo.

Retirado do livro ‘Magnetismo Curador’ - Alphonse Bué

Postado por: Adriana 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Analisando o Atual Momento Espirita - Parte 7 (ultimo artigo da serie)



Uma panorâmica dolorosa sobre o que estão e estamos fazendo com a união entre o Espiritismo e o Magnetismo. Por Jacob Melo (abril 2012)
Sabemos que as estatísticas contabilizam um sempre crescente número de suicídios, e isso se dá de uma forma assustadoramente anual e global.

Sabemos igualmente que está passando a geométrico o crescimento da população submetida à mais inclemente de todas as doenças: a depressão.

Também é sabido que a relação entre esses dois assuntos é por demais estreita. Segundo a Mentalhelp (http://www.mentalhelp.com/suicidio.htm), 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva.

Considerando-se que a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que até o ano de 2020 teremos uma média anual mundial de 1,5 milhões de suicídios, e considerando-se a relação acima apresentada teremos, muito proximamente, uma estimativa de mais de um milhão de depressivos cometendo o auto-extermínio. Convenhamos: um absurdo digno de preocupar qualquer criatura e, com muito mais razão, qualquer pessoa que se proponha a ajudar ao próximo, seja sob que princípio for.

Numa outra vertente do problema, tanto o depressivo como o suicida são pessoas que se sentem sem esperança, precisando muito mais do que um simples apoio, uma reprimenda, uma crítica, indicações acima da capacidade de reflexão do doente ou ‘incentivos’ do tipo “se você quiser você sai dessa” – como se o depressivo quisesse estar naquela situação.

A essas alturas é de se perguntar: e o que tudo isso tem a ver com o atual momento espírita?

Absolutamente tudo! Pois que a Doutrina Espírita tem em seu bojo todo um conjunto de excelentes ferramentas para contribuir, positiva e decisivamente, na superação desses males, não apenas trazendo esperanças renovadas como afugentando alguns dos entraves desse mal.

De um lado, a luz que projeta sobre o futuro, o fomento à fé tal como tão ricamente orientado em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a possibilidade de se interagir com o ‘além’ sem a necessidade de se precipitar o desenlace carnal, e tantas outras qualidades incomparáveis; de outro lado, os mecanismos oriundos do Magnetismo e das boas reuniões mediúnicas, com as devidas evocações, quando necessárias, todas essas possibilidades são elementos determinantes de trabalho e superação e que estão reunidas numa só bandeira, num só ‘pacote’, numa só Doutrina.

Concordando-se com isso, surge a inevitável pergunta: então, onde estão as soluções práticas?

O bojo teórico do Espiritismo veio da observação prática, tanto da sua filosofia ampla como de seus menores quadrantes, veio de uma prática científica por excelência. O Magnetismo, desde os primórdios, foi seu conjunto indispensável e fundamental de ferramentas, o qual sugeriu tantos caminhos, indicou inúmeras aberturas para novos horizontes, deixou cadeiras preparadas para sua postulação e, bem vivido, possibilitou tantas certezas, tantas vitórias.

A Ciência tradicional, quiçá com receio de perder ‘clientes’ para uma ‘nova feitiçaria’, tratou de bombardear o Magnetismo em todas as suas bases e comprovações, sem pejo ou receio de até forjar e mentir em seus relatórios, tal como registra a história de então. E ela venceu. O Magnetismo caiu. Triunfou a ciência dos interesses, contra os interesses da verdadeira Ciência.

Apesar de doloroso é justo concordarmos que eles foram hábeis e tinham seus motivos para essa luta impiedosa; estes eram indisfarçadamente monetários.

O que não dá para compreender nem aceitar, todavia, é que esse mesmo Magnetismo seja bombardeado e aniquilado, desde há mais de 150 anos, por aqueles que deveriam nunca tê-lo abandonado, nunca tê-lo traído, nunca tê-lo deixado ao léu... Não há razão que justifique, não há lógica que racionalize, não há critério nem moral que avalize tamanho disparate, tamanha agressão à obra de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores.

Quando se ouve hoje, de forma aberta e cheia de empáfia, que o Magnetismo é coisa do passado e que o Espiritismo não precisa dessa ciência nem de seus ‘defensores’, e quando se apura os ouvidos para se reconhecer que o timbre desses vozeirões vem de bramidos altaneiros dos que se limitam a fazer eco – sem saber de onde vem nem para onde vai o que é dito –, ou provêm de líderes que mais parecem claudicantes e reprovados alunos de matérias pretensamente superiores, caímos na realidade que convida os estudiosos e os que querem ter olhos de ver a mais e mais lutarem, a fortalecerem suas tenacidades e perseveranças, pois que não será perdoável deixar que tantos se vão sem que se dê ao mundo a oportunidade feliz de conhecer caminhos reais de superação e vitória do Bem e da Vida.

Foi com o Magnetismo que já conseguimos, com muita segurança, viabilizar meios para se controlar, ajudar, vencer e superar a depressão, reduzindo, assim, as possibilidades de suicídios de tantos que já foram tratados por força dessa ciência aplicada à luz espírita. E posso dizer com muita alegria: e isso foi conseguido apesar das forças e resistências em contrário. Imaginemos aonde estaríamos se todos fôssem a favor das descobertas que levaria a humanidade inteira a conquistas ainda maiores!!!

Não, não defendo nenhuma teoria nova, pois o Magnetismo é anterior ao Espiritismo e por tudo o que já escrevi nesta série, bem como em meu livro Reavaliando Verdades Distorcidas, bem como em uma outra infinidade de artigos e entrevistas, o “Espiritismo e o Magnetismo são uma única e só Ciência” (palavras de Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, 555). Tampouco me defendo como pessoa, pois isto nao viria ao caso, mas fica incômodo se ouvir que existe Casa Espírita que, não querendo sequer divulgar um curso sério de magnetismo e passes, se justifica dizendo “Nossas Casas seguem as diretrizes federativas”. Será que existem mesmo essas diretrizes? Estarão esses que decidem tais diretrizes tão cientes de suas responsabilidades perante o que deveriam de fato e de direito fazer? Ou então ouvir, após todo um conjunto de exposições que apresentam o vínculo inquebrantável entre essas duas ciências e as razões lógicas e técnicas que norteiam os modelos de como ‘de fato’ curar a depressão, que “nesta Casa preferimos seguir Jesus”! Que Jesus, então, se estará buscando seguir? O Jesus que deixa entregue à própria sorte aquele que vem buscar ajuda, apoio, auxílio, na tentativa de vencer o mal e evitar o pior? Ou o Jesus que nos recomenda “fazer ao outro aquilo que gostaríamos que nos fizessem”?

Achar que a Casa espírita não está obrigada a prestar melhores serviços pelo simples fato de seus dirigentes não quererem reconhecer os erros em que estão se metendo é o que Jesus chamou de hipocrisia, por isso mesmo comparando os hipócritas a túmulos caiados, brancos por fora e cheios de podridões por dentro.

Na verdade, muito teria para escrever nesta série, mas não vale a pena. O tempo é curto, passa rápido e além de tudo o que temos e devemos fazer – falo por mim mesmo –, as tarefas e os compromissos só se ampliam, pois enquanto estamos tentando reconstruir, muitos ainda seguem nos caminhos que levam à destruição insana, permitindo que os mais necessitados vivam toda sorte de desespero.

Um amigo me fez refletir: ‘Jacob, melhor do que escrever sobre tudo isso é apresentares casos bem solucionados ou técnicas que nos levem ao aprimoramento do que já sabemos’. Ele está coberto de razão; e é o que tentarei fazer doravante, da melhor maneira que posso.

Aos que dizem defender o Espiritismo e seguem abalando suas estruturas e desarticulando suas bases, só posso tentar ao menos imitar Jesus e dizer: “Pai, perdoa-os; eles não sabem o que fazem!” Porque se souberem... Sei não!!!

Obrigado a todos os que leram e refletiram comigo sobre o atual momento espírita.